A SAÚDE MENTAL EM FOCO! SINDROME DE BURNOUT EM ENFERMEIROS DA ESTRATÉGIA SAÚDE DA FAMÍLIA NA CIDADE DE EUNÁPOLIS-BA

Data de postagem: Nov 26, 2014 10:41:21 PM

FACULDADES INTEGRADAS DO EXTREMO SUL DA BAHIA

EMMANUELY STÉPHANY QUEIROZ VIEIRA

A SAÚDE MENTAL EM FOCO!

SINDROME DE BURNOUT EM ENFERMEIROS DA ESTRATÉGIA SAÚDE DA FAMÍLIA NA CIDADE DE EUNÁPOLIS-BA

EUNÁPOLIS-BA

2012

EMMANUELY STÉPHANY QUEIROZ VIEIRA

SAÚDE MENTAL EM FOCO!

SINDROME DE BURNOUT EM ENFERMEIROS DO PROGRAMA DE SAÚDE DA FAMÍLIA NA CIDADE DE EUNÁPOLIS-BA

Trabalho de conclusão de curso apresentado ao curso de Graduação Enfermagem das Faculdades Integradas do Extremo Sul da Bahia como parte dos requisitos para a obtenção do Título de Bacharel em Enfermagem.

Orientador: Diego da Rosa Leal

EUNÁPOLIS- BA

2012

EMMANUELY STÉPHANY QUEIROZ VIEIRA

SAÚDE MENTAL EM FOCO!

SINDROME DE BURNOUT EM ENFERMEIROS DO PROGRAMA DE SAÚDE DA FAMILIA NA CIDADE DE EUNÁPOLIS-BA

Trabalho de conclusão de curso apresentado ao curso de Graduação em Enfermagem das Faculdades Integradas do Extremo Sul da Bahia como parte dos requisitos para a obtenção do Título de Bacharel em Enfermagem.

Orientador: Diego da Rosa Leal

__________________________________________

Prof ª. Orientador

Unesulbahia - Faculdades Integradas do Extremo Sul da Bahia

__________________________________________

Prof. Membro 1

Unesulbahia - Faculdades Integradas do Extremo Sul da Bahia

__________________________________________

Prof. Membro 2

Unesulbahia - Faculdades Integradas do Extremo Sul da Bahia

Enf. Juliana Ali

Coordenadora do Curso de Bacharel em Enfermagem

Eunápolis, _____ de _____________de 2012.

DEDICATÓRIA

Dedico este trabalho às lâmpadas de minha caminhada, meus pais Juscelino Vieira e Mônica Vieira , modelos de caráter e garra, eterna fonte de amor e carinho, que ao lado de Deus, são a razão maior da minha existência. Amo vocês infinitamente, e estejam certos de que não há nada no passado, presente ou futuro que possa se comparar ao inabalável orgulho que tenho de ser sua filha.

Os nossos pais amam-nos porque somos seus filhos, é um fato inalterável. Nos momentos de sucesso, isso pode parecer irrelevante, mas nas ocasiões de fracasso, oferecem um consolo e uma segurança que não se encontram em qualquer outro lugar.” Bertrand Russell

AGRADECIMENTOS

Agradeço a Deus acima de todas as coisas, pelo dom da vida e por ter me abençoado até aqui, pois sem Sua presença em nossas vidas não somos nada!!!

Ao meu grande Pai Juscelino, e minha grande Mãe Mônica, meus maiores incentivadores em tudo, por me proporcionarem um amor incondicional e não medirem esforços ao investir na minha educação. Amo-os imensamente.

Ao meu orientador e amigo Professor Diego Leal, não só pela orientação e ensinamentos, mas também pela amizade e sinceridade constante, digno da minha total admiração pessoal e profissional.

Ao meu namorado Joede Junior, que esteve sempre pronto a me ajudar, qualquer que fosse a minha necessidade. Te amo amor!!! Obrigada pela paciência, e, por estar sempre ao meu lado. Aos Mestres que estiveram conosco durante a graduação, obrigada pelos ensinamentos técnicos e científicos, conselhos, dedicação e amizade e obrigada aos que irão participar da banca e aprovaram este trabalho. Ao meu Tio Leonardo Queiróz, pelo incentivo, amizade e por mostrar que sempre preocupa-se comigo. Você é nota 10 Tio!!! Aos meus colegas e amigos... “Vencemos um pouco, perdemos um pouco, essa é a glória da vida”. Foi muito bom conhecer todos vocês.

E todos que torceram por mim de perto ou de longe, meu muito obrigada!!!

Determinação, coragem e auto confiança são fatores decisivos para o sucesso.Se estamos possuídos por uma inabalável determinação conseguiremos supera-los. Independentemente da circunstâncias, devemos ser sempre humildes, recatados e despidos de orgulho”. (Dalai Lama)

RESUMO

No exercício diário da profissão, o enfermeiro enfrenta todo tipo de obstáculo para que os indivíduos de nossa sociedade possam alcançar uma parcela de seu bem-estar, através da manutenção de uma boa saúde. No entanto, ao percorrer esse caminho ele acaba se esquecendo que para cuidar do próximo, antes deve cuidar de si mesmo, para que não corra o risco de perecer daquilo que tanto combate, ou seja, a doença, e dentre elas destaca-se como foco deste trabalho a Sindrome de Burnout. Esta doença é caracterizada por uma reação à tensão emocional crônica, que é gerada a partir do contato direto e excessivo com outros seres humanos, particularmente quando estes estão preocupados ou até mesmo com algum tipo de problema, seja ele físico ou psicologico. Desta forma, o presente estudo tem como objetivo analisar, mediante coleta de dados feita por questionário próprio, a incidência desta síndrome nos enfermeiros que atuam na Estratégia Saúde da Familia, especificamente no município de Eunápolis/BA. Para tanto será feita uma análise detalhada da doença, com indicação de suas principais causas e sintomas, bem como sua prevenção e enfrentamento. Em discussão sobre os resultados serão demonstrados em detalhes os níveis de exaustão emocional, despersonalização e redução da realização pessoal provocados pela síndrome nos profissionais entrevistados para, ao final, restar concluído que os profissionais enfermeiros atuantes na Estratégia Saúde da Família de Eunápolis/BA não apresentam a Síndrome de Burnout, em que pese alguns deles possuírem de média a alta vulnerabilidade ao seu desenvolvimento.

Palavras Chaves: enfermeiro, saúde, Sindrome de Burnout, Estratégia Saúde da Familia, enfrentamento.

LISTA DE TABELAS

Tabela 1 – Características Sociodemográficas .................................................

Tabela 2 – Dados Profissionais ........................................................................

Tabela 3 – Pontuação dos indivíduos respondentes nas três dimensões sintomatológicas ................................................................................................

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SUMÁRIO

1 Introdução.................................................................................................

2 Estratégia Saúde da Família....................................................................

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2.1 O desenvolvimento das atividades realizadas pela equipe de Saúde da Família................................................................................

2.2 O papel do enfermeiro frente à Estratégia Saúde da Família.................................................................................................

3 Síndrome de Burnout...............................................................................

3.1 Conceito........................................................................................

3.2 Breve panorama histórico da Síndrome de Burnout.....................

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3.2.1 Inventário da Síndrome de Burnout (MBI) Maslach Burnout Inventory.....................................................................

3.3 Caracterização de sintomas: a complexidade fisiológico-psíquica até a comportamental-defensividade....................................

3.3.1 Principais dimensões sintomatológicas...........................

3.4 Principais causas geradoras da Síndrome de Burnout.................

3.5 Diferença entre Burnout e Estresse..............................................

3.6 Estratégias de intervenção para os enfermeiros que apresentam-se com a Síndrome de Burnout......................................

4 Sistematização da assistência de enfermagem ao paciente apresentando a Síndrome de Burnout.......................................................

4.1 Exaustão emocional...... ...............................................................

4.2 Despersonalização.......................................................................

4.3 Redução da realização profissional..............................................

5 Metodologia...............................................................................................

5.1 Cenário e população do estudo....................................................

5.2 Instrumento e coleta de dados......................................................

5.3 Plano de análise............................................................................

5.4 Questões éticas.............................................................................

6 Resultados.................................................................................................

6.1 Perfil soiciodemográfico e dados profissionais dos enfermeiros entrevistados.......................................................................................

6.2 Fatores preditores.........................................................................

6.3 Sintomas somáticos......................................................................

6.4 MBI................................................................................................

7 Discussão..................................................................................................

8 Considerações finais................................................................................

Referências...................................................................................................

Anexos..........................................................................................................

Anexo A...............................................................................................

Anexo B...............................................................................................

Anexo C...............................................................................................

Anexo D...............................................................................................

Anexo E...............................................................................................

Anexo F...............................................................................................

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1 INTRODUÇÃO

A enfermagem é a arte de cuidar, que tem como fundamento principal o cuidado do ser humano, individualmente, na família e até mesmo na coletividade. Diante do peso de ter sofrido diversos tipos de preconceito no início de sua ascensão, atualmente a enfermagem tornou-se uma profissão consolidada, possuindo qualificações específicas, e considerada de suma importância em todas as áreas da saúde, seja ela assistencial, administrativa ou gerencial. ( BARREIRA, 1999).

Por se tratar a enfermagem de uma ciência que cuida do paciente como um todo, fisicamente e mentalmente, para melhor aproximação do enfermeiro com a comunidade foi criado o Programa de Saúde da Família (PSF), atualmente conhecido como Estratégia Saúde Da Família (ESF), que abriu para os profissionais de enfermagem um amplo campo de trabalho. Desta forma, tem-se o enfermeiro como o profissional que atua sempre em contato direto e frequente com a comunidade.

Os estudiosos da área afirmam que com o surgimento do Programa Saúde da Família em 1994 foi modificado o modelo de atenção à saúde publica do País, que passou a buscar o desenvolvimento de exercícios com o intuito de prevenir doenças e promover a saúde por meio de ações educativas realizadas nos domicílios, ou junto à comunidade. No entanto, existe uma base na qual se ergue toda esta estrutura voltada para a promoção da saúde pública, que são os profissionais da saúde sendo, portanto, também merecedores de todos os cuidados necessários para que não se enfraqueça todo o sistema. ( MARQUES e MENDES, 2003 ).

Pereira (2011) expõe que os profissionais do PSF constituem atores fundamentais na constituição do SUS por serem os responsáveis pela prevenção e promoção da saúde da população, assim, devem ter em seu local de trabalho melhores condições para que sejam favorecidas suas ações na preservação de sua saúde.

Trindade e Lautert (2010) explicam que os trabalhadores do PSF estão expostos a diferentes desafios e estressores laborais requerendo do profissional uma série de habilidades para atender a população, bem como para o exercício do autocuidado. E, caso não utilizem estratégias de enfrentamento adequadas, ficam vulneráveis a diversas patologias, inclusive ao Burnout, objeto do presente trabalho.

A Síndrome de Burnout, expõe Tomazela (2007), é uma doença característica do trabalho, que atinge com uma maior incidência os profissionais da área da saúde e os profissionais da educação em função de estar diretamente ligados com as relações humanas que exigem do trabalhador uma maior afetividade. Entretanto, o conceito mais aceito sobre a síndrome de Burnout é a de Moreno et al (2011) que a caracteriza como uma reação à tensão emocional crônica do individuo, por lidar excessivamente com pessoas.

De acordo com Pereira (2011) o contato com o público e o atendimento ao cliente, as condições de trabalho, as cobranças, as reclamações da comunidade, dos gestores e até mesmo do próprio profissional geram frequentemente nesses trabalhadores sentimentos diversos como ansiedade, angústia, medo, tristeza, irritação, fadiga, impotência, frustração na realização de sua atividade laboral. O autor afirma que estes sintomas, ao se tornarem constantes no seu dia a dia, acabam por afetar sua própria vida.

Diante deste contexto, verifica-se a importância da abordagem deste tema, uma vez que, sendo conhecedores da realidade que estão por encontrar no mercado de trabalho, das dificuldades a serem enfrentadas e suas respectivas consequências, o profissional de enfermagem se torna mais apto e preparado para suportar todas estas adversidades. Caso ou quando venha a ser acometido por qualquer destes problemas, sendo conhecedor da doença e de suas formas de intervenções, o profissional de enfermagem terá uma possibilidade muito maior de se recuperar frente à situação que o atingiu.

