O PAPEL DO MARCADOR DE EXAMES NA CENTRAL DE REGULAÇÃO: UM ESTUDO DIRECIONADO À SAÚDE PROFISSIONAL E À ACESSIBILIDADE DO USUARIO

Data de postagem: Jun 18, 2015 4:59:23 PM

FACULDADES INTEGRADAS DO EXTREMO SUL DA BAHIA

JOSÉ FÁBIO RAMOS

O PAPEL DO MARCADOR DE EXAMES NA CENTRAL DE REGULAÇÃO: UM ESTUDO DIRECIONADO À SAÚDE PROFISSIONAL E À ACESSIBILIDADE DO USUARIO

EUNÁPOLIS, BA

2015

JOSÉ FÁBIO RAMOS

O PAPEL DO MARCADOR DE EXAMES NA CENTRAL DE REGULAÇÃO: UM ESTUDO DIRECIONADO À SAÚDE PROFISSIONAL E À ACESSIBILIDADE DO USUARIO

Trabalho de conclusão de curso apresentado ao curso de graduação em enfermagem das Faculdades Integradas do Extremo Sul da Bahia como parte dos requisitos para a obtenção do Título de bacharel em Enfermagem.

Orientação: Professora Gislaine Maria Rodrigues Silva

EUNÁPOLIS, BA

2015

JOSÉ FÁBIO RAMOS

O PAPEL DO MARCADOR DE EXAMES NA CENTRAL DE REGULAÇÃO: UM ESTUDO DIRECIONADO À SAÚDE PROFISSIONAL E À ACESSIBILIDADE DO USUARIO

Trabalho de conclusão do curso aprovado como requisito parcial à obtenção do Título de Bacharel em Enfermagem das Faculdades Integradas do Extremo Sul da Bahia, Eunápolis, BA, pela seguinte banca examinadora:

Profª Gislaine Maria Rodrigues Silva (Faculdades Integradas do Extremo Sul da Bahia)

__________________________________________________________________

Profª (Faculdades Integradas do Extremo Sul da Bahia)

__________________________________________________________________

Profº (Faculdades Integradas do Extremo Sul da Bahia)

__________________________________________________________________

Profª.

Coordenadora do curso de Enfermagem

Eunápolis, BA____________________________________________________

DEDICATÓRIA

Dedico este trabalho aos meus filhos razão da minha coragem de continuar e nunca desistir e a minha esposa que tanto me incentivou e apoiou incondicionalmente a continuar com meus estudos.

Aos meus pais Maria de Jesus dos Santos e José Ferreira Ramos (in memória), que sempre foi meu “Porto Seguro” pelo apoio incondicional, pelo exemplo de luta, pelo caráter e pela dignidade...

AGRADECIMENTOS

Minha gratidão especial a Deus por estar sempre presente em minha vida.

Agradeço a minha família em especial minha esposa Kátia e meus filhos pelo apoio incondicional, em todos os momentos desta conquista.

Agradeço aos meus colegas que me apoiaram quando eu mais periciava.

Agradeço aos meus amigos, em especial Lailson Sena, Luiz Carlos Pineli, Mercina Aquino, Franciele, Luzia Rufino, Luzia Aleixo, Ciomara Santana, Gisele Garcia, Ayalla Marques pelo apoio durante está conquista.

Agradeço aos queridos professores que nos ajudaram nesta etapa tão importante das nossas vidas.

As professoras Henika Priscila Lima Silva e Gislaine Maria Rodrigues Silva pelo incentivo e contribuição para que essa pesquisa fosse realizada.

EPIGRAFE

Enfermagem é ciência e a arte de assistir o ser humano no atendimento de suas necessidades básicas, de torná-lo independente desta assistência através da educação; de recuperar, manter e promover sua saúde, contando para isso com a colaboração de outros grupos profissionais”.

Wanda Horta

RESUMO

Introdução: A saúde do trabalhador é um pré-requisito crucial para a produtividade e de suma importância para o desenvolvimento socioeconômico e sustentável no atendimento a população. O marcador de exames é de fundamental importância no serviço público, o mesmo dever ser humano, imparcial, eficiente e pensar rápido na execução do trabalho, uma vez que a agenda abre e fecha num período curto de tempo e a disputa é incalculável. Ele é um ponto chave entre a acessibilidade do usuário e o sistema de marcação de exames, está na linha de frente, é o elo entre o povo e a atenção básica, Objetivo: Entender como o papel do marcador de exames, influencia na acessibilidade dos usuários do sistema público de saúde e na sua própria saúde.

Metodologia: Trata-se de uma pesquisa exploratória de cunho descritivo na cidade de Eunápolis. No município existem 21 unidades de saúde, sendo que 18 são na zona urbana e 3 na zona rural. O Estudo foi realizado nas 21 unidades de saúde do Município de Eunápolis, Bahia. Portanto, foram investigados 21 marcadores de exames das 21 unidades de saúde. Foram utilizados como critérios de inclusão: estar exercendo atividade profissional como marcador de exames na UBS no momento da coleta de dados, ter pelo menos seis meses atuando como marcador. Assim, foram selecionados os seguintes critérios de exclusão: Não estar exercendo a função de marcador e/ou não ter pelo menos seis meses no cargo, no momento da coleta de dados. Análise de dados por programa Excel 2007/2010, e apresentação dos resultados em forma de tabelas e gráficos coloridos. Discussão dos Resultados: Através desta pesquisa conhecemos os fatores ligados ao trabalho que interferem negativamente na saúde dos marcadores de exames do município de Eunápolis, dentre os quais se destacam a irritabilidade, devido às dificuldades com o sistema, a cobrança da população e a falta de bons equipamentos. Os problemas ergonometricos devido a locais inadequados e cadeiras desconfortáveis que prejudicam a postura do profissional, devido o tempo que passam sentados durante a atividade laboral no dia a dia. Conclusão: A pesquisa levantou aspectos relacionados à saúde do profissional (marcador de exames), e a acessibilidade do usuário do Sistema Único de Saúde. Notou-se que os marcadores de exames da atenção básica do município de Eunápolis, gostam de exercer sua função e entendem a sua importância na central de regulação, porém as dificuldades encontradas para realizar suas tarefas, principalmente a quantidade de vagas insuficiente para suprir a demanda, e a internet ruim, acabam causando problemas na otimização do serviço prestado aos usuários do serviço público de saúde, influenciando no processo saúde-doença da população.

Palavras-chaves: Marcador de Exames, Central de Regulação, Saúde do trabalhador, Acessibilidade aos Serviços de Saúde, Sistema Publico de Saúde.

