A PRÁTICA DA ASSISTÊNCIA DOMICILIAR DOS PROFISSIONAIS EM EXERCÍCIO NO ÂMBITO DA ESTRATÉGIA DE SAUDE DA FAMILIA

Data de postagem: Oct 28, 2016 6:14:45 PM

FACULDADES INTEGRADAS DO EXTREMO SUL DA BAHIA

LEANDRO RIBEIRO SANTOS

A PRÁTICA DA ASSISTÊNCIA DOMICILIAR DOS PROFISSIONAIS EM EXERCÍCIO NO ÂMBITO DA ESTRATÉGIA DE SAUDE DA FAMILIA

EUNÁPOLIS - BA

2015

LEANDRO RIBEIRO SANTOS

A PRÁTICA DA ASSISTÊNCIA DOMICILIAR DOS PROFISSIONAIS EM EXERCÍCIO NO ÂMBITO DA ESTRATÉGIA DE SAUDE DA FAMILIA

Trabalho de conclusão de curso apresentado ao curso de enfermagem das Faculdades Integradas do Extremo Sul da Bahia como parte dos requisitos para obtenção do Título de Bacharel em Enfermagem.

Orientador : Diego da Rosa Leal

EUNÁPOLIS - BA

2015

LEANDRO RIBEIRO SANTOS

A PRÁTICA DA ASSISTÊNCIA DOMICILIAR DOS PROFISSIONAIS EM EXERCÍCIO NO ÂMBITO DA ESTRATÉGIA DE SAUDE DA FAMILIA

Trabalho de conclusão de curso apresentado ao curso de enfermagem das Faculdades Integradas do Extremo Sul da Bahia como parte dos requisitos para obtenção do Título de Bacharel em Enfermagem.

Professor: Diego da Rosa Leal (Faculdades Integradas do Extremo Sul da Bahia)

___________________________________________________________________

Professor (Faculdades Integradas do Extremo Sul da Bahia)

___________________________________________________________________

Professor (Faculdades Integradas do Extremo Sul da Bahia)

___________________________________________________________________

Enferª. Maria Cristiana Marques

Coordenadora do Curso de Bacharel Em Enfermagem

Eunápolis,____de _________________de 2015

DEDICATÓRIA

Dedico este trabalho, em especial aos meus pais que desde o início da minha vida foram a minha inspiração, o meu apoio e foram fundamentais para a realização deste sonho. Obrigado por todo o apoio que vocês me deram! Sem vocês acredito que este sonho seria impossível.

Dedico também a minha futura esposa Stephani Novais Rossi que sempre me incentivou e me ajudou quando precisei, e sei que nunca deixou de pedir a Deus por mim e pelo meu sucesso.

AGRADECIMENTOS

Mais uma etapa vencida em minha vida, mais uma vitoria. Iniciei esse caminho longo com muitos medos, aos trancos e barrancos venci um por um. Agora sei que devo mudar meus objetivos para atingir minhas novas conquistas. E é com essa certeza que agradeço primeiramente a Deus que sempre quando estive com dificuldades era á ele que eu recorria, que me dava forças para superar os desafios e decepções. Á minha família, peça fundamental que representa equilíbrio e exemplo, serei sempre grato. Pai, você sempre foi a minha motivação, meu exemplo de vida, sempre me mostrou que lutando com honestidade e respeito conseguimos chegar a qualquer lugar na vida. Mãe, você é tudo pra mim, exemplo de pessoa, de carinho, de amor, de atenção, de afeto, você que sempre se preocupa comigo é meu exemplo de equilíbrio. Meus irmãos, pois tendo vocês a cada realização, tenho a certeza que nunca estarei só. Stephani, peça chave que junto com esse diploma é a minha maior conquista. Aos colegas de trabalho, obrigado pelos ensinamentos. Agradeço também aos meus amigos, pois sei que posso contar com vocês em qualquer momento. Aos docentes um muito obrigado.

EPIGRÁFE

“È o mais feliz, seja ele rei ou camponês, aquele que encontra paz em seu lar.”

Johann Goethe

RESUMO

A assistência domiciliar à saúde tem sido agregada ao exercício da ESF (Estratégia de Saúde da Família) como uma maneira de acesso da atuação do profissional em saúde à sociedade e ao domicílio, ambiente de vida dos pacientes e familiares. Neste contexto realizamos está pesquisa com o objetivo voltado para analisar como são desempenhadas as assistências domiciliares à saúde na ESF. È uma pesquisa de cunho descritivo com abordagem qualitativa. O estudo em questão foi desenvolvido na unidade de saúde Valdenor Cordeiro 2 da zona urbana de Eunápolis – BA. Os dados foram coletados por meio de questionários aplicados á profissionais atuantes na assistência domiciliar à saúde neste âmbito. Com o presente trabalho esperamos que os profissionais da ESF, vejam como eles contribuem na recuperação e tratamento dos pacientes que necessitam de assistência domiciliar adequada e de qualidade.

Palavras chaves: Assistência domiciliar, ESF, recuperação e tratamento

LISTA DE GRÁFICOS

Gráfico 01: Tempo de atuação do profissional na Estratégia de Saúde da família.........................................................................................................................24

Gráfico 02: Distribuição percentual da realização da assistência domiciliar na Estratégia de Saúde da família..................................................................................25

Gráfico 03: Distribuição percentual da visão profissional com relação ao Cuidador e/ou Família na assistência domiciliar........................................................................26

Gráfico 04: Distribuição percentual dos fatores familiares/socioculturais que interferem na assistência domiciliar...........................................................................27

Gráfico 05: A freqüência em um período mensal da realização de visita ou atendimento domiciliar................................................................................................28

Gráfico 06: Distribuição percentual dos obstáculos para realização da assistência domiciliar....................................................................................................................30

Gráfico 07: Distribuição percentual das categorias de usuários que mais utilizam da assistência domiciliar..................................................................................................31

SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO

2 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA

2.1 ESTRATÉGIA DE SAÚDE DA FAMILIA

2.1.1 Sistema De Informação

2.2 ATENÇÃO DOMICILIAR

2.2.1 SAD - Serviço de Atenção Domiciliar

2.3 DIFERENTES MODALIDADES DE ATENÇÃO DOMICILIAR

2.3.1 Programa Home Care

2.3.2 Programa Melhor em Casa

2.3.3 Assistência Domiciliar

2.4 ENFERMAGEM E ASSISTÊNCIA DOMICILIAR

3 METODOLOGIA

3.1 TIPO DE ESTUDO

3.2 CAMPO E CENÁRIO DO ESTUDO

3.3 POPULAÇÃO DE ESTUDO

3.4 INSTRUMENTOS E PROCEDIMENTOS DE COLETA DE DADOS

3.5 ANÁLISE DOS DADOS

3.6 QUESTÕES ÉTICAS

4 RESULTADO E DISCUSSÃO

5 CONSIDERAÇÕES FINAIS

7 REFERÊNCIAS BIBLIOGRAFICAS

ANEXO l

ANEXO ll

1 INTRODUÇÃO

Nos EUA (Estados Unidos da América), em 1780, foi o país pioneiro no serviço de assistência domiciliar, uma unidade de saúde em Boston implantou um sistema inovador chamado home care formado por uma associação de enfermeiras visitadoras de cunho filantrópico. Em 1885, com o aumento do trabalho nesse percurso, houve o estabelecimento da primeira Associação de Enfermeiras Visitadoras ( Visiting Nurses Association – VNA) (FABRÍCIO; WEHBE; NASSUR, 2004).

Em 1947 o hospital de Monte Fiori, em Nova York, introduziu conceitos de home care como sendo uma extensão do atendimento hospitalar. Atualmente, nos EUA, a indústria de home care continua crescendo, existem dados de 18,5 mil serviços prestados no país (AMARAL, 2001).

São poucos os registros históricos de atendimento domiciliar no Brasil. As primeiras atividades domiciliárias desenvolvidas no Brasil aconteceram no século XX, mais precisamente em 1919, com a criação do Serviço de Enfermeiras Visitadoras no Rio de Janeiro. Em 1949 foi criado o SAMDU (Serviço de Assistência Médica Domiciliar e de Urgência), o principal responsável por esse serviço foi o sindicato dos trabalhadores que insatisfeitos com o atendimento de urgência, oferecidos pelas unidades de saúde (ABRAHÃO, 2007).

Em 1968 em São Paulo, o Hospital do Servidor Público Estadual implantou um serviço de atenção domiciliar com o objetivo de diminuir a taxa de permanência naquele hospital. Na década de 1990, o Ministério da Saúde institui o PSF (Programa de Saúda da Família) e a USP (Universidade de São Paulo) inaugura o NADI (Núcleo de Assistência Domiciliar Interdisciplinar). No setor privado foram criadas as primeiras empresas privadas de atendimento domiciliar (MALAGUTTI, 2012).

Segundo a ABEMID (Associação Brasileira de Medicina Domiciliar), fundada em 1995 e que reúne empresas de todo o país que são habilitadas para tais serviços mais de 200 empresas no setor privado, estimando-se que, atualmente, cerca de 5 mil pacientes são atendidos por dia em domicilio, gerando, aproximadamente, 20 mil oportunidades de trabalho para os profissionais de saúde. Porém, esses números não chegam a 1% do que existe nos EUA (PAZ; SANTOS, 2003).

O PSF, atualmente conhecido como ESF (Estratégia De Saúde Da Família), vem desempenhando um papel estratégico para consolidação do SUS (Sistema Único de Saúde), favorecendo a equidade e universalidade da assistência, por meio de ações inovadoras no setor (ALBUQUERQUE; BOSI, 2009).

A ESF se apresenta com caráter estratégico para superar desafios epistemológicos – sociais, onde a atenção domiciliar constitui um espaço privilegiado e propício para o encontro e troca saberes (PEREZ; DAL POZ; GRANDE, 2006).

Visto que a assistência domiciliar constitui uma das inovações que dão confirmação à resolutividade da ESF, é importante para os profissionais comprometidos com a consolidação do SUS que o resgate histórico e fundamentado na literatura, possa contribuir também com a prática integrada ao ensino e a pesquisa. Entende-se que o domicílio, quando disponibilizado pela família, apresenta em nosso conhecimento uma continuidade do ambiente de trabalho, ensino - aprendizagem e de pesquisa (LOPES; SAUPE; MASSAROLI, 2008).

O conjunto de profissionais que trabalham no ESF tem papel importante na abordagem à saúde da família, em peculiar na assistência domiciliar à saúde, que envolve os profissionais, pessoas/famílias atendidas. Sendo assim, as práticas do atendimento domiciliar realizado pelos profissionais do ESF devem ser consideradas de modo a revelar uma visão acerca da prática profissional realizada no âmbito da ESF.

A partir destas constatações percebi a necessidade de compreender mais sobre como são realizadas as visitas domiciliares em saúde no âmbito da estratégia de saúde da família. Pois ela pode ser desenvolvida por quase todos os profissionais do ESF, se constituindo em um instrumento de grande importância para a prática do profissional de enfermagem em saúde coletiva.

O interesse em realizar esta pesquisa cientifica enfatizando a visita domiciliar dos profissionais que trabalham no âmbito da ESF ocorreu baseado em experiências do autor na realização de visitas domiciliares no campo de estágio, visto que foi perceptível que cada profissional tem sua maneira de realizar os atendimentos domiciliares.

Observei que o acesso à ESF muitas vezes é difícil, levando em consideração a distância onde residem as famílias, bem como as condições de saúde, condições financeiras, medo, recusa em se tratar. Desta forma afirmo que é de grande importância o desenvolvimento de estratégias para a prática da assistência domiciliar realizada pelos profissionais do ESF.

Deste modo com intuito de proporcionar aos profissionais, estudantes e pesquisadores, um planejamento adequado e igualitário nas ações e percepções sobre o ESF, buscando atender as condições observadas no domicílio; melhorando o relacionamento do grupo familiar com o profissional de saúde. Além de enfatizar com isso um atendimento digno e igualitário aos indivíduos que utilizam os serviços domiciliares do ESF.

Com alicerce nesta temática o objetivo do presente estudo é investigar como são realizadas as visitas e atendimentos domiciliares à saúde no âmbito da estratégia de saúde da família.

Também busquei analisar a percepção dos profissionais que realizam a assistência domiciliar, verificar como é realizada a assistência domiciliar à saúde na unidade da estratégia de saúde da família, bem como quais programas de atenção requerem a sua utilização com maior freqüência, identificando também os impedimentos para a realização das visitas domiciliares.

2 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA

2.1 ESTRATÉGIA DE SAÚDE DA FAMILIA

O sistema de saúde do Brasil foi historicamente marcado por um modelo assistencial curativista e hospitalocêntrico, que era centrado na consulta médica, necessitando de mudanças radicais e profundas (SILVA; CALDEIRA, 2010).

A Estratégia de Saúde da Família (ESF) vem preenchendo um papel estratégico para a consolidação do SUS (Sistema Único de Saúde), favorecendo a eqüidade e universalidade da assistência por meio de ações inéditas no setor. As práticas do ESF têm como ênfase o trabalho junto à família pretendendo uma perspectiva preventiva. Desta forma, constitui uma prática reducionista na saúde, que busca a conexão com a comunidade, numa atuação interdisciplinar entre os profissionais que compõem as equipes de saúde da família (GIAXOMOZZI; LACERDA, 2006).

A Estratégia de Saúde da Família caracteriza-se por uma renovação na organização da pratica assistencial, através de novos critérios e bases, a atenção está voltada na família, que é entendida, percebida e situada a partir do seu ambiente físico e social, com suas crenças e valores identificados. A partir daí é possível favorecer a compreensão do processo saúde doença, no contexto de um território delimitado e definido de forma administrativa (FERRAZ; SANTOS, 2007).

Segundo a Portaria Nº 648/Gm de 28 de Março de 2006 quanto aos recursos humanos à equipe de profissionais em exercício na ESF deve ser responsável por, no máximo, 4.000 habitantes, sendo a média recomendada de 3.000 habitantes, com jornada de trabalho de 40 horas semanais para todos os seus integrantes. A equipe deve ser composta por enfermeiro, médico, auxiliar de enfermagem ou técnico de enfermagem e ACS (agentes comunitários de Saúde). A quantidade de ACS suficiente para atender 100% da população cadastrada, com o máximo de 750 pessoas por ACS é de 12 ACS por equipe (BRASIL, 2006).

Uma das estratégias propostas pelo Ministério de Saúde no Brasil é a Saúde da Família, criada para remodelar a assistência do SUS, partindo do principio da atenção básica. O objetivo é reorganizar os serviços e reorientar os exercícios profissionais na conduta da promoção da saúde, prevenção de doenças e reabilitação, enfim, da promoção da qualidade de vida da população (BRASIL, 1998).

Segundo o sistema de saúde adotado no Brasil-SUS, a Atenção Básica representa o primeiro nível de atenção à saúde, englobando um conjunto de ações de cunho individual ou coletivo, que levam a promoção e proteção da saúde, à prevenção de enfermidades, o diagnóstico, o tratamento, a recuperação dos pacientes e a manutenção da saúde. Para a implantação das diretrizes da Atenção Básica nos municípios, teve inicio o PSF (Programa Saúde da Família), em 1994. (KAWAMOTO, 2009).

A ESF contribui para melhorar os indicadores da saúde e da qualidade de vida da população assistida, sendo o vinculo entre a comunidade e os profissionais de saúde. A capacidade, a responsabilidade junto à participação social é a maior garantia e ao mesmo tempo o maior desafio em estabelecer o fortalecimento da ESF (PAULINO; BEDIN; PAULINO, 2009).

Por estabelecer vínculos com a população a equipe da ESF tem o compromisso de manter as comunidades informadas e facilitar o acesso aos serviços de saúde com ações de prevenção de enfermidades, intervindo em situações que exijam desta ação gerando efeitos determinantes sobre as condições de vida e saúde da comunidade (FELICIANO; KOVACS; SARINHO, 2010).

Segundo o Ministério da Saúde a equipe da ESF deve estabelecer vínculos de compromisso entre comunidade e seus profissionais por meio de conhecimentos e recursos disponíveis. Na busca ativa dos usuários e suas famílias em seus domicílios, acompanhando ao longo do tempo os processos de saúde e doença, através de atendimento humanizado e contínuo (BRASIL, 2008).

Um espaço privilegiado para desencadear as ações educativas é a atenção básica, em um cenário adequado ao desenvolvimento de tais atividades em saúde dando ênfase as ações preventivas e a promoção da saúde. Sendo interessante enfatizar a proximidade da comunidade neste contexto facilitando a atuação dos profissionais a desenvolverem as atividades (SILVA; DIAS; RODRIGUES, 2009).

A ESF preocupa-se com a qualidade na formação dos profissionais capacitando-os para um melhor atendimento à comunidade, valorizando as necessidades da saúde da população, incorporando a busca de assistência ao cuidado e as praticas em saúde. Desta forma melhora o acesso às ações de saúde para a população, operando mudanças em prol de oferecer saúde para todos os membros da família (COSTA, 2008).

Na ESF o enfermeiro tem mais autonomia e responsabilidade sendo seu trabalho mais valorizado e com maior visibilidade. Atuar na ESF exige que o enfermeiro e os outros profissionais de saúde prestem assistência a todos os membros da família mantendo um cuidado continuo e de forma integral (FIGUEIREDO E TONINI 2007).

2.1.1 Sistema De Informação

O SIAB (Sistema de Informações de Atenção Básica) foi elaborado em 1998, e consiste em um programa que organiza os dados coletados pelos profissionais que atuam na ESF, e que foram coletados nos domicílios dos clientes pelos ACS por meio de fichas cadastrais (FICHA A), acompanhamento de grupos com prioridade (FICHA B) acompanhamento a gestantes, hipertensos, diabéticos, a pessoas com tuberculoses, á indivíduos com hanseníase, e (FICHA C) cartão criança (BRASIL, 2003).

A utilização deste programa como instrumento de trabalho da ESF permite identificar e avaliar a situação familiar, bem como seu uso é válido na construção de indicadores de saúde, no estabelecimento de prioridades, na organização do serviço, no agendamento local e programação das visitas domiciliares (FREITAS; PINTO, 2005).

Esse sistema atua na produção de relatórios que irão facilitar o trabalho das equipes de saúde da família, as quais estão ligadas aos gestores municipais que podem acompanhar o trabalho e avaliar a sua qualidade. Esses relatórios permitem o conhecimento da realidade sócio-sanitária de todo o território onde o acompanhamento está sendo realizado, fazer adequação e readequação nos serviços quando necessários, conseqüentemente alcançando uma melhoria da qualidade dos serviços de saúde atuantes (BRASIL, 2003).

O SIAB intensifica e aperfeiçoa pontos importantes do SIPACS (Sistema de Informação do Programa de Agentes Comunitários de Saúde). Entretanto mantém o foco de seu funcionamento, atuando em uma determinada base populacional de referência. O SIAB permite o acesso a varias informações, com instrumentos de coleta renovados bem como a consolidação de toda a equipe de saúde da unidade básica. As informações disponíveis neste programa fazem o direcionamento dos profissionais para a realização da atenção domiciliar (BRASIL, 2003).

2.2 ATENÇÃO DOMICILIAR

A atenção domiciliar à saúde é exercida, por instituições públicas e privadas, é um dos modos de atendimento no setor público, por meio da ESF. As práticas atuais de saúde, na ESF, visam à reorganização na saúde em novos alicerces substituindo o modelo tradicional, aproximando-se da família e, melhorando a condição de vida dos brasileiros, desfazendo os comportamentos apáticos das unidades de saúde e expandindo suas ações para e junto à comunidade, viabilizando a assistência domiciliar (GIAXOMOZZI; LACERDA, 2006).

Contudo está vem para fazer uma reestruturação e reorganização das práticas dos cuidados domiciliares em saúde, para além das divisórias dos serviços de saúde, quando o espaço-domicílio das famílias e as comunidades passam a ser considerados e, assim, a família em seu contexto torna-se alvo estratégico de investigação para a ESF (GIAXOMOZZI; LACERDA, 2006).

A atenção domiciliar incorpora desde funções do nível primário de menor complexidade de promoção e proteção á saúde, bem como a prevenção de agravos até as funções de nível secundário. A atenção primária a saúde aborda as ações de diagnostico e prevenção precoce e em geral, é referenciada como nível de organização dos serviços de saúde. Ela aponta para a descentralização do sistema, municipalizado, regionalizado e integrado à rede básica com os serviços secundários e terciários (BRASIL, 2013).

Já a atenção secundária abrange os serviços de ambulatório e hospitalar especializados de média e alta complexidade, em determinada área e com perfil epidemiológico bem caracterizado. Tem como objeto de trabalho a família na perspectiva de orientação, capacitação para o auto-cuidado e cuidado dependente, prevenção de agravos físicos e mentais e também o paciente com agravos à saúde já instalados (BRASIL, 2013).

Os déficits encontrados na atenção primária e secundária aumentam cada vez mais problemas de doenças crônicas – degenerativas, em pacientes com alto grau de dependência e incapacidades, que geram a necessidade da atenção domiciliar especializada, focando na atenção hospitalar e acompanhamento desses clientes e suas famílias até a fase terminal (BRASIL, 2014).

As ações educativas e procedimentos especializados mais comuns na atenção domiciliar de nível secundário são além de educação em saúde, os cuidados paliativos e os cuidados com higiene, pele e feridas, ostomias, sondas e drenos, alimentação e hidratação, uso e conservação de medicações, entre outras (BRASIL, 2014)

2.2.1 SAD - Serviço de Atenção Domiciliar

O SAD atual em instituições públicas ou privada responsável pela operacionalização e pelo gerenciamento da assistência domiciliar que deve estar ligada a Rede de Atenção Básica, desde que esta possui recursos complementares ou de referência para melhorar a atenção no domicilio (MALAGUTTI, 2012).

A importância da coordenação de um SAD é que o profissional lida a todo momento com a complexidade de realizar funções, em suas diferentes culturas, moradias, rotinas familiares dentre outros fatores. O papel do coordenador é, desde o começo, primordial, no crescente trabalho de implantação do serviço, isso inclui desde questões mais complexas de organização e gerenciamento de forma geral, perpassando pela comunicação do SAD com os outros pontos de atenção da rede (BRASIL, 2012).

É de grande relevância a interação entre o SAD e os demais pontos de atenção da rede, essa pactuação visa garantir a continuidade e qualidade do cuidado, sendo também função do coordenador garantir o estabelecimento dessas relações que compõem a Rede de Atenção à Saúde (BRASIL, 2012).

O SAD destaca-se pela possibilidade de abranger e propor ações as necessidades apontadas uma vez que participa e interage com diversos serviços, sendo fundamental incluí-lo em centrais reguladoras como serviço demandante, bem como serviço que tem condição em absorver os encaminhamentos dos clientes aos serviços solicitados (BRASIL, 2012).

2.3 DIFERENTES MODALIDADES DE ATENÇÃO DOMICILIAR

2.3.1 Programa Home Care

O programa home care é compreendido como uma gama de ofícios praticados em domicílio e designados ao tratamento e recuperação do paciente. Essas práticas iniciam-se nos cuidados pessoais que vão desde as atividades cotidianas, até cuidados com o uso da medicação e prática de curativos nós ferimentos entre outros. O serviço 24 horas por dia de enfermeiros e médicos em uma rede de apoio para diagnóstico e medidas terapêuticas, no geral, nesta modalidade são serviços prestados por empresas privadas. (MENDES, 2001).

Também estão incluídos neste conceito o chamado suporte comunitário (voluntários, serviços de associações comunitárias, transporte) e realização de tarefas externas, como ida a um banco ou a uma farmácia (MENDES, 2001).

2.3.2 Programa Melhor em Casa

Este programa objetiva a atenção domiciliar instituído pela portaria 2.029 de 24 de agosto de 2011, substituída pela portaria 2.527 de 27 de outubro de 2011, resultado de um importante trabalho de negociação e pactuação tripartite que contou com diversos momentos nos quais, Ministério da Saúde e os gestores municipais e estaduais, representados pelo CONASEMS (Conselho Nacional de Secretarias Municipais de Saúde) e CONASS (Conselho Nacional de Secretários de Saúde), respectivamente, consideraram o acúmulo das experiências concretas realizadas no cotidiano do SUS (BRASIL, 2012).

Tem como objetivo tratar pessoas com necessidade de reabilitação motora, idosos, pacientes crônicos sem agravamento ou em situação pós-cirúrgica, por exemplo, terão assistência multiprofissional gratuita em seus lares, com cuidados mais próximos da família (BRASIL, 2012).

2.3.3 Assistência Domiciliar

A assistência domiciliar à saúde é o conjunto da atenção domiciliar que pode ser também nomeada de cuidado ou atendimento domiciliar e baseia-se na total interação do profissional com o cliente, sua família e com o cuidador (PEREIRA; MISHIMA; FORTUNA; MATUMOTO, 2005).

É caracterizada como a união de atividades ambulatoriais, programadas e continuadas exercidas por profissionais de saúde e ou equipe multiprofissional no domicilio do cliente. Engloba visitas programadas em que procedimentos são realizados pelos componentes da equipe. A periodicidade das visitas depende da complexidade assistencial requerida (AMARAL, 2001).

É necessário ressaltar que prestar cuidados no domicilio significa entender a expressão assistência domiciliar, que compreende as seguintes modalidades: visita domiciliar, atendimento domiciliar, internação domiciliar e vigilância domiciliar (MALAGUTTI, 2012).

No contexto da ESF, a visita ao domicílio é uma prática com o intuito de promover intervenção no processo de saúde – doença das pessoas em sua coletividade constitui-se de uma ferramenta essencial para os membros da equipe, podendo os mesmos conhecer as condições de vida dos pacientes para assim traçar um planejamento de ações (SANTOS; KIRSCHBAUM, 2007 apud TAKAHASHI; OLIVEIRA 2001).

A visita domiciliar decorrente da ESF engloba funções da atenção á saúde que visualizam definições fundamentais para a segurança da integralidade, da intersubjetividade primordial para a humanização e o cuidado centrado no usuário e ou sua família (ALBUQUERQUE; BOSI, 2009).

È de extrema importância o conhecimento acerca dá visita domiciliar, pois é uma prática desenvolvida por diversas equipes de saúde, que permitem propor e reordenar ações de forma a ampliar a capacidade de intervenção dos profissionais, bem como organizar suas práticas respondendo às necessidades das famílias no seu lócus de vida (DRULLA et al.,2009).

O atendimento domiciliar como ferramenta da ESF tem como perspectiva realizar um conjunto de atividades devidamente programadas integradas entre si prestadas por equipe multidisciplinar podendo ser um trabalho de caráter preventivo ou assistencial (MALAGUTTI, 2012).

Existem três aspectos de AD (Atendimento Domiciliar) que são divididos em níveis denominados de AD1, AD2 e AD3. A primeira é responsável pelo atendimento domiciliar ao usuário em situação clínica crônica (estável, com visitas programadas, ao menos mensais, e de acompanhamento continuo), que não possam comparecer regularmente às ESF. A maior parcela de responsabilidade neste nível de atendimento na rede pública recai sobre as equipes de atenção básica e ao NASF (Núcleo de Atenção à Saúde da Família) (PIRES, 2013).

No AD2 o atendimento é mais recomendado ao usuário em condições clínicas agudas com dificuldade de locomoção e que necessita de cuidados freqüentes. No AD3 o usuário enquadrado é aquele que além das condições constatadas pelo nível 2 apresentam ainda necessidades de uso contínuo de equipamentos para oxigenotêrapia, suporte ventilatório não invasivo, diálise peritonial ou paracentese (PIRES, 2013).

A internação domiciliar é uma atividade que propõe a oferta de tecnologia e equipes especializadas visando o atendimento em casos mais complexos, é uma pratica muito utilizada em pacientes terminais onde á cuidados mais intensivos (SILVA et al,.2005).

O PID (Programa de Internação Domiciliar) representa uma estratégia de reversão da internação em hospitais e propicia a construção de uma nova lógica de atenção focando na promoção de saúde e na humanização do atendimento com vistas à efetivação do SUS e melhoria dos cuidados prestados em domicilio (SILVA et al,.2005).

A vigilância domiciliar é vinculada à vigilância em saúde que à ESF desenvolve, sendo um trabalho de um integrante da equipe no domicílio para realizar ações de promoção, prevenção e educação, bem como de busca ativa da população de sua área, essa pratica normalmente e integrada a pratica da visita domiciliar realizada comumente por quase todos os profissionais em exercício na unidade de saúde (MALAGUTTI, 2012).

2.4 ENFERMAGEM E ASSISTÊNCIA DOMICILIAR

O direcionamento do cuidado domiciliar de enfermagem é a integração de ações, que envolve a família, o paciente, as suas relações e o ambiente/contexto domiciliar, sendo papel do enfermeiro mediar e articular, propiciando a integração das atividades multidisciplinares e intersetoriais (PAZ; SANTOS, 2003).

O enfermeiro no desenvolvimento do seu trabalho realiza o levantamento das necessidades do paciente e ou comunidade afetados, e estabelece os diagnósticos para elaboração do plano assistencial ao paciente, implementando o cuidado, que vai desde as adaptações de recursos materiais, de equipamentos no domicílio, as execuções dos procedimentos, orientações, supervisão dos cuidados prestados, acompanhamento da evolução do paciente e da adaptação da família no novo contexto, em um ato contínuo de avaliação e reestruturação do plano conforme as demandas (BEN, et al,.2008).

A importância da parceria e criação de vínculo entre o profissional enfermeiro, o paciente e família no contexto domiciliar é uma das bases para implantação da assistência e avaliação dos resultados, de maneira a promover melhorias da qualidade de vida de ambos (FREITAS; BITTTENCOURT, 2000).

Os profissionais de enfermagem têm papel significante no domicílio modificando a dinâmica do cuidar e as relações de trabalho entre equipe e família. O ideal e haver uma relação ética de respeito mútuo nos diferentes espaços, ou seja, considerando ás diferentes personalidades, diferentes culturas, entre outros. O profissional deve sempre ser solidário, não impondo verdades ou opiniões (FREITAS; BITTTENCOURT, 2000).

O plano de cuidado do enfermeiro em domicilio e essencial para intervenções que vão desde uma terapêutica intravenosa, punção venosa, inserção de cateter, cuidados com feridas e de ostomias, tratamento de úlcera de pressão, nutrição parenteral e educação em saúde ao paciente e família (BRUNNER; SUDDARTH, 2009).

Neste quesito a pratica da assistência domiciliar fundamenta-se em uma abordagem de cuidar e reabilitar o doente em seu ambiente familiar, de forma que a doença e o estado geral do paciente não sejam vistos como um fim. Para aqueles pacientes em fase terminal, a enfermagem atua por meio de cuidados paliativos que proporcionam conforto, paz e dignidade (SANTOS, 2005).

A colaboração do profissional de enfermagem é significativa para o tratamento e recuperação do paciente na assistência domiciliar, administrando cuidados pertinentes para melhor evolução do mesmo, atentando para que a família e o paciente tornem-se independentes e possam administrar os cuidados necessários a cada situação vivenciada, por meio de uma educação permanente e individualizada (LACERDA, 2000).

O papel fundamental do enfermeiro nas visitas domiciliares, é resgatar a assistência e o cuidado, que não decodificam apenas as questões biopsíquicas, mas que resgatam valores para a vida, melhores condições sociais e maneiras de enfrentamento de problemas que vão alem dos sinais e sintomas aparentes (FRACOLLI; BERTROLOZZI, 2001).

3 METODOLOGIA

3.1 TIPO DE ESTUDO

Foi desenvolvido um estudo de campo de caráter descritivo exploratório com abordagem quanti-qualitativo, que ocorreu por intermédio de um questionário auto aplicado aos profissionais da Estratégia de Saúde da Família Valdenor Cordeiro 2, em Eunápolis – BA.

A analogia entre quantitativo e qualitativo não pode ser vista como a oposição contraditória é de se desejar que as relações sociais possam ser analisadas em seus aspectos mais objetivos e aprofundadas em seus significados mais essenciais. Assim, o estudo quantitativo pode gerar questões para serem aprofundadas qualitativamente e vice-versa. (MINAYO 1993).

Os estudos descritivos têm como seu objetivo descrever as características de uma população, fenômeno ou experiência. As pesquisas exploratórias têm como finalidade central o aprimoramento de conceitos ou a descoberta de intuições. Seu planejamento é, portanto, bastante flexível, de modo que possibilite a consideração dos mais variados aspectos relativos ao fato estudado. (GIL, 2008).

3.2 CAMPO E CENÁRIO DO ESTUDO

O presente estudo foi desenvolvido no município de Eunápolis, no estado da Bahia às margens da BR-101, cuja população é em torno de 113.191 habitantes, segundo o IBGE de 2015.

O município de Eunápolis conta em no ano de 2015 com um total de 21 Estratégias de Saúde da Família, sendo que dessas 16 são em zona urbana e 5 Unidades da zona rural. Este estudo foi realizado na Estratégia de Saúde da Família Valdenor Cordeiro 2, localizado na Praça São Cristovão, nº 92 no Thiago de Melo ll, no município de Eunápolis – BA. O motivo da realização desta pesquisa neste determinado local foi devido à motivação do autor por experiências no campo de estágio supervisionado que possibilitou uma vivência prática neste percurso de assistência domiciliar.

3.3 POPULAÇÃO DE ESTUDO

Foram selecionados como população de estudo os profissionais atuantes na Estratégia de Saúde da Família Valdenor Cordeiro 2 da zona urbana de Eunápolis - BA, que realizam assistência domiciliar.

Os critérios de inclusão foram os profissionais que realizam assistência domiciliar e que estejam com vínculo empregatício nesta Unidade de Saúde, que aceitem assinar o termo de consentimento livre e esclarecido. Os critérios de exclusão foram os profissionais que estejam em afastamento por doença ou licença maternidade, e/ou não realizam visita domiciliar. Portanto consistiu um total de 7 profissionais que realizam assistência domiciliar sendo 1 enfermeiro, 1 técnico de enfermagem, 1 médico e 4 agentes comunitários de saúde.

3.4 INSTRUMENTOS E PROCEDIMENTOS DE COLETA DE DADOS

A primeira etapa foi realizar uma visita à Estratégia de Saúde da Família, a fim de marcar uma reunião com o responsável, neste caso o coordenador da unidade com intuito de explicar os objetivos e métodos que seriam aplicados pelo pesquisador e estudo, buscando com isso conseguir liberação para adentrar a unidade.

Após a liberação por parte do coordenador da unidade e equipe técnica da secretaria de saúde do município foi solicitado uma reunião com os profissionais da unidade para explicar as finalidades da pesquisa e obter o consentimento dos mesmos para o preenchimento do questionário.

Os participantes desta pesquisa foram norteados a assinarem um Termo de Consentimento, o qual foi encaminhado juntamente com o questionário estruturado. Nesse questionário os profissionais do ESF (enfermeiro, médico, técnico de enfermagem, e agentes comunitários) irão responder 07 questões objetivas. Os questionários foram preenchidos individualmente com a presença do pesquisador no local agendado, com data e horário de acordo com a disponibilidade de cada participante.

As questões que compõem este instrumento objetivaram conhecer à atividade prática dos profissionais, e as suas expectativas voltadas á visita domiciliar, identificar seus problemas em promover está visita, quais as categorias que mais utilizam a visita domiciliar, e freqüência com que se realizam estas visitas.

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3.5 ANÁLISE DOS DADOS

As questões foram analisadas no programa Excel 2010, com intuito de determinar freqüência e ajudar na elaboração dos gráficos. As tabulações dos dados foram feitas em gráficos, tipo pizza para melhor compreensão do leitor e facilitar a leitura e análise das respostas da pesquisa.

3.6 QUESTÕES ÉTICAS

Este estudo foi desenvolvido respaldando-se na resolução nº 466, de 12 de dezembro de 2012 do Conselho Nacional de Saúde, regulamentadora das pesquisas com seres humanos, considerando a observância da beneficência, não maleficência, ausência de riscos e prejuízos, com garantia do anonimato aos sujeitos do estudo. Esta pesquisa, assim, como a coleta de dados só puderam ser realizadas após aprovação de um comitê de ética em pesquisa. A coleta dos dados ocorreu após aceitação do sujeito do estudo e assinatura do termo de consentimento livre e esclarecido.

4 RESULTADO E DISCUSSÃO

Os resultados apresentados foram obtidos por meio de entrevistas realizadas com sete profissionais da Estratégia de Saúde da Família Valdenor Cordeiro 2, no bairro Thiago de Melo II; amostra composta de 01 enfermeiro, 01 técnico de enfermagem, 01 médico, 04 agentes comunitários de saúde, os quais realizam assistência domiciliar; após o consentimento livre e esclarecido, no mês de agosto de 2015. Os dados foram tabulados em forma de gráfico para melhor compreensão do leitor.

Gráfico 01. Tempo de atuação do profissional na Estratégia de Saúde da Família

Fonte: Próprio autor

Com relação ao tempo de atuação profissional em Estratégia de Saúde da Família, segundo os entrevistados, foram: 43% apresentam de três a cinco anos de experiência; 29% apresentaram mais de um ano; 28% mais de cinco anos de experiência em atenção primária a saúde.

E possível afirmar que o profissional em um longo tempo de atuação em determinado local possua conhecimento profissional e de trabalho em equipe, como resultado disto, conhecem as novas prerrogativas de saúde no Brasil, dentre as quais a assistência domiciliar à saúde (GIAXOMOZZI; LACERDA, 2006).

È importante ressaltar a relevância da capacitação profissional, pois os profissionais de saúde devem receber freqüentemente treinamento que os capacitem para melhoras as condutas nos cuidados com o paciente, para a melhora da qualidade assistencial (SILVA, 2010).

O ESF tem como fim específico, melhorar a qualidade da saúde da população baseado num modelo assistencial de atenção, prevenção, promoção, diagnóstico precoce, tratamento e recuperação da saúde conforme preconiza as diretrizes e princípios do SUS com a finalidade de aproximar o atendimento das famílias e com isso melhorar a qualidade de vida (VIANA, 2005).

Gráfico 2. Distribuição percentual da realização da assistência domiciliar no ESF

Fonte: Próprio autor

Os profissionais que realizam assistência domiciliar no ESF foram questionados se a realização da assistência domiciliar é importante para recuperação e tratamento do paciente. Dos sete profissionais entrevistados 86% afirmaram que de sim e 14% disseram que não.

No panorama da assistência domiciliar, existem legislações importantes pertinentes ao tema. A portaria nº 2.416, de 23/3/98 que foi elaborada considerando que a assistência domiciliar à saúde proporciona a humanização do atendimento e acompanhamento de pacientes cronicamente dependentes do hospital, e que a adequada desospitalização proporciona um maior contato do paciente com a família favorecendo a sua recuperação e tratamento, diminuindo o risco de infecções hospitalares (BRASIL, 1998).

Gráfico 3. Distribuição percentual da visão profissional com relação ao Cuidador e/ou Família na assistência domiciliar.

Fonte: Próprio autor

Os profissionais do ESF foram questionados se o papel do cuidador e da família auxilia na assistência domiciliar, contribuindo para recuperação do paciente. Segundo os entrevistados, foram: 72% afirmaram que é importante; 28% disseram que não.

O cuidado em domicilio é uma estratégia da modalidade de atenção domiciliar á saúde amplamente difundida no mundo e sustentada pelos seguintes pilares: paciente, família, contexto domiciliar, cuidador e equipe multiprofissional (GIAXOMOZZI; LACERDA, 2006).

No cuidado domiciliar destaca-se a figura do cuidador, pessoa responsável pelos cuidados ao doente que desempenha papel fundamental neste contexto. O cuidador pode ser um familiar ou não, com ou sem remuneração, que presta cuidados a outro indivíduo de qualquer idade que necessita de atenção em decorrência de limitações físicas ou mentais (CURITIBA, 2008).

Pontualmente a participação ativa dos cuidadores, da família e dos profissionais envolvidos no cuidado em domicilio constitui aspecto fundamental para a implementação da assistência domiciliar caracterizada por integralidade, universalidade e equidade nas ações. (LACERDA, 2006)

Gráfico 4. Distribuição percentual dos fatores familiares/socioculturais que interferem na assistência domiciliar

Fonte: Próprio autor

Segundo os profissionais da Estratégia de Saúde da Família, os fatores familiares e/ou socioculturais que causam impedimentos para realização da prática de assistência domiciliar, são 43% estrutura familiar, 29% relacionados a educação família e/ou paciente, 28% devido à crenças dos usuários e eles não acharam relação na formação da personalidade, nos hábitos das famílias e no ambiente familiar.

A visão dos profissionais de saúde acerca do contexto domiciliar deve ser além de um espaço físico, considerando este ambiente como um conjunto de elementos, eventos e seres humanos correlacionados entre si, cujas entidades representam sua forma particular de interferência mútua e simultânea (GIAXOMOZZI; LACERDA, 2006).

Ao utilizar a prática da assistência domiciliar na ESF, faz-se necessário que o profissional tenha capacidades e habilidades para desenvolver seu trabalho com discrição, ética, boa comunicação, considerando as diferenças culturais, nível de escolaridade e os aspectos de cada família. O ato de adentrar na residência de uma família invade a privacidade, devendo o profissional ser cauteloso (DRULLA et al.,2009).

Gráfico 5. A freqüência em um período mensal da realização de visita ou atendimento domiciliar

Fonte: Próprio autor

A freqüência da realização de visita ou atendimento domiciliar realizada pelos profissionais da Estratégia de Saúde da Família mostram que 53% realizam um atendimento domiciliar por semana e 47% realizam um atendimento domiciliar por mês, sendo que não obtendo resposta para dois atendimentos domiciliares por semanas.

Á pratica do atendimento domiciliar é uma excelente estratégia de promoção a um acolhimento mais humanizado, promovendo o fortalecimento da relação profissional-paciente, além de ser um maior incentivador e fornecedor da recuperação da autonomia do indivíduo que recebe os cuidados (MALAGUTTI, 2012).

Para a realização da visita domiciliar deve ser feito a coleta de informações sobre o individuo e ou família, está deve ser marcada levando em consideração á disponibilidade do paciente em data e hora, devendo-se evitar a apresentação em domicílio sem o agendamento prévio, pois o profissional deve ter consciência que se trata de um ambiente estranho no qual o paciente e família estabelecem as condições e os limites (MALAGUTTI, 2012).

Na organização da visita domiciliar, alguns itens devem ser observados para se garantir o alcance do objetivo proposto como a priorização de indivíduos e/ou famílias de maior risco. A sistematização da visita dá-se por meio do planejamento, execução e avaliação conjunta da equipe de profissionais (ABRAHÃO, 2007)

As visitas devem ser programadas constantemente pela equipe da ESF devendo a seleção do indivíduo e ou família serem pautadas critérios definidores de prioridades por conta de especificidades individuais ou familiares (TAKAHASHI, OLIVEIRA, 2001)

Para garantir a priorização das situações de maior risco é utilizada na ESF uma escala de risco familiar, pautada nas informações coletadas e presentes na ficha do cadastro da família do SIAB (BRASIL, 2003).

Existe uma variação de ações que são desempenhadas em domicílio na atenção básica tais como busca ativa, cadastramento, vigilância e educação em saúde. Compete destacar a diferença desses tipos de ações, quando realizadas isoladamente, daquelas destinadas ao cuidado aos pacientes com impossibilidade/dificuldade de locomoção até a Estratégia de Saúde da Família, mas que apresentam agravo que demande acompanhamento permanente ou por período limitado (BRASIL, 2012).

Gráfico 6. Distribuição percentual dos obstáculos para realização da assistência domiciliar

Fonte: Próprio autor

Os obstáculos relatados pelos entrevistados para realização da prática da assistência domiciliar foram identificados por 68% dos profissionais como longas distâncias entre à unidade de saúde e residência do usuário, 28% identificaram à falta do meio de locomoção e 14% identificaram a falta de recursos materiais para realização dos procedimentos.

A visita domiciliar tem como sua principal finalidade à busca ativa de casos e também é uma alternativa assistencial no cuidado ao paciente acamado temporariamente, restrito ao leito ou ao lar, ou sem condições de acesso à ESF, seja por barreiras físicas, pessoais, geográficas ou familiares. Essa individualização de casos não deve ser ignorada e sim deve servir para nortear a equipe no seu cotidiano, com diretrizes estabelecidas, para que possam pautar o trabalho em bases cientificas e formais (MALAGUTTI, 2012).

É de grande importância para apresentação em domicilio conhecer o ambiente em que este se encontra. Identificar o bairro, o logradouro para que possam se conheça determinadas características em relação ao mesmo que venha a interferir de maneira significativa nos membros da família. Também devemos levar em consideração fatores ambientais, culturais, emocionais, e socioeconômicos, que são empecilhos vivenciados pelos profissionais de saúde para realização da visita domiciliar (GIAXOMOZZI; LACERDA, 2006).

É importante assim ter conhecimento do contexto em que o lar está estabelecido, podendo tratar-se de um bairro operário ou de classe média, bem como, por exemplo, a sua localização ao centro de saúde e sua acessibilidade (distância, transporte público, obstruções etc.) De igual maneira é importante conhecer os recursos próximos ao domicílio o estado em que se encontram as instalações urbanas e o fluxo de trânsito (GIAXOMOZZI; LACERDA, 2006).

Gráfico 7. Distribuição percentual das categorias de usuários que mais utilizam da assistência domiciliar

Fonte: Próprio autor

A categoria que mais utiliza os serviços de assistência domiciliar realizados pelos profissionais em exercício no âmbito da Estratégia de Saúde da Família segundo os entrevistados foram: 72% Idosos e 28% Mulheres e não houve respostas referentes às gestantes, adolescentes e crianças.

A assistência domiciliar à saúde pode ser qualificada como a prestação de serviços de saúde a qualquer pessoa de diferentes idades em seus domicílios e destinada ao suporte terapêutico. Sendo uma modalidade assistencial extra-hospitalar que tem sido utilizada no cuidado a saúde do idoso. Abrangem ações com base em diagnósticos da realidade que o cliente está inserido, estas por sua vez podem ser desenvolvidas por uma equipe multiprofissional, visando promoção, manutenção e reabilitação da saúde (CARLETI; REJANI, 2005).

A Lei nº 10.424, de 16/04/2002 estabelece à assistência domiciliar como uma modalidade assistencial a ser desenvolvida pelo Centro de Referência em Assistência à Saúde do Idoso, estando também regulamentada a assistência hospitalar. No art. 2º é referido que as Secretarias Estaduais de Saúde adotem as providências necessárias à articulação dos Centros de Referências Cadastrados com a Rede de Atenção Básica e a Estratégia de Saúde da família (MALAGUTTI, 2012).

5 CONSIDERAÇÕES FINAIS

Tendo como base a pesquisa realizada, foi possível observar que à assistência domiciliar é importante para o tratamento e recuperação do paciente visto que a maior parte dos profissionais questionados sobre a importância do cuidado prestado em domicilio, tem conhecimento que esta prática é uma ferramenta importante no acolhimento do paciente, em um cuidado humanizado, criativo, distante da internação hospitalar e dos seus malefícios, respeitando a aproximando o cliente a sua família e ao conforto de estar em seu domicilio.

Constatou-se através dos questionamentos que a perspectiva do profissional sobre a importância do cuidador, sendo visto a dificuldade apresentada pelos profissionais acerca da função desses indivíduos, na assistência domiciliar.

É fundamental para que os profissionais da área de saúde considerem e busquem compreender a experiência do cuidador sendo ele familiar ou não, quanto as suas necessidades, as dificuldades e aos seus problemas. Nesse contexto destacam-se o papel fundamental do enfermeiro, oferecendo capacitação e orientações para estes cuidadores.

Através deste estudo, observou-se a existência de diversos fatores que interferem na realização da assistência domiciliar exercida na ESF e também a freqüência com que os profissionais praticam visita ou atendimento domiciliar, visto que essas práticas estão interligadas, dependendo uma da outra. Considera-se, contudo, que essas técnicas devem ser programadas e sistematizadas, de modo que proporcione uma melhor recuperação e terapêutica do usuário.

Existem diversos empecilhos apontados pelos profissionais para realização da assistência domiciliar, a compreensão do potencial da prática da assistência domiciliar é fundamental, pois esta tem um papel efetivo para promover a desospitalização, por que simplesmente potencializa a continuidade e a articulação dos serviços de saúde, conferindo-lhe caráter facilitador para o trabalho compartilhado com o paciente e os familiares em domicilio, na contribuição da recuperação do paciente, evidenciando a redução dos custos pelo uso adequado e racional de recursos.

Conclui-se também por meio desta pesquisa que os usuários que mais utilizaram o serviço de assistência domiciliar da ESF estudada foram os idosos e mulheres. Todavia, a consolidação das inovações no panorama da assistência domiciliar sobrepõe à realidade dos profissionais de saúde. Para que ocorram mudanças e uma evolução rápida é preciso despertar interesse de outros setores da sociedade, o que demanda ambição dos governantes políticos para que, com isso, haja definições de estratégias capazes de atender toda parcela da população que necessita dessa assistência a saúde em domicilio.

Com alicerce nesta pesquisa vimos que a formulação inicial do estudo não foi possível ser observada, pois a avaliação das atividades realizadas é dificultosa em razão da heterogeneidade das suas práticas e das suas formas de registros. Pois a literatura não é clara na definição da constância, qualidade ou configurações que devem ser apresentado à prática da assistência domiciliar.

Contudo a realização da assistência domiciliar pelo profissional da ESF vem sendo uma prática inovadora de atendimento em saúde no contexto internacional. Entretanto ela visa um cuidado baseado nas características de vivência de cada família, baseando-se no seu ambiente e peculiaridades, tentando desta forma dar um novo conceito aos princípios da atenção básica. Isto representa o primeiro nível de atenção a saúde envolvendo ações individuais e coletivas. É também uma estratégia para manter a comunidade sempre presente e informada sobre os programas, mantendo assim uma relação de contato constante com as famílias, aumentando sua participação e seu conseqüente desempenho no autocuidado.

7 REFERÊNCIAS BIBLIOGRAFICAS

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VIANA, A.L. A reforma do sistema de saúde no Brasil e o programa saúde da família. Saúde coletiva. Rio de Janeiro. 2005.

ANEXO l

FACULDADES INTEGRADAS DO EXTREMO SUL DA BAHIA -

UNIÃO DE EDUCAÇÃO E CULTURA -

BR 367, KM 14, 14 - ZONA RURAL - CEP:45825000 / EUNÁPOLIS-BA

FONE / FAX: 73 32814342

TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO

RESOLUÇÃO Nº 466, DE 12 DE DEZEMBRO DE 2012.

Convidamos o Senhor (a),a participar da pesquisa a ser desenvolvida por mim Leandro Ribeiro Santos juntamente com _______________________, intitulada: “A prática da assistência domiciliar dos profissionais em exercício no âmbito da estratégia de saúde da família”. Esta pesquisa tem como principal objetivo Investigar como são realizadas as visitas domiciliares à saúde no âmbito da estratégia de saúde da família. Caso o senhor (a) aceite a participar do estudo precisará responder a uma entrevista simples e rápida composta por 12 questões, que não cansa e nem leva muito tempo para responder.

A sua participação no estudo será voluntária, anônima e confidencial, suas respostas não produzirão prejuízo pessoal, pois não será identificado o seu nome nos questionários.No estudo pode ocorrer certo desconforto durante a resposta das questões, por isso nós pesquisadores nos comprometemos a realizar a entrevista da maneira mais individualizada possível e da forma que a senhor (a) fique mais à vontade. O senhor (a) pode interromper ou finalizar a aplicação deste questionário quando quiser, nós te daremos toda a ajuda necessária para diminuir qualquer desconforto. Deixamos claro que os danos aqui expostos são muito pequenos quando comparados aos resultados que esta pesquisa pode trazer, pois pretendemos contribuir para algo fundamental que é a forma que são realizadas as visitas domiciliares no âmbito do estratégia de saúde da família.

O senhor (a) está livre para recusar a participar do estudo ou para desistir a qualquer momento, sem que isto lhe traga qualquer prejuízo pessoal. Não haverá remuneração e, portanto, sua participação é voluntária. A sua decisão em participar ou não, desta pesquisa, não ocasionará em nenhuma discriminação ou mal estar por parte dos pesquisadores. A qualquer momento a senhora poderá pedir esclarecimentos a respeito da pesquisa, no que será prontamente atendida, mesmo que a resposta afete sua vontade de continuar participando do estudo. Caso aceite participar da pesquisa, o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido precisará ser assinado em duas vias, sendo que uma das vias ficará com a senhora e a outra será arquivada pelos pesquisadores por cinco anos.

Consentimento para participação: Eu estou de acordo com a participação no estudo descrito acima. Eu fui devidamente esclarecida quanto os objetivos da pesquisa, aos procedimentos aos quais serei submetida e os possíveis riscos envolvidos na minha participação. O pesquisador me garantiu disponibilizar qualquer esclarecimento adicional que eu venha solicitar durante o curso da pesquisa e o direito de desistir da participação em qualquer momento, sem que a minha desistência implique em qualquer prejuízo à minha pessoa ou à minha família, sendo garantido anonimato e o sigilo dos dados referentes a minha identificação, bem como de que a minha participação neste estudo não me trará nenhum benefício econômico.

Eu, ______________________________________________________________, aceito livremente participar do estudo intitulado “A prática da assistência domiciliar dos profissionais em exercício no âmbito da estratégia de saúde da família” desenvolvido pela acadêmica Daiane Ferreira Santos, sob a responsabilidade do Professor (a) orientador (a) _________________________ das Faculdades Integradas do Extremo Sul da Bahia.

Nome da Participante_________________________________________

COMPROMISSO DO PESQUISADOR

Eu discuti as questões acima apresentadas com cada participante do estudo. É minha opinião que cada indivíduo entenda os riscos, benefícios e obrigações relacionadas a esta pesquisa.

________________________________________Eunápolis, Data: __/__/__ Assinatura do Pesquisador

Para maiores informações, pode entrar em contato com:

® _____________________. Fone: ---- END:

® Leandro Ribeiro Santos:.Fone: (73) 8167 – 5970 End.: Avenida Princesa Isabel, nº 785 Pequi – EUNÁPOLIS –BA

® Comitê de Ética em Pesquisa

ANEXO ll

Questionário

1. Tempo de atuação profissional em estratégia de saúde da família?

Resposta: ( ) - 1 ano ( ) 1 ano ( ) 3 – 5 anos ( ) +5 anos

2. Você acha que á realização dá assistência domiciliar é importante para recuperação e tratamento do paciente?

Resposta: ( ) SIM ( ) NÃO

3. Você acha que o Cuidador e/ou Família auxilia na assistência domiciliar, contribuindo para recuperação do paciente?

Resposta: ( ) SIM ( ) NÃO

4. Quais os fatores familiares/sociais/culturais que interferem na sua assistência domiciliar?

( ) Estrutura familiar ( ) Educação

( ) Formação da personalidade ( ) Crenças

( ) Hábitos ( ) Ambiente familiar

5. Com qual freqüência, em um período mensal, você realiza atendimento domiciliar ou visita domiciliar?

( ) Uma vez por semana; ( ) Duas vezes por semana;

( ) Uma vez por mês

6. Quais os empecilhos que você, profissional de saúde, enfrenta para á realização da assistência domiciliar?

( ) Longas distâncias ( ) Falta de locomoção

( ) Falta de recursos ( ) Outros

7. Qual categoria de usuário mais utiliza os serviços de assistência domiciliar na Unidade de Saúde?

( ) Criança ( ) Adolescente

( ) Homem ( ) Mulher

( ) Gestante ( ) Idoso