O interesse neste tema surgiu da percepção da autora de que o estresse tem presença marcante na atuação do enfermeiro desde o seu ingresso na profissão, passando pela sua busca de espaço na sociedade, reconhecimento profissional até a definição do seu verdadeiro papel. Em todos os momentos o enfermeiro vive sob condições estressantes, comunicando-se diretamente com inúmeros agentes estressores diariamente e prestando assistência em setores consideravelmente desgastantes.

O profissional de enfermagem gradua-se com muitos conceitos formados sobre o perfeito exercício da profissão, a emoção de salvar vidas e o poder de cuidar. Porém, ao entrar no mercado de trabalho, muitos se deparam com uma realidade totalmente inversa daquela que esperavam. E este contraste entre o ideal e o real pode, muitas vezes, afetar o estado psicológico do profissional, gerando estresse e podendo até causar doenças como a Síndrome de Burnout, considerada um grande problema no mundo profissional da atualidade.

O presente trabalho tem por foco analisar o grau de incidência da síndrome de Burnout nos enfermeiros atuantes na Estratégia Saúde da Familia, sendo este estudo restringido à região onde reside a autora, qual seja o município de Eunápolis/BA. No decorrer da atividade, irá caracterizar o tipo de trabalho que é realizado pelo enfermeiro na ESF, e, além de conceituar detalhadamente a Síndrome de Burnout, identificar seus principais sintomas e quais sãos suas principais causas geradoras. Fazer uma sistematização voltada para o enfermeiro acometido com burnout. E realizar ainda a verificação da incidência desta patologia nos enfermeiros da referida área, apurada em pesquisa de campo através de questionário específico e devidamente autorizado.

Destarte, o capitulo inicial faz uma abordagem sobre o Estratégia Saúde da familia, o desenvolvimento das atividades realizadas pela equipe de saúde da familia, bem como a atuação do enfermeiro frente a esse programa. O segundo capitulo traz um melhor conhecimento sobre a sindrome de burnout, as abordagem históricas, sintomas, as principais causas geradoras, e as medidas de estratégia de intervenções para os enfermeiros que apresentarem a Síndrome de Burnout. O capítulo seguinte discorre sobre a sistematização da assistência de enfermagem ao enfermeiro apresentando a Síndrome de Burnout.

Por fim, restará verificado que a saúde e bem estar do enfermeiro são fatores predominantes para o bom desempenho da sua atividade profissional. A definição da doença e de suas devidas intervenções é de extrema importância para a recuperação do profissional, tanto física quanto psicologicamente. Com os devidos cuidados, o enfermeiro pode manifestar uma grande redução no nível de abalo psicológico e, com as corretas informações que lhe são fornecidas poderá apresentar um considerável aumento na qualidade de seu exercício profissional. Desta forma, os cuidados desenvolvidos pelo enfermeiro para com ele mesmo tem como finalidade a prevenção de doenças e promoção de sua própria saúde, permitindo que trabalhe melhor, e, consequentemente, alcance os objetivos pretendidos pela Estratégia de Saúde Família.

2 ESTRATÉGIA SAÚDE DA FAMÍLIA

Para melhor esclarecimento sobre o surgimento e desencadeamento da Síndrome de Burnout, no contexto da Saúde Pública, torna-se necessário conhecer um pouco mais sobre o Programa de Saúde da Família, que hoje é mais conhecido como uma Estratégia Saúde da Família, em seguida as verdadeiras atribuições da equipe de enfermagem e posteriormente do profissional enfermeiro.

A enfermagem, como categoria profissional, visa no PSF a saúde do individuo e da comunidade, buscando a interface entre a comunidade e os serviços de saúde. Em seguida, incorporou as estratégias do PSF, que vem beneficiando os processos de planejamento, coordenação, implantação e avaliação deste programa de forma significativa. (FIGUEIREDO, 2008).

Brasil (2004) expõe que o Programa Agente Comunitários de Saúde (PACS) foi criado em 1991, sendo este responsável por grande parte da redução da mortalidade infantil no Ceará no período de 1987 a 1990, graças as suas ações durante a implantação estadual, e em 1991 no Amazonas trabalhando em prol do combate à cólera.

Logo adiante, em consequência dos bons resultados do PACS, foi criado, em 1994, o Programa Saúde da Família (PSF) que passou a ser considerado o modelo de atenção à saúde no Brasil, para o fortalecimento dos pressupostos e princípios do Sistema Único de Saúde (SUS). O PSF, que foi criado pelo Ministério da Saúde, ao contrário do modelotradicional, que visava à doença e o hospital, dá prioridade à busca pela proteção e promoção da saúde de toda a comunidade, tanto adultos, quanto crianças, sadios ou enfermos, de forma completa e contínua. (BRASIL, 2004).

O Pacto pela Saúde, conforme explica Schneider et al (2009), trata-se de um esforço das três esferas de governo (municípios, estados e União) para, juntamente com o Conselho Nacional de Saúde, rediscutir a organização e o funcionamento do SUS. Seu objetivo principal é avançar na implantação dos princípios constitucionais referentes à saúde no Brasil e definir as responsabilidades de gestão de cada ente federado.

É importante reafirmar que o SUS é uma política pública da qual nós, brasileiros, podemos e devemos nos orgulhar. Onde temos umas das melhores proposta de organização de saúde pública do mundo, inexistindo outro país com essa vantagem.

A Estratégia Saúde da Família, como atualmente é conhecida, conforme proposta pelo Ministério da Saúde (MS), vem incorporar e reafirmar os princípios do Sistema Único de Saúde (SUS), e está estruturada com ênfase na atenção básica à saúde, em especial da saúde da família. Tem por objetivo fazer com que fique fácil o acesso da população aos serviços de saúde, e que propicie a longitudinalidade e integralidade da atenção a saúde para os indivíduos e a comunidade (ALVES, AERTS, 2011).

Visa trabalhar com roteiro da vigilância da saúde, com deveres e obrigações da equipe de saúde, atuando com a população que reside em seu território, sempre incentivando a participação da população, criando parcerias intersetoriais e responsabilização dos profissionais por prestar o atendimento integral de cada pessoa e dos grupos populacionais. Busca-se reorientar as ações de saúde, com enfoque na promoção de saúde e nas praticas de educação, trabalhando com os projetos de maneira critica e contextualizada (ALVES, AERTS, 2011).

Como exposto anteriormente a Estratégia Saúde da Família cresceu basicamente por todo o canto do pais, uma vez que não possui caráter programático, e sim características estratégicas de mudança da atenção a saúde da população. As práticas da ESF visam reorganizar a atenção à saúde em novas bases e trocar o modelo tradicional, com intuito de melhorar a aproximação da saúde para mais perto das famílias, tendo todos os direitos do atendimento domiciliar. (GIACOMOZZI, LACERDA, 2006).

Conforme Junior (2008), a equipe de saúde da Família é formada por um grupo multiprofissional composto por um médico, um enfermeiro, um auxiliar de enfermagem e entre cinco e seis agentes comunitários de saúde. Sendo que os Agentes Comunitários de Saúde são os profissionais que trabalham fora da unidade, fazendo a comunicação entre os serviços de saúde e a comunidade.

Essa comunicação acontece de várias formas, sendo a mais essencial a visita domiciliar, onde os ACS passam a conhecer os danos que acometem a comunidade, que são muitas vezes questionados pelas pessoas. Os ACS comunicam à equipe do PSF a sua compreensão e logo em seguida encaminham para a comunidade certas orientações e diversas atividades educativas que possam reduzir, evitar e até mesmo solucionar os problemas da comunidade, através da ajuda dos profissionais de saúde e da população (ARAÚJO e ASSUNÇÃO, 2004).

Cada equipe é levada a conhecer a verdadeira realidade das famílias e de sua abrangência, por meio do cadastramento de cada membro da família e diagnóstico de suas características, sendo assim observadas as necessidades de cada individuo que é atendido. É recomendado que uma equipe de saúde seja responsável por 4.500 pessoas no máximo. (SOUZA e CARVALHO, 2003).

Existem atualmente no Brasil cerca de 5.139 equipes de saúde que trabalham com famílias em 1931 municípios , localizados em sua maioria nas regiões do sudeste e nordeste. Ceará e Minas são os estados que apresentam os maiores números de equipes de PSF em exercício. (CIANCIARULLO et al, 2002)

Ainda conforme Junior (2008), o principal propósito do programa de saúde da família é o de renovar a pratica da atenção à saúde em novas bases e comutar o modelo tradicional, aproximando a saúde sempre para mais perto das famílias, com intuito de melhorar a qualidade de vida dos brasileiros.

Conforme Ronzani e Silva (2008), o PSF, desde a sua criação, vem se tornando uma estratégia que se estende por todo o território Brasileiro. E umas das principais demandas do PSF é o retorno da família na participação do processo saúde-doença, cujo objetivo é o desenvolvimento de ações que tragam uma melhor prevenção, cura e reabilitação da devida doença.

De acordo com Souza e Hamann (2009), falando sobre os objetivos do PSF, a Portaria n° 648, de 28 de março de 2006, reforça suas responsabilidades sanitárias no conjunto do sistema, sendo que uma delas é possibilitar a todos o acesso a serviços de saúde de qualidade e resolutivos, caracterizados para começar a preferência do sistema de saúde, com território adscrito de forma a permitir os objetivos e a programação descentralizada, e em consonância com o princípio da igualdade.

Outro ponto importante abordado pelos autores supracitados é a efetuação da integralidade em seus vários ângulos, a saber: integração de ações agendadas e de demandanatural; articulação de ações preventivas para à saúde, prevenção de danos, vigilância à saúde, tratamento e reabilitação, trabalho de forma com uma união das disciplinas em equipe, e programação do cuidado na rede de serviços (SOUZA e HAMANN, 2009).

Prolongar-se as relações de vínculo e responsabilização entre as equipes e a população que ali está escrita, garantindo a continuidade das ações de saúde e a longitudinalidade do cuidado também são responsabilidades sanitárias, bem como dar valor aos profissionais de saúde por meio do estímulo e do acompanhamento frequente de sua formação e capacitação, elaborar avaliação e acompanhamento ordenado dos resultados que foram alcançados, como parte do processo do objetivo e programação, e incentivar a participação popular e o controle publico (SOUZA e HAMANN, 2009).

As autoras Rosa e Labate (2005) citam ainda que o PSF tem como objetivo geral: contribuir para a reorientação do modelo assistencial a partir da atenção básica, em conformidade com os princípios do SUS, imprimindo uma nova atuação nas unidades básicas de saúde, com definição de responsabilidades entre os serviços de saúde e a população. Funcionando adequadamente as equipes de PSF, são capazes de solucionar diversos problemas de saúde, com seus pacientes, e toda a comunidade. A prestação de assistência de saúde, sendo correta, previne certas doenças, gerando assim melhor qualidade de vida ao indivíduo.

2.1 O DESENVOLVIMENTO DAS ATIVIDADES REALIZADAS PELA EQUIPE DE SAÚDE DA FAMILIA

Trindade et al (2010) diz que os trabalhadores da Estratégia Saúde da Família (ESF) vivenciam em seu dia a dia de trabalho diferentes e múltiplas demandas físicas e psíquicas, pois nessa modalidade de atenção, os membros que compõem a equipe da ESF estão em contato diário com a verdadeira realidade da comunidade, que é carente em diversos aspectos, o que pode afetá-los, tanto física como emocionalmente, causando assim problemas como a Síndrome de Burnout.

Sabe-se que o PSF é formado por uma equipe multidisciplinar, tendo assim cada um suas devidas funções. Escorel et al. (2007) afirma que o modelo preconiza que uma equipe de saúde da família tem caráter multiprofissional (médico generalista, enfermeiro, auxiliar de enfermagem e agente comunitário de saúde), e exercita o seu trabalho com os conceitos de território de abrangência, adscrição de clientela, cadastramento familiar e acompanhamento da população residente em determinada área.

Para Brasil (2000) é obrigação de cada equipe do PSF conhecer a realidade das famílias pelas quais é responsável, identificar os problemas de saúde mais comuns e as situações de risco aos quais a população está exposta. Da mesma forma, devem executar, de acordo com a qualificação de cada profissional, os procedimentos de vigilância à saúde nos diversos ciclos da vida, garantindo a continuidade do tratamento, pela adequada referência do caso.

O mesmo autor cita ainda que se deve prestar assistência integral, respondendo de forma contínua e racionalizada à demanda, buscando contatos com indivíduos sadios ou enfermos, visando buscar a saúde por meio da educação sanitária, promovendo ações intersetoriais e parcerias com organizações formais e informais existentes na comunidade para o enfrentamento conjunto dos problemas, e discutir, de forma permanente, junto à equipe e à comunidade, o conceito de cidadania, enfatizando os direitos de saúde e as bases legais que os legitimam; incentivando sempre a formação e/ou participação ativa nos conselhos locais de saúde e no Conselho Municipal de Saúde. (BRASIL, 2000).

Segundo Junior (2008), a estrutura e divisão das funções da equipe de Saúde da Família se apresenta da seguinte forma:

Medico: Atende a todos os integrantes de cada família, independe de sexo e idade, e desenvolve com os demais integrantes da equipe ações preventivas e de promoção da qualidade de vida da população.

Enfermeiro: Supervisiona o trabalho do ACS e do auxiliar de Enfermagem, realiza consultas na unidade de saúde, bem como assiste as pessoas que necessitam de cuidados de enfermagem, no domicilio.

Auxiliar de enfermagem: Realiza procedimentos de enfermagem na unidade básica de saúde, ou no domicilio e executa ações de orientação sanitária.

Agente Comunitário de Saúde: Faz a ligação entre as famílias e o serviço de saúde, visitando cada domicilio pelo menos uma vez por mês; realiza o mapeamento de cada área, o cadastramento das famílias e estimula a comunidade a praticas que proporcionem melhores condições de saúde e de vida. (JUNIOR, 2008, p.16)

Todos os profissionais de saúde que fazem parte do PSF são os verdadeiros responsáveis por este programa ficar em ação. O médico, o enfermeiro, o auxiliar de enfermagem e os Agentes Comunitários de Saúde tem sempre que ter característica de um profissional eficiente e atuar na participação da construção de um novo ambiente mais saudável e agradável para o individuo e a família.

Segundo Oliveira e Marcon (2007) o profissional deve ter qualificação, ou seja, buscar sempre mais conhecimento, sendo ele cientifico ou pratico, e dessa forma adquirir um perfil diferenciado, já que o enfoque da assistência não é nos procedimentos técnicos, mas sim na inter-relação com equipe, comunidade e família e equipe com equipe.

2.2 PAPEL DO ENFERMEIRO FRENTE A ESTRATÉGIA SAÚDE DA FAMÍLIA

O Enfermeiro é sim um profissional que tem um contato frequente com o cliente e com a comunidade, buscando sempre as melhores formas de trazer qualidade de vida. O Papel do enfermeiro na atenção básica é de atuar no âmbito individual ou coletivo e estar presente na maioria das ações do Sistema Único de Saúde. Kawamoto, Santos e Mattos (2009) definem muito bem a atuação do enfermeiro, conforme segue abaixo:

- Realizar cuidados de enfermagem diretos nas urgências e emergências clínicas, fazendo a indicação para a continuidade da assistência prestada;

- planejar, gerenciar, coordenar,executar e avaliar a unidade de Saúde da Família, considerando as reais necessidades de saúde da população adstrita);

- executar ações de assistência integral a criança, mulher, adolescente, adultos e idosos;

- supervisionar e executar ações para a capacitação do ACS, e auxiliares de enfermagem, com vistas ao desempenho de suas funções. ( KAWAMOTO, SANTOS E MATTOS, 2009, p. 28)

Entende-se que o profissional enfermeiro para atuar na Estratégia Saúde da Família deverá incorporar algumas definições aplicáveis ao processo de trabalho no setor saúde, na qualidade de membro da equipe responsável por uma demanda social de uma área adscrita. A prática da enfermeira passa por uma série de mudanças, deslocando a sua atuação profissional predominantemente da área curativa, individualizada, vinculada às instituições hospitalares para a produção de serviços em unidades básicas de saúde com ênfase nas ações de promoção e prevenção de saúde em bases coletivas, sendo a equipe de saúde a unidade produtora destas ações. (NASCIMENTO, NASCIMENTO, 2005).

Cabe ao enfermeiro da ESF propor atividades de supervisão, treinamento e controle da equipe e atividades consideradas de cunho gerencial. Sendo o enfermeiro gerente da assistência de enfermagem na ESF, o mesmo deve ser o grande produtor de conhecimento, através do desenvolvimento de competências, introduzindo mudanças inovadoras à equipe, definindo deveres. (BENITO e BECKER, 2007).

3 SÍNDROME DE BURNOUT

3.1 CONCEITO

A síndrome de burnout é definida por Maslach e Jackson (1981, apud EBISUI, 2008) como sendo uma reação à tensão emocional crônica, que é gerada a partir do contato direto e excessivo com outros seres humanos, particularmente quando estes estão preocupados ou até mesmo com algum tipo de problema, seja ele físico ou psicologico. Cuidar exige uma tensão emocional em cada gesto no trabalho. A maioria das vezes o trabalhador acaba se envolvendo afetivamente com os seus clientes, acaba se desgastando e, num extremo, desiste, acaba não aguentando mais, e por fim entra em burnout.

Descrito por Silveira et al (2005), a síndrome de Burnout é um termo de origem inglesa que expressa algo que deixou de funcionar por uma exaustão causada por uma redução da falta de energia. Pode-se dizer que o termo descreve uma síndrome com características relacionadas aos fatores de exaustão e esgotamento, que representam respostas claras aos estressores laborais crônicos. Ainda falando do termo sobre a síndrome, Silva, Loureiro e Peres (2008) dizem que foi Freundenberger, em 1974, quem criou o termo burnout que deriva do verbo inglês to burn out que tem como significado em língua portuguesa “queimar por completo “ ou “consumir-se”.

Conforme diz Barboza e Beresin (2007) Os profissionais assistenciais são devidamente os mais afetados pelo fato de estarem em contato direto com as pessoas que apresentam situações problemáticas e carregadas de emoção. O seu desenvolvimento pode ocorrer de maneira aleatória, portanto, sem seguir uma ordem ou etapa, exatamente por ser considerada uma síndrome.

Em resumo, a síndrome de burnout pode ser compreendida como um processo que se estabelece gradualmente, e se inicia com o desenvolvimento de sentimentos de baixa realização pessoal e esgotamento emocional em paralelo. Posteriormente, em resposta a ambos, como uma estratégia de afrontamento ou defensiva, instala-se a despersonalização. Constitui-se em uma fase final ou um tipo específico de reação ao estresse ocupacional prolongado, que envolve atitudes e comportamentos negativos com respeito aos clientes, ao trabalho e à organização. (BORGES et al., 2002).

3.2 BREVE PANORAMA HISTÓRICO DA SINDROME DE BURNOUT

Segundo Franco et al, (2011) a Síndrome de burnout foi descrita pelo psiquiatra americano Herbert Freudenberg, na década de 70, quando publicou um artigo na área do curso de psicologia. Utilizou o termo em situações que foram observadas em jovens voluntários e idealistas.

Sobre outros autores a falar sobre o histórico da síndrome de burnout tem-se Edelwich e Brodsky (1980 apud LAUTERT, 1995). Descrevem também que o termo de burnout foi utilizado nos artigo de Freudenberg em 1974. No entanto foram os psicólogos sociais a Cristina Maslach e Alaya Pines que divulgaram no congresso. Cristina divulgou a palavra burnout em um congresso em 1977, qual seja o Congresso Anual de Associação Americana de Psicólogos e escreveu diversos artigos sobre o burnout nas profissões de ajuda. Para pesquisa e Diagnóstico Maslach propôs Juntamente com Susan E. Jackson, o Maslach Burnout Inventory, um questionário que mede as dimensões da síndrome de burnout.

Grangeiro, Alencar e Barreto (2008) citam que no Brasil, a primeira publicação em que se discorre sobre a síndrome de burnout é de França (1987), que aparece na Revista Brasileira de Medicina. Na década de 1990 tiveram lugar as primeiras teses que contemplavam o tema, a exemplo de Lipp (1996) que já cita o burnout em seus estudos sobre o estresse.

Benevides-Pereira (2001) inclui em suas obras características típicas desta síndrome em um grupo de psicólogos. Mas, provavelmente o aspecto mais preponderante para situar esta síndrome ocorreu em 1996, quando da Regulamentação da Previdência Social. Na oportunidade, burnout foi finalmente incluída como um agente patogênico causador de doença profissional. Entretanto, a síndrome é pouco conhecida pela maioria dos profissionais, mesmo daqueles que, através da sua ocupação, deveriam conhecê-la o suficiente para poder orientar, diagnosticar ou encaminhar para uma melhor intervenção.

No Brasil, o decreto nº 3.048, de seis de maio de 1999, aprovou o Regulamento da Previdência Social com a republicação no Diário Oficial da União (D.O.U.), onde o seu Anexo II trata dos agentes Patogênicos causadores de doenças profissionais, previsto no Art. 20 da Lei 8213/91. O item XII da tabela de transtornos mentais e do comportamento relacionados com o trabalho (grupo V da Classificação Internacional das Doenças – CID-101) cita a “Sensação de estar acabado” (“Síndrome de Burnout”, “Síndrome do Esgotamento Profissional”) como sinônimo do burnout, que, na CID-10, recebe o código Z73.0 (TRIGO, TENG e HALLAK, 2007). (Quadro 1 em ANEXO C).

3.2.1 Inventário da Sindrome de Burnout (MBI) Maslach Burnout Inventory

O instrumento que é mais utilizado para avaliar burnout, independentemente das características ocupacionais da amostra e de sua origem, segundo Gil-Monte e Peiró (1999) é o MBI - Maslach Burnout Inventory, sendo elaborado por Christina Maslach e Susan Jackson em 1978.

Maslach e Jackson no ano de 1981 construíram um questionário auto-administrado, constituído por 22 itens em forma de afirmações sobre os sentimentos e atitudes do profissional no seu trabalho. Sendo nove itens relacionados à exaustão emocional; cinco relacionado com a despersonalização e oito itens relacionados com a baixa realização pessoal no trabalho. Atualmente existem três versões do MBI, tais como o MBI-Educators Survey (MBI-ES), o MBI- General Survey (MBI-GS) e a versão dirigida aos profissionais de saúde é denominada MBI-Human Services Survey (MBI-HSS). (MOREIRA et al, 2009).

Segundo Santos, Alves e Rodrigues (2009) o inventário MBI-HSS foi traduzido e validado por Liana Lautert em 1997 no Brasil, sendo um instrumento amplamente difundido em todo o mundo. Ela verificou o escore de Burnout em relação aos sentimentos pessoais e realização do trabalho profissional frente os seus clientes e os profissionais da equipe de saúde.

3.3. CARACTERIZAÇÃO DE SINTOMAS: A COMPLEXIDADE FISIOLOGICO-PSÍQUICA ATÉ A COMPORTAMENTAL-DEFENSIVIDADE

De acordo com Jodas e Haddad (2009) a Síndrome de Burnout manifesta-se através de quatro classes sintomatológicas: Física, Psíquica, Comportamental e Defensiva. Em anexo (E) encontra-se um resumo esquemático dos sintomas de burnout.

Para Benevides-Pereira (2008) as causas e os sintomas não são exatamente universais, depende sempre das características e das circunstâncias em que a pessoa se encontra, sendo o grau e as manifestações diferentes em cada indivíduo. Não são todas as pessoas que estão com a síndrome que apresentarão todos os sintomas citados acima, os sintomas podem se expressar de maneira diferente e em momentos distintos na mesma pessoa.

Para Carvalho e Magalhães (2011) o indivíduo com Burnout perde completamente a capacidade de compreender o sentimento ou reação sentimental de outra pessoa. Não se deixa envolver com os problemas e as dificuldades dos outros, ele se sente como se estivesse em contato com objetos, a relação se torna cada vez mais desumana e o profissional acometido com a síndrome não tem empatia com os outros.

3.3.1 Principais dimensões sintomatológicas

Burnout é uma síndrome caracterizada por três dimensões básicas que Maslach e Jackson conceituam como sendo: exaustão emocional, despersonalização e redução da realização pessoal e profissional.

A exaustão emocional, que se caracteriza por um falta de energia, na qual, com o contato frequente e intenso com pessoas que vivem em situações de sofrimento, o profissional acaba tomando aquele sofrimento para si, gerando assim uma enorme carga emocional (SANTOS, ALVES e RODRIGUES, 2009).

A despersonalização, onde o profissional assume uma atitude não humana, ocorrendo um distanciamento emocional diante das necessidades dos outros, prevalecendo o cinismo e a dissimulação afetiva. O indivíduo passa a não acreditar nas outras pessoas, como profissional ele age de forma fria e impessoal com aqueles que necessitam do serviço de saúde (MORAIS, SOUZA e BAPTISTA, 2004).

A redução da realização pessoal e profissional na qual, no decorrer do tempo, o profissional passa a desenvolver sentimentos de decepção e frustração por não estar desenvolvendo o que tinha planejado para a sua vida profissional, ou seja, seus sonhos, suas ambições, surgindo assim uma diminuição da sua auto-estima, podendo adquirir até mesmo uma depressão (SANTOS, ALVES e RODRIGUES, 2009).

3.4 PRINCIPAIS CAUSAS GERADORAS DA SINDROME DE BURNOUT

Morais, Souza e Baptista (2004) relatam que a globalização, as inovações, a grande importância que o trabalho ocupa na vida de um individuo, além da grande disputa econômica entre as organizações em diversos países tem contribuído para promover reestruturações profundas nas políticas organizacionais. Em consequência disso estas mudanças acabam repercutindo de maneira negativa na saúde do profissional, principalmente em relação às questões com o estresse ocupacional.

A Síndrome está intimamente ligada ao ambiente do trabalho, sendo uma síndrome que se constitui na relação do sujeito com a organização do trabalho. Caracteriza-se pela combinação de variáveis pessoais, do trabalho e da organização, que agem como facilitadores (fatores de risco) ou inibidores (fatores de proteção) da ação dos agentes estressores (BENEVIDES-PEREIRA, 2002).

O profissional da enfermagem quando acometido pela Síndrome de Burnout pode apresentar algumas condutas incondizentes durante o atendimento que é prestado ao paciente ou acompanhante/familiar, demonstrando grandes irregularidades na humanização (SANTOS e MIRANDA, 2007).

De acordo com Murofuse, Abranches e Napoleão (2005) a Enfermagem foi classificada como a quarta profissão mais estressante no setor público, pela Health Education Authority. A enfermagem vem tentando profissionalmente afirmar-se para obter o maior reconhecimento pela sociedade. Alguns componentes são conhecidos como ameaçadores ao meio ambiente ocupacional do enfermeiro, havendo um número diminuído de profissionais de enfermagem no atendimento de saúde, em relação a quantidade excessiva de atividades realizadas por este, as dificuldades em delimitar os diferentes papéis entre enfermeiros, técnicos e auxiliares de enfermagem, e a grande falta do público em geral, de reconhecer verdadeiramente quem é o enfermeiro.

Alguns autores como Benevides- Pereira (2002) e Gil-Monte & Peiró (1997) indicam que existem características do trabalho que estão diretamente relacionadas com a Síndrome de Burnout. Uma delas é o tipo de ocupação, que acomete profissionais que prestam assistência ou são responsáveis pelo desenvolvimento ou cuidado de outros. tais como: médicos, enfermeiros, professores, assistentes sociais, psicólogos, dentistas, bombeiros, agentes penitenciários e policiais.

Ainda de acordo com Benevides-Pereira (2002) outras características também devem ser consideradas geradora do burnout. São elas: características demográficas e características de personalidade. Dentre as características demográficas, tem sido identificadas maior incidência de burnout em profissionais jovens, principalmente nos que ainda não atingiram 30 anos. Provavelmente, profissionais com mais tempo de atividade profissional já conseguem lidar melhor com situações estressantes do dia-a-dia do trabalho.

Para Meneghini, Paz e Lautert (2011), a equipe de enfermagem, por sua própria natureza e características de seu trabalho, em decorrência da responsabilidade que estes profissionais têm que ter em relação a vida e a proximidade com os clientes para os quais o sofrimento é sempre inevitável, fica suscetível ao fenômeno do estresse ocupacional. Exigi-se deles a dedicação do desempenho de suas funções, aumentando a possibilidade de ocorrência de desgastes emocionais em altos níveis de estresse.

Maslach e Leiter (1997, apud BORGES et al, 2002), citam que as principais causas do burnout são: tempo insuficiente de descanso e de férias; o profissional envolve excessivamente com o seu trabalho; sensação de incapacidade e incompetência; alta expectativa com relação ao trabalho e consigo mesmo; cobranças da comunidade; frustração ao se deparar com a realidade; raiva; inadequação pessoal; problemas financeiros; e falta de estrutura emocional para lidar adequadamente com perdas e frustrações.

Alguns estudos internacionais e nacionais constatam que, apesar da multidimensionalidade, essa Síndrome mantém uma relação estreita com a percepção de suporte organizacional, demonstrando a importância do papel mediador da instituição para a saúde e o bem-estar no trabalho. (OLIVEIRA, TRISTÃO e NEIVA, 2006)

Maslach e Leiter (1999) apontam em seu livro três condições que favorecem o desenvolvimento do desgaste físico e emocional, que são a sobrecarga de trabalho, a falta de controle e/ou autonomia sobre o que fazemos e a ausência de recompensa por nosso trabalho.

Benevides-Pereira, (2002) e Gil-Monte e Peiró (1997) retratam que dentre as características da organização, destaca-se primeiramente o ambiente físico. Condições laborais deficitárias como intenso calor, frio, ruídos excessivos, iluminação insuficiente, precárias condições de higiene, alto risco tóxico e limitações de espaço físico são fatores que podem levar ao Burnout .

Nota-se que as jornadas de trabalho estão cada vez mais longas, gerando uma série de novos problemas, relacionados com o trabalho em turnos. Alguns estudos realizados mostraram que o trabalho noturno é a causa mais comum de alterações na saúde do trabalhador, com mudança do ritmo biológico circadiano em relação à alternância sono-vigília, temperatura corporal, aos níveis hormonais, e além de outros distúrbios como os nervosos, digestivos e de personalidade, prejudicando assim seu relacionamento social e familiar (DE MARTINO & CIPOLLA-NETO, 1999).

Ainda sobre as causas geradoras da síndrome, tem-se Tamayo e Tróccoli (2002) e Gil-Monte (2002) que consideram a carga de trabalho como um dos principais preditores dos sintomas do Burnout, ou seja, a quantidade e a qualidade excessiva ou escassa de demandas que superaram a capacidade e a destreza do trabalhador, necessárias para realizar sua tarefa.

3.5 DIFERENÇA ENTRE BURNOUT E ESTRESSE

Há uma crescente preocupação com relação ao desenvolvimento do estresse e da Síndrome de Burnout no cotidiano. Por isso é importante salientar a diferença entre estresse e burnout.

Segundo Jonas e Haddad (2009) não se pode confundir estresse com burnout, já que estresse ocorre a partir das reações do organismo às agressões de origens diversas, capazes de atingir o equilíbrio dentro do individuo. Por outro lado, Burnout é a resposta do estresse laboral crônico que envolve atitudes e alterações de comportamentos negativos, relacionadas ao trabalho com desconsideração do lado humano. Os trabalhadores de enfermagem acabam atingindo os seus pacientes, organização e o próprio trabalho.

Para Nunes (2008) a diferença entre Burnout e estresse é que o primeiro envolve atitudes e condutas não positivas com relação aos usuários, cliente, organização e trabalho, é uma experiência subjetiva, envolvendo sentimentos que vem trazer problemas emocionais ao individuo, trabalho e a organização. Já o estresse, envolve mais atitudes e condutas, é um esgotamento próprio do individuo com interferência na sua própria vida e não no seu trabalho.

Segundo Townsend (2002) o estresse é o estado de desequilíbrio quando há desarmonia entre as demandas que ocorrem dentro do ambiente interno ou externo das pessoas, e sua habilidade para enfrentar essas demandas. Sabe-se atualmente que o estresse é um dos fatores responsáveis por alterações do estado de saúde e bem estar do indivíduo, dificultando sua vida profissional e pessoal, que podem levar à doença e à morte, e ainda tem se tornado inevitável mediante à demanda contemporânea.

Já o estresse ocupacional para Inocente (2005) é um efeito da exposição a fatores de risco de natureza psiocossocial, com relação à organização do trabalho do individuo. Aguiar et al (2000) relata que o estresse ocupacional é uma realidade na vida de alguns profissionais, principalmente daqueles que lidam com doença e morte, como é o trabalho do enfermeiro.

Para melhor compreensão segue em anexo (F) um quadro comparativo com as diferenças entre a Síndrome de Burnout e o Stress.

3.6 ESTRATÉGIAS DE INTERVENÇÃO PARA OS ENFERMEIROS QUE APRESENTAM-SE COM A SINDROME DE BURNOUT

Segundo Moreno et al (2011) a síndrome traz consequências indesejáveis para o profissional, o cliente e instituição. E por isso, há grande importância no desenvolvimento de manobras de enfrentamento com a finalidade de diminuir os problemas que existem no ambiente de trabalho, reduzindo sempre que possível as dificuldades enfrentadas pelo profissional, dando suporte adequado aos trabalhadores, propiciando-lhes melhores condições de vida dentro e fora da organização, e consequentemente do cuidado prestado ao individuo.

Gil Monte e Peiró (1997) destacam três tipos de estratégias para o enfrentamento do Burnout: individuais que são ligadas ao desenvolvimento da assertividade, ao manejo eficaz do tempo e ao treinamento para as soluções dos problemas; interpessoais, caracterizados pelo apoio de colegas e superiores com o feed-back positivo; e as estratégias organizacionais, que tem foco na prevenção, melhora do ambiente de trabalho e do clima organizacional.

Umas das principais formas de previnir-se contra a síndrome de burnout segundo Benevides-Pereira (2008) é o conhecimento de seus limites pelo profissional, e o seu respeito. Também é preciso trabalhar com ética, responsabilidade, respeito pela sua equipe, bem como pelos usuários. Sendo assim faz-se necessário que o profissional respeite a carga horaria, aceitando o seu limite, e não ocupar com mais de um serviço, que possa vir além da sua capacidade, permitir o lazer (dançar, viajar, ouvir músicas, brincar com os filhos, viver em harmonia no trabalho e em casa, ter amigos novos)

Ainda de acordo com Benevides- Pereira (2008) é sempre bom ter um animal de estimação, ler um bom livro e ligar para aquele amigo com quem, a muito tempo, você não fala, pescar, viajar, fazer exercício físico e sempre que tiver tempo, sair um pouco da rotina de trabalho. É preciso viver, namorar, amar as pessoas e permitir ser amado, ter fé e esperança, realizar coisa que te faz bem e que você gosta. O profissional deve estar em realização constante e descartando tudo aquilo que for desnecessário.

Para Silva e Melo (2006) o trabalhador de enfermagem geralmente possui mais de um trabalho, sendo assim deve ser considerado que possui pouco tempo destinado ao lazer e, como a maioria dos profissionais de enfermagem pertence ao gênero feminino, à jornada de trabalho doméstico também deve ser considerada na análise da qualidade de vida desses profissionais.

“nascemos e morremos dentro das organizações de trabalho. As sociedades se organizam em função do trabalho. O trabalho é um núcleo definidor do sentido da existência humana. Toda a nossa vida é baseada no trabalho, portanto, devemos torná-lo o mais prazeroso possível.” (ZANELLI, 1996, p.28)

Os profissionais de enfermagem sofrem diversos males relacionado com o ambiente de trabalho. E por muitas vezes enxergar-se a pouca importância dada ao adoecimento, desde os próprios trabalhadores, aos seus empregadores e sociedade, havendo assim uma grande notificação dos casos e deixando de proporcionar melhorias na vida dos profissionais.

Para Mulato (2008) destaca que vale resaltar a importância da prevenção e intervenção contra a síndrome de burnout na vida do profissional de nível superior, visando o desenvolvimento e atividade de lazer e recreação, bem como o relaxamento, como meios de alivio e redução do estresse e tensão que ocorre no ambiente de trabalho.

Enfim, Nunes (2008) afirma que uma das principais estratégias para prevenir a síndrome é a de destacar a promoção dos valores humanos no ambiente de trabalho. Todas as pessoas devem não somente ‘sobreviver’ no trabalho, mas sim fazer do seu local de trabalho uma fonte de saúde e realização, cabendo a cada um agir mais do que chorar e lamentar, iniciar um processo de mudança pessoal e institucional, com propostas construtivas e participativas. Caso os ambientes sejam mais fechados e resistentes, devem administrar a própria saúde e buscar aliados para iniciar um movimento que leve a construção de um local mais saudável no contexto de trabalho.

4 SISTEMATIZAÇÃO DA ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM AO PACIENTE APRESENTANDO A SÍNDROME DE BURNOUT

Sobre o SAE tem-se que:

“A sistematização de enfermagem (SAE) é uma metodologia cientifica que vem sendo cada vez mais implementada na pratica assistencial conferindo maior segurança aos pacientes, melhora da qualidade da assistência e maior autonomia aos profissionais de enfermagem”. (TANNURE e PINHEIRO, 2010, p. 9).

A Sistematização da Assistência de Enfermagem é a essência da prática da Enfermagem, instrumento e metodologia da profissão, e como tal sempre ajuda o enfermeiro a tomar suas decisões, prever e avaliar consequências. A elaboração da Assistência de Enfermagem é um dos meios que o enfermeiro dispõe para aplicar seus conhecimentos técnicos, científicos e humanos na assistência ao paciente e, caracterizar sua prática profissional colaborando na definição do seu papel como profissional, ajudando sempre na recuperação de um cliente ou até mesmo do próprio profissional acometido com a Síndrome de Burnout ou outra doença característica do trabalho. A SAE é uma metodologia cientifica onde o profissional enfermeiro dispõe todo o seu conhecimento e aplica técnica e cientificamente na prestação da assistência ao paciente enfermo. (BITTAR, PEREIRA e LEMOS, 2006; SPERANDIO e EVORA, 2005; DALRI e CARVALHO, 2002).

Andrade e Vieira (2005) reforçam a importância e necessidade de se planejar a assistência de enfermagem. A Resolução COFEN nº 272/2002 em seu art. 2º afirma que a implementação da Sistematização da Assistência de Enfermagem – SAE- é uma assistência que deve ocorrer em toda instituição da saúde, seja ela pública ou privada.

Ainda de acordo com Andrade e Vieira (2005) o cotidiano das pessoas no ambiente de trabalho, no lar, no casamento, no ambiente em que vive, exige o confronto com constantes períodos de estresse provocando frustrações, que desencadeiam reações agressivas a outra pessoa. Em alguns casos chega a ocorrer o abandono do emprego, devido à falta de equilíbrio entre o corpo, mente e espírito, que geram alguns sentimentos inadequados.

Segundo Beteghelli et al (2005), a sistematização da assistência de enfermagem tem sido proposta em cindo etapas: o histórico de enfermagem, diagnóstico de enfermagem, planejamento, implementação e avaliação dos cuidados que foram prestado ao cliente enfermo, seja emocionalmente, psicologicamente ou fisicamente.

No Brasil, o processo de enfermagem acabou sendo introduzido por Horta (1979), através das Necessidades Humanas Básicas. Através disso, pode-se dizer que existem etapas para a sistematização de enfermagem como: Histórico de enfermagem, diagnóstico, plano assistencial, o plano de cuidados ou prescrição de enfermagem, a evolução e o prognostico de enfermagem.

O histórico de enfermagem, segundo Anselmi, Carvalho e Angerami (1988), é o primeiro passo no processo de enfermagem, pois estabelece um roteiro sistematizado para que possa colher dados suficientes e significativos do doente mental na identificação do seus problemas. E para Cianciarullo (1975), o Histórico é uma relação documentada de informações individual do doente mental, trazendo dados sobre as necessidades e problemas, servindo assim de base para evolução, prescrição de enfermagem e avaliação da assistência de enfermagem.

Dando continuidade sobre a sistematização de enfermagem, tem-se o segundo passo a se realizar no processo de enfermagem, o diagnóstico, que é a identificação das necessidades básicas do ser humano que precisa de atendimento, e a determinação pelo enfermeiro do grau de dependência deste atendimento em natureza e extensão. Para realizar diagnostico de enfermagem o enfermeiro deverá ter capacidade de análise, de julgamento, de síntese e de percepção ao interpretar dados clínicos. Para Carpenito- Moyet (2009) Os diagnósticos de enfermagem tem como base os problemas reais, ou seja, aqueles que são voltados para o agora, o presente, e tem aqueles que são voltados para o futuro, que podem ser sintomas de disfunção fisiológicas, comportamentais, psicossociais ou espirituais.

Logo após os Diagnóstico de Enfermagem passa-se ao terceiro passo da SAE que é o planejamento de enfermagem. Depois do diagnostico o enfermeiro deve projetar os resultados, que são estabelecidos como metas ou objetivos comportamentais a serem atingidos pelo enfermo mental, direcionando propostas e cuidados possíveis que irão servir como ferramentas fundamentais para a etapa de avaliação e de todo o processo de enfermagem. ( BETEGHELLI, et al , 2005).

A Implementação ocorre quando o plano de cuidado é colocado em pratica e o enfermeiro realiza as intervenções planejadas. Independentemente do grau de precisão de um plano de cuidados, não se pode prever tudo o que ocorrerá com o cliente a cada dia. O conhecimento e a experiência do enfermeiro e as rotinas da instituição asseguram flexibilidade na implementação das novas necessidades do cliente, se necessárias. Implementar significa colocar em prática, executar o que antes era uma proposta (DOENGES, MOORHOUSE e MURR, 2010).

O quinto passo para o processo de enfermagem, é a avaliação onde o enfermeiro se concentra na avaliação que para Iyer, Taptich e Bernocchi (1993) ocorre durante toda a intervenção de enfermagem e não só no final do processo. Esta fase constitui uma etapa integrante das etapas anteriores, caracterizando pela perpetuidade e formalidade.

É no quinto passo que o enfermeiro avalia a eficácia da prescrição de enfermagem, afirmandos as questões como estas: como o paciente progrediu em termos dos resultados esperados (RE)? O paciente apresenta novas necessidades? A prescrição precisa ser revista? (SPARKS e TAYLOR, 2007).

Segundo Stuart e Laraia (2001) o bem estar mental do paciente, deve ser alvo do profissional enfermeiro, sendo necessário modificar as respostas psicoemocionais inadequadas em todo âmbito da assistência de enfermagem, bem como promover uma melhor afetividade entre o enfermeiro e paciente, através de estratégias cognitivas, de expressões de sentimento, de transformação do comportamento, de habilidades sociais e da educação em saúde mental.

Ainda de acordo com os autores supracitados, na Saúde mental os aspectos psicoemocionais são desadaptações ao meio, com alguns fatores desencadeantes, permeando o ciclo desses desequilíbrios como: perdas sofridas, sentimento de desamparo, acontecimento que leva a depressão e ao luto, manias e/ou mecanismo de compensação. Atualmente as populações estão ficando mais vulneráveis em relação a saúde mental, pois embora vivam em constante estresse, inexistem as preocupações relacionadas as maneiras de manter uma melhor qualidade de vida. Stuart e Laraia (2001)

E Como já foi falado detalhadamente da Síndrome de Burnout, vamos aqui direcionar uma sistematização da assistência de enfermagem para o cliente apresentando a síndrome, focando nas três principais dimensões sintomatológicas que são: exaustão emocional (EE), despersonalização (DP) e redução da realização pessoal (rRp).

4.1 EXAUSTÃO EMOCIONAL

Segundo Issacs (1998) o primeiro diagnóstico de enfermagem aborda o Ajuste individual ineficaz. O profissional enfermeiro ajuda sempre que possivel o paciente a identificar suas próprias atitudes em relação ao seu estado emocional, principalmente o seu estresse, incentiva o paciente a realizar atividades fisicas diariamente e fazer técnicas de relaxamentos. Além disso encoroja o paciente ao uso de estratégias adaptativas para a redução do estresse, instruir o cliente ou o encaminha a um programa confiável que ajuda no controle do seu estresse. É Importante que esse paciente esteja preparado para aceitar todas as proposta do enfermeiro, pois isso ajuda a melhorar o quadro de estresse e ajuste individual ineficaz.

O segundo diagnóstico de enfermagem prevê a fadiga relacionada às demandas emocionais avassaladoras.(CARPENITO-MOYET, 2009). O enfermeiro ajuda o paciente a verbalizar como a fadiga interfere nas responsabilidades do seu papel; Identifica as alterações no estilo de vida, ampliação das responsabilidades/ demanda que é gerada por outras pessoas, e incentiva o paciente a identificar desordens relacionados com o trabalho do cliente. Encorojar o cliente a informar como a fadiga causa frustração e como ele se sente nos momentos em que a fadiga chega. É importante que o profissional enfermeiro esteja sempre presente para analisar juntos os níveis de fadiga nas 24 horas. Como por exemplos: horários de pico baixo de energia, horários de exaustão, e as atividades associadas ao acréscimo da fadiga.

Verifca-se que é papel do enfermeiro, que assiste a saúde mental, identificar alterações em relação ao estilo de vida, ampliação das responsabilidades/demandas geradas por outras pessoas, conflitos que são relacionados com o seu ambiente de trabalho; Averiguar a crença do cliente sobre o que está causando a sua fadiga e o que se pode fazer para que ela diminua; Conversar com cliente sobre as mudanças/limitações que podem ser realizadas no seu estilo de vida imposta pela fadiga. (DOENGES, MOORHOUSE e MURR, 2010).

E no ultimo diagnóstico de enfermagem Isaacs (1998) aborda o distúrbio no padrão do sono. O profssional incentiva o cliente a realização de atividades físicas, a busca pelo lazer, e caso necessário indica o paciente a procurar um médico para prescrever um tranquilizante, promover um sono com qualidade, e sempre que possível pedir alguém da sua família para fazer uma massagem, isso alivio muito o estado emocional.

Ouvir as queixas do cliente subjetivas referentes à qualidade do sono, ientiticar as circunstâncias que interrompem o sono e a frequência com que ocorrem, ajudar o cliente a desenvolver um plano individualizado de relaxamento, demonstrar técnicas como o biofedback, auto-hipnose, visualização e relaxamento muscular progressivo. Deve ainda sugerir ao cliente que a cama/quarto seja utilizada apenas para dormir, jamais para exercitar trabalhos profissionais ou assistir televisão, avaliar quanto a ingestão de cafeína e bebidas alcoólicas, pois o consumo excessiva interfere no sono REM, e evitar alimentações pesadas tarde da noite. (DOENGES, MOORHOUSE e MURR, 2010).

Na evolução de enfermagem com referência ao primeiro diagnóstico é perguntado se o cliente reconhece e verbaliza quanto ao seu estado de fadiga, se o trabalho do enfermeiro está trazendo melhor qualidade de vida ou mudou seu estilo de vida, se está se adequando ao tratamento imposto pelo profissional e sente-se menos exausto e irritado. (ISAACS, 1998)

Referente ao segundo diagnóstico a indagação se dá no sentido de o cliente apresentar melhora e reconhecer os sentimentos de estresse, além da sua demostração de melhora em relação ao seu ajuste individual, reconhecimento e verbalização sobre o seus sentimentos. (CARPENITO-MOYET, 2009).

Quanto ao terceiro diagnóstico, em sua evolução de enfermagem ao cliente é perguntado se apresenta sono adequado, está se alimentando bem, encontra-se com mais animo, está realizando atividades físicas algumas vezes na semana, está realizando todas as orientações que foram passadas, dormiu cerca de 8 horas por noite e se o cliente coopera com o tratamento. (ISAACS, 1998).

4.2 DESPERSONALIZAÇÃO

O diagnóstico de enfermagem que é interação social prejudicada, que relaciona-se com recursos pessoais inadequados como sentimento de tristeza e interesses imaturos, consciência pouco desenvolvida e valores sociais rejeitados, evidenciada pelas dificuldades em atender as necessidades alheias. É função do enfermeiro estimular o cliente a verbalizar, sempre que possível, seus sentimentos ou seu desconforto nas situações sociais, observar quaisquer fatores desencadeantes, padrões causadores recorrentes e obstáculos à utilização dos grupos de apoio e pedir ao cliente para fazer uma listagem de comportamentos que gera desconforto. (DOENGES, MOORHOUSE e MURR, 2010).