SUMARIO

LISTA DE TABELAS

Tabela 1- Dados Gerais.............................................................................................29

Tabela 2- Quais as principais dificuldades encontradas para realizar as suas tarefas. ...................................................................................................................................31

Tabela 3 – Quais dos sintomas ou manifestações clínicas relacionadas abaixo, você atribui ao estresse gerado pelo exercício profissional? Marque sim ou não..............................................................................................................................33

Tabela 4 – Questões baseadas nas manifestações clinicas ou sintomas, que possam atrapalhar o desempenho do marcador e acessibilidade do usuário........................................................................................................................35

Tabela 5 – Questões relacionadas ao sistema, central de regulação, satisfação do usuário, atendimento de qualidade, dificuldade encontradas para acessibilidade do usuário........................................................................................................................37

1 INTRODUÇÃO

A atitude de acolher pressupõe a mobilização dos sujeitos envolvidos em todos os aspectos das relações que se estabelecem no âmbito da saúde. É necessária uma consciência de cidadania. Deve-se reconhecer nas estratégias pospostas pelo SUS, um caminho para exercer o direito ao acesso universal, conquistar a integralidade e a equidade da assistência à saúde (CONFERÊNCIA NACIONAL DE SAÚDE, 2011).

Considerando-os aspectos da acessibilidade dos serviços de saúde, a população busca assistência no setor publico, e em muitos casos o serviço tem sido desfavorável, causando um desconforto e deixando estes usuários a mercê da sorte (OLIVEIRA, MATTOS, SOUZA, 2009).

O município para melhor atender seus usuários pode, por iniciativa própria, implantar uma Central de Regulação de Consultas e Exames. Para os municípios habilitados em gestão plena pela NOAS/2001, esta norma exige a implantação do Plano Municipal de Controle, Regulação e Avaliação da Assistência à Saúde que prevê a implantação de uma Central de Regulação. Quanto maior o porte do município, maior será a sua necessidade de realizar a regulação do acesso à assistência em seus diversos níveis: pré-hospitalar, ambulatorial e hospitalar e, consequentemente, a implantação de Centrais de Regulação de Consultas e Exames, Urgência e Internações (BRASIL, 2005).

Nesse contexto, o espaço da acessibilidade na Atenção Básica a Saúde compõe um potencial cenário para conflitos no dia a dia das ações exercidas pelo profissional da marcação de exames, no ambiente de trabalho. Proporcionando o surgimento de agravos na saúde dos profissionais que exercem essa função. (BREHMER E VERDI, 2009).

Desta forma, a saúde do trabalhador são pré-requisitos cruciais para a produtividade e são de suma importância para o desenvolvimento socioeconômico e sustentável (PNSTMS, 2004).

A regulação no âmbito municipal pode trazer muitos benefícios para a população como também favorecer a organização da gestão como um todo (BRASIL, 2003).

O marcador de exames tem limitações para resolver os problemas da comunidade e isso acaba influenciando na sua saúde. Sentindo-se impotente diante de certas situações, acaba ficando estressado adquirindo enfermidades no ambiente de trabalho, tais como: Hipertensão Arterial, Stress, Ansiedade, Tensão muscular, Enxaqueca, Irritabilidade (PNSTMS, 2004).

Dessa maneira, o stress, a má qualidade de vida e o sofrimento no trabalho, atualmente são vistos como um preço alto a ser pago em decorrência do ritmo acelerado da vida moderna. Isso se deve ao fato de que os marcadores participam de uma corrida contra o tempo para realizar tarefas que lhes são imputadas e, consequentemente, tornam-se parte de sua responsabilidade (MARGIS, 2003).

O marcador de exames é de fundamental importância no serviço público, o mesmo dever ser humano, imparcial, eficiente e pensar rápido na execução do trabalho, uma vez que a agenda abre e fecha num período curto de tempo e a disputa é incalculável. Ele é um ponto chave entre a acessibilidade do usuário e o sistema de marcação de exames, está na linha de frente, é o elo entre o povo e a atenção básica, no que se refere à marcação de exames. De acordo com a atividade exercida por este profissional, as pressões e responsabilidades assumidas, torna-se salutar proceder com investigação de sua saúde. Por isso, é relevante falar sobre o papel do marcador de exames, a influencia na sua saúde e na acessibilidade do usuário.

O Presente Trabalho de Conclusão de Curso buscou entender como o papel desenvolvido pelo marcador de exames, influencia na acessibilidade dos usuários do sistema público de saúde e na sua própria saúde, devido a praticas cotidianas e o nível de stress gerado no exercício de sua função.

Este trabalho esta dividido em seis capítulos:

O primeiro capitulo e a Revisão bibliográfica, neste capitulo fala sobre o Sistema Publico de Saúde, funcionamento voltado para o bem-estar da população: desde a criação do Sistema Único de Saúde - SUS, o Ministério da Saúde (MS), com o apoio dos estados e municípios, desenvolvia quase que exclusivamente ações de promoção da saúde e prevenção de doenças, com destaque para as campanhas de vacinação e controle de endemias. Atenção á Saúde é tudo que envolve o cuidado com a saúde do ser humano, incluindo as ações e serviços de promoção, prevenção, reabilitação e tratamento de doenças. Aborda também, o sistema utilizado pela central de regulação, descreve sobre a regulação como ferramenta no processo de facilitar o fluxo de solicitações e encaminhamentos de exames. Ainda cita, a importância da acessibilidade e a saúde do trabalhador. E finaliza com os possíveis transtornos adquiridos pelo trabalhador no ambiente de trabalho.

O segundo capitulo descreve sobre a metodologia utilizada nesta pesquisa, como questões éticas, campo do estudo, população do estudo, instrumentos e procedimentos de coleta dos dados, plano de análise, tipo de estudo. No terceiro capitulo, descreve todo o cronograma de atividades realizadas durante a pesquisa. Entretanto o quarto capitulo, descreve o cronograma financeiro, todos os gastos feitos para a realização desta pesquisa. E para finalizar o quinto capitulo, fala sobre os resultados esperados para esta pesquisa. E o ultimo capitulo são as referencias utilizadas nesta pesquisa e em anexo o questionário e termo de consentimento e livre esclarecimento.

2 REVISÃO BIBLIOGRAFICA

2.1 SISTEMA PUBLICO DE SAÚDE: FUNCIONAMENTO VOLTADO PARA O BEM-ESTAR DA POPULAÇÃO.

Antes da criação do Sistema Único de Saúde - SUS, o Ministério da Saúde (MS), com o apoio dos estados e municípios, desenvolvia quase que exclusivamente ações de promoção da saúde e prevenção de doenças, com destaque para as campanhas de vacinação e controle de endemias. Todas essas ações eram desenvolvidas com caráter universal, ou seja, sem nenhum tipo de discriminação com relação à população beneficiária (SOUZA, 2002).

O Sistema Único de Saúde (SUS) foi criado pela Constituição Federal de 1988 para que toda a população brasileira tenha acesso ao atendimento público de saúde. O Sistema Único de Saúde (SUS) é um dos maiores sistemas públicos de saúde do mundo. Ele abrange desde o simples atendimento ambulatorial até o transplante de órgãos, garantindo acesso integral, universal e gratuito para toda a população do país (MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2005).

A 8ª Conferência Nacional de Saúde foi um marco na história do SUS por vários motivos. Foi aberta em 17 de março de1986 por José Sarney, o primeiro presidente civil após a ditadura, e foi a primeira CNS a ser aberta à sociedade; além disso, foi importante na propagação do movimento da Reforma Sanitária. A 8ª CNS resultou na implantação do Sistema Unificado e Descentralizado de Saúde (SUDS), um convênio entre instituto Nacional de Previdência Social (INAMPS) e os governos estaduais, mas o mais importante foi ter formado as bases para a seção "Da Saúde" da Constituição brasileira de 5 de outubro de 1988 (MINISTERIO DA SAÚDE, 2003).

