COMPLICAÇÕES NO PRÉ-NATAL: NÍVEL DE CONHECIMENTO DAS ADOLESCENTES ATENDIDAS NA UNIDADE DE SAÚDE WANDERLEY NASCIMENTO I NO MUNICÍPIO DE EUNÁPOLIS-BA.

Data de postagem: Nov 26, 2014 10:55:9 PM

FACULDADES INTEGRADAS DO EXTREMO SUL DA BAHIA

GABRIELA DE PAULA GOMES

COMPLICAÇÕES NO PRÉ-NATAL: NÍVEL DE CONHECIMENTO DAS ADOLESCENTES ATENDIDAS NA UNIDADE DE SAÚDE WANDERLEY NASCIMENTO I NO MUNICÍPIO DE EUNÁPOLIS-BA.

EUNÁPOLIS-BA

2012

GABRIELA DE PAULA GOMES

COMPLICAÇÕES NO PRÉ-NATAL: NÍVEL DE CONHECIMENTO DAS ADOLESCENTES ATENDIDAS NA UNIDADE DE SAÚDE WANDERLEY NASCIMENTO I NO MUNICÍPIO DE EUNÁPOLIS-BA.

Trabalho de conclusão de curso apresentado ao curso de Enfermagem das Faculdades Integradas do Extremo Sul da Bahia como parte dos requisitos para a obtenção do Título de Bacharel em Enfermagem.

EUNÁPOLIS-BA

2012

GABRIELA DE PAULA GOMES

COMPLICAÇÕES NO PRÉ-NATAL: NÍVEL DE CONHECIMENTO DAS ADOLESCENTES ATENDIDAS NA UNIDADE DE SAÚDE WANDERLEY NASCIMENTO I NO MUNICÍPIO DE EUNÁPOLIS-BA.

Trabalho de conclusão de curso aprovado como requisito parcial à obtenção do Título de Bacharel em Enfermagem das Faculdades Integradas do Extremo Sul da Bahia, Eunápolis BA, pela seguinte banca examinadora.

Prof.º Esp. Diêgo Leal (Faculdades Integradas do Extremo Sul da Bahia)

­­­­­­­­­­­­­­­­____________________________________________________________

Prof.ª Esp. Gislaine Rodrigues (Faculdades Integradas do Extremo Sul da Bahia)

­­­­­­­­­­­­­­­­____________________________________________________________

Prof.ª Esp. Maria Cristina Marques (Faculdades Integradas do Extremo Sul da Bahia)

­­­­­­­­­­­­­­­­____________________________________________________________

PROFESSORA JULIANA ALI

(COORDENADORA DO CURSO DE ENFERMAGEM)

EUNÁPOLIS-BA______________________________________________

DEDICATÓRIA

Á minha “mainha Marlene”, pessoa linda e essencial em minha vida, este trabalho, este curso, a minha existência, os meus dias, são todos dedicados a VOCÊ, que sempre esteve ao meu lado, me educou, foi a minha base, o meu espelho, o meu exemplo de pessoa íntegra. Sem você não teria graça viver, o meu mundo não teriam cores e sinceramente a minha vida não possuiria sentido, És a jóia mais linda e preciosa do meu coração. Durante toda a sua vida, por inúmeras vezes, sacrificou os seus sonhos em função dos meus... todas as palavras que eu disser nunca serão suficientes para descrever a minha gratidão e o meu amor por ti.

AGRADECIMENTO

O meu lindo e sincero agradecimento a Deus, pelo dom da vida e por seu amor e cuidado incondicionais. Aos meus pais, irmãs e familiares, em especial, minha perfeita mãe Marlene, Minha vovó linda, e a minha tríade tão amada e fundamental na minha caminhada “Tia Sassá, Sandra e Tênia”. Aos meus amigos queridos e especiais, obrigada por existem em minha vida. Agradeço ao meu orientador Diego Leal pela atenção e dedicação.