Continuando a função do enfermeiro, tem-se que ele deve estabelecer uma relação terapêutica demostrando respeito pelo cliente, ouvindo atentamente suas queixas e fornecendo um ambiente que seja seguro para a sua auto-manifestação, focalizar sempre a realidade atual e proporcionar o desenvolvimento de habilidades sociais ao cliente, auxiliando na indentificação do ambiente no qual as interações sociais estão prejudicadas como a moradia, aprendizado e o trabalho e oferecer instruções no ambiente em que a pessoa deve atuar, quando possível. (CARPENITO-MOYET, 2009).

Doenges, Moorhouse e Murr (2010) citam como diagóstico de enfermagem a ansiedade relacionada à disseminação por transmissão interpessoal/contato social. É função do enfermeiro estabelecer uma relação terapêutica transmitindo empatia e respeito incondicional positivo para o cliente. É sempre importante que o enfermeiro se desmostre disponível a ouvir e conversar com o cliente. Ajudar o cliente a desenvolver sua autopercepção dos comportamentos verbais e não verbais, esclarecer ao cliente significados importantes dos sentimentos com ações fornecendo feedback e confirmando seu significado com o cliente.

O enfermeiro deve ainda promover o uso de técnicas de relaxamento, encorojar o cliente a diminuir o consumo de cigarros e a ingestão de cafeína, promover o sono com medidas de conforto como o banho morno, música, massagem nas costas, e se possível está na presença de uma pessoa querida e amada, faciliar a expressão de sentimentos ouvindo atentamente, mostrando respeito e expressando empatia. É função do enfermeiro criar uma relação de confiança e proporcionar apoio durante episódios de despersonalização, amnésia, emergências de novas personalidades e ajudar o cliente a identificar fontes geradoras de conflitos, e apoiar o compromisso a fazer uma terapia orientada para a compreensão com um terapeuta experiente. (ISAACS, 1998).

O terceiro diagnóstico apresentado é baseado nas lições de TOWNSEND (2002), e nele tem-se alteração sensoperceptiva visual e cinestésica relacionada à ansiedade grave reprimida e ao ego insuficientemente desenvolvido, evidenciada por uma alteração na percepção de si mesmo ou do ambiente. É indispensável que o enfermeiro não deixe de dar apoio e encorajamento durante os períodos de despersonalização. É importante também que o profissional explique os comportamentos de despersonalização e o propósito que eles geralmente tem no individuo, explicar a relação entre a ansiedade grave e o comportamentos de despersonalização, ajudar o cliente a correlacionar esses comportamentos a periodos de grave estado de estresse psicológico que o cliente já vivenciou.

Ao realizar os procedimentos de enfermagem, logo em seguida vem a evolução de enfermagem, e para isso é importante que o enfermeiro preste bastante atenção pois é nessa etapa que irá perceber a grande eficácia da prescrição de enfermagem. Na evolução de Enfermagem indaga-se se o cliente verbaliza os seus sentimentos, utilizou-se algum grupo de apoio e se apresentou melhora em relação a sua interação social, reconhece os sinais e sintomas da ansiedade. (DOENGES, MOORHOUSE e MURR, 2010).

Como sabe-se a ansiedade é um sentimento ruim, e em consequência da mesma acaba por trazer outros sentimentos negativos, e para isso a evolução de enfermagem ajudará a minimizar esse sentimento que é de suma importância observar se o cliente apresentou melhora quanto a exposição dos seus sentimentos, demostra que confia em você e se sentiu com vontade de falar tudo o que sente, reconhece os sinais e sintomas da ansiedade, pode manter a ansiedade a um nível adequado sem o uso de medicação, pode verbalizar recursos fora do ambiente hospitalar em que ele pode procurar ajuda em situação de estresse extremo. (DOENGES, MOORHOUSE e MURR, 2010).

A evolução para o ultimo diagnóstico deve ser realizada da seguinte maneira: é indagado ao cliente se ele consegue verbalizar uma relação entre situações de estresse e o inicio dos comportamentos de despersonalização, e demonstrar meios de ajuste mais adaptativos para lidar com o estresse sem recorrer à dissociação. TOWNSEND (2002).

4.3 REDUÇÃO DA REALIZAÇÃO PROFISSIONAL

O diagnóstico de Enfermagem segundo Doenges, Moorhouse e Murrr (2010) Risco de sentimento de impotência. O enfermeiro deve avaliar a auto-estima do cliente e o grau de domínio que tem demonstrado na situações da sua vida, observar as respostas comportamentais verbais e não verbais para identicar expressões de medo, desisteresse, apatia ou afastamento; Demonstrar preocupação com o cliente como individuo, incitar perguntas, planejar a assistência e solucionar problemas juntamente com o cliente e família; encaminhar para grupos de apoio ou para aconselhamento/terapia, conforme indicação, apoiar o cliente em seus esforços para elaborar etapas realistas para colocar os objetivos em ação, alcançar as metas e sustentar as expectativas, ouvir as descrições do cliente que possam indicar sentimento de impotência como “eles não se interessam’; “isto não faz diferença”; “isso não adianta coisa alguma”.

Permitir que o cliente sinta resultados de suas próprias ações; Elogiar os ganhos/ realizações, incentivar o cliente a buscar forças de outras fontes como grupos de apoio, grupos de auto-ajuda, oferecer encaminhamento a líder religioso e proporcionar privacidade e apoio a outras medidas que o cliente possa requisitar. (CARPENITO-MOYET, 2009).

Segundo Doenges, Moorhouse e Murr (2010) o segundo diagnóstico aborda Risco de baixo-auto estima situacional. Determinar os fatores pessoal que podem contribuir para a diminuição da auto-estima, identificar o sentimento básico de valor próprio do cliente, a imagem que ele tem de sim mesmo, os aspectos existenciais, psicológicos e físicos, induzir a percepção do cliente quanto a sua própria responsabilidade de lidar com a situação e o crescimento pessoal, ouvir o cliente em relação as verbalizações auto destrutivas, avaliar as dinâmicas da família e o apoio oferecido ao cliente.

Segundo Townsend (2002) o enfermeiro deve aceitar e respeitar o cliente como um ser humano especial e de valor, estimular sentimento de controle individual, encorajando a tomada de decisões independentes, reconhecer os pontos fortes do cliente e incorporar o emprego desses aspectos na elaboração do cuidado, discutir temores, estusiasmar o cliente no envolvimento em atividades novas, e ajudar o cliente a evitar remoer insucessos passados e retirar a atenção se o cliente persistir na mesma coisa.

Como ultimo diagnóstico tem-se desesperança relacionada à restrição prolongada das atividades acarretando isolamento. O profissional enfermeiro deve identificar os comportamentos que são insinuante de desesperança, estabelecer uma relação terapêutica/facilitadora manifestando grande respeito pelo cliente, estimular o cliente a verbalizar os seus sentimentos e suas percepções como desânimo, desesperança e sentimento de impotência, além de conversar sobre as opções atuais e citar ações que podem ser realizadas para conseguir algum controle sobre a situação, corrigindo conceitos errados que são explícitados pelo cliente. Também é importante ajudar o cliente a reconhecer qual é a área que ele não tem controle e que ele tem mais controle. (DOENGES, MOORHOUSE e MURR, 2010).

Carpenito-Moyet (2009) cita que o enfermeiro mobiliza os recursos internos e externos do cliente com a finalidade de promover a esperança. Ajudar o cliente a identificar suas razões pessoais para viver, proporcionando significação e determinação para a sua vida. É o enfermeiro que auxilia o cliente a compreender que pode lidar com os aspectos de desesperança da vida e auxilia o cliente a distinguir entre o possível e o impossível.

Na evolução de enfermagem deve ser analisado se o cliente encontra-se mais realista, demonstra-se com mais interesse, verbaliza seus sentimentos, sente-se seguro e confiante no profissional, demonstra que está adequando ao tratamento, e se demonstra sentir-se interessado e capaz de executar atividades da sua vida diária. (DOENGES, MOORHOUSE e MURR, 2010).

Na segunda evolução deve-se levar em consideração a capacidade de argumentar conquistas passadas e outros aspectos positivos de sua vida, aceitação de elogios e agradecimento de outros de meneira graciosa, capacidade de realização de novas experiências sem medo extremo de fracassar, o cliente agora consegue admitir as criticas construtivas sem ficar excessivamente na defensiva e passar a culpa para outros, aceitação da responsabilidade pessoal pelos problemas, em vez de referir sentimentos e comportamentos a outros, e envolve com decisões que afetam sua vida. (TOWNSEND, 2002).

Para finalizar a evolução de Enfermagem de acordo com o último diagnóstico, os pontos a serem analisados são referem-se ao cliente se apresentar com mais esperança, demonstrar estar mais preparado para realizar atividades diárias, verbalizar todas as suas angústias, apresentar-se mais animado, e com entusiasmo em relação as intervenções que foram realizadas. (DOENGES, MOORHOUSE e MURR, 2010).

Para Toledo (2004) o enfermeiro que atua na saúde mental, tem como desafio que se lhe impõe é cada vez maior e mais confuso, envolve assim a capacidade de uma atuação mais eficaz juntamente com outros profissionais, mas não deles dependente. O enfermeiro tem que estar apto a conhecer intimamente o paciente para que o seu desempenho seja verdadeiramente ético, objetivo, maduro, seguro, flexível e criativo.

5. METODOLOGIA

Trata-se de um estudo observacional transversal de caráter descritivo e exploratório com abordagem quantitativa. Para Polit e Hungler (1995) a pesquisa descritiva baseia-se na descrição de fenômenos relativos à profissão, baseados em observação, descrição e classificação dos fenômenos que são observados. É uma modalidade de pesquisa bastante utilizada na enfermagem. A pesquisa exploratória inicia-se por algum fenômeno de interesse e, além de observar e registrar a incidência do fenômeno busca explorar as dimensões deste, a maneira pela qual ele se manifesta e os outros fatores com os quais ele se relaciona. Inserindo a investigação quantitativa no contexto deste estudo, ressalta-se particularmente os focos que essa metodologia esclarece e auxilia, encarregando-se de fornecer subsídios que são necessários para a concretização desse estudo. O percurso metodológico será construído a partir dos seguintes aspectos:

5.1 CENÁRIO E POPULAÇÃO DO ESTUDO

Os locais de estudo são as ESFs (Estratégia Saúde da Família) da cidade de Eunápolis, um município do estado da Bahia situado às margens da BR-101. Sua população é de 100.246 habitantes, sendo então a 16ª cidade mais populosa do estado, segundo dados estatistico do IBGE/2010. Os sujeitos da pesquisa serão os enfermeiros da Estratégia Saúde da Família, que totalizam atualmente 23 Estratégias, com 5 localizadas em zona rural e 18 na zona urbana. Sendo 21 enfermeiros e enfermeiras entrevistados, pois duas das enfermeiras entrevistadas atendem a duas Estratégias. A coleta dos dados foi realizada no período compreendido entre os dias 26/06/2012 e 16/08/2012 na cidade de Eunápolis- BA.

5.2 - INSTRUMENTO E COLETA DE DADOS

Após a autorização da instituição foi entregue aos participantes um termo de Consentimento Livre e Esclarecido, trazendo informações a respeito da pesquisa. Para a realização da coleta de dados foram utilizados os seguintes recursos: um questionário estruturado, auto-aplicável, que registra os dados sócio-demográficos, dados profissionais, informações sobre lazer, fatores organizacionais preditores de Burnout e alguns sintomas somáticos relacionados com a doença. Foram acrescidas ainda 22 questões do instrumento Maslach Burnout Inventory (MBI), que identifica as dimensões sintomatológicas da Síndrome de Burnout, sendo que as questões de 1 a 9 identificam o nível de exaustão emocional, as questões de 10 a 17 estão relacionadas à realização do profissional, e as questões de 18 a 22 à despersonalização. O MBI foi criado por Christine Maslach, psicóloga e professora universitária na Califórnia-EUA, e validado no Brasil em 2001. (Anexo B).

Maslach Burnout Inventory – MBI (MASLACH & JACKSON, 1986) é um questionário de auto-informe para ser respondido através de uma escala do tipo Likert de 7 pontos, indo de “0” como “ nunca” a “6” como “todos os dias”. Os valores obtidos foram comparados com os valores de referência do Núcleo de Estudos Avançados sobre a Síndrome de burnout (NEPASB), apresentados na TABELA 1. (Anexo D) (BENEVIDES-PEREIRA, 2001)

5.3 - PLANO DE ANÁLISE

Para a análise dos dados foram utilizadas técnicas de estatística descritiva, envolvendo a obtenção de distribuições absolutas, percentuais e medidas estatísticas. O programa utilizado foi o EXCEL 2007 (pacote de aplicativos e programas do WINDOWS 7) e são apresentados sob forma de gráficos e tabelas, com o intuito de apresentar, de forma clara e objetiva, ao leitor, os resultados obtidos por meio desta pesquisa.

Os questionários foram avaliados individualmente, realizando a análise e cálculos a partir do questionário de cada enfermeiro, considerando assim: Segundo Ebisui (2008), índice alto em EE, ou alto em DE, ou baixo em EP é um indicativo de risco a ocorrer à síndrome de burnout. Indivíduos com 3 pontos, fora do ponto de corte das três dimensões (EE alto, alto DP e baixo RP) se encontra em burnout.

5.4 – QUESTÕES ÉTICAS

Este estudo utilizou seres humanos, que são as (os) enfermeiras (os) da Estratégia Saúde da Família, da cidade de Eunápolis-BA. Sendo uma pesquisa de campo. Obedece à Resolução nº. 196/96 do Ministério da Saúde, através do Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (ANEXO A). Assim, os sujeitos participantes do estudo manifestaram o seu consentimento pós-informado, podendo ser facultada a possibilidade de desistirem a qualquer momento de participar, conforme desejassem, sem qualquer tipo de prejuízo. Foi garantido o sigilo de sua identificação e de suas respostas

6. RESULTADOS

Neste capítulo, buscou-se apresentar os resultados da pesquisa, em que o objetivo primordial é o de analisar o grau da incidência da Síndrome de Burnout, nos enfermeiros da Estratégia Saúde da Família, sendo o MBI que avalia três fatores: Exaustão Emocional (EE); Despersonalização (DE); Reduzida realização profissional (rRP) e apresenta 22 itens, dos quais 9 são relativos à dimensão Exaustão Emocional (EE), 5 à Despersonalização (DE) e 8 à Reduzida realização profissional (rRP).

6.1 PERFIL SOCIODEMOGRÁFICO E DADOS PROFISSIONAIS DOS ENFERMEIROS ENTREVISTADOS

Fonte: Dados da pesquisa da autora (2012)

Começando com os dados sócio-demográficos pode-se constatar a prevalência do sexo feminino (90%), sendo que 52% dos entrevistados são casados (as), 38% solteiras (os) e 10% divorciados (as), 57% possuíam filhos, e 43% não tem filhos. A faixa etária entre 20 a 30 anos foi de 47%, de 31 a 40 anos 43%, de 41 a 50 anos 5% e acima de 51 anos 5%. Quanto à escolaridade, a maioria das entrevistadas possui especialização (90%), e o restante (10%) somente graduação. Para Lopes (1996) é natural que o trabalho de enfermagem seja desenvolvido na sua maior parte por mulheres.

Fonte: Dados da pesquisa da autora (2012)

Analisando os dados profissionais, sobre o vínculo trabalhista, tem-se 85% dos enfermeiros trabalhando com vínculo temporário e 15% estatutário. Dos enfermeiros entrevistados 90% possuíam carga horária semanal de 40 horas, sendo 10% superior a esse período, devido a ter vinculo empregatício em outra instituição. Os profissionais que trabalham em dois turnos representam 90%, restando aos outros 10% o trabalho durante os três turnos (manhã, tarde e noite). Em relação a outro vinculo empregatício, 10% responderam que possuem outro emprego, e 90% afirmaram possuir vínculo único. Quanto ao lazer, muitos responderam que gostam de dormir, viajar, assistir televisão, passear, namorar, bordar, ler e etc. Sobre a prática de atividade física, 57% dos entrevistados afirmaram praticar algum tipo de esporte enquanto 43% não praticam nenhuma atividade física.

6.2 FATORES PREDITORES

GRÁFICO 1: Fatores Preditores

Pontos

Questões

Sobre os fatores preditores organizacionais para desenvolvimento do Burnout a primeira questão diz respeito à frequência com que o enfermeiro constata que as atividades por ele desempenhadas desempenhadas exigem mais tempo do que o trabalhador se julga capaz, sendo que 28% responderam 5 (algumas vezes por semana) e 33% responderam 6 (todos os dias).

Dando continuidade na análise estatística de todos os fatores observou-se que uma das questões de maior relevância foi sobre o reconhecimento pela instituição e recompensa aos diagnósticos precisos, atendimentos e procedimento realizados pelos funcionários, onde 19% responderam zero (nunca) e 33% responderam 6 (todos os dias), sendo mais satisfatório para esses últimos.

Com relação à quarta questão do questionário que pergunta se a instituição valoriza e reconhece o trabalho desenvolvido, assim como investe e incentiva o desenvolvimento profissional dos funcionários, foram obtidos os valores de 19% demonstrando-se insatisfeitos, respondendo zero (nunca) e 28% respondendo 6 (todos os dias) se dando por satisfeitos com a sua instituição. Quanto à questão referente ao respeito nas relações internas da instituição, 62% responderam 6 (todos os dias).

Por fim foi perguntado se na instituição onde o profissional atua ele tem oportunidades de realizar um trabalho que considere importante, onde 52% responderam 6 (todos os dias).

As questões organizacionais, ou melhor, a insatisfação do funcionário em relação à instituição é um dos principais fatores desencadeante da síndrome. (MORENO-JIMENEZ, 2000).

6.3 SINTOMAS SÓMATICOS

GRÁFICO 2.1: Sintomas Somáticos

Pontos

Sintomas

Quanto à sintomatologia, em relação ao que o profissional sente em decorrência do trabalho, 28% afirmaram sentir cefaléia uma vez por semana, e 42% algumas vezes na semana, verificou-se ainda que a irritabilidade fácil acomete 38% dos entrevistados algumas vezes por semana, o mesmo percentual se aplica para a perda ou excesso de apetite (38%) algumas vezes por semana.

A respeito da pressão arterial alta, 81% responderam 0 (nunca), 28 % sentem dor no ombro ou nuca algumas vezes por semana (5), 71% afirmaram não sentir dor no peito (0-nunca). Quanto à dificuldade com o sono, 33% responderam 5 (algumas vezes por semana). O sentimento de cansaço mental é experimentado por 33% dos entrevistados algumas vezes por semana (5). Dificuldades sexuais atingem 5% dos enfermeiros todos os dias (6), e nunca (0) em 62% deles; 28% tem pouco tempo para si algumas vezes por semana (5), e 24% sente fadiga generalizada algumas vezes ao mês (3).

GRÁFICO 2.2: Sintomas Somáticos

Pontos

Sintomas

Para as pequenas infecções 33% responderam 0 (nunca) e 28% responderam uma vez ao mês ou menos (2). Aumento no consumo de bebidas, cigarro ou substancias químicas nunca (0) aconteceu com 81% dos enfermeiros. Dificuldades de memória e concentração atingem 24% uma vez ao mês ou menos (2).

Problemas gastrointestinais nunca (0) atingiram 33% dos enfermeiros, da mesma forma os problemas alérgicos (57%), estado de aceleração contínuo (41%) e sentir-se sem vontade de começar nada (24%) também responderam 0 (nunca). Quanto à perda do senso de humor 33% responderam 3 (algumas vezes ao mês); 38% adiquirem gripes e resfriados uma vez ao ano ou menos (1) e 38% somente uma vez ao mês ou menos (2). Por fim, no que se refere à perda do desejo sexual, 65% respondeu 0 (nunca).

6.4 MBI (MASLACH BURNOUT INVENTORY)

No questionário (MBI) composto por 22 questões, os resultados foram agrupados em cada uma das três categorias, ou seja, as três dimensões consideradas, levando-se em consideração as questões relativas a cada variável. Ao referir os valores limites estabelecidos pelo NEPASB, verificou-se no geral que 52% dos (as) enfermeiros (as) da ESF apresentaram nível de exaustão emocional alto. O índice de despersonalização baixa sendo de 52%, realização profissional média de 57% e alta de 24 %.

Segundo Benevides- Pereira (2002), o Maslach Burnout Inventory (MBI) é um questionário que traz como princípio fundamental para o diagnóstico do Burnout a obtenção de classificação alta para Exaustão emocional (EE), e Despersonalização (DE) e classificação baixa para Reduzida realização profissional (rRP).

Foram reunidos todos os dados coletados pelos sujeitos do estudo que responderam o MBI-HSS (Anexo B). Sendo assim, foi compilado todos os dados colhidos na tabela abaixo, para melhor visualização.

TABELA 3- Pontuação dos indivíduos respondentes nas três dimensões sintomatológica.

Fonte: Dados da pesquisa da autora (2012)

Os questionários foram avaliados individualmente, realizando a análise e cálculos a partir do questionário de cada enfermeiro, considerando assim: segundo Ebisui (2008), índice alto em EE, ou alto em DE, ou baixo em EP é um indicativo de risco a ocorrer à Síndrome de Burnout. Indivíduos com 3 pontos, fora do ponto de corte das três dimensões (EE alto, alto DP e baixo RP) se encontra em burnout. Já os individuos com 2 dimensões fora do ponto de corte indicam (A) alto risco de apresentarem burnout. Indivíduos com 1 dimensão fora do ponto de corte indicam (M) médio risco de apresentarem a síndrome de burnout. Os indivíduos que estejam abaixo dos limites, apresentando-se médio ou baixo EE, médio ou baixo DP e médio ou alto RP se encontram com (B) baixo risco de apresentarem a síndrome.

Para melhor exemplificação da tabela, percebemos que o individuo 1 apresenta- se com Exaustão emocional de 32 pontos, sendo assim de acordo com a NEPASB, se encontra em nível alto (A) que é de 26-54. Na despersonalização o individuo obteve 02 pontos, sendo classificado com baixo nível, e a realização profissional apresentou-se com 24 pontos, sendo enquadrado em nível B (0-33). Esse profissional apresenta-se com alto risco para desenvolver a síndrome, pois está 2 dimensões fora do ponto de corte.

Como observado na tabela, pode-se perceber que não houve nenhum individuo apresentando a síndrome, no entanto, 2 (9%) indivíduos apresentaram-se com alto risco (A) de adiquiri-la, 10 (48%) com médio risco (M) e 9 (43%) com baixo risco (B).

Desta forma, ficou claro que é preciso estratégias de prevenção contra a síndrome para esses indivíduos que estão com alto risco e médio risco, com o intuito de que não aumente o nível de Exaustão Emocional e a Síndrome não venha se exacerbar, ou seja, para que não alcance o seu auge. Haja vista que a Exaustão Emocional é o elemento central do Burnout.

7 DISCUSSÃO

Diante dos resultados acima descritos, pode-se perceber que os indivíduos estudados apresentam algumas variáveis de suscetibilidade a Síndrome de Burnout. São indivíduos jovens, na sua maioria mulheres. Sendo Nunes (2008) a citar que na verdade, a predominância de mulheres como profissionais da área da saúde, vem dos tempos passados, desde o tempo de Florence Nightingale, onde as mulheres eram as únicas que prestavam o atendimento aos enfermos. E Conforme Santos, Alves e Rodrigues (2009) foi constatado que as mulheres são mais estressadas do que os homens, isto tem relação com a dedicação às atividades realiza na sua vida pessoal, familiar e nas atividades domésticas.

A Estratégia Saúde da Familia requer uma dedicação exclusiva dos enfermeiros, exige uma disponibilidade de 40 horas semanais, ou seja 8 horas diárias e a ESF como o único trabalho. Nesse caso, faz-se necessário comentar sobre o percentual de trabalhadores da ESF que trabalha em outro local (10%), em números, apenas dois indivíduos tem outro vinculo empregaticio. Um estava com baixo risco de apresentar a síndrome, diferente do outro profissional que é do sexo feminino e estava apresentando alto risco (A) de apresentar a síndrome de burnout. Esses resultados, comovem, uma vez que, conforme Soratto e Olive- Heckler (1999), a dupla jornada de trabalho exige o empreendimento de um grande esforço individual para o profissional adaptar ao ambiente, demandas e valores institucionais diferentes. Sendo assim, enseja o esgotamento de recursos internos, a insegurança em relação a qualidade do trabalho e a sensação de sobrecarga laboral.

E o fato dos profissionais de saúde terem mais de um vinculo empregatício, que por um lado serve para complementar a renda familiar, tendo isso um compromentimento com as atividades laborais, devido o cansaço que gera no profissional. (MASLACH, SCHAUFELI e LEITER, 2001).

Percebemos ainda que duas das enfermeiras estão classificadas com alto risco (A) de apresentarem a síndrome, e essas enfermeiras estão na classificação da faixa etária de 20 a 30 anos, ou seja, são jovens. Para Rosa e Carlotto (2005) vários estudos têm mostrado maior incidência de Burnout em profissionais mais jovens, sendo frequente nos que ainda não atingiram os 30 anos. Já que pessoas mais jovens teriam alta expectativa frente ao seu trabalho.

E em relação ao estado civil, obteve-se mais resultado em casados, e como relata a literatura, o estado civil casado serve como um fator protetor contra a Síndrome de Burnout, e que geralmente se atribui ao casamento, ou ao fato de ter um relacionamento afetivo estável, uma menor predisposição ao Burnout, enquanto os maiores valores de pessoas acometidas com a síndrome têm sido apontados nos solteiros, viúvos ou divorciados. (BURKE e GREENGLAS, 1989).

A maioria possuíam filhos, e alguns apresentam algumas das dimensões alteradas. Nos achados da literatura, é demonstrado que sujeitos com filhos apresentam menor índice de exaustão emocional e descrevem que a estabilidade afetiva e o fato de ser pai e mãe melhoram o equilíbrio do individuo para resolver as situação de conflitos. (FORMIGHIERI, 2003).

Apesar de nenhum enfermeiro apresentar a síndrome de burnout, existem altos níveis encontrados de exaustão emocional indicando assim forte propensão para o desenvolvimento da síndrome, sendo a proporção de enfermeiros com nível alto de exaustão emocional de 52%. Segundo Tamayo e Trócoli (2002), a EE é a dimensão aceita com agilidade pelo profissional que expressa um aspecto consciente de Burnout, pois eles procuram apresentar um ambiente positivo para o paciente que atendem, fato este que pode desencadear um esgotamento físico e emocional por parte dos profissionais que não permitem transparecer as dificuldades presentes no ambiente de trabalho. A maior causa da exaustão do trabalho é a sobrecarga e conflito pessoal nas relações, a exautão emocional é considerado a primeira etapa do fator primordial da Síndrome de Burnout.

Em relação aos sintomas somáticos, muitos enfermeiros apresentaram-se com irritabilidade fácil, que é a grande caracteristica da exaustão emocional, e segundo Santos, Alves e Rodrigues (2009) a exaustão emocional faz com que o profissional sinta-se esgotado, sem nenhuma energia, pouco tolerante, e que tem uma irritabilidade fácil (nervoso) no seu local de trabalho.

E o sentimento de cansaço mental também não foi diferente, sendo uma grande quantidade de enfermeiros que respondeu, que sente esse sintoma, algumas vezes por semana. Quantos aos outros sintomas, percebe-se que muitos responderam que nunca sente esses sintomas, ou uma vez ao ano ou menos. Dando a entender que a maioria dos enfermeiros entrevistados não estão com os sintomas somáticos altos. Apenas com grande característica de exaustão emocional.

No que tange à classificação dos resultados, sobre o lazer muitos afirmaram possuir, e que ao responder, tiveram prazer em falar que gosta muito daquilo que faz nas horas vagas. Quanto à prática de atividade física 57% afirmaram praticar algum esporte três vezes por semana ou mais. Na literatura, de acordo com Menegaz (2004), encontra-se o reconhecimento de que a atividade física diminui a tensão, reduzindo, assim, o estresse e trazendo uma melhor manutenção da condição de saúde no trabalho.

E analisando a situação de trabalho, compreende-se que suas variáveis associadas a Síndrome de Burnout em algumas investigações são o tempo de trabalho e o tempo de profissão. A porcentagem em relação ao vinculo trabalhista, foi de 85% temporário, diferente do estatutário que é de apenas 15%.

Estudos descrevem que a síndrome se inicia no primeiro ano que o individuo ingressa na instituição de trabalho, possivelmente devido a pouca experiência na profissão e/ou na instituição, a necessidade de aceitação e reconhecimentos. Corrobora com esta afirmação Freundenberger (1974), afirmando que a síndrome começa a se manifestar a partir do primeiro ano na instituição.

8 CONSIDERAÇÕES FINAIS

A abordagem inicial do presente trabalho demonstrou que uma das maiores preocupações da sociedade atual é a saúde, pois ela é o pilar de sustentação da harmonia, bem-estar, bom convívio social, felicidade pessoal, e tantas outras coisas almejadas pelo ser humano.

No entanto, é necessário se conscientizar que este pilar é formado pelos profissionais da saúde, que se dedicam incansavelmente ao cuidado do próximo, muitas vezes se esquecendo do próprio auto-cuidado. O enfermeiro é um exemplo destes profissionais.

O profissional enfermeiro, em seu labor diário, confronta-se com diversos males oriundos de situações provocadas pela própria natureza da atividade exercida, como a exigência de trabalhos por turnos, sobrecarga de serviço, contato com diversos tipos de doenças e muitas vezes a própria morte.

Outros fatores são a falta de lazer, ausência de tempo pra si e sua própria familia, necessidade de trabalhar em mais de um emprego para complementar sua renda, e como se não bastasse se torna alvo constante de reclamações por parte da comunidade, dos gestores de seu local de trabalho e até mesmo de si próprio.

Todo esse complexo de situações constitui fatores de estresse que dificultam o desempenho profissional do enfermeiro, podendo acarretar inclusive alguma das doenças do trabalho, dentre elas a Síndrome de Burnout.

A Síndrome de Burnout é o resultado da união de diversas situações de impacto negativo que vem acontecendo a muito tempo no ambiente de trabalho, como frustração, desânimo, falta de energia, cansaço físico e mental, falta de reconhecimento da população, demanda de pacientes, e que acaba afetando o indivíduo emocional, profissional e socialmente.

O desenvolvimento deste estudo tomou como base o enfermeiro do ESF, que atua no âmbito individual ou coletivo, e está sempre presente na maioria das ações do SUS. É ele quem gerencia a equipe dos ACS, ele quem presta assistência à criança, mulher, adolescente, adulto e idoso, com intuito de trazer maior qualidade de vida para o individuo e a comunidade.

Conforme os dados apresentados na pesquisa, nenhum enfermeiro da ESF da cidade de Eunápolis/BA está acometido pela Síndrome de Burnout, mas muitos possuem grande incidência de sintomas característicos para desenvolver a síndrome. A exaustão emocional de alguns dos sujeitos entrevistados encontra-se elevada, em que pese muitos dos profissionais estarem bem realizados profissionalmente.

Em comparação com outros estudos sobre o tema, ficou demonstrado que os profissionais enfermeiros que atuam em Hospitais, pronto socorro e UTI acabam adquirindo a síndrome, devido ao desgaste emocional nessa área ser maior. E, há ainda um alto padrão de responsabilidade que é exigido do enfermeiro. Sendo assim, percebe-se o que diferencial entre o profissional da atenção básica e o enfermeiro que atua em Hospitais e UTI é o fato de trabalhar em demasia, os plantões em turnos noturnos e que muitos trabalham em outro vínculo empregatício. Em situação diversa se encontra o profissional da ESF, uma vez que o enfermeiro trabalha 8 horas diárias, sendo que no período da noite pode estar em sua residência descansando e recuperando suas energias.

Portanto fica evidente que os enfermeiros que atuam na ESF da cidade de Eunápolis/BA não apresentam a Síndrome de Burnout, mas, estão vulneráveis ao seu desenvolvimento, devido à exaustão emocional que alguns enfermeiros apresentam em alto nível.

Por fim, resta salientar a importância da divulgação destas informações aos profissionais que desconhecem a síndrome e não sabem como se previnir ou se tratar. É fundamental toda a estratégia de intervenção a esses enfermeiros, pois possui o intuito de trazer melhor qualidade de vida ao enfermeiro e harmonia ao ambiente de trabalho.

O monitoramento periodico da saúde mental e física desses trabalhadores é imprescindível, bem como a criação de programas de apoio, ações educativas e de conscientização, técnicas de relaxamentos e aperfeiçoamento do lazer para a prevenção do estresse laboral, diminuindo assim as fontes causadoras da síndrome de burnout.

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ZANELLI, J.C. O psicólogo nas organizações de trabalho. Florianópolis. Paralelo, 1996, p.27-34.

ANEXOS

ANEXO A

TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO PARA PARTICIPAÇÃO NA PESQUISA CIENTÌFICA

Eu, EMMANUELY STÉPHANY QUEIRÓZ VIEIRA, aluna do Curso de Graduação em Enfermagem da Faculdade Integradas do Extremo Sul da Bahia, vem por meio deste, solicitar autorização de campo prático para realização de Pesquisa Acadêmica de Trabalho de Conclusão de Curso com o Título: A Síndrome de Burnout em Enfermagem do Programa de Saúde da Família. Orientado pelo Professor Diego da Rosa Leal.

A liberdade de retirar seu consentimento a qualquer momento e deixar de participar do estudo sem que isso o traga prejuízo de alguma forma; A garantia de receber a resposta a qualquer pergunta ou esclarecimento acerca dos instrumentos e outros relacionados com a pesquisa; Não existem respostas certas ou erradas; O compromisso de que lhe será prestada informação utilizada durante o estudo, ainda que esta possa afetar sua vontade de continuar participando; Seja sincero nas suas respostas, pois dependemos de você para o sucesso desta pesquisa.

Dúvidas a respeito deste estudo poderão ser sanadas através do fone: (73)81439038; (73) 88380476; (73)91022788 ou no e-mail: manuvieira90@hotmail.com.

Declaro que concordo inteiramente com as condições que me foram apresentadas e que, livremente, manifesto minha vontade em participar do referido estudo.

______________________ ______________________

Assinatura do Participante Assinatura do Pesquisador

Eunápolis, ____ de___________ de 2012.

ANEXO B

Questionário para a identificação da Síndrome de Burnout

ANEXO C

DOENÇAS

XII – Sensação de Estar Acabado (Síndrome de Burn-Out, ou Síndrome do Esgotamento Profissional (Z 73.0).

AGENTES ETIOLÓGICOS OU FATORES DE RISCO DE NATUREZA OCUPACIONAL

Ritmo de trabalho penoso (Z56.3). Outras dificuldades físicas e mentais relacionadas ao trabalho (Z 56.6)

Quadro 1 – Burnout conforme CID 10. (TRIGO, TENG e HALLAK, 2007).

ANEXO D

ESCALA PARA MENSURAÇÃO DO MBI SEGUNDO NEPASB

TABELA 1 – Escala para Mensuração do MBI desenvolvidos pelo Núcleo de Estudos Avançado (JODAS, 2009).

EE- Exaustão Emocional

DP- Despersonalização

RP- Reduzida Realização Profissional

ANEXO E

RESUMO ESQUEMÁTICO DOS SINTOMAS DE BURNOUT.

Fonte: Benevides- Pereira (2008).

ANEXO F

QUADRO COMPARATIVO

Fonte: FESPPR. Burnout:Diferenças entre burnout e stress. Disponível em:<http//www.fesppr.Br/síndrome de burnout>.

1 O CID – Código Internacional de Doenças, o utilizado pelos pesquisadores, foi o exemplar da décima edição (CID 10). Trata-se de um manual muito utilizado pelos profissionais de saúde para manipulação de dados médicos, tais como prontuários, diagnósticos, procedimentos. Estes dados são sempre tratados em código, pois é vedada, pelo Código de Ética Médica, a divulgação do diagnóstico da doença do paciente sem seu expresso consentimento.