Atenção á Saúde é tudo que envolve o cuidado com a saúde do ser humano, incluindo as ações e serviços de promoção, prevenção, reabilitação e tratamento de doenças. No SUS, o cuidado com a saúde está organizado em níveis de atenção (Atenção Primária, Média Complexidade e Alta Complexidade), buscando uma melhor programação e o planejamento das ações e serviços do sistema, (BRASIL, 2005).

Não se deve, porém, considerar um desses níveis de atenção mais relevante que outro, porque a Atenção à Saúde deve ser integral, ou seja, garantir ao usuário uma atenção que abranja o acesso a todos os níveis de complexidade do Sistema de Saúde, (BRASIL, 2005).

2.2 SISREG (Sistema de Regulação)

Sistema on-line, criado para o gerenciamento de todo Complexo Regulatório indo da rede básica à internação hospitalar, visando à humanização dos serviços, maior controle do fluxo e otimização na utilização dos recursos (Ministério da Saúde / DATASUS / SISREG, 2008).

2.2.1 Quem pode ser o operador solicitante do sistema de regulação?

Todo e qualquer funcionário do município, subordinado ao Dep. de Regulação, Controle, Avaliação e Auditoria, com dinamismo, conhecimentos básicos de informática e saúde, bem como, um bom relacionamento com o público (Ministério da Saúde / DATASUS / SISREG, 2008).

2.2.2 Quais as funções do operador solicitante do sistema de regulação?

    • Primar pela humanização de suas ações;

    • Ser bom ouvinte;

    • Lembrar que mesmo nos momentos mais extremos, o Paciente (Usuário SUS) é quem tem a razão;

    • Ser cortês;

    • Zelar pelo bom funcionamento de seu equipamento e local de trabalho;

    • Estar sempre atento às alterações no sistema;

    • Estar atento ao procedimento ou exame a ser marcado, para evitar transtornos ao usuário;

    • Em caso de dúvidas, recorrer ao gerente do sistema ou superior hierárquico mais próximo;

    • Ser ético e tratar das informações de trabalho apenas dentro do trabalho;

Realizar as marcações de procedimentos apenas dentro das normas impostas pelo Sistema Único de Saúde (Ministério da Saúde / DATASUS / SISREG, 2008).

2.3 CENTRAL DE REGULAÇÃO

As Centrais de Regulação, como ferramenta meio do processo regulatório, deve facilitar o fluxo de solicitações e encaminhamentos. Instrumentos muito importantes nesse processo são os protocolos de regulação. Os mesmos devem prescrever normas para as marcações de consultas e procedimentos ambulatoriais, bem como para os agendamentos de cirurgias eletivas (BRASIL, 2005).

Regulação de cuidados de saúde como “qualquer ação social que exerça uma influência, direta ou indireta, no comportamento ou funcionamento dos profissionais e/ou organizações de saúde” (PSAS, 2002).

As Centrais de Regulação consistem em estruturas de operacionalização da Regulação do acesso assistencial, incluindo marcação de consultas, exames, internação atendimento pré-hospitalar, urgência e emergência, gestante de alto risco, etc. (OPAS &MS, 2006).

Seu aporte físico, tecnológico, estrutural e logístico dependerá, entre outros, de sua área de abrangência, de suas unidades de trabalho, e da densidade das áreas assistenciais associadas e de sua interface com processos de gestão do SUS, em especial na área de controle e avaliação (PSAS, 2002).

Para operacionalização das Centrais de Regulação poderá ser utilizado o SISREG – Sistema de Informação da Regulação – ou outros instrumentos congêneres. As Centrais de Regulação poderão abarcar, portanto, um ou mais dos instrumentos abaixo descritos, dependendo de sua complexidade (PSAS, 2002).

O sistema funciona com navegadores (Internet Explorer, Mozila Firefox, etc.) instalados em computadores conectados à internet. Esse software é disponibilizado pelo Ministério da Saúde para o gerenciamento de todo Complexo Regulatório, indo da rede básica à internação hospitalar, visando à humanização dos serviços, maior controle do fluxo e a otimização na utilização dos recursos, além de integrar a regulação com as áreas de avaliação, controle e auditoria (MINISTERIO DA SAÚDE, 2006).

A regulação abrange aspectos que vão desde a regulamentação de leis, até aqueles que lidam com o acesso do usuário aos serviços de saúde, como por exemplo: a regulação dos sistemas de saúde; da atenção à saúde; e da assistência (OPAS, 2006). A gestão das Centrais de Regulação em geral e em particular a das urgências e emergências se situam no âmbito do último desses três aspectos da regulação da saúde, ou seja, a regulação da assistência.

Pode-se dizer que a regulação, tem um caráter multidisciplinar, com atributos econômicos, financeiros, culturais, políticos, sociais, administrativos e legais. Tem por finalidade, articular as demandas e as necessidades de saúde com os recursos disponíveis, guiando-se pela normatização vigente, sem comprometimento da qualidade dos serviços prestados, integrando e padronizando procedimentos (OPAS &MS, 2006).

A Portaria do Serviço de Assistência a Saúde (PSAS) nº 423 (2002) que determina as normas para o controle, regulação e avaliação da assistência à saúde no SUS afirma que o processo regulatório da assistência atua intervindo positivamente sobre o acesso dos clientes aos serviços e também sobre a oferta dos mesmos, exercendo o controle sobre os prestadores de serviços. Deste modo, a regulação da assistência tem como objetivo principal à equidade do acesso, que garantirá a integralidade da assistência e permitirá ajustar a oferta assistencial disponível às necessidades imediatas do cliente, “de forma equânime, ordenada, oportuna e racional” (p.5).

2.4 ACESSIBILIDADE

A garantia da atenção à saúde, assim como o direito de todos à saúde, somente é conquistada se a população tiver condições de acessibilidade aos serviços. No Brasil estes direitos foram sendo conquistados, historicamente, por movimentos sociais, que culminaram com a constituição do Sistema Único de Saúde – SUS (LORA, 2004).

Dentre uma série de variáveis que atuam na dificuldade da efetiva consolidação do SUS, uma das questões mais prementes se refere ao acesso aos serviços de saúde. Existe uma necessidade de se analisarem as questões referentes aos problemas encontrados pelo usuário que busca este serviço (LORA, 2004).

É na unidade de relação do usuário com os serviços que devem ser centradas as análises que busquem conhecer como o direito à saúde se expressa concretamente no cotidiano das pessoas. A categoria central para análise dessas inter-relações é o acesso (GIOVANELLA e FLEURY, 1996).

A acessibilidade aos serviços de saúde representa um importante componente de um sistema de saúde no momento em que se efetiva o processo de busca e obtenção do cuidado. Para Cunha e Vieira da Silva (2010), trata-se daquelas características dos serviços que permitem que os mesmos sejam mais facilmente utilizados pelos usuários. É considerada como uma característica adicional à mera presença ou disponibilidade de um serviço em um lugar e em um determinado momento.

O estudo das questões referentes à acessibilidade aos serviços de saúde é de vital importância para a garantia da universalidade da atenção. Ele inter-relaciona características do sistema de prestação, da população, utilização dos serviços de saúde e satisfação das necessidades do consumidor, sendo determinado pelas políticas de saúde aplicadas. Outro conceito importante para a melhoria das condições de acessibilidade aos serviços é o Acolhimento, que hoje é tratado como diretriz operacional. A abordagem do tema acessibilidade, que já foi estritamente geográfica, hoje evoluiu para um estudo social e cultural das áreas de atuação, de forma particularizada. Uma maneira de se estudar as condições de acessibilidade aos serviços é utilizando-se da metodologia da Territorialização em Saúde, adotada pela Estratégia de Saúde da Família A melhoria das condições de acesso aos serviços deve ser permeada pelo aumento do coeficiente de vínculo entre o profissional e a comunidade assistida. Coeficiente este que se eleva à medida que ambos passam a conviver, cotidianamente, na unidade de saúde e no território abrangido. A Estratégia de Saúde da Família trabalha com ferramentas que aproximam esses dois lados, fortalecendo o vínculo e, portanto, facilitando o acesso (LORA, 2004).

A população será beneficiada na medida em que o acesso aos serviços de saúde é proporcionado de forma ordenada, evitando as filas e garantindo o atendimento ao usuário em tempo oportuno levando-se em consideração a sua necessidade de saúde. Por outro lado, o usuário não precisará se locomover muito para realizar marcações de consultas, exames ou cirurgias eletivas (BRASIL, 2005).

2.5 SAÚDE DO TRABALHADOR

Entende-se por saúde do trabalhador o conjunto de conhecimentos oriundos de diversas disciplinas, como Medicina Social, Saúde Pública, Saúde Coletiva, Clínica Médica, Medicina do Trabalho, Sociologia, Epidemiologia Social, Engenharia, Psicologia, entre tantas outras, que – aliado ao saber do trabalhador sobre seu ambiente de trabalho e suas vivências das situações de desgaste e reprodução – estabelece uma nova forma de compreensão das relações entre saúde e trabalho e propõe uma nova prática de atenção à saúde dos trabalhadores e intervenção nos ambientes de trabalho (PNSTMS, 2012).

Ter saúde e bem-estar no trabalho é necessariamente compreender a noção de sujeito e ator de sua vida e de sua vida no trabalho, numa relação social de troca com os outros trabalhadores, numa busca constante de conhecimento e de luta contra os mecanismos de desvalorização e de precariedade do trabalho, o que implica um processo de construção e um avanço das condições de trabalho e da qualidade de vida e de saúde dos trabalhadores (AGOSTINI, M. 1999).

Esse conceito situa-se no quadro geral das relações entre saúde e trabalho e apresentam-se como um modelo teórico de orientação às ações na área da atenção à saúde dos trabalhadores, no seu sentido mais amplo, desde a promoção, prevenção, cura e reabilitação, incluídas, aí, as ações de vigilância sanitária e epidemiológica. Esse modelo vai orientar a aplicação do conhecimento técnico oriundo das disciplinas que se atêm a este campo e que foram exemplificadas anteriormente (VASCONCELLOS, 2007).

O estudo dos modos de desgaste e reprodução da força de trabalho apresenta uma influência fundamental do materialismo histórico. A metodologia que orienta esse estudo estabelece a análise dos impactos dos ambientes e das formas de organização e gestão do trabalho na vida dos trabalhadores a partir da determinação histórica e social dos processos de saúde e doença (PNSTMS, 2012).

No entanto, a saúde do trabalhador se coloca dentro da área do conhecimento técnico-científico como um instrumento que possibilita o controle social do processo produtivo, tendo por base os critérios de saúde. Ao tentar analisar os problemas de saúde relacionados ao processo de trabalho, temos a compreensão da sua dimensão social e política, o que possibilita entender a saúde dos trabalhadores como a expressão de forças e de formas de organizações de um movimento histórico e dinâmico da classe trabalhadora (AGOSTINI, M. 1999).

A Política Nacional de Saúde do Trabalhador e da Trabalhadora tem como finalidade definir os princípios, as diretrizes e as estratégias a serem observados pelas três esferas de gestão do Sistema Único de Saúde (SUS), para o desenvolvimento da atenção integral à saúde do trabalhador, com ênfase na vigilância, visando a promoção e a proteção da saúde dos trabalhadores e a redução da morbimortalidade decorrente dos modelos de desenvolvimento e dos processos produtivos (PNSST, 2011).

2.6 TRANSTORNOS À SAUDE ADQUIRIDOS NO TRABALHO

O trabalho ocupa um papel central na vida das pessoas e é um fator relevante na formação da identidade e na inserção social das mesmas. Neste contexto, considera-se que o bem-estar adquirido pelo equilíbrio entre as expectativas em relação à atividade profissional e à concretização das mesmas é um dos fatores que constituem a qualidade de vida. Esta é proporcionada pela satisfação de condições objetivas tais como renda, emprego, objetos possuídos e qualidade de habitação, de condições subjetivas como segurança, privacidade e afeto bem como motivação, relações de autoestima, apoio e reconhecimento social (ABREU, 2002).

Uma relação satisfatória com a atividade de trabalho é fundamental para o desenvolvimento nas diferentes áreas da vida humana e esta relação depende, em grande escala, dos suportes afetivos e sociais que os indivíduos recebem durante seu percurso profissional (ABREU, 2002).

Todos, temos stress, os nossos corpos estão preparados para sentir stress e reagir. Ele mantém-nos em alerta para evitar o perigo. Mas nem sempre é possível evitar ou alterar as situações que nos podem causar um excesso de stress. Sentimo-nos presos e incapazes de alterar este sentimento. Quando o stress persiste, os seus efeitos criam desarmonia no corpo que enfraquece, perde resistências e pode adoecer. O stress e a irritabilidade são "o conjunto de reações do organismo a agressões de ordem física, psíquica, infecciosa, e outras capazes de perturbar a homeostase" (equilíbrio), (ABREU, 2006).

Segundo Abreu (2006), o estresse corresponde a uma relação entre o indivíduo e o meio. Trata-se, portanto, de uma agressão e reação, de uma interação entre a agressão e a resposta. O estresse fisiológico é uma adaptação normal; quando a resposta é patológica, em indivíduo mal adaptado, registra-se uma disfunção, que leva a distúrbios transitórios ou a doenças graves, mas, no mínimo agrava as já existentes e pode desencadear aquelas para as quais a pessoa é geneticamente predisposta. Aí se torna um caso médico por excelência. Nestas circunstâncias desenvolve-se a famosa síndrome de adaptação, ou a luta-e-fuga (fightor flight). A seguir citaremos de forma sucinta, quatro das possíveis enfermidades que podem acometer os profissionais no seu ambiente de trabalho.

2.6.1 Hipertensão Arterial

A pressão arterial corresponde à pressão que o sangue faz dentro das artérias sobre suas paredes. A pressão é pulsátil, aumentando a cada batimento do coração e diminui quando o mesmo relaxa. Sístole é a contração do músculo cardíaco, assim, pressão sistólica é a pressão arterial durante cada batimento do coração. Já a diástole é o rápido momento de relaxamento do coração entre cada batida (PINHEIRO, 2012).

2.6.2 Doenças Ergonômicas

As doenças ocupacionais são adquiridas por meio de exposição dos trabalhadores aos agentes ambientais, físicos, químicos, biológicos e ergonômicos em situação acima do limite tolerável. A NR 15, que dispõem sobre as Atividades e Operações Insalubres, define o Limite de Tolerância (LT) como a concentração ou intensidade máxima ou mínima relacionada com a natureza e o tempo de exposição ao agente, que não causará dano à saúde do trabalhador, durante a sua vida laboral.

Dos agentes citados acima, o ergonômico é o mais recente, sendo responsável por ocasionar doenças do trabalho como Lesões por Esforço Repetitivo (LER) e Distúrbios Osteomusculares Relacionados ao Trabalho (DORT). Segundo Moraes (2010), a LER e a DORT representam 80% dos afastamentos dos trabalhadores, sendo que algumas doenças ocupacionais podem surgir mesmo depois do trabalhador se afastar do agente causador.

2.6.3 Ansiedade

Ansiedade é um sentimento vago e desagradável de medo, apreensão, caracterizado por tensão ou desconforto derivado de antecipação de perigo, de algo desconhecido ou estranho. A ansiedade e o medo passam a ser reconhecidos como patológicos quando são exagerados, desproporcionais em relação ao estímulo, ou qualitativamente diversos do que se observa como norma naquela faixa etária e interferem com a qualidade de vida, o conforto emocional ou o desempenho diário do indivíduo. Tais reações exageradas ao estímulo ansiogênico se desenvolvem, mais comumente, em indivíduos com uma predisposição neurobiológica herdada (CASTILLO et al. (2000).

2.6.4 Estresse

Estresse é uma reação do organismo com componentes psicológicos, físicos, mentais e hormonais que ocorre quando surge a necessidade de uma adaptação grande a um evento ou situação de importância. Este evento pode ser algo negativo ou positivo (PASCHOAL, TAMAYO, 2004).

A conceituação do estresse ocupacional a partir do enfoque nos estressores organizacionais permite diferenciar dois tipos de estudo: os de estresse ocupacional e os de estresse em geral. Segundo Paschoal e Tamayo (2004), os primeiros enfocam estressores relacionados ao ambiente de trabalho e os últimos, estressores gerais na vida do indivíduo. A abordagem que enfoca os estressores organizacionais tem contribuído para a identificação de demandas organizacionais potencialmente geradoras de estresse.

Durante a revisão bibliográfica, foi exposto todo o conhecimento básico da literatura científica sobre o tema relacionado nesta pesquisa. E a seguir as Técnicas que serão utilizadas para a coleta de dados e para a análise dos mesmos.

3. METODLOGIA

3.1 TIPO DE ESTUDO

Foi desenvolvido um estudo transversal de caráter descritivo exploratório, com abordagem quantitativa, que ocorreu por intermédio de um questionário auto aplicado aos marcadores de exames das Unidades Básicas de Saúde da zona urbana e rural de Eunápolis/Ba.

Segundo Neves (1996) esse tipo de abordagem obtém dados descritivos mediante contato direto e interativo do pesquisador com o objeto de estudo. De acordo com Gil (2008) as pesquisas descritivas têm como finalidade descrever as características de uma população, fenômeno ou experiência.

3.2 CAMPO DO ESTUDO

O município de Eunápolis/Ba está localizado às margens da BR-101 e segundo o IBGE (2013) sua população é de 110.803 habitantes, sendo então a 16ª cidade mais populosa do estado, com uma área de 1.179,126 km² com clima tropical.

No município existem 21 unidades de saúde, sendo que 18 são na zona urbana e 3 na zona rural. O Estudo foi realizado nas 21 unidades de saúde do Município de Eunápolis, Bahia, localizadas na zona urbana e rural.

3.3 POPULAÇÃO DO ESTUDO

Na unidade de saúde trabalham cerca de 11 profissionais em diferentes áreas de atuação, composta por um médico, um odontólogo, um enfermeiro(a), dois técnicos de enfermagem, uma recepcionista, um atendente de farmácia, um marcador de exames, um auxiliar de saúde bucal, uma auxiliar de serviços gerais, um vigilante, que trabalham dentro da unidade, e fora da unidade seis agentes comunitários de saúde.

Portanto, foram investigados 21 marcadores de exames atuantes nas 21 unidades de saúde selecionadas.

Foram utilizados como critérios de inclusão: estar exercendo atividade profissional como marcador de exames na UBS no momento da coleta de dados, ter pelo menos seis meses atuando como marcador. Assim, foram selecionados os seguintes critérios de exclusão: Não estar exercendo a função de marcador e/ou não ter pelo menos seis meses no cargo, no momento da coleta de dados.

3.4 INSTRUMENTOS E PROCEDIMENTOS DE COLETA DOS DADOS

Para aplicação do questionário foi necessário anexar o pré-projeto na Plataforma Brasil, posteriormente apreciação de um Comitê de Ética. Em seguida foi enviado para a Secretária de Saúde um pedido para que a pesquisa fosse liberada. Após o pedido ser aceito e o comitê de ética aprovar, a pesquisa teve inicio.

Os marcadores serão abordados em seu ambiente de trabalho, em horário previamente marcado e lugar reservado. Neste momento serão expostos os objetivos, o participante irá assinar o termo de consentimento livre e esclarecido e responder ao questionário.

Como forma de captar o ponto de vista e o imaginário dos marcadores de exames sobre as condições de trabalho e concepções de saúde, entre os vários meios técnicos de abordagem temática será realizada uma entrevista, por dar oportunidade de diálogo entre o entrevistador e o entrevistado.

Para realização das entrevistas individuais foi utilizado um questionário semiestruturado, contendo 25 questões direcionadas ao profissional da marcação de exames do Município de Eunápolis, produzido pelo próprio pesquisador (Anexo I). O instrumento apresenta além de variável sócio demográfico, aquelas voltadas ao exercício da profissão e questões voltadas à saúde do marcador.

3.5 PLANO DE ANÁLISE

As questões foram tabuladas de forma descritiva no programa Excel 2007/2010, a fim de gerar frequência, ajudar na elaboração dos gráficos e subsidiar a discussão dos dados.

3.6 QUESTÕES ÉTICAS

Para a coleta dos dados foram consultados os marcadores de exames das Unidades Básicas de Saúde da zona urbana e rural, foi realizada breve explanação sobre a pesquisa, destacando objetivos, garantindo segurança quanto à preservação da identidade, assim, atendendo aos aspectos éticos da Resolução nº 466, de 12 de dezembro de 2012 do Conselho Nacional de Saúde, regulamentadora das pesquisas com seres humanos, considerando a observância da beneficência, não maleficência, ausência de riscos e prejuízos. A pesquisa foi aprovada pelo CEP- UESB, sob o n° 39005314.9.0000.0055.

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6 ANALISE DOS RESULTADOS

Tabela 1- Dados Gerais.

Fonte: Próprio autor

Dos 15 marcadores entrevistados, 87% foram mulheres e 13% homens, 40% com idade entre 18 a 30 anos, 27% entre 31 a 40 anos, 7% entre 41 a 50 anos e 20% acima de 51 anos de idade. Quanto a escolaridade 20% tem ensino superior incompleto, 14% têm ensino superior completo e 66% tem ensino médio completo, sendo a maioria, 66% são casados e 40% são solteiros. Quanto ao tempo de trabalho na prefeitura 14% menos de 1 ano, 68% de 1 a 5 anos. Quanto ao tempo na função de marcador tivemos 68% de 2 a anos e 20% menos de ano. Indagados sobre se faz uso de tabaco 94% responderam que não fazem uso, em relação a bebida alcoólica 54% respondera que fazem uso e 46% não. Em relação a atividade física 46% responderam sim e 54% não.

A Lei n.º 67/98, de 26 de Outubro, aplica-se ao tratamento de dados pessoais/gerais,

por meios total ou parcialmente automatizados, bem como ao seu tratamento por meios não automatizados de dados pessoais contidos em ficheiros manuais ou a estes destinados. A Lei deu uma noção de dados pessoais, entendendo não ser só o nome das pessoas, considerando qualquer informação, de qualquer natureza e independentemente do suporte, incluindo som e imagem, relativa a uma pessoa singular identificada ou identificável. Esta pessoa será o titular dos dados pessoais, (art. 3.º, alínea a), constituindo dados pessoais, toda a informação, seja ela numérica, alfabética, gráfica, fotográfica, acústica ou de qualquer outro tipo, relativa a uma pessoa física identificada ou identificável (CASTRO, 2005).

Os fins para que são recolhidos os dados pessoais devem ser legítimos, explícitos e determinados, não podendo os dados obtidos ser tratados posteriormente de forma incompatível com essas finalidades.

Os marcadores de exames foram questionados, sobre as dificuldades encontradas para realizar suas tarefas, a acessibilidade do usuário no processo de marcação de exames, sua função no sistema de regulação e manifestações clinicas que influencia no processo saúde-doença do marcador.

Ao serem indagados se tinha outra atividade profissional, alem de marcador de exames 100% dos entrevistados, responderam que não. E se gostavam de trabalhar como marcador na Regulação de exames de Eunápolis, 94% respondeu que sim.

Tabela 2 – Quais as principais dificuldades encontradas para realizar as suas tarefas?

Fonte: O próprio autor

Durante a pesquisa os marcadores, relataram que a maior dificuldade encontrada é o número de vagas menor que a demanda, por isso o item 3 (três) da tabela teve totalidade dos 15 entrevistados, e em segundo lugar a internet de baixa qualidade, em terceiro lugar o ambiente onde exercem sua função, são as dificuldades mais encontradas para realização do trabalho do marcador de exames no dia a dia. Também foi citado por um marcador da zona rural a dificuldade com transporte.

A abordagem das relações trabalho-saúde tem experimentado retrocesso que pode ser observado quanto à sua apreensão, em termos disciplinares, adotada nas pesquisas, à involução que caracteriza a proposta programática a qual privilegia o assistencialismo nas ações da rede de saúde do Sistema Único de Saúde (SUS), (LACAZ, 2007).

A acessibilidade aos serviços de saúde representa um importante componente de um sistema de saúde no momento em que se efetiva o processo de busca e obtenção do cuidado. Para Cunha e Vieira da Silva (2010), trata-se daquelas características dos serviços que permitem que os mesmos sejam mais facilmente utilizados pelos usuários. É considerada como uma característica adicional à mera presença ou disponibilidade de um serviço em um lugar e em um determinado momento.

Durante a pesquisa o marcador foi indagado, sobre se gosta da sua atividade profissional, 93% disseram que sim e 7% que não. Também 100% dos entrevistados responderam que entendem o seu papel de marcador de exames, na regulação do município. Quando perguntados sobre se tinha alguma doença, 80% responderam que não e 20% que sim ( Hipertensão Arterial).

As doenças ocupacionais são adquiridas por meio de exposição dos trabalhadores aos agentes ambientais, físicos, químicos, biológicos e ergonômicos em situação acima do limite tolerável. A NR 15, que dispõem sobre as Atividades e Operações Insalubres, define o Limite de Tolerância (LT) como a concentração ou intensidade máxima ou mínima relacionada com a natureza e o tempo de exposição ao agente, que não causará dano à saúde do trabalhador, durante a sua vida laboral (PNSTMS, 2012).

Tabela 3 – Quais dos sintomas ou manifestações clínicas relacionadas abaixo, você atribui ao estresse gerado pelo exercício profissional? Marque sim ou não.

Fonte: O próprio autor

Nesta questão, evidenciou que 74% dos entrevistados ficam ansiosos, impacientes e ou angustiados para marcar os exames dos usuários, devido a demanda ser maior que a oferta. Em outra pergunta desta questão 74% dos entrevistados relataram que ficam irritados com as dificuldades encontradas para marcar os exames dos usuários, em relação aos equipamentos utilizados, o sistema e a própria população.

Quando indagados sobre, se sentem dores lombares (nas costas), devido muito tempo na mesma posição 80% responderam sim, e em relação ao aumento da pressão arterial no ambiente de trabalho apenas 14% responderam que sim, sendo a mesma porcentagem dos portadores de Hipertensão arterial desta pesquisa.

Ter saúde e bem-estar no trabalho é necessariamente compreender a noção de sujeito e ator de sua vida e de sua vida no trabalho, numa relação social de troca com os outros trabalhadores, numa busca constante de conhecimento e de luta contra os mecanismos de desvalorização e de precariedade do trabalho, o que implica um processo de construção e um avanço das condições de trabalho e da qualidade de vida e de saúde dos trabalhadores (AGOSTINI, M. 1999).

Uma relação satisfatória com a atividade de trabalho é fundamental para o desenvolvimento nas diferentes áreas da vida humana e esta relação depende, em grande escala, dos suportes afetivos e sociais que os indivíduos recebem durante seu percurso profissional (ABREU, 2002).

O estudo dos modos de desgaste e reprodução da força de trabalho apresenta uma influência fundamental do materialismo histórico. A metodologia que orienta esse estudo estabelece a análise dos impactos dos ambientes e das formas de organização e gestão do trabalho na vida dos trabalhadores a partir da determinação histórica e social dos processos de saúde e doença (PNSTMS, 2012).

Em princípio, o trabalho deveria ser fonte de prazer, já que, através dele, o homem se constitui sujeito e reconhece sua importância para a sobrevivência de outros seres humanos. A Carta de Ottawa1, elaborada em 1986, na cidade canadense de mesmo nome, durante a Primeira Conferência Internacional sobre Promoção da Saúde, reconhece o trabalho como fonte de saúde para o homem (FRANCO, DRUCK, 2010).

Tabela 4 – Questões baseadas nas manifestações clinicas ou sintomas, que possam atrapalhar o desempenho do marcador e acessibilidade do usuário.

Fonte: O próprio autor

Nesta tabela, fica claro que segundo os marcadores de exames, as manifestações clinicas e sintomas não atrapalham o seu desempenho e nem a qualidade do serviço prestado aos usuários do SUS, pois 67% dos entrevistados responderam não. Também deixam claro que essas manifestações não interferem na acessibilidade do usuário ao serviço, pois 80% responderam que não.

A garantia da atenção à saúde, assim como o direito de todos à saúde, somente é conquistada se a população tiver condições de acessibilidade aos serviços. No Brasil estes direitos foram sendo conquistados, historicamente, por movimentos sociais, que culminaram com a constituição do Sistema Único de Saúde – SUS (LORA, 2004).

A Saúde do Trabalhador, como alternativa às antigas disciplinas que tratam da saúde e das condições de trabalho, busca a integração, através de uma abordagem multidisciplinar, com enfoques diferenciados e complementares. O conceito de Saúde do Trabalhador tem sido objeto de discussão na América Latina, no domínio da saúde pública, em países como México e Brasil, tendo em vista a reorganização do sistema de prevenção de doenças relacionadas ao trabalho. Em alguns países da Europa, como na Inglaterra e nos países escandinavos, é utilizada a noção de "Saúde no Trabalho", também como alternativa ao enfoque da "Medicina do Trabalho", que ainda ocupa um lugar privilegiado na França (BRITO, MATTOS, FERREIRA, 1995).

A qualidade nas organizações de saúde pode ser interpretada e representada como a expressão de certas formações subjetivas: preocupação constante em criar e manter entre todos os que estão ocupados nas organizações de saúde, administradores e funcionários, o entendimento quanto à estrutura e ao processo das intervenções; e preocupação quanto aos resultados para satisfazer as necessidades emergentes e as demandas explícitas dos clientes usuários. Finalmente, a administração da qualidade das organizações de saúde tem como resultados esperados a melhoria da eficiência com eficácia e a melhoria no uso dos recursos (FADEL, REGIS FILHO, 2009).

Tabela 5 – Questões relacionadas ao sistema, central de regulação, satisfação do usuário, atendimento de qualidade, dificuldade encontradas para acessibilidade do usuário.

Fonte: O próprio autor

Estas questões foram direcionadas aos marcadores com o objetivo de saber se o sistema utilizado pela regulação é eficiente, 67% respondeu que o sistema não é eficiente na opinião dos entrevistados, interferindo na acessibilidade do usuário. 60% concordam que, marca ou não os exames dos usuários do serviço não se trata de incapacidade do profissional. 100% dos entrevistados confirmam que a satisfação do usuário é seu objetivo. Os equipamentos utilizados, outros 60% disseram que deixam a desejar comprometendo o atendimento e a acessibilidade do usuário a o serviço. Assim como as dificuldades encontradas também interferem no atendimento e na acessibilidade do usuário do SUS, segundo 100% dos marcadores entrevistados. Em contra partida 67% dos marcadores, disseram que regulação supri suas necessidades para desenvolver um bom trabalho.

As Centrais de Regulação consistem em estruturas de operacionalização da Regulação do acesso assistencial, incluindo marcação de consultas, exames, internação atendimento pré-hospitalar, urgência e emergência, gestante de alto risco, etc. (OPAS &MS, 2006).

A demanda crescente da sociedade em relação a serviços de qualidade gerou uma necessidade de mudanças nas características destes e maior exigência para com os fornecedores de diversos tipos de serviços, inclusive os voltados à área de saúde (FADEL, REGIS FILHO, 2009).

A relação da motivação com o comportamento e com o desempenho é estabelecida espontaneamente tanto pelos cientistas como pelas pessoas leigas. O comportamento é percebido como sendo provocado e guiado por metas da pessoa, que realiza um esforço para atingir determinado objetivo. A maioria dos autores considera a motivação humana como um processo psicológico estreitamente relacionado com o impulso ou com a tendência a realizar com persistência determinados comportamentos. A motivação no trabalho, por exemplo, manifesta-se pela orientação do empregado para realizar com presteza e precisão as suas tarefas e persistir na sua execução até conseguir o resultado previsto ou esperado (TAMAYO, PASCHOAL, 2003).

De modo geral, os sistemas de saúde buscam, como objetivos a serem alcançados, a garantia do acesso universal, a prestação do cuidado efetivo, o eficiente uso dos recursos disponíveis, a qualidade na prestação dos serviços e a capacidade de resposta às necessidades de saúde da população. Segundo, Brasil (2011) embora haja certa convergência nos objetivos, os sistemas de saúde têm se organizado de formas distintas para alcançá-los. Existe também um dilema inerente ao setor. Por um lado, as mudanças no perfil demográfico e epidemiológico e a constante busca por novas técnicas de diagnose e terapêuticas geram um forte interesse e uma pressão da população e dos profissionais de saúde para a introdução dessas novas tecnologias e dos procedimentos que possam melhorar a capacidade de resposta às doenças prevalentes e atender às necessidades da população. Por outro lado, tecnologias e intervenções inadequadamente testadas e avaliadas quanto aos seus benefícios, além de não apresentarem os resultados esperados, podem despender recursos que, muitas vezes, são insuficientes para atender a todas as necessidades de saúde de uma determinada população. Vale ressaltar que os gastos com a prestação de serviços de saúde têm aumentado nas últimas décadas e consumido uma grande proporção de recursos, individualmente ou dos governos.

Na questão 11(onze) do questionário em anexo os marcadores de exames são indagados sobre, quais as funções do marcador de exames do sistema de regulação? 14 marcadores reponderam que todas as alternativas estão corretas, ou seja, 94% deles sabem as funções que devem desempenha no seu local de trabalho, para garantir um atendimento de qualidade e a acessibilidade do usuário.

Acredita-se na ética como um fator primordial na vida em sociedade, que contribui, positivamente, para uma convivência social mais qualificada em conjunto e com humanizada competência. Isto aponta para um processo emancipatório de futuros profissionais posicionados em um patamar histórico de conquista da condição de agente coletivo e autônomo (BARROSO, MARQUES, PINHEIRO, 2006).

Para Cunha e Vieira da Silva (2010), o atendimento trata-se de uma característica do serviço que permite, que os mesmos sejam mais facilmente utilizados pelos usuários. É considerada como uma característica adicional à mera presença ou disponibilidade de um serviço em um lugar e em um determinado momento. O conhecimento do perfil motivacional do trabalhador possibilita o desenvolvimento de programas diferenciados de motivação dentro da organização, visando à atender metas de diversos grupos de trabalhadores.

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7 CONCLUSÃO

Nas últimas décadas, várias iniciativas da sociedade brasileira vêm procurando consolidar avanços nas políticas públicas de atenção integral em Saúde do Trabalhador, que incluem ações envolvendo assistência, promoção, vigilância e prevenção dos agravos relacionados ao trabalho. No entanto, são grandes os obstáculos à consolidação de programas e ações que poderiam contribuir de forma mais efetiva para a melhoria dos indicadores nacionais, que colocam o país em situação crítica quando comparado com nações socialmente mais desenvolvidas.

A acessibilidade consiste na facilidade de acesso e de uso de ambientes, produtos e serviços por qualquer pessoa e em diferentes contextos. Envolve o Design Inclusivo, oferta de um leque variado de produtos e serviços que cubram as necessidades de diferentes populações (incluindo serviços de saúde). Sendo um atributo essencial para garantir à melhoria da qualidade de vida das pessoas.

Atualmente o sistema Sisreg atua em 1600 municípios em todo o Brasil com 204 centrais de regulação ambulatorial e 19 centrais de regulação hospitalar.

A pesquisa levantou aspectos relacionados à saúde do profissional (marcador de exames), e a acessibilidade do usuário do Sistema Único de Saúde. Notou-se que os marcadores de exames da atenção básica do município de Eunápolis, gostam de exercer sua função e entendem a sua importância na central de regulação, porém as dificuldades encontradas para realizar suas tarefas, as maiores dificuldades são a quantidade de vagas insuficiente para suprir a demanda, e a internet ruim, que acabam causando problemas na otimização do serviço prestado aos usuários do serviço público de saúde.

Através desta pesquisa conhecemos os fatores ligados ao trabalho que interferem negativamente na saúde dos marcadores de exames do município de Eunápolis, dentre os quais se destacam a irritabilidade, devido às dificuldades com o sistema, a cobrança da população e a falta de bons equipamentos. Os problemas ergonometricos devido a locais inadequados e cadeiras desconfortáveis que prejudicam a postura do profissional, devido o tempo que passam sentados durante a atividade laboral no dia a dia.

Segundo os marcadores, as manifestações clinicas relatadas no questionário (ANEXO I), não interferem na acessibilidade do usuário, e nem no seu desempenho na atividade laboral. Contudo o sistema utilizado pela central de marcação e as dificuldades encontradas interferem no atendimento e na acessibilidade do usuário, na opinião de 67% dos entrevistados, ou seja, não oferece eficiência para prestar um atendimento de qualidade ao usuário do serviço.

Ao contrario do que eu acreditava as patologias relacionadas ao trabalho do marcador de exames, diante dos resultados desta pesquisa não influenciam na acessibilidade do usuário e na saúde do profissional, acredito que no caso da saúde do trabalhador (marcador de exames), possa acontecer uma subnotificação, talvez por medo de represarias.

8 REFERÊNCIA

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http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/Tese_desenvolvimento_sustentavel.pdf

ANEXO I

QUESTIONARIO GERAL

ANEXO II

FACULDADES INTEGRADAS DO EXTREMO SUL DA BAHIA -

UNIÃO DE EDUCAÇÃO E CULTURA -

BR 367, KM 14, 14 - ZONA RURAL - CEP: 45825000 / EUNÁPOLIS-BA.

FONE / FAX: 73 32814342

TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO

RESOLUÇÃO Nº 466, DE 12 DE DEZEMBRO DE 2012.

Olá, eu sou José Fábio Ramos e juntamente com Gislaine Maria Rodrigues Silva estamos convidando o Senhor (a), para participar da pesquisa, intitulada: “PAPEL DO MARCADOR DE EXAMES NA CENTRAL DE REGULAÇÃO: UM ESTUDO DIRECIONADO À SAÚDE PROFISSIONAL E À ACESSIBILIDADE DO USUARIO”. Esta pesquisa tem como principal objetivo Entender como o papel do marcador de exames, influencia na acessibilidade dos usuários do sistema público de saúde e na sua própria saúde. Caso o senhor (a) aceite a participar do estudo precisará responder a um questionário simples composto por vinte e sete questões, o tempo previsto para as respostas é de 30 ( trinta ) minutos.

A sua participação no estudo será voluntária, anônima e confidencial, suas respostas não produzirão prejuízo pessoal, pois não será identificado o seu nome nos questionários. No estudo pode ocorrer certo desconforto durante a resposta

das questões por se tratar de algo particular, por isso nós pesquisadores nos comprometemos a realizar a entrevista da maneira mais individualizada possível e

da forma que o (a) senhor (a) se sentir mais à vontade. O senhor (a) poderá interromper ou finalizar a entrevista quando quiser. Deixamos claro que os danos aqui expostos são muito pequenos se comparados aos resultados que essa pesquisa pode trazer, que é mostrar a importância do marcador de exames, até que ponto essa função pode afetar sua saúde e a acessibilidade dos usuários do sistema público de saúde.

O senhor (a) está livre para recusar a participar do estudo ou para desistir a qualquer momento, sem que isto lhe traga qualquer prejuízo pessoal. Não haverá remuneração ou gastos, portanto, sua participação é voluntária. A sua decisão em participar ou não, desta pesquisa, não ocasionará em nenhuma discriminação ou mal estar por parte dos pesquisadores. A qualquer momento o senhor (a) poderá pedir esclarecimentos a respeito da pesquisa, no que será prontamente atendida, mesmo que a resposta afete sua vontade de continuar participando do estudo. Caso aceite participar da pesquisa, o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido precisará ser assinado em duas vias, sendo que uma das vias ficará com a senhora e a outra será arquivada pelos pesquisadores por cinco anos.

Depois de plenamente esclarecido: estou de acordo com a participação no estudo descrito acima. Fui devidamente esclarecida quanto os objetivos da pesquisa, aos procedimentos aos quais serei submetido (a) na minha participação. O pesquisador me garantiu disponibilizar qualquer esclarecimento adicional a que eu venha solicitar durante o curso da pesquisa e o direito de desistir da participação em qualquer momento, sem que a minha desistência implique em qualquer prejuízo à minha pessoa, sendo garantido anonimato e o sigilo dos dados referentes à minha identificação, bem como de que a minha participação neste estudo não me trará nenhum benefício econômico.

Eu, ______________________________________________________________, aceito livremente participar do estudo intitulado “papel do marcador de exames na central de regulação: um estudo direcionado à saúde profissional e à acessibilidade do usuário” desenvolvido pelo acadêmico José Fábio Ramos, sob a responsabilidade da Professora orientadora Gislaine Maria Rodrigues Silva das Faculdades Integradas do Extremo Sul da Bahia.

Nome da Participante_________________________________________

COMPROMISSO DO PESQUISADOR

Eu discuti as questões acima apresentadas com cada participante do estudo, bem como os riscos e benefícios relacionadas a esta pesquisa.

________________________________________Eunápolis, Data: __/__/__ Assinatura do Pesquisador.

Para maiores informações, pode entrar em contato com:

    • Gislaine Maria Rodrigues Silva. Fone: (73) 99505950 – Condomínio Outeiro da Glória, Quadra 28, Lote 05, Outeiro da Glória. Porto Seguro - BA. E-mail: ghi30@hotmail.com

José Fábio ramos. Fone: (73) 88161048 - Rua da Graça, 87, Santa Lucia. Eunápolis – BA. E-mail: fpablito30@yahoo.com.br

    • Comitê de Ética em Pesquisa: (73)3528-9727 - Avenida José Moreira Sobrinho, s/n, Jequiezinho, JEQUIE - BA E-mail: cepuesb.jq@gmail.com