RESUMO

Este trabalho tem como objetivo identificar o grau de conhecimento das gestantes adolescentes atendidas no inicio do primeiro semestre do ano de 2012 na unidade de saúde Wanderley Nascimento I, no município de Eunápolis-Bahia, acerca das principais complicações que acometem o pré-natal. Os objetivos específicos, são mostrar o nível de conhecimento das gestantes adolescentes, no que se refere às complicações; conhecer o índice e as patologias mais comuns nessa fase e enfatizar a importância da prevenção e do tratamento. Esse trabalho configura-se uma pesquisa de campo e a metodologia utilizada foi uma fundamentação teórica sobre o assunto e posteriormente a aplicação de um questionário estruturado, onde foram entrevistadas nove gestantes. Percebeu-se, durante a realização da pesquisa que essas, são desprovidas de conhecimentos básicos a respeito dos riscos que as mesmas correm durante a gestação; notou-se também que as gestantes pesquisadas possuem um nível baixo de escolaridade, pois elas não sabiam o significado de algumas palavras corriqueiras. Além disso, confirmou-se ainda, que o período gestacional durante a adolescência é marcado por muitos riscos, principalmente se não houver um acompanhamento de pré-natal adequado. Nessa perspectiva, pôde se comprovar a necessidade de um pré-natal bem assistido, onde o profissional enfermeiro seja capaz de identificar adequada e precocemente quais pacientes possuem indícios de evoluir ou desenvolver tais complicações.

Palavras-chave: gravidez, adolescência, complicações e pré-natal.

SUMÁRIO

2 MARCOS TEÓRICOS 9

2.1 ADOLESCÊNCIA: PERÍODO DE VULNERABILIDADE 9

2.2 GRAVIDEZ NA ADOLESCÊNCIA 10

2.3 PRÉ-NATAL E SUAS COMPLICAÇÕES 11

2.3.1 ANEMIA 12

2.3.2 HIPERTENSÃO GESTACIONAL 14

2.3.3 INFECÇÃO URINÁRIA 15

2.3.4 ALTERAÇÃO DE HUMOR 16

3 ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM 18

4 METODOLOGIA 20

5 RESULTADOS 21

6 DISCUSSÃO 24

A gravidez na adolescência não é um problema contemporâneo, o Ministério da Saúde (2008) afirma que até a década de 1940 não era discutido a sexualidade nessa faixa etária, visto que era comum o casamento de adolescentes e consequentemente a gravidez; entretanto, fora do casamento era vista como uma prática imoral e proibida. 24

7 CONCLUSÃO 26

A presente pesquisa fundamentou-se em analisar as patologias comuns a gestação, especialmente na fase da adolescência, bem como, o nível de conhecimento das gestantes adolescentes, atendidas na Unidade de Saúde Wanderley Nascimento na cidade de Eunápolis. 26

8 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 28

ANEXOS 30

ANEXO A 31

1 INTRODUÇÃO

De acordo com YAZLLE (2006), a adolescência é definida entre a faixa etária de 10 a 19 anos, pode ser considerada uma das fases mais importantes da vida do homem, pois é a transição da infância para a vida adulta.

Para MANDÚ (2007) é uma fase de profundas modificações sociais, físicas e psíquicas, onde os pensamentos críticos, os valores éticos e morais começam a mostrar-se, através da estruturação da personalidade, cada vez mais definidos.

Neste contexto, o mesmo autor ainda salienta que a adolescência, nas sociedades ocidentais, é um momento ímpar do ciclo vital humano, que requer especial atenção, cuidados e investimentos sociais em saúde.

Desta forma, pode-se afirmar, que trata-se de um período de descobertas, escolhas, responsabilidades, questionamentos e conflitos, por isso, os eventos que podem ocasionar desequilíbrios na saúde física e emocional dos adolescentes, precisam ser estudados.

Um dos fatores que podem provocar distúrbios na adolescência é a gravidez, para GONÇALVES; OLLITA (2000) e YAZLLE (2006) este fato vem sendo configurado em vários países como um problema de saúde pública, pois, pode desenvolver sérias complicações, envolvendo tanto a saúde da mãe quanto a do feto, gerando ainda, problemas psico-sociais e econômicos.

Sendo assim, de acordo com as complicações que podem envolver uma gestação na adolescência, esta pesquisa visa abordar quatro frequentes patologias: anemia materna, doença hipertensiva específica da gravidez, infecção urinária e alteração de humor, bem como, conhecer as complicações mais comuns das gestantes adolescentes atendidas na unidade de saúde Wanderley Nascimento I, seus índices e o nível de informação que as mesmas possuem com relação a essas patologias.

Nesta perspectiva, observa-se que a gravidez tem ocorrido em algumas das adolescentes consultadas na unidade de saúde Wanderley Nascimento I, no entanto, não se sabe até que ponto essas adolescentes conhecem os riscos das patologias a que estão expostas, bem como a sua incidência.

Segundo LAO (1997) apud YAZLLE (2006) é importante observar que a adolescente grávida deve começar o pré-natal o mais precocemente possível, e realizá-lo de forma regular durante todo o período gestacional, onde o desafio da equipe é auxilia-la em cada etapa, a fim de diagnosticar qualquer complicação. Desse modo, espera-se com essa prática, conscientizar a adolescente acerca dos riscos de tais patologias e seus possíveis agravos.

De acordo com o Ministério da Saúde (2005), apesar de o Brasil apresentar diminuição da taxa de fecundidade total, nas mulheres adolescentes esse percentual aumenta cada vez mais.

Diante do exposto, configura-se como objetivo, identificar o nível de conhecimento das gestantes adolescentes da unidade de saúde Wanderley Nascimento I, acerca das principais complicações que acometem o pré-natal. Os objetivos específicos são: mostrar o nível de conhecimento das gestantes adolescentes acerca das complicações, conhecer o índice e as patologias mais comuns na instituição de saúde e enfatizar a importância da prevenção e do tratamento.

2 MARCOS TEÓRICOS

2.1 ADOLESCÊNCIA: PERÍODO DE VULNERABILIDADE

A adolescência segundo REATO (2001) apud MANDÚ (2007) é um período complexo, pois é caracterizado por diversas mudanças físicas, sociais, psicoemocionais, alterações na auto-imagem e nas relações com o próprio corpo, no modo de sentir-se e comportar-se.

Nas alterações físicas, de acordo com MANDÚ (2007) é nesse período que começam o desenvolvimento dos órgãos reprodutivos. Há o surgimento do broto mamário uni ou bilateral que se desenvolve até a formação da mama adulta, ocorre também a menarca e o aparecimento dos pêlos pubianos.

O autor ainda salienta que é necessário orientar a adolescente para a realização do exame ginecológico, principalmente quando esta possuir vida sexual ativa. Devem ser investigadas vulvovaginites e doenças sexualmente transmissíveis.

MANDÚ (2007) afirma ainda que a maneira dos adolescentes lidarem com o seu corpo, com a vida de outros, com trocas afetivas e sexuais, com desejos e frustrações, com a forma como enfrentam o mundo e situações de risco, coloca-os com maior ou menor possibilidade de viver problemas. Esses aspectos requerem atenção e cuidados em diversos campos profissionais, como o da saúde.

Desta forma, a adolescência é um período que inspira cuidados, por isso faz-se necessário, que os profissionais das diversas áreas, que lidam de alguma forma com adolescentes conheçam essa fase, para que compreendam melhor as suas peculiaridades, podendo desse modo, interferir de forma benéfica na vida desses e atingir os objetivos do seu trabalho.

2.2 GRAVIDEZ NA ADOLESCÊNCIA

A gravidez na adolescência não é uma realidade apenas nos dias atuais, o Ministério da Saúde (2008) afirma que até a década de 1940 não era discutido a sexualidade na adolescência, visto que, nessa época o casamento era uma prática comum em pessoas adolescentes e consequentemente a gravidez.

No entanto, não era aceito a gravidez da mulher adolescente antes do casamento, essa situação era vista como algo imoral e proibido. No final da década de 1950 houve um aumento da gravidez na adolescência antes do casamento, onde os filhos eram considerados ilegítimos.

No início de 1960, houve uma revolução dos costumes e a atitude moralista abre espaço para a abordagem científica e a gravidez na adolescência é exposta como um problema médico, os trabalhos datados até os anos de 1970 explicitam o resultado da gravidez na adolescência como algo adverso: maior índice de complicações obstétricas, partos prematuros, cesarianas e mortes maternas por diversos agravos, sendo, portanto, justificado a necessidade de serviços no atendimento à adolescente gestante.

Nesta perspectiva GOBBATO (1999) apud GONÇALVES; OLLITA (2000, pág 96) afirmam que:

Apesar de a adolescente estar apta à reprodução, o início da atividade sexual e a gravidez geram uma sobrecarga de transformações físicas, orgânicas e emocionais, que podem caracterizar um período de crise. Isto acarreta um sério problema para a educação, emprego e morbimortalidade materno-infantil, visto que as complicações da gestação, parto e aborto são as grandes causas de morte na adolescência.

Sendo assim, GONÇALVES; OLLITA (2000) afirmam que a gravidez na adolescência é considerada um problema de saúde pública, pois está relacionada com altas taxas de mortalidade infantil e materna.

Além de ser considerada um problema dessa ordem, ela também pode ser vista como um problema socioeconômico uma vez que as adolescentes ainda não concluíram os estudos e não possuem trabalho e muitas vezes não possuem uma fonte de renda, constituindo-se desse modo, incapazes de se responsabilizarem e sustentarem a si mesmo e a outro ser.

De acordo com o Ministério da Saúde (2008) a gravidez nesta fase está associada ao fracasso escolar e limita as oportunidades futuras da gestante, sendo necessário um atendimento criterioso durante todo o pré-natal.

2.3 PRÉ-NATAL E SUAS COMPLICAÇÕES

Segundo o Ministério da Saúde (2008) a realização do pré-natal possui um modelo de atendimento que consiste em um acompanhamento continuado entre as adolescentes e uma equipe multidisciplinar, que envolve enfermeiros, médicos, psicólogos, nutricionistas e assistentes sociais, cujo atendimento aconteça de maneira individual ou em grupo.

Neste contexto, HERCOWITZ (2002) menciona que é interessante e necessário as reuniões em grupo entre a equipe multiprofissional, as gestantes, seus parceiros e mães adolescentes que anteriormente participaram do grupo, elas voltam agora, com os seus filhos para mencionar toda a sua experiência.

De acordo o ministério da Saúde (2008) o objetivo do pré-natal é garantir que a gravidez aconteça sem intercorrências, tanto para a mãe quanto para o bebê. Essa assistência deve ser feita por profissionais qualificados, dispostos em estabelecer vínculo profissional-gestante, para que ela se sinta segura e entenda a necessidade da efetivação dos exames, do comparecimento às consultas e o compromisso com o seu cuidado e do bebê.

Neste contexto, FREITAS (2006, pág 26) afirma que:

O objetivo da assistência pré-natal é garantir o bom andamento das gestações de baixo risco e, também, identificar adequada e precocemente quais os pacientes têm mais chance de apresentar uma evolução desfavorável.

É importante salientar, que segundo o Ministério da Saúde (2006) quanto mais nova for a adolescente maior é a demora de sua procura pelo serviço de pré-natal, pois na maioria dos casos, elas escondem a gravidez da família, da sociedade, por medo de assumi-la, isso propicia um inicio tardio do pré-natal, podendo desencadear sérias complicações, dentre as quais serão mencionadas quatro que, de acordo o Ministério da Saúde (1993) são patologias frequentes da gestação na adolescência: anemia, doença hipertensiva específica da gestação, infecção urinária e alteração de humor.

Sendo assim a realização do pré-natal é imprescindível para garantir a saúde da gestante adolescente e do feto uma vez que, realizado de maneira correta contribui para evitar diversas complicações no período gestacional com repercussões no parto.

2.3.1 ANEMIA

De acordo com o Ministério da Saúde (2008) a anemia é quando ocorre a diminuição dos eritrócitos ou da hemoglobina circulante. A concentração média de hemoglobina se estabiliza em 12g/dl durante toda a infância e aumenta para 13g/dl no início da adolescência.

Ainda segundo o Ministério da Saúde (2008) a anemia é resultante do desequilíbrio entre a produção das hemácias e/ou hemoglobina e a perda ou destruição periférica. Diversos fatores podem propiciar a anemia, dentre eles: insuficiência medular, deficiência de componentes essenciais (ferro, ácido fólico e vitamina B12), perda sanguínea e hemólise.

Os sintomas clínicos, também referenciados pelo mesmo autor, incluem: taquicardia, taquipnéia e aumento do trabalho cardíaco, onde a gravidade desses sintomas se dá pelo tempo de instalação do quadro, que pode se desenvolver gradualmente, o individuo suporta perda de até 50% das hemácias, porém, as perdas agudas de 30% podem desencadear distúrbios cerebrais ou circulatórios, levando ao choque hipovolêmico. O diagnóstico acontece por exames laboratoriais, tais como: hemograma completo e contagem de reticulócitos. A conduta para o tratamento se dá de acordo a cada paciente através do suporte hemoterápico, com transfusão de hemácias e plaquetas e suplementações medicamentosas. Deve-se prevenir infecções e caso tenha alguma infecção instalada, tratar a mesma e ainda, propor uma alimentação adequada.

De um modo geral, a anemia é uma patologia comum na gestação, uma vez que o organismo da gestante necessita gerar nutrientes para si e também para o bebê. A carência desses nutrientes pode provocar deficiências físicas e mentais para o feto. Por isso, muitas vezes uma alimentação saudável ainda não é suficiente para evitar a doença precisando de suplementos medicamentosos.

A adolescência compreende uma fase de desenvolvimento intenso, ocorrendo neste período, de acordo com o Ministério da Saúde (2008) o aumento de peso, da estatura final do corpo, há também o aumento da massa óssea e um significativo remodelamento ósseo, bem como, crescimento de tecidos e órgãos corporais.

Sendo assim, a gestante adolescente fica mais suscetível a desenvolver uma anemia carencial, pois além do suporte para o próprio corpo, há também o suporte para o feto, por isso, uma alimentação adequada e um pré-natal bem assistido são essenciais para minimizar os riscos dessa patologia para a gestante e o feto.

2.3.2 HIPERTENSÃO GESTACIONAL

A hipertensão gestacional é caracterizada pelo aumento do nível da pressão arterial durante a gestação na fase adulta ou na adolescência. Ocasionando assim, riscos tanto para a mãe quanto para o feto. Segundo BUCHBQUI et al (2006) é considerado hipertensão gestacional quando os níveis da pressão arterial sistólica ou diastólica forem iguais ou superiores a 140/90mmHg. É na primeira consulta de pré-natal, através da aferição da pressão que se estabelece o padrão pressórico da paciente.

Essa aferição deverá ser realizada sempre com a paciente sentada, calma e em ambiente tranquilo. Assim, a medida consecutiva da pressão arterial a cada consulta de pré-natal possibilitará a avaliação de possíveis alterações e chegar ao diagnóstico da patologia supra citada.

O Ministério da Saúde (2006) afirma que são consideradas hipertensas as adolescentes que apresentam o nível de pressão arterial sistólica ou diastólica acima do percentual 95 para sexo, idade e percentual de estatura, constatados por duas aferições, durante três diferentes momentos e métodos adequados.

De acordo com o Ministério da Saúde (2008) a doença hipertensiva específica da gravidez pode ser ocasionada por diversos fatores, tais como: a predisposição genética, e imunológica, maus hábitos alimentares, obesidade, excesso de sal, sedentarismo, entre outros.

As complicações oriundas dessa patologia são diversas. De acordo com FERRÃO, et al., 2006; CARVALHO, et al., 2006; MELO, et al., 2009 apud FAGUNDES (2010) identificar essas diversas formas de manifestação da síndrome hipertensiva, seu tratamento, sua prevalência e incidência, ajuda a diferenciá-la de outras patologias, bem como prevenir futuras complicações para mãe e seu filho. As complicações fetais podem estar relacionadas à redução do suprimento de oxigênio e nutrientes, enquanto as maternas, a edema pulmonar e hipertensão arterial sistêmica crônica; destacando-se também durante o período gestacional a pré-eclâmpsia e eclampsia, com repercussões para o feto.

Em concordância, ANGONESI E POLATO (2007), destacaram ainda que, a mortalidade materna é prevalente em cerca de 60% a 86% e a fetal em 56% a 75%. Para SAVIATO et. al. (2008) a mortalidade materna representa um indicador da mulher ao seu acesso à assistência à saúde e a adequação do sistema de assistência à saúde em responder às suas necessidades.

Diante do exposto, é fundamental que o profissional enfermeiro realize as consultas de forma minuciosa a fim de diagnosticar o mais precocemente possível a hipertensão gestacional, para que a gestante seja encaminhada para o pré-natal de alto risco e receba o tratamento adequado com a equipe multidisciplinar.

2.3.3 INFECÇÃO URINÁRIA

A infecção urinária é uma patologia que pode acometer tanto a gestante adulta quanto a adolescente. De acordo com o Ministério da Saúde (2006) durante esse período a maioria das grávidas apresentam surtos assintomáticos de infecção do trato urinário e esses podem tornar-se sintomáticos.

Segundo o mesmo autor, as infecções urinárias atingem as adolescentes em sua maioria, gestantes sexualmente ativas, e esta predisposição pode ser secundária às alterações hormonais decorrentes ao período de mudança do corpo, ocasionando maior suscetibilidade à contaminação da vagina, por bactérias patogênicas. Dentre os sintomas, encontram-se: inflamação do trato urinário baixo e instabilidade vesical, dor em região supra púbica e febre baixa.

De acordo TOPOROVSK (2002) no período gestacional ocorrem mudanças na anatomia e fisiologia do trato urinário tornando as infecções urinárias mais frequentes. Ocorre compressão extrínseca dos ureteres e a diminuição da atividade peristáltica causada pela progesterona ocasiona dilatação das pelves renais e dos ureteres. Essas mudanças, junto com o aumento do débito urinário, levam ao aumento da capacidade da bexiga e seu esvaziamento incompleto, facilitando o refluxo vesicoureteral e pielonefrites.

Existem inúmeros riscos decorrentes da infecção urinária durante a gestação, dentre os quais, destacam-se: o parto pré-termo, evolução da infecção para órgãos adjacentes, com repercussões diretas para o feto.

Sendo assim, visando minimizar a incidência desse problema a gestante deve ter cuidados especiais, tais como: ingerir maior quantidade de água, não reter a micção, realizar uma melhor higiene vaginal, dentre outros.

2.3.4 ALTERAÇÃO DE HUMOR

De acordo com o Ministério da Saúde (2010) as alterações de humor incluem os quadros depressivos, assim como o transtorno afetivo bipolar. Os episódios depressivos constituem os quadros psiquiátricos mais frequentes durante a gestação. Dentre os sintomas, estão: alterações do sono, alterações no apetite, irritabilidade, diminuição da libido, lentificação psicomotora, ideias de culpa, ruína e pensamento suicida.

Sendo assim, o Ministério ainda afirma que a presença de transtorno depressivo não tratado na gestação pode acarretar sérios riscos tanto para a mãe quanto para o bebê. O tratamento farmacológico deve ser feito apenas em episódios depressivos graves e em gestantes que apresentem alto risco de recaída, pois as medicações repercutem de forma negativa para o feto.

Nessa Perspectiva, MANDÚ (2007) afirma que é necessário a realização de práticas educativas que envolvam apoio psicoemocional, favorecendo a auto-estima ou a superação da baixa auto-estima. Nesse processo é essencial o respeito às diferenças, a escuta, o diálogo, baseado em uma relação de forma a favorecer a percepção da adolescente de suas capacidades e a aceitação de possíveis inaptidões.

Pois, durante a gestação pode ocorrer transtornos de humor tanto em gestantes adultas, quanto em adolescentes, entretanto as adolescentes ficam mais vulneráveis, uma vez que a adolescência é um período de descobertas, onde há questionamentos e a formação dos valores caracterizando essa fase tão complexa onde o individuo não é criança, nem tampouco adulto.

3 ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM

O enfermeiro é um profissional essencial na prestação dos cuidados durante o pré-natal das gestantes adolescentes. Desta forma, SILVA et al. (2010) afirma que, de acordo a Conferência Nacional de Saúde de 1986 e com a promulgação da Constituinte, em 1988, foi firmado por lei direito a saúde a todo indivíduo passando a ser inserida de maneira descentralizada e com controle de caráter social. Foi então que, segundo SERRUYA (2003) apud SILVA (2010) o Ministério da Saúde colocou em vigor o Programa de Assistência Integral à Saúde da Mulher.

Neste contexto, OLIVEIRA, CARVALHO E SILVA (2008) afirmam que o acolhimento é realizado de forma estratégica para fazer cumprir o SUS segundo os seus próprios princípios conforme rege a Constituição Federal de 88 e na Lei 8080/90. Com isso, haverá humanização entre a relação dos usuários do serviço e a equipe de saúde, onde todos os adolescentes e jovens que buscarem o serviço encontrem informações, atenção, atendimento e encaminhamento adequados.

Neste âmbito POTTER e PERRY (2005) menciona que após a concepção, o enfermeiro deve orientar as adolescentes a obter cuidados médicos e desenvolver habilidades que vão promover o melhor desenvolvimento do seu bebê.

Desta forma, é imprescindível que os enfermeiros conheçam as peculiaridades da adolescência, para compreender e saber lidar com as limitações físicas e emocionais comuns a essa fase, pois na maioria das vezes, as gestantes adolescentes não possuem consciência da responsabilidade e dos riscos a que ela e o feto estão propensos.

Nesta perspectiva BRASIL (2010) destaca que o profissional de saúde deve estar capacitado sobre todas as condições de risco e complicações a que esta gestante está exposta a fim de detectar qualquer anormalidade e direcioná-la ao pré-natal de alto risco.

Diante disso, faz-se necessário que o enfermeiro conheça as patologias que podem acometer a gestante nesse período, sendo capaz de identificar precocemente, bem como, de orientá-la quanto a prevenção, tratamento adequado, possíveis riscos e principalmente a importância da realização do pré-natal bem assistido.

Sendo assim, é primordial que o enfermeiro estabeleça uma relação de confiança e afetividade com a adolescente, para que ela encontre o apoio necessário para a realização de um pré-natal eficaz, com o intuito de sanar ou minimizar os riscos das possíveis intercorrências.

A garantia do cumprimento do Programa de Assistência Integral à Saúde da Mulher, prevista na Constituição Brasileira, só será possível se o profissional enfermeiro, estiver bem capacitado para assistir a gestante adolescente de forma adequada, fazendo valer a obrigatoriedade do Sistema Único de Saúde e assegurando a esse grupo todos os cuidados necessários, desde o início da gestação até o momento do parto e puerpério.

4 METODOLOGIA

Este trabalho caracteriza-se como um estudo analítico, observacional, transversal. A fundamentação teórica ocorreu no final do semestre do ano de 2011, até meados do primeiro semestre de 2012, através da leitura de artigos científicos e manuais do Ministério da Saúde. A coleta e análise dos dados foram realizadas no mês de março de 2012.

A pesquisa teve como enfoque mulheres grávidas entre 10 e 19 anos, atendidas na unidade de saúde Wanderley Nascimento I. O critério de exclusão foram as gestantes que estão fora desta faixa etária.

O trabalho de campo foi realizado na unidade de saúde supra citada, que localiza-se na Rua Wilson Nunes, S\N no bairro Juca Rosa, na cidade de Eunápolis no estado da Bahia. Foram escolhidas nove adolescentes, as quais responderam a um questionário (Anexo A) que buscou obter informações referentes ao grau de conhecimento das patologias que podem acometê-las durante o pré-natal, bem como o índice de tais complicações.

A pesquisa deu-se em duas visitas, uma realizada na referida unidade de saúde onde foram entrevistadas cinco adolescentes e outra, nas residências das quatro adolescentes que não compareceram na instituição de saúde no dia previsto.

Após essa fase, iniciou-se o processo de análise e tabulação dos dados encontrados, que foram utilizados para a finalização do Trabalho de Conclusão de Curso (TCC).

5 RESULTADOS

Para obtenção dos resultados foi realizada uma pesquisa de campo na qual entrevistou-se nove gestantes adolescentes atendidas na Unidade de Saúde Wanderley Nascimento I, com o intuito de analisar as complicações mais prevalentes no pré-natal, bem como, detectar o nível de conhecimento que as mesmas possuem acerca das patologias comuns ao período gestacional.

Observou-se que as doenças que mais acometem as gestantes adolescentes são: anemia, infecção urinária, hipertensão arterial gestacional e alteração de humor, dentre essas, as mais comuns foram a anemia acometendo 40% das adolescentes e alteração de humor atingindo 33%, como mostra o gráfico 1.

GRÁFICO 1: COMPLICAÇÕES QUE MAIS ACOMETEM AS GESTANTES ADOLESCENTES ATENDIDAS NA UNIDADE DE SAÚDE WANDERLEY NASCIMENTO I.

Fonte: Entrevista realizada com nove adolescentes atendidