PERFIL NUTRICIONAL DAS GESTANTES ATENDIDAS NA UNIDADE BÁSICA DE SAÚDE DO BAIRRO ALECRIM II NA CIDADE DE EUNÁPOLIS, BAHIA.

Data de postagem: Oct 28, 2016 6:3:41 PM

FACULDADES INTEGRADAS DO EXTREMO SUL DA BAHIA

NAIARA BATISTA DOS SANTOS

PERFIL NUTRICIONAL DAS GESTANTES ATENDIDAS NA UNIDADE BÁSICA DE SAÚDE DO BAIRRO ALECRIM II NA CIDADE DE EUNÁPOLIS, BAHIA.

EUNAPOLIS, BA

2015

NAIARA BATISTA DOS SANTOS

PERFIL NUTRICIONAL DAS GESTANTES ATENDIDAS NA UNIDADE BÁSICA DE SAÚDE DO BAIRRO ALECRIM II NA CIDADE DE EUNÁPOLIS, BAHIA.

Orientador (a): Profª. Maria Cristina Marques.

Trabalho de conclusão de curso apresentado ao curso de enfermagem das Faculdades Integradas do Extremo Sul da Bahia como parte dos requisitos para obtenção do titulo de bacharel em enfermagem.

EUNAPOLIS, BA

2015

NAIARA BATISTA DOS SANTOS

PERFIL NUTRICIONAL DAS GESTANTES ATENDIDAS NA UNIDADE BÁSICA DE SAÚDE DO BAIRRO ALECRIM II NA CIDADE DE EUNÁPOLIS, BAHIA

Trabalho de conclusão de curso apresentado ao curso de graduação em Enfermagem das Faculdades Integradas do Extremo Sul da Bahia, como requisitos para a obtenção do Título de Bacharel em Enfermagem

Professora (Faculdade do Extremo Sul da Bahia)

Professor (Faculdade do Extremo Sul da Bahia)

Professora (Faculdade do Extremo Sul da Bahia)

Professora Maria Cristina, Coordenadora do curso de Enfermagem Eunápolis–Ba _____________________________________________ DATA: ___/___/___

DEDICATÓRIA

“Dedico, aos meus Pais Arlene e Maurilio, os meus irmão, que me incentivaram e apoiaram em todos os momentos. E ao meu esposo Domingos, que em todas as fases de Acadêmica, estava ao meu lado ofertando apoio e paciência para continuar seguindo esta trajetória. Aos meus colegas pela atenção e conselhos. E aos Mestres, Professores que ensinaram e direcionaram-me o aprendizado do Curso, que tanto almejei”.

Obrigada Deus

AGRADECIMENTOS

Portanto, o tanto esperado momento chegou! A minha formatura, sonho realizado! Mais uma etapa da minha vida concluída e vencida. Chego ao fim desta jornada com missão cumprida, objetivo este que idealizei, e finalmente alcancei.

Ao longo desse processo, ou seja, os cinco anos de trajetória como Acadêmica da Faculdade de Enfermagem, onde conhecimentos foram adquiridos, desafios e obstáculos superados, acreditei no meu potencial, com otimismo e perseverança, apesar de admitir que algumas das vezes, o cansaço e o desânimo fizeram presentes durante a minha trajetória de graduada.

Primeiramente, devo essa vitória, e os meus agradecimentos a Deus, o nosso todo poderoso, eterno Pai celestial, que sempre esteve comigo nessa minha caminhada, derramando bênçãos, protegendo, iluminando, e dando-me sabedoria em cada semestre cursado na Universidade.

Aos meus preciosos e especiais Pais: Maurilio e Arlene, amores incondicionais em minha vida, que me- ensinaram os valores e princípios morais. Sempre me incentivando, ofertando palavras de motivação, confiou no meu potencial de se tornar uma vencedora, através do encorajamento de que tudo é possível, basta acreditar, e ter fé acima de tudo.

Meus queridos e adoráveis irmãos, William e Thainan, pelo apoio, compreensão e amor, que dispuseram em mim.

O meu Esposo, Domingos. Pela paciência, dedicação, cumplicidade, compreensão, por ter ficado ao meu lado nos momentos bons e ruins. Você é uma pessoa indescritível, ajudou-me de uma forma imensurável. Obrigada meu Amor!

Á minha família, a base de tudo! Minhas Avós que eu tanto Amo, Zenira e Maria, meus Tios, Tias, Primos, e cunhada, que contribuíram de forma direta e indireta para que esse sonho fosse concretizado.

Ao Prefeito e amigo, Ronaldo Peixoto, e ao Vereador e amigo, José Ramos Filho, homens estes que são exemplos de integridade, simplicidade, caráter, moral, sinceridade, que também contribuíram com a minha vitória. Meus sinceros, muito obrigada!

Meus amigos (a) e colegas, por ter mim apoiado e mim incentivado, durante esses anos que passei na Universidade.

O Corpo Docente da Universidade, pelos conhecimentos, informações direcionamentos, valores, desempenhos, empenhos e dedicação absoluta, que foram essenciais e importantes para a minha formação. Em especial, a Professora Maria Cristina, modelo de liderança. Também agradeço a Coordenação do Curso, que nos antecederam nos momentos em que foram precisos.

Então fica aqui, o Meu muito obrigado.

EPIGRAFE

“Sem sonhos, a vida não tem brilho. Sem metas, os sonhos não têm alicerces. Sem prioridades, os sonhos não se tornam reais”.

Augusto Cury

RESUMO

Introdução: Para reduzir o índice de mortalidade da mãe e do bebê é essencial que seja feito uma assistência de pré-natal de qualidade, de forma que garanta um amparo adequado e consiga prevenir, diagnosticar e tratar os acontecimentos inesperados na gestação, buscando sempre proteger a gestante e o concepto. Para tanto, com a finalidade de responder questões que envolvem o estudo, o seguinte Objetivo: Investigar os aspectos nutricionais de gestantes que são atendidas na Unidade Básica de Saúde do Bairro Alecrim II, no Município de Eunápolis – BA. Metodologia: Trata-se de um estudo transversal de caráter descritivo exploratório. Que teriam como cenário uma Unidade Básica de Saúde localizada no município de Eunápolis- BA. Participaram do estudo todas as gestantes que participam ativamente do pré-natal na Unidade Básica de Saúde. Através dessa pesquisa, esperamos que os profissionais pudessem identificar, e avaliar ás condições socioeconômicas daquelas Gestantes, que reflete de forma relevante, o perfil nutricional dessas. Por residirem em um Bairro carente, de poder aquisitivo insuficiente. Resultados: A maioria das gestantes que foram entrevistadas apresentou renda salarial precária, déficit no aporte nutricional, e assim dando origem a patologias existentes decorrentes da própria alimentação. Conclusão: Portanto é importante que, as Mulheres no período gestacional ou, Gestantes, obtenham um aporte nutricional adequado e satisfatório, para promover o estado de saúde do bebê, e até prevenir complicações futuras decorrentes do déficit alimentar. Por meio de consultas ativas do pré-natal, que essas mesmas irão receber orientações e informações do Enfermeiro da Unidade Básica de Saúde, juntamente com o profissional Nutricionista do NASF, para que mais e mais gestantes possam ser atendidas, e seus riscos amenizados.

Palavra-chave: Atenção Básica, Enfermagem, Nutrição, Saúde da Mulher.

LISTA DE SIGLAS

AIDS: Síndrome da Imunodeficiência Adquirida

APS: Atenção Primária a Saúde

DHEG: Doença Hipertensiva Específica da Gravidez

ESF: Estratégia da Saúde da Família

NASF: Núcleo de Apoio á Saúde da Família

PAISM: Programa de Atenção á Saúde da Mulher

PSF: Programa Saúde da Família

SF: Saúde da Família

VCM: Volume Corpuscular Médio

LISTA DE GRÁFICOS

GRÁFICO 1 – Distribuição percentual da Renda Familiar7

GRÁFICO 2 – Distribuição percentual da Distribuição de Renda

GRÁFICO 3 – Distribuição percentual de Refeições que Costumam Fazer Diariamente39

GRÁFICO 4 – Distribuição percentual de Alimentação Ingerida41

GRÁFICO 5 – Distribuição de percentual de frutas consumidas diariamente42

GRÁFICO 6 – Distribuição percentual de consumo diário de verduras e legumes

GRÁFICO 7 – Distribuição percentual de Falta de recursos financeiros para a realizações da refeições

GRÁFICO 8 – Distribuição percentual de problemas de saúde decorrente da alimentação

GRÁFICO 9 – Distribuição Percentual de consultas de pré-natal realizadas na UBS

GRÁFICO 10 – Distribuição percentual de apresentação de alterações nos exames de pré-natal

GRÁFICO 11 – Distribuição percentual de orientação alimentar durante a gravidez48

GRÁFICO 12- Distribuição percentual de cumprimento das orientações recebidas49

SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO

2 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA

2.1GESTAÇÃO15

2.2 NUTRIÇÃO6

2.3 NUTRIENTES ESSENCIAIS PARA GESTAÇÃO9

2.4 GANHO DE PESO MATERNO E CRESCIMENTO FETAL

2.5 PATOLOGIAS RELACIONADAS A NUTRIÇÃO GESTACIONAL

2.5.1 Hipertensão e Diabetes

2.5.2 Anemia na gestação

2.5.3 Desnutrição

3 SISTEMA ÚNICO DE SAÚDE (SUS) E O PROGRAMA DE ATENÇÃO INTEGRAL A SAÚDE DA MULHER (PAISM)

4 ENFERMEIRO NA ASSISTÊNCIA DA ESF................29

4.1 O ENFERMEIRO NA ASSISTÊNCIA DO PRÉ-NATAL31

4.2 NÚCLEO DE APOIO A SAÚDE DA FAMÍLIA32

5 METODOLOGIA34

5.1 TIPO DE ESTUDO34

5.2 CAMPO E CENÁRIO DO ESTUDO34

5.3 POPULAÇÃO DE ESTUDO34

5.4 INSTRUMENTOS E PROCEDIMENTOS DE COLETA DE DADOS35

5.5 PROCEDIMENTOS DE ANÁLISE DOS DADOS36

5.6 QUESTÕES ÉTICAS36

6 RESULTADOS E DISCUSSÃO37

7 CONCLUSÃO50

REFERÊNCIAS52

ANEXO I

ANEXO II....................................................................................................................58

1 INTRODUÇÃO

Com base na Lei nº 9.263, de 13 de novembro de 1996, artigo 3º, Parágrafo Único, Inciso II, a mulher tem direito a acompanhamento especializado durante a gravidez, o que inclui exames, consultas e orientações gratuitas, bem como ao conhecimento do seu local de atendimento e vinculação a este para o pré-natal e o parto.

Foi nas primeiras décadas do século XX, que no Brasil, a saúde da mulher foi acionada às políticas nacionais de saúde. Em 2004 o Ministério da Saúde instituiu, a Política Nacional de Atenção Integral à Saúde da Mulher, contendo vários objetivos referentes à promoção da saúde da mulher (BRASIL, 2004).

Entre os alvos da Política Nacional de Atenção Integral à Saúde da Mulher (PNAISM), sobressaem-se a abordagem na atenção obstétrica e planejamento familiar, a assistência em todas as fases da vida, o acompanhamento clínico ginecológico, além da atenção no campo da reprodução (BRASIL, 2011).

A assistência no pré-natal tem por desígnio único oferecer acolhimento a saúde da mulher a partir do início da gravidez, que é um momento de alterações físicas e emocionais, que acontece de forma distinta, em cada gestante. O adequado suporte nutricional durante toda a gestação é fundamental para o desenvolvimento embrionário fetal e a prevenção de comorbidades na vida futura (SANTOS 2010).

A avaliação nutricional faz parte da consulta de pré-natal, idealmente deve ser realizada ainda no período preconcepcional para as suas adequações e também para o cálculo do índice de massa corpórea, medida utilizada como padrão pelo Ministério da Saúde no acompanhamento do ganho de peso ponderal (BRASIL, 2004).

Sabe-se que a gestação é um período de profundas alterações no metabolismo materno, aumentando as necessidades nutricionais para garantir o adequado crescimento e desenvolvimento fetal (SOUZA, 2009).

Para que as necessidades maternas tanto nutricionais quanto psicológicas e físicas, sejam supridas, faz-se necessário o auxílio de uma equipe interdisciplinar composta por fisioterapeutas, médicos, psicólogos, enfermeiros, nutricionistas, entre outros, para desenvolverem assistência durante o período pré-natal, com ações que ofereçam o bem-estar da gestante e do seu filho (SOUZA, 2009).

Considerando as implicações nutricionais das alterações fisiológicas na gestação e o risco de desenvolvimento de distúrbios nutricionais é que justifica a confecção deste trabalho, no intuito de fazer uma investigação acerca dos aspectos nutricionais de gestantes que são atendidas na Unidade Básica do bairro Alecrim II na cidade de Eunápolis, Bahia.

O que justifica a confecção do referido trabalho é o fato de que, na gestação ocorrem várias transformações no corpo da mulher, que precisa ter uma alimentação equilibrada e balanceada, composta por todos os nutrientes necessários para o bom desenvolvimento do bebê e boa saúde da mãe. Para tanto, a equipe de enfermagem que atua na Atenção Primária, deve orientar como essas mães manterão o equilíbrio nutricional.

Com a finalidade de prevenir e tratar essas possíveis complicações próprias do período gestacional surgiu, o interesse sobre o assunto, na expectativa de pesquisar como se da á assistência de enfermagem com foco no suporte nutricional, oferecida pelo enfermeiro, que trabalha na Unidade Básica de Saúde do Bairro Alecrim II, no Município de Eunápolis – BA.

Neste sentido, com o intuito de entender as questões que permeiam o problema central da pesquisa, foi traçado o seguinte objetivo geral: Investigar os aspectos nutricionais de gestantes que são atendidas na Unidade Básica de Saúde do Bairro Alecrim II, no Município de Eunápolis – BA.

Com intuito de responder tais questões que envolvem o estudo tendo como objetivos específicos: Traçar o perfil sócio demográfico e cultural das gestantes atendidas na UBS do bairro Alecrim II; Avaliar o aporte nutricional das gestantes; Averiguar a existência de patologias relacionadas á gestação.

2 REVISÃO DE LITERATURA

2.1 GESTAÇÃO

A confirmação da gravidez é a primeira tarefa da assistência do pré-natal para o profissional de saúde e para mulher e sua família. Para a maioria das mulheres, o diagnóstico da gravidez é feito por causa da manifestação de certos sinais e sintomas (ZIEGEL, 2011).

Embora a gravidez seja um evento biologicamente normal, é um acontecimento especial na vida de uma mulher e como tal exige algumas adaptações especiais para a promoção da saúde dela e do feto (ARAUJO, 2007).

A gestação acarreta modificações no organismo materno com a finalidade de garantir o crescimento fetal e manter o organismo materno dentro dos limites de normalidade. Pra tanto, faz-se necessária, a modificação da alimentação materna, a fim de oferecer os nutrientes necessários que garantam as modificações maternas e necessidades fetais (OLIVEIRA, 2008).

Em algumas situações, a alimentação deve ser mais duramente analisada, como é o caso das gestantes que tenham diabetes, hipertensão, cardiopatias, portadoras de hemoglobinopatias ou outras enfermidades que possam comprometer o estado nutricional da mulher (ZIEGEL, 2011).

Os profissionais de saúde devem encarar essa ocasião como uma ótima oportunidade para a manutenção preventiva da saúde e para a educação da cliente (SANTOS 2010).

A avaliação das mudanças físicas e fisiológicas da gestação e o crescimento e desenvolvimento do feto é realizada através de uma série de visitas a assistência primária, segundo, determinados intervalos de tempo durante toda gravidez (ZIEGEL, 2011).

De acordo com Melo, 2005 durante o período gestacional, o organismo da mulher passa por várias adaptações fisiológicas, entre as quais podemos citar:

ü Ajuste no metabolismo dos macros nutrientes, passando a utilizar mais os carboidratos como fonte de energia, mobilizando menos os seus estoques de gordura;

ü Aumento da sensibilidade e vascularização dos centros respiratórios, e que causa uma hiperventilação, decorrente da ação da progesterona e do estrogênio;

ü Substituição da respiração abdominal pela torácica, causando uma respiração ofegante;

ü Mudanças no olfato e no paladar, alterando as preferências pelos alimentos;

Ainda de acordo com o mesmo autor, as situações mais comuns na gestação são:

ü Náuseas e vômitos;

ü Alterações no apetite;

ü Constipação (devido ao relaxamento da musculatura intestinal de corrente do aumento da ação da progesterona) e hemorróidas;

ü Pirose (devido ao aumento da pressão do útero sobre o estômago e ao relaxamento do esfíncter esofágico inferior);

ü Pica (vontade de se alimentar de substâncias não-nutritivas, como terra, cimento, cal, sabão);

ü Infecções urinárias (devido á deficiência na filtração renal);

2.2 NUTRIÇÃO

A avaliação nutricional individualizada no início do pré-natal é importante para estabelecer as necessidades de nutrientes neste período e deve ser realizada continuamente ao longo da gravidez. A sequência das consultas de pré-natal varia dependendo das necessidades das clientes, do estilo do profissional de enfermagem e do ambiente onde a visita ocorre (SANTOS 2010).

A gestante apresenta no transcurso da gravidez uma série de necessidades que os profissionais de enfermagem precisam estar aptos para preencher tais como a história patológica pregressa e atual e avaliação do estado físico, bem como uma nutrição adequada para manter a saúde materna e assegurar um bom desenvolvimento do bebê (ZIEGEL, 2011).

O alimento e seus nutrientes são necessários para a vida e o crescimento. Uma mulher grávida exige uma dieta que contenha um equilíbrio de todos os grupos alimentares, vitaminas e minerais. Tal dieta ajuda a manter sua própria saúde física e contribui para a sensação de bem estar que provem da existência de energia suficiente para fazer face ás demandas da vida ativa (SANTOS 2010).

De acordo com o mesmo autor, o embrião e o feto humano só podem obter nutrientes da mãe através da transferência placentária. Se a mãe é subnutrida, não existirão nutrientes adequados e poderá ocorrer um retardo de crescimento intrauterino.

A subnutrição durante essa fase pode afetar o crescimento fetal. Entretanto as consequências podem ser reversíveis quando é afetado o crescimento no tamanho da célula, mas pode ser permanente quando é afetado o número de células (ARAUJO, 2007).

O efeito da subnutrição intra-uterina varia da adequação, tempo e intensidade da agressão ao feto. O crescimento fetal acomete em três etapas. A primeira etapa é hiperplásica, isto é, a multiplicação de células relacionada com um aumento na quantidade de DNA no órgão (OLIVEIRA, 2008).

Durante a segunda etapa, o crescimento pode ser hiperplásico como hipertrófico, isto é, aumenta tanto o tamanho como a quantidade de células. A terceira etapa de crescimento, e a final, descrita pela hipertrofia. A subnutrição durante essa etapa pode afetar o crescimento fetal (ZIEGEL, 2011).

A dieta recomendada para a gravidez, em geral, aumenta todos os nutrientes em relação ao estado não grávido. Além disso, como as mulheres grávidas poderão estar em risco de hipoglicemia e cetonúria após período de jejum, elas devem evitar perder refeições e devem desenvolver o hábito de fazer lanches tarde da noite para passar até o outro dia (BRASIL, 2004).

Além do registro de alimentos geralmente ingeridos, é útil obter dados a respeito de outras circunstâncias da vida da mulher que provavelmente afetam

a sua, capacidade e o desejo de obter uma dieta nutritiva bem equilibrada (SANTOS, 2010).

O estado nutricional é determinado, principalmente, pela ingestão de micro e

macro nutrientes; assim, se a gestante receber inadequada oferta energética pode haver competição entre a mãe e o feto, limitando a disponibilidade dos nutrientes necessários ao adequado crescimento fetal (MELO, 2007).

Para a mulher que começa a gestação em um estado de boa nutrição e está acostumada com uma dieta bem equilibrada, a mudança não será grande. Seu apetite aumentado provavelmente servirá como indicação exata para o aumento da ingesta (ZIEGEL, 2011).

É necessário conhecer os recursos financeiros disponíveis para aquisição de alimentos. As mulheres pobres têm um risco nutritivo particular por causa de sua dificuldade para obter quantidade suficiente de alimentos de boa qualidade, especialmente carne, vegetais e frutas frescas (ARAUJO, 2007).

Sempre que possível essas mulheres devem receber informações onde obter assistência. Além dos programas de assistência à pública, muitas igrejas e organizações de caridade podem proporcionar um alívio em curto prazo (ZIEGEL, 2011).

2.3 NUTRIENTES ESSENCIAIS PARA A GESTAÇÃO

Para que ocorra o crescimento e o desenvolvimento do feto, é necessária a oferta de nutrientes provenientes do organismo materno. Estudos sugerem que os nutrientes maternos participam do desenvolvimento do cérebro fetal e cuja deficiência pode alterar as funções cerebrais (OLIVEIRA, 2008).

O alicerce principal para o desenvolvimento do feto são as proteínas produzidas pela mãe, essas proteínas são sintetizadas a partir dos aminoácidos que cruzam a placenta e que passam por processos envolvendo enzimas, dando origem ás cadeias peptídicas e, finalmente, as proteínas que serão utilizadas pelo feto (ZIEGEL, 2011).

Os minerais são também considerados nutrientes importantes para o crescimento e o desenvolvimento fetal, eles atravessam a placenta por mecanismo pouco conhecidos, principalmente no terceiro trimestre da gestação. Pode se destacar o ferro, que na gestação aumenta a demanda, devido ás alterações pautadas na eritropoese, e necessidades do feto (ARAUJO, 2007).

Entre outros nutrientes provenientes do organismo materno e utilizados pelo feto, estão às vitaminas, cuja falta pode ser responsável por malformação congênita. É recomendada no período gestacional, que a ingestão de vitaminas seja aumentada, principalmente vitamina “B”, a sua deficiência pode levar a anemia perniciosa, prejuízo no crescimento fetal e alterações no sistema nervoso (OLIVEIRA, 2008).

Outro nutriente de fundamental importância é o glicídio, que é representado principalmente pela glicose, a qual atravessa velozmente a barreira da placenta e é aproveitada prontamente pelo feto e pela placenta como fundamental fonte de energia, além do que, aumenta a incorporação, pelas células fetais, dos aminoácidos provenientes do organismo da mãe (ARAUJO, 2007).

O ácido fólico também é importante nesse período, para suprir as necessidades fetais e as modificações eritropoéticas do organismo materno, e ainda possivelmente devido á redução da síntese de DNA e atividade mitótica celular (KOFFMAN, 2005).

.

De acordo com Melo, (2005) algumas recomendações nutricionais devem ser seguidas para o bom desenvolvimento do feto e bem está da mãe.

· Calorias: aumentar o consumo calórico a partir do 2°trimestre, evitando-se consumo exagerado de alimentos altamente calóricos.

· Proteínas: aumentar o consumo em 10g/dia.

· Cálcio; fazer suplementação a fim de prevenir a DHEG, distúrbio hipertensivo específico da Gestação; não suplementar, caso exista nefro litíase.

· Ácido Fólico: suplementar e combinar com a ingestão de vitamina B12 a fim de prevenir distúrbios do tubo neural (espinha bífida, anencefalia, hidrocefalia) e anemia megaloblástica.

· Ferro: suplementar até o final da Gestação, pois será o responsável pela formação da massa eritrocitária fetal.

· Vitamina A: não deve ser suplementada, pois o excesso pode causar alterações na formação do feto (teratogênica).

· Vitamina C; ingerir no máximo2g/dia.

· Zinco: a deficiência pode causar má-formação fetal, mas a alta ingestão concorre com a absorção do ferro.

· Cafeína; restringir o consumo de chá preto/mate a três xícaras por dia.

· Edulcorantes: evitar o uso, especialmente de sacarina, que é permeável á placenta.

2.4 GANHO DE PESO MATERNO E CRESCIMENTO FETAL

Para que as adaptações que ocorrem no organismo materno durante o processo gestacional aconteçam de forma adequada, faz-se necessário um maior consumo de nutriente e, ainda, sabendo-se que a fonte de nutrientes que o feto dispõe para assegurar o seu crescimento é constituída pelas reservas nutricionais maternas e pela ingestão alimentar durante esse período, justifica-se a importância do estado nutricional materno durante a gestação (OLIVEIRA, 2008).

Por outro lado, sabemos que as condições nutricionais são avaliadas, entre outros parâmetros, pelo ganho de peso corporal, portanto é importante avaliar o peso da gestante durante as consultas de pré-natais. Vale salientar que o ganho de peso pode ser influenciado por vários fatores, além de a ingestão alimentar, tais como: o estresse, condições de saúde, peso gravídico, hábitos alimentares entre outros (SANTOS, 2010).

Estima-se que em condições normais, o ganho de peso durante a gestação deva variar em torno de 30g a 400g semanais, lembrando que durante o primeiro trimestre, esse ganho pode não acontecer, principalmente, quando a gestante apresenta diminuição do apetite, náuseas e vômitos. No segundo trimestre o ganho pode ultrapassar o esperado, uma vez que, em geral, cessam as perturbações digestivas e o apetite melhora (SANTOS, 2010).

No terceiro trimestre surgem outras perturbações digestivas prejudicando a ingestão de alimentos, principalmente a pirose e a sensação de plenitude gástrica, com redução da capacidade do estômago consequente ao aumento do volume uterino e que pode acarretar um ganho de peso menor do que o esperado (OLIVEIRA, 2008).

O ganho de peso no período gestacional deve ser determinado de acordo com o estado nutricional pré-gestacional. Em gestantes eutróficas, o indicado é um aumento de 9 a 13 kg. Gestantes com baixo peso pré-gestacional podem ter um peso de até18 kg, enquanto o ganho de peso ideal para gestantes obesas varia de 6 a 9 kg. É importante lembrar que o ganho de peso da gestante compreende, além do peso do feto, que pode ser de até 4 kg, o peso dos estoques placenta e aumento das mamas (MELO, 2005).

Ao final das 12 primeiras semanas (1°trimestre), o feto pesará aproximadamente 300g, sendo que essa é uma fase de intensa hiperplasia celular. Entre a 13° e 27° semanas ocorre um equilíbrio entre a hiperplasia e a hipertrofia celular, chegando o feto a pesar cerca de 1000g no final do período. A partir da 28° semana, o processo de hipertrofia passa a ser predominante, sendo que no final do período gestacional o feto pesará em torno de 3000g (MELO, 2005).

2.5 PATOLOGIAS RELACIONADAS Á NUTRIÇÃO GESTACIONAL

No período gestacional é necessário que as necessidades nutricionais da gestante e do feto sejam satisfatórias, pois caso isso não ocorra pode acontecer uma condição de concorrência biológica, vindo a comprometer o desenvolvimento do feto e bem-estar da gestante (SANTOS, 2010).

Para tanto, as indicações nutricionais nesse período devem ser focadas em duas direções: a ingestão energética pelo organismo e o ganho de peso durante a gestação, de forma que essa ingesta de energia se transforme em ganho de peso que satisfaça as necessidades de ambos (ANDRETO, 2006).

Sabe-se que, com o ganho de peso excessivo durante o período gestacional, alguns problemas de saúde podem aparecer principalmente, a hipertensão arterial gestacional e a diabetes mellitus gestacional, além da possibilidade de acontecer macrossomia fetal. Em contrapartida, caso a gestante não ganhe o peso necessário, os riscos de surgirem complicações no parto e a possibilidade do bebê nascer com baixo peso são maiores (FURTADO, 2010).

2.5.1 Hipertensão e diabetes

Complicações referentes à hipertensão na gravidez são o maior motivo de morbidade e mortalidade mãe e feto, ocorrendo em cerca de 10% de todas as gestações; essas complicações mais comumente apresentam-se em mulheres que nunca tiveram filho, em gestação múltipla, mulheres com quadro hipertensivo há mais quatro anos (BRASIL, 2006).

Esse tipo de hipertensão que é desenvolvido no período gestacional, nada mais é do que o desenvolvimento de hipertensão sem proteinúria que ocorre após 20 semanas de gestação. Pode evolucionar para pré-eclâmpsia e, se rigorosa, induzir a altos números de precocidade e retardo de crescimento do feto (BRASIL, 2006).

É na gestação que se faz um momento adequado para se fazer rastreamento do diabetes com objetivo de detectar alterações da tolerância à glicose na vida de uma gestante. As consequências adversas para a mãe e para o feto podem ser prevenidas/atenuadas com orientações referentes à alimentação e a prática de atividade física e, quando indispensável, uso específico de insulina (BRASIL, 2006).

Outra consequência do ganho de peso elevado é a macrossomia fetal, que é caracterizado quando o peso do feto ao nascer for igual ou superior a quatro quilos, sendo o diabetes gestacional a principal causa (BRASIL, 2010).

2.5.2 Anemia na Gestação

De acordo com a Organização Mundial de Saúde 1975, denomina-se anemia durante a gestação quando os níveis de hemoglobina são iguais ou menores que 11 g/dL. Portanto, os valores de hemoglobina, também como os de hematócrito e da quantidade geral de células vermelhas, permanecem na dependência da elevação da massa eritrocitária, ambos volúveis na gravidez.

Igualmente, mesmo as mulheres saudáveis exibem diminuição das aglomerações de hemoglobina entrementes na gestação não operosa. Essa atenuação revela-se por volta da 8ª semana, prossegue vagarosamente e até a 34ª semana e, logo, estável consolidado até o parto. Não provoca danos à gestante ou ao feto, todavia, conquanto a centralização da hemoglobina esteja reduzida, a hipovolemia propicie a perfusão e a oxigenação apropriada dos tecidos (PEIXOTO, 2004).

Ainda de acordo com o mesmo autor, é importante aplicarem-se outros métodos para a denominação e para a análise da anemia. Os índexes corpusculares, especialmente o Volume Corpuscular Médio (VCM = 81–95 dL), não sofrem modificações em semelhança ao volume plasmático e conseguem, então, ser segurados com aquele propósito. Para resultados experimentados, tomando-se o VCM como índice, detectam-se três tipos de anemia: microcíticas (VCM < 85 dL), normocíticas (VCM entre 85 e 95 dL) e macrocíticas (VCM > 95 dL).

As anemias carência is são abundantes assíduos em nosso meio, particularmente a ferropriva e a megaloblástica. Afora delas, a anemia falciforme é a patologia hereditária mais corriqueira no Brasil. É prevalecente entre afrodescendentes em geral. A gravidez é um estado potencialmente intenso para as clientes com enfermidade falciforme, igualmente como para o feto e o recém-nascido (RUOCCO, 2005).

O motivo da consulta com hematologista e a delegação para pré-natal de alto risco, quando detectar a gravidade do acontecimento e a relevância do diagnóstico da origem da anemia. A emenda dos níveis hematimétricos é essencial, também como prevenção da morbiletalidade pós-parto (PEIXOTO, 2004).

2.5.3 Desnutrição

De acordo com Nóbrega (2007), a desnutrição é uma síndrome que abrange uma cadeia de enfermidades, onde cada uma delas tem causa particular, tendo relação com a deficiência de alguns nutrientes importante como o iodo, a proteína e o cálcio. Essa deficiência se dar pelo desequilíbrio das células em fornecer nutrientes, sendo que precisa de um lado fornecer energia e do outro, garantir a demanda corporal para que o crescimento e as funções sejam assegurados.

A desnutrição tem várias causas e pode ser considerada como primária ou secundária. Sendo que a primária se dar pela insuficiente ingestão de alimentos ou ingestão de forma imprópria, já a causa secundária é resultado de doenças não nutricionais que acabam por abater o organismo, deixando-o desnutrido, como é o caso das neoplasias, AIDS e nefropatias crônicas, entre outras (MONTE, 2000).

Por essas e outras questões que a qualidade nutricional de uma mulher quando está grávida é extremamente importante, pelo fato de ela ser uma geradora. Durante a gestação o organismo da mulher requer maior aporte nutricional, isso porque o feto necessita desses nutrientes para se desenvolver sem causar desequilíbrio no organismo da mãe (NÓBREGA, 2007).

Com o objetivo de manter o crescimento e desenvolvimento do feto, o corpo da mulher sofre muitas mudanças fisiológicas, dentre elas, a expansão do volume sanguíneo, que serve para equilibrar as alterações hemodinâmicas originadas pela ampliação da circulação intra-uterina que aumenta no período da gravidez. (NÓBREGA, 2007).

De acordo com o mesmo autor, durante o período gestacional a mulher passa por duas fases no metabolismo protéico, sendo a fase anabólica, conhecida como materna, onde a grávida acrescenta a sua ingesta de nutrientes e o feto não concorre muito com a mãe, pois suas necessidades protéicas são baixas.

Já na fase Catabólica, conhecida como fetal, que é uma fase demorada onde as necessidades, do feto, são grandes pelo crescimento tecidual rápido, ocorrendo à quebra das proteínas musculares da mãe, e passagens para o feto, essa fase acontece independente do consumo protéico feito pela mãe, sendo ela intercedida por hormônio produzido pela unidade feto-placentário (FONSECA, 2010).

O ferro é um importantíssimo mineral para o crescimento e desenvolvimento do feto. No período gestacional requer a ingestão aumentada deste micro mineral para abastecer a ampliação da massa celular vermelha, que é o volume sanguíneo, assim como as necessidades do feto. Caso essa demanda de ferro não seja ofertada de acordo com as necessidades, o organismo materno será prejudicado (NÓBREGA, 2007).

Sendo assim, percebe-se que no período gestacional ocorrem muitas mudanças metabólicas no organismo da mulher, e que um quadro de desnutrição irá interferir em muitos aspectos na qualidade e bem estar da gestante e do feto (MONTE, 2000).

3 SISTEMA ÚNICO DE SAÚDE (SUS) E O PROGRAMA DE ATENÇÃO INTEGRAL À SAÚDE DA MULHER(PAISM)

Houve uma grande transformação demográfica da população brasileira nos últimos tempos, com redução da fecundidade de 5,8 filhos por mulher, em 1970, para 2,3 filhos por mulher em 2000, o que provocou a diminuição da taxa de crescimento populacional. Tal fato representa novas demandas para os serviços de saúde (PEDUZZI, 2011).

As mulheres correspondem à maior parte da população brasileira (50,77%) e tratam-se das principais usuárias do Sistema Único de Saúde (SUS). Elas são frequentadoras dos serviços de saúde para o seu próprio atendimento, e também para o acompanhando das crianças e outros familiares (BRASIL, 2004).

A assistência de enfermagem deverá ser voltada ao contato com a mulher gestante na unidade de saúde, tentando compreender essa gestação no contexto familiar. Visto que, este contexto é de extrema importância para seu desenvolvimento intrauterino e no contato com familiares. É necessário um diálogo, e a capacidade de percepção no acompanhamento do pré-natal, para que o saber seja compartilhado entre a mulher e sua família (BRASIL, 2005).

O Sistema Único de Saúde tem como funções no PAISM, orientar e capacitar para que ocorra atenção integral à saúde da mulher, numa perspectiva que contemple a promoção da saúde, as necessidades de saúde da população feminina, o controle de patologias mais prevalentes nesse grupo e a garantia do direito à saúde, para que essa política voltada atinja as mulheres em todos os ciclos de vida, resguardadas as especificidades das diferentes faixas etárias e dos distintos grupos populacionais (mulheres negras, indígenas, residentes em áreas urbanas e rurais, residentes em locais de difícil acesso, em situação de risco, presidiárias, de orientação homossexual, com deficiência, dentre outras) (BRASIL, 2004).

O PAISM iniciou-se na década de 1980, baseado em experiências programáticas verticais que o antecederam, como o Programa de Controle do câncer de colo uterino e de câncer de mama, e o programa de prevenção da gravidez de alto risco, planejamento familiar, amamentação e atenção ao período pós-parto (COSTA, 2004).

O Programa de Atenção Integral à Saúde da Mulher foi precursor, mesmo no panorama mundial, ao nomear a atenção à saúde reprodutiva e não mais ao emprego de ações isoladas de planejamento (SCHIMIT, 2009).

A saúde da mulher seria, então, determinada por aspectos, sócio-político, cultural, e biológicos, reconhecendo a validade das experiências das mulheres, suas opiniões sobre saúde e suas experiências de saúde (TEIXEIRA, 2003).

Cada mulher deveria ter oportunidade de alcançar e manter sua saúde, tal como definida por ela própria, no seu mais alto potencial. Tais evoluções conceituais vêm interferindo nas mudanças e reelaborações no tocante ao Programa de Atenção à Saúde da Mulher (FURTADO, 2010).

O PAISM abrange um modelo conceitual muito avançado e integral, no qual se abordam todos os aspectos da à saúde da mulher durante o seu ciclo vital, sendo atenção ao pré-natal, ao parto e ao pós-parto, lactação, prevenção de câncer, atenção ginecológica, planejamento familiar e tratamento para infertilidade, diagnóstico e tratamento de DST, diagnóstico e tratamento das doenças ocupacionais e mentais, e expansão de cobertura para a atenção ás adolescente e mulheres na pós-menopausa (COSTA, 2004).

4 ENFERMEIRO NA ASSISTÊNCIA DA ESTRATÉGIA DA SAÚDE DA FAMÍLIA (ESF).

O PSF hoje denominado Estratégia Saúde da Família (ESF) trata-se de um modelo de organização dos Serviços de Atenção Primária a Saúde (APS) peculiar do Sistema Único de saúde (SUS), cujo objetivo é priorizar as ações de prevenção, promoção e recuperação da saúde das pessoas de forma integral e contínua (CARBONE; COSTA, 2004)

Desde 1994 com a implantação do Programa Saúde da Família (PSF), o profissional enfermeiro vem assumindo várias atribuições na Equipe de Saúde da Família (ESF) e na Unidade de Saúde da Atenção Básica. Assim, com a implantação do Programa surgiu um novo mercado de trabalho para os enfermeiros e uma preocupação com a sua capacitação profissional, fazendo com que contribuíssem para a mudança do perfil epidemiológico do país. Nesse contexto o enfermeiro passou a ser respeitado pelos demais profissionais da equipe de saúde, como também conquistaram o reconhecimento do seu trabalho na sociedade (COSTA; SILVA, 2004).

A enfermagem também tem se dedicado ao estudo e á prática da humanização do cuidado aos usuários de seus serviços. Sendo o cuidado um processo de crescimento e de amadurecimento, ou seja, estratégia para atribuir à mulher maior poder (SANTOS 2010).

No processo de cuidar de mulheres, o comportamento afetivo da enfermagem contribui com a satisfação da mulher, sua participação no planejamento dos cuidados, sua aderência aos tratamentos, sua qualidade de vida e sua recuperação (ARAUJO, 2007).

Esse comportamento privilegia a construção de um vínculo, de uma relação de confiança entre o profissional e o sujeito do cuidado, essencial para o cuidado humano (SCHIMIT, 2009).

Um ambiente acolhedor representa instrumento importante para a humanização, principalmente por oportunizar a livre manifestação das subjetividades, da intuição e de outras experiências decorrentes de influencias culturais, sociais, ambientais e místicas além daquelas decorrentes da racionalidade medicalizada ou tecnocrática (COSTA, 2004).

Sendo assim, pode-se dizer que o ambiente das unidades de saúde de modo geral, hospitalares e da rede básica, configurou-se ao longo do tempo muito mais como espaço que privilegia a atuação dos profissionais do que como acolhimento para as pessoas que precisam de serviços (TEIXEIRA, 2003).

Para transformar esses ambientes é um desafio, pois significa romper definitivamente com o modelo tecnocrático de assistência ali cristalizado bem no âmago de seu símbolo maior: o hospital o u o consultório (ZIEGEL, 2011).

É fundamental, também, que haja integração entre os profissionais de saúde, de forma que as mulheres sintam-se seguras diante das orientações recebidas e amparadas pelo acompanhamento periódico (FURTADO, 2010).

Nesse sentido, o Ministério da Saúde recomenda que sejam criados mecanismos por meio dos quais as mulheres motivadas a cuidar de sua saúde, encontrem uma rede de serviços quantitativa e qualitativamente capaz de suprir a detecção de alterações (BRASIL, 2004).

O enfermeiro na ESF realiza diversas atividades com a equipe e a população, organiza o cotidiano dos serviços, planeja ações de promoção da saúde e prevenção de agravos, e tem a oportunidade de tomar decisões com a equipe de saúde multiprofissional, com o usuário e seus familiares quanto aos cuidados com sua saúde (SANTOS, 2010).

O trabalho do profissional enfermeiro deve estar incluir também atividades clínicas da atenção básica de saúde, desenvolvido de forma a atender as necessidades de saúde de uma população (SCHIMTH, LIMA 2009).

4.1 O ENFERMEIRO NA ASSISTÊNCIA AO PRÉ-NATAL

O pré-natal é um método criado para cuidado e prevenção, ases gestantes que visam á promoção da saúde, e bem estar da mãe e do seu bebê, trás o tratamento precoce de problemas, que poderão surgir durante a gestação. Gestantes que participam do pré-natal apresentam menos doenças, com melhor desenvolvimento intrauterino do feto e uma menor mortalidade infantil, para tal é preciso um atendimento efetivo em sua qualidade e quantidade. O mesmo deve ser iniciado precocemente no primeiro trimestre da gestação, com consultas regulares e completas (BRASIL, 2005).

Para reduzir o índice de mortalidade da mãe e do bebê é essencial que seja feito uma assistência de pré-natal de qualidade, de forma que garanta um amparo adequado e consiga prevenir, diagnosticar e tratar os acontecimentos inesperados na gestação, buscando sempre proteger a gestante e o concepto (KOFFMAN, 2005).

O esquema de pré-natal é aquele de uma visita ao mês durante os primeiros sete meses, e então uma a cada duas semanas até o ultimo mês e finalmente, uma toda semana até o início do trabalho de parto (BRASIL, 2004).

A gestante durante ás consultas no pré-natal deverá ser encorajada quanto ao aleitamento materno, promovendo a manutenção do vínculo mãe e filho que inicia desde a gestação, devendo ser continuado na gestação e puerpério para garantia do bem- estar e saúde da criança (BRASIL, 2001).

A assistência de enfermagem deverá ser voltada ao contato com a mulher gestante na unidade de saúde, tentando compreender essa gestação no contexto familiar. Visto que, este contexto é de extrema importância para seu desenvolvimento intrauterino e no contato com familiares. É necessário um diálogo, e a capacidade de percepção no acompanhamento do pré-natal, para que o saber seja compartilhado entre a mulher e sua família (BRASIL, 2005).

4.2 NÚCLEO DE APOIO À SAÚDE DA FAMÍLIA (NASF)

Através da Portaria nº 154, de 24 de janeiro de 2008, o Ministério da Saúde instituiu o Núcleo de Apoio à Saúde da Família, com objetivo de dar apoio a Estratégia Saúde da Família, a fim de expandir o número de abrangência de atendimento da população adstrita.

Ainda de acordo com a portaria nº 154, existem dois tipos de NASFs, sendo o NASF1, composto por no mínimo cinco profissionais com formação universitária, entre os seguintes: psicólogo, assistente social, farmacêutico, fisioterapeuta, fonoaudiólogo, médico ginecologista, profissional da educação física, médico homeopata, nutricionista, médico acunpunturista, médico pediatra, médico psiquiatra e terapeuta ocupacional.

Já o NASF 2, deverá ter no mínimo três profissionais, entre os seguintes: psicólogo, assistente social, farmacêutico, fisioterapeuta, fonoaudiólogo, profissional da educação física, nutricionista e terapeuta ocupacional; e se vincular a no mínimo três equipes de SF.

O NASF 1, Núcleo de Apoio á Saúde da Família, tem que permanecer no menor de oito, e culminante de vinte grupos de SF, Saúde da Família, afora nos Estados da Região Norte, lugar de origem, o indicador menor transcorre a cinco (BRASIL, 2009).

O NASF não pode ser considerado uma porta de entrada para assistência primária, mas como uma via de apoio as equipes que trabalham nesse nível de atenção. Esses profissionais compartilham e apoiam as atividades desenvolvidas no território, que é responsabilidade da equipe de saúde da família (BRASIL, 2010).

Os profissionais da equipe multidisciplinar do NASF devem ter total autonomia para exercer suas funções nas áreas de suas competências, não devendo ser monitorados por outros profissionais, pois cada integrante tem uma função especifica para ser desenvolvida dentro das ações de saúde. Isso não quer dizer que trabalharão cada um por si, e sim que, um complementará a ação do outro dentro da sua área de conhecimento (PEDUZZI, 2011).

Na questão referente à Atenção Prestada a Saúde da Mulher, existem programas multidisciplinares de preparação para o parto que foram, desenvolvidos com, o objetivo de oferecer a gestante um equilíbrio biopsicossocial. E para o desenvolvimento desse bem estar, os profissionais que participam das consultas de pré-natal são, nutricionistas, fisioterapeutas, fonoaudiólogos, psicólogos e assistentes sociais, juntamente com o enfermeiro e o médico (FURTADO, 2010).

5. METODOLOGIA

5.1 TIPO DE ESTUDO

Será desenvolvido um estudo transversal de caráter descritivo exploratório.

5.2 CAMPO E CENÁRIO DO ESTUDO

O estudo será desenvolvido na cidade de Eunápolis, um município brasileiro do estado da Bahia às margens da BR-101 e sua população é de 110.803 habitantes, segundo o IBGE de 2012.

Eunápolis conta com 21 Unidades Básicas de Saúde, dessas será escolhida a Unidade Básica de Saúde do Bairro Alecrim II. A escolha justifica-se, por se tratar de um bairro com acentuado índice de pobreza apresentando baixo poder aquisitivo, com condições sócias demográficas deficientes como falta de saneamento básico, infra-estrutura e alto índice de desemprego que afeta a renda familiar.

5.3 POPULAÇÃO DE ESTUDO

Serão selecionados como populações de estudo gestantes que são atendidas pelo enfermeiro da Unidade Básica de Saúde escolhida para estudo.

Participarão do estudo todas as gestantes que participam ativamente do pré-natal na Unidade Básica de Saúde. Os critérios de inclusão serão que as gestantes estejam entre há 8°semana até 38ª semana de gestação e que não apresentem doenças crônicas. Existem cadastradas na Unidade escolhida atualmente, 25 gestantes e segundo registros anteriores o número máximo de gestantes cadastradas foram 32. Portanto, será investigado cerca de 20gestantes, o que representa mais de 50% da população total.

5.4 INSTRUMENTOS E PROCEDIMENTOS DE COLETA DE DADOS

Para aplicação do questionário será necessário anexar o pré-projeto na Plataforma do Brasil, posteriormente apreciação de um Comitê de Ética. Em seguida será enviado para a Secretária de Saúde um pedido para que a pesquisa seja liberada. Após o pedido ser aceito a pesquisa terá inicio.

Primeiro será preciso ir a Unidade e marcar uma reunião com o coordenador para explicar os objetivos e pedir liberação para adentrar.

Após aceitação do enfermeiro para participar desta pesquisa, será previamente solicitado que o mesmo faça um convite para as gestantes que estão na idade gestacional preestabelecida, para que participem do processo da entrevista respondendo o questionário.

Os colaboradores que participarão da pesquisa serão orientados a assinar um Termo de Consentimento Livre e Esclarecido - TCLE que será encaminhado juntamente com o questionário estruturado, autoaplicável (Anexo I).Nesse questionário, as gestantes terão 16 questões objetivas, sendo 04 subjetivas entre essas 16 questões. Objetivando conhecer os aspectos nutricionais de gestantes que são atendidas na Unidade Básica de Saúde do Bairro Alecrim II (Anexo II).

A entrevista será constituída de duas partes: na primeira, constarão os dados relativos às características, idade, idade gestacional, endereço; e na segunda,

os dados relativos ao perfil nutricional das gestantes entrevistadas, buscando dados sobre os hábitos alimentares das mesmas, bem como, possíveis fatores que possam interferi de forma negativa para que essa alimentação não seja satisfatória.

5.5 PROCEDIMENTOS DE ANÁLISE DOS DADOS

As questões fechadas serão tabuladas de forma descritiva no programa Excel 2007, a fim de gerar freqüência, ajudar na elaboração dos gráficos e subsidiar a discussão os dados. As questões subjetivas serão aplicadas de maneira discursiva argumentativa, onde o entrevistador irá obter informações do entrevistado.

5.6 QUESTÕES ÉTICAS

Este estudo será desenvolvido respaldando-se na resolução 196/96 do Conselho Nacional de Saúde, regulamentadora das pesquisas com seres humanos, considerando a observância da beneficência, não maleficência, ausência de riscos e prejuízos, com garantia do anonimato aos sujeitos do estudo. Esta pesquisa só poderá iniciar a coleta de dados após aprovação de um comitê de ética em pesquisa e a coleta dos dados ocorrerá após aceitação do sujeito do estudo e assinatura do termo de consentimento livre e esclarecido.

6. RESULTADOS E DISCUSSÃO

Os Resultados apresentados em dados percentuais a seguir foram adquiridos através do questionário auto aplicado contendo 16 questões, tendo o público alvo, ás 20 gestantes cadastradas no programa de saúde, pré-natal, da Unidade Básica de Saúde, do bairro Alecrim II, na Cidade de Eunápolis, com idade gestacional entre a 8° e 38° semana de gestação, e que aceitaram em responder o referido questionário, acerca de questões que compreendem o perfil nutricional.

Gráfico 1: Distribuição do Percentual da Renda Familiar

Fonte: O próprio pesquisador

O gráfico 1, apresenta renda familiar, onde 60% das entrevistadas sobrevivem com menos de um salário mínimo. Já 15% dessas mulheres vivem com um salário mínimo. É 25% das gestantes entrevistadas vivem com uma renda entre dois e três salários mínimos. Não houve entrevistadas com renda maior de quatro salários mínimos, 0.0%.

Segundo Araújo (2007) O fato de ter um quantitativo de mulheres com baixa renda significa que a maioria delas não terá acesso a uma boa alimentação, sendo assim, o fator renda é indispensável para saber um pouco melhor o perfil das gestantes.

Segundo Oliveira (2008), a gestação acarreta modificações no organismo materno com a finalidade de garantir o crescimento fetal e manter o organismo materno dentro dos limites de normalidade. Pra tanto, faz-se necessária, a modificação da alimentação materna, a fim de oferecer os nutrientes necessários que garantam as modificações maternas e necessidades fetais.

Evidenciando que o fator econômico é determinante para se ter uma alimentação saudável tanto para mãe quanto para o feto, entretanto, esse perfil mostra que muitas dessas mulheres vivem com um salário mínimo, este não é o ideal, mas, ao menos dá a elas uma segurança quanto o que elas devem comer e beber para ter uma boa gestação. Já, as mães com rendas melhores, deixam-nas em uma situação confortável diante da vida saudável que uma gestante tem que ter.

Assim, ao discutir a renda familiar das participantes percebe-se que a maioria delas sobrevive com, um ou menos de um salário mínimo, evidenciando, risco de acarretar problemas como anemia entre outros.

Gráfico 2: Distribuição do Percentual da Distribuição da Renda Fonte (O próprio pesquisador)

O gráfico 2, apresenta que a maioria das gestantes que sobrevive com essa renda, tem que partilhar esta, que varia entre menos de um salário a três salários mínimos com outros moradores. O mesmo comprova para quantas pessoas a renda recebida, é distribuída: 45% afirmam dividir com três pessoas, 20% com duas e mais de quatro, e 15% com quatro pessoas.

Segundo Ziegel (2011) que mostra o motivo pelo qual as gestantes não obter uma boa alimentação, pois, o fator renda baixa está associada à quantidade de pessoas que sobrevivem dessa renda dificultando ter uma nutrição adequada para manter a saúde materna e assegurar um bom desenvolvimento do bebê.

É necessário conhecer os recursos financeiros disponíveis para aquisição de alimentos. As mulheres pobres têm um risco nutritivo particular por causa de sua dificuldade para obter quantidade suficiente de alimentos de boa qualidade, especialmente carne, vegetais e frutas frescas (ARAUJO, 2007).

Gráfico 3: Distribuição do Percentual de Refeições que costumam realizar diariamente Fonte (O próprio pesquisador)

O gráfico 3, mostra que a maioria das gestantes fazem apenas três refeições diárias, sendo que 80% tomam café da manhã, 75% almoçam, 75% jantam. As entrevistadas ainda se dividem da seguinte maneira: 60% tomam o café da tarde, 35% tomam o lanche da tarde, 20% lanche da manhã e 15% realizam todas as refeições.

Segundo Santos (2010) a mulher grávida tem que ter equilíbrio em sua alimentação nos contendo mesmo grupos alimentares, vitaminas e minerais. O alimento e seus nutrientes são necessários para a vida e o crescimento do feto e o equilíbrio da saúde da própria gestante.

Entretanto, ao indagar quais refeições elas costumam realizar durante o dia uma minoria consegue realizar todas as refeições necessárias para o bom desenvolvimento do bebê, sendo que a maioria só faz apenas o café da manhã e almoço. Diante do exposto percebe-se que há uma lacuna entre a alimentação ideal e a alimentação real na vida dessas mulheres.

Já para (SANTOS 2010) O alimento e seus nutrientes são necessários para a vida e o crescimento. Uma mulher grávida exige uma dieta que contenha um equilíbrio de todos os grupos alimentares, vitaminas e minerais. Tal dieta ajuda a manter sua própria saúde física e contribui para a sensação de bem estar que provem da existência de energia suficiente para fazer face ás demandas da vida ativa.

Segundo Chuichman (2009), afirma que se deve ter uma diversidade no consumo de alimentos, tendo assim, a presença de produtos saudáveis, mas, deve-se controlar o quantitativo de ingestão de alimentos, e, devendo consumi-los a cada três horas, reduzindo assim, a sensação de azia e mal estar.

Gráfico 04. Distribuição do Percentual da Alimentação Ingerida

Fonte (O próprio pesquisador)

O gráfico 4, apontou que durante a entrevista, 50% das gestantes comem comidas fritas, assadas e cozidas, 30% comem frituras, 20% comem comidas cozidas e 0,0% não comem comidas somente assadas.

Para Melo (2007) Ressalta a importância de se ter uma boa ingestão de micro e macro nutrientes, pois, se a gestante receber uma má alimentação terá um desequilíbrio alimentar, limitando a mãe ter uma boa alimentação e o feto limitações quanto o seu crescimento. Partindo desse principio, percebe-se que a maioria das gestantes utiliza-se de uma alimentação mista, sendo que nesse período o melhor é evitar frituras.

Segundo (CREDIDIO, 2008) a necessidade de se ter uma alimentação saudável com quantitativo suficiente para um bom desenvolvimento do feto, para tanto se faz necessário harmonia nos componentes consumidos.

Gráfico 5. Distribuição de Percentual de Frutas consumidas diariamente Fonte (O próprio pesquisador)

O gráfico 5, indica que 75% das gestantes só comem frutas às vezes, e apenas 25% consomem diariamente e, 0.0% não consomem nenhum tipo de fruta.

De acordo com Ziegel (2011) A mulher que já tem uma boa alimentação perpassa a gestação de forma equilibrada sem ter grandes mudanças, só terá alteração em seu aumento de apetite.

Esse levantamento traz à tona a necessidade de se consumir porções diário de frutas, uma vez que estas são responsáveis por boa parte dos nutrientes que devem ser consumidos por mães e fetos.

Gráfico 6: Distribuição de Percentual de Consumo diário de verduras e legumes

Fonte (O próprio pesquisador)

O gráfico 6, demonstram a má alimentação dessas gestantes em que, 80% das entrevistadas só consumem verduras e legumes às vezes, apenas 15% consomem estes alimentos diariamente e somente 5% não comem de forma alguma.

Parafraseando Santos (2010). A dieta durante a gestação, ajuda a manter a saúde física da mulher e contribui para a sensação de bem estar e principalmente alimenta ela da energia necessária para a fase que está vivendo. Entretanto, o que se percebe que 80% das gestantes entrevistas só comem verduras e legumes raramente, fazendo com que as mesmas tenham deficiência alimentar durante a gestação.

Gráfico 7: Distribuição do Percentual de Falta de Recursos Financeiros para a realização das refeições Fonte (O próprio pesquisador )

O gráfico 7, elucida algumas questões postas anteriormente, pois, evidencia que mesmo as gestantes participantes não fazendo todas as refeições diárias apenas 15% dessas mulheres não fizeram essas refeições por falta de condições financeiras, 5% teve dificuldades financeiras para fazer todas às refeições em contrapartida 80% das entrevistadas não tem dificuldades financeiras para realizar as refeições necessárias às gestantes.

Partindo da necessidade que a gestante tem que ter uma boa dieta, o enfermeiro tem que ter conhecimento de sua carência financeira (SANTOS, 2010).

Embora a pesquisa apresente que entre 15% a 20% das participantes da pesquisa teve algum problema financeiro é importante frisar que estas podem apresentar durante a gestação algum tipo de deficiência de vitaminas.

Gráfico 8: Distribuição do Percentual de Problemas de saúde decorrente da alimentação Fonte (O próprio pesquisador)

O gráfico 8, ao serem indagadas quanto à apresentação de algum problema de saúde proveniente da alimentação, 50% responderam que já apresentou algum tipo de problema, sendo que dentre eles estão: anemia e infecção urinária, leucemia, hipertensão arterial.

Sendo que para BRASIL (2006), Cerca de 10% de todas as gestações apresentam complicações em relação à hipertensão, salientando que essas complicações são mais comuns em mulheres que nunca tiveram filho, em gestação múltipla, mulheres com quadro hipertensivo há mais de quatro anos.

Outra consequência do ganho de peso elevado é a macrossomia fetal, que é caracterizado quando o peso do feto ao nascer for igual ou superior a quatro quilos, sendo o diabetes gestacional a principal causa (BRASIL, 2010).

Gráfico 9: Distribuição do Percentual de Consultas de pré-natal realizadas na UBS

Fonte (o próprio pesquisador)

O gráfico 9, evidencia que 50% das mulheres fizeram mais de 03 consultas pré-natal na UBS, 20% duas vezes, 15% uma vez, 15% três vezes e 0,0% nenhuma consulta.

Segundo Brasil (2005) É necessário um diálogo, e a capacidade de percepção no acompanhamento do pré-natal, para que o saber seja compartilhado entre a mulher e sua família. Partindo desse principio percebe-se que ainda existe um percentual de mulheres que não conseguem por algum motivo ter um acompanhamento melhor do profissional de enfermagem.

Para reduzir o índice de mortalidade da mãe e do bebê é essencial que seja feito uma assistência de pré-natal de qualidade, de forma que garanta um amparo adequado e consiga prevenir, diagnosticar e tratar os acontecimentos inesperados na gestação, buscando sempre proteger a gestante e o concepto (KOFFMAN, 2005).

Os resultados da pesquisa demonstram que a maioria das mulheres enfatiza a importância do acompanhamento médico no período da gestação.

Gráfico 10: Distribuição do Percentual de Apresentação de alterações nos exames pré-natal

Fonte (o próprio pesquisador)

O gráfico 10, demonstra que 70% das gestantes que fizeram os exames solicitados durante o pré-natal teve identificado algum tipo de alteração nos resultados e apenas 30% não teve alterações nos resultados dos exames feitos no referido período.

Segundo Santos (2010) O profissional de saúde no período que atende uma gestante tem por obrigação realizar ações educativas de prevenção à saúde da mulher. Partindo dessa afirmação o que se percebe é que durante a gestação a mulher toma consciência do seu corpo e muitas vezes de como se encontra a sua saúde, dentre as alterações que ocorreram com as entrevistadas estão: anemias e infecções urinárias.

As anemias carência is são abundantes assíduos em nosso meio, particularmente a ferropriva e a megaloblástica. Afora delas, a anemia falciforme é a patologia hereditária mais corriqueira no Brasil. É prevalecente entre afrodescendentes em geral. A gravidez é um estado potencialmente intenso para as clientes com enfermidade falciforme, igualmente como para o feto e o recém-nascido (RUOCCO, 2005).

Gráfico 11: Distribuição do Percentual de Orientação Alimentar durante a Gravidez Fonte (o próprio pesquisador)

O gráfico 11, analisando a questão posta é importante ressaltar que 90% das entrevistadas tiveram orientações, isso evidencia que o acompanhamento gestacional se torna a cada dia mais eficaz, e sendo que esse 10% não tiveram orientações alimentares.

A avaliação das mudanças físicas e fisiológicas da gestação e o crescimento e desenvolvimento do feto é sabido através de assistência que é feita com intervalos determinados de tempo durante toda gravidez (ZIEGEL, 2011).

No processo de cuidar de mulheres, o comportamento afetivo da enfermagem contribui com a satisfação da mulher, sua participação no planejamento dos cuidados, sua aderência aos tratamentos, sua qualidade de vida e sua recuperação (ARAUJO, 2007).

Tal gráfico evidencia que existe um acompanhamento intenso no que se refere á alimentação das gestantes, para que estas tenham uma gestação tranqüila e com alterações metabólicas normais.

Gráfico 12: Distribuição do Percentual de Cumprimento das Orientações Recebidas

Fonte (O próprio pesquisador)

O gráfico 12, ao serem, indagadas quanto o motivo para o cumprimento ou o não-cumprimento das orientações recebidas durante a gestão, o que se evidencia é que 75% das participantes que foram entrevistadas seguem ás vezes as orientações tendo como motivos principais: por não gostar das especificações alimentares; apresentar sintomas como náuseas na ingestão de alguns alimentos; recursos financeiros e por esquecer-se de seguir as recomendações. E 25% das gestantes conseguem cumprir as recomendações recebidas.

A gestação acarreta modificações no organismo materno, tais modificações pedem transformações alimentares a fim de oferecer os nutrientes necessários que garantam o bem estar materno e necessidades fetais (OLIVEIRA, 2008).

Para Neumann (et. al, 2003) é importante que essas mulheres sigam as orientações dos enfermeiros durante o pré-natal, uma vez que muitas mulheres só têm contato com os serviços de saúde durante a gravidez, tornando este período impar na proteção da saúde da mulher.

7 CONCLUSÃO

O Perfil nutricional é de extrema relevância, e essencial para o estado de saúde das gestantes, visto que através deste pode-se traçar um aporte adequado de nutrientes necessários durante á gestação, contribuindo para o crescimento, desenvolvimento e vitalidade do feto. Onde o mesmo perfil, pode apresentar carências, devido a algumas dessas Gestantes possuírem fatores sociais que impedem o aporte adequado de nutrientes, que possibilitarão o surgimento de futuros agravos para á Mãe, e consequentemente refletindo no Feto.

Perante á esses acontecimentos, as Mulheres no período Gestacional, são submetidos á consultas de pré-natal, na Unidade Básica de Saúde, onde ases mesmos aceitam pelo profissional Enfermeiro orientações e informações acerca do estado nutricional, com relação aos alimentos essenciais e nutritivos, para uma alimentação saudável durante á Gestação. O mesmo profissional, ofertam á Gestantes, cuidados na prevenção, detecção e tratamentos de agravos, decorrentes da má alimentação.

A Pesquisa levantou á investigação dos aspectos nutricionais das gestantes, o perfil sócio-demográfico, avaliando o aporte nutricional, e a existência de alguma patologia decorrente á má alimentação, acometidas nessas.

O estudo, que foi realizada com as gestantes na Unidade Básica de Saúde, onde os dados levantados obtiveram que á maioria dessas possuem renda familiar deficiente, em que as mesmas, convivem com outras pessoas na mesma moradia, sendo este sustento, compartilhado por todos ali. Constatando que, ainda esta renda é insuficiente para suprir as demandas nutricionais.

As Gestantes, a maioria delas que foram entrevistadas, abordaram que realizam no máximo quatro refeições ao dia, e que optam por preparação mista dos alimentos, fator este que não está associado, a problemas financeiros, segundo as fontes da pesquisa, mas referindo-as de não possuírem hábitos, ou não terem vontade de consumir esses alimentos diariamente. Sendo que o ideal para o consumo de nutrientes, é que essas Mulheres Grávidas realize a quantidade de seis refeições, durante o dia.

Através desta pesquisa foi admissível identificar, os problemas que são as patologias como, hipertensão arterial, anemia, infecção urinária e leucemia, na metade das Gestantes abordadas. Fato este, evidenciado pelas consultas de pré-natal e alterações nos resultados de exames que essas mesmas realizaram.

Ao analisar a pesquisa, também foi constatado o acompanhamento freqüente do profissional enfermeiro perante as orientações nutricionais, repassadas a maioria das gestantes. Pois nem todas conseguem cumprir estas orientações, por diversas razões como, desconfortos da gravidez, falta de recurso financeiro, por não gostar de certos alimentos, ou esquecer-se de cumprir estas orientações.

Portanto é importante que, as Mulheres no período gestacional ou, Gestantes, obtenham um aporte nutricional adequado e satisfatório, para promover o estado de saúde do bebê, e até prevenir complicações futuras decorrentes do déficit alimentar. Por meio de consultas ativas do pré-natal, que essas mesmas irão receber orientações e informações do Enfermeiro da Unidade Básica de Saúde, juntamente com o profissional Nutricionista do NASF, para que mais e mais gestantes possam ser atendidas, e seus riscos amenizados.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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ZIEGEL, Erna. Enfermagem Obstétrica. Rio de Janeiro. Editora Guanabara Koogan, 2011.

ANEXO I

FACULDADES INTEGRADAS DO EXTREMO SUL DA BAHIA -

UNIÃO DE EDUCAÇÃO E CULTURA -

BR 367, KM 14, 14 - ZONA RURAL - CEP: 45825000 / EUNÁPOLIS-BA

FONE / FAX: 73 32814342

TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO

RESOLUÇÃO Nº 466, DE 12 DE DEZEMBRO DE 2012

Convidamos o (a) prezado (a) Senhor (a), a participar da pesquisa a ser desenvolvida por mim Naiara Batista dos Santos juntamente com Maria Cristina Marques, intitulada: “Perfil nutricional das gestantes atendidas na Unidade Básica de Saúde do bairro Alecrim II na cidade de Eunápolis, Bahia.” Esta pesquisa tem como principal objetivo Investigar os aspectos nutricionais de gestantes que são atendidas na Unidade Básica de Saúde do Bairro Alecrim II, no Município de Eunápolis-Ba. E os objetivos específicos, Traçar o perfil sociodemográfico e Cultural das Gestantes atendidas na UBS do bairro Alecrim II; Avaliar o aporte nutricional das Gestantes investigadas na UBS do bairro Alecrim II; Averiguar a existência de patologias relacionadas á Gestação. Caso o senhor(a) aceite a participar do estudo precisará responder um questionário simples e rápido composto por 16 questões objetivas, sendo 04 subjetivas entre essas 16 questões, que não cansa e nem leva muito tempo para responder.

A sua participação no estudo será voluntária, anônima e confidencial, suas respostas não produzirão prejuízo pessoal, dado que não haverá nenhuma forma de identificação nominal nos questionários. Deixamos claro que nessa coleta de dados haverá riscos e benefícios, quando comparados que esta pesquisa possa trazer. Os benefícios desta são de proporcionar qualidade de vida saudável, empregando orientações nutricionais de acordo com a realidade de cada uma das Gestantes, para poder estar prevenindo de patologias associadas com o déficit de aporte de nutrientes essenciais. Dentre os riscos esperados temos o constrangimento, que compreende de estar respondendo as questões em local sem privacidade, ou com pessoa desconhecida (Pesquisadora), ou por acharem as questões comprometedoras, ou até mesmo terem receio de respondê-las. Para amenizar esses riscos, será feita uma apresentação da pesquisa, dirá o seu objetivo com essa pesquisa, esclarecendo todas as dúvidas, e buscando coletar os dados em sala ou, ambiente.

O senhor (a) está livre para recusar a participar do estudo ou para desistir a qualquer momento, sem que isto lhe traga qualquer prejuízo pessoal. Não haverá remuneração e, portanto, sua participação é voluntária. A sua decisão em participar ou não, desta pesquisa, não implicará em nenhuma discriminação ou represália por parte dos pesquisadores. A qualquer momento você poderá pedir esclarecimentos a respeito da pesquisa, no que será prontamente atendido, mesmo que a resposta afete sua vontade de continuar participando do estudo. Caso aceite participar da pesquisa, o TCLE precisará ser assinado em duas vias, sendo que uma das vias ficará com o Senhor (a) e a outra será arquivada pelos pesquisadores por cinco anos.

Consentimento para participação: Eu estou de acordo com a participação no estudo descrito acima. Eu fui devidamente esclarecido quanto os objetivos da pesquisa, aos procedimentos aos quais serei submetido e os possíveis riscos envolvidos na minha participação. O pesquisador me garantiu disponibilizar qualquer esclarecimento adicional a que eu venha solicitar durante o curso da pesquisa e o direito de desistir da participação em qualquer momento, sem que a minha desistência implique em qualquer prejuízo à minha pessoa ou à minha família, sendo garantido anonimato e o sigilo dos dados referentes a minha identificação, bem como de que a minha participação neste estudo não me trará nenhum benefício econômico.

Eu, ______________________________________________________________, aceito livremente participar do estudo intitulado “Perfil nutricional das gestantes atendidas na Unidade Básica de Saúde do bairro Alecrim II na cidade de Eunápolis, Bahia” desenvolvido pela acadêmica Naiara Batista dos Santos, sob a responsabilidade da Professora orientadora Maria Cristina Marques das Faculdades Integradas do Extremo Sul da Bahia.

Nome da Participante_________________________________________

COMPROMISSO DO PESQUISADOR

Eu discuti as questões acima apresentadas com cada participante do estudo. É minha opinião que cada indivíduo entenda os riscos, benefícios e obrigações relacionadas a esta pesquisa.

________________________________________Eunápolis, Data: __/__/__

Assinatura do Pesquisador

Para maiores informações, pode entrar em contato com:

® Maria Cristina Marques. Fone: (73) 8122-7015 Rua 06, Nº 39,Cortina Verde II, Cambolo. Porto Seguro-BA. E-mail: cristina@unece.br

® Naiara Batista dos Santos. Fone: (73) 8170 94788. Rua Travessa Sucupira. 392. Gusmão. E-mail: naiarasantos-2011@hotmail.com

Comitê de Ética em Pesquisa

Rod. BR-101, KM 197 Cx. Postal 18, Bairro: Capoeiruçu CEP: 44.300-000

UF: BA Município: Cachoeira, Telefone: (75) 3425-8055 E-mail: cepfadba@gmail.com

ANEXO II

QUESTIONÁRIO DAS GESTANTES

Questionário auto- aplicável para as gestantes atendidas na Unidade Básica de Saúde, do Bairro Alecrim em Eunápolis, BA.

Idade­­­­­­­­­­­­­­­­­­_____________________________­­­­­­­­­­­­­­­­­­­______________________

Idade Gestacional_________________________________________

IMC:­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­___________________________________________________

Nº de filhos: _____________________________________________

Estado civil: ( ) solteiro ( ) casada ( ) união estável ( ) divorciada

Ocupação:_______________________________________________

1º) Qual é a sua renda familiar:

( ) Nenhuma renda

( ) Um salário

( ) Menos de um salário mínimo

( ) Dois a três salários mínimos

( ) Três a quatro salários mínimos

( ) Mais de quatro salários mínimos

2°) Quantos pessoas vivem com essa a renda?

( ) Duas pessoas

( ) Três pessoas

( ) Quatro pessoas

( ) Mais de quatro pessoas

3°) Escolaridade:

( ) Ensino Fundamental Completo

( ) Ensino Fundamental Incompleto

( ) Ensino Médio Completo

( ) Ensino Médio Incompleto

( ) Ensino Superior Completo

( ) Ensino Superior incompleto

4º) Tipo de moradia

( ) Própria

( ) Alugada

( ) Com familiares

5º) Uso de bebida alcoólica na gestação:

( ) Sim

( ) Não

6º) Uso de cigarro na gestação:

( ) Sim

( ) Não

7º) Quais refeições costuma realizar durante o dia:

( ) Café da manhã

( ) Lanche da manhã

( ) Almoço

( ) Café da tarde

( ) Lanche da tarde

( ) Jantar

( ) Todas acima

8º) Qual tipo de alimentação costuma ingerir:

( ) Frita

( ) Cozida

( ) Assada

( ) Mista

9º) Você consome frutas? Todos os dias?

( ) Sim

( ) Não

( ) Ás vezes( não todo dia)

10°) Você consome verduras e legumes todos os dias?

( ) Sim

( ) Não

( ) As vezes

11º) Alguma vez ficou sem realizar alguma refeição por falta de recursos financeiros?

( ) Sim­

( ) Não

( ) Algumas vezes

12º) Você já apresentou algum problema de saúde, decorrente da própria alimentação?

( ) Sim

( ) Não

( ) Qual (is)__________________________________________________

13º)Quantas consultas de pré-natal, você realizou com seu enfermeiro na UBS?

( ) Uma vez

( ) Duas vezes

( ) Três vezes

( ) Mais de três vezes

( ) Nenhuma vez

14º) Os exames que foram realizados durante a consulta de Pré-natal. Alguns desses apresentaram alterações?

( ) Sim Qual (is)_______________________________________________

( ) Não

15º) Na gestação recebeu orientações sobre a alimentação na gravidez?

( ) Sim

( ) Não

Por qual profissional_____________________________________________

16º) Consegue cumprir as orientações recebidas?

( ) Sim

( ) Não

( ) As vezes

Por quais motivos?_______________________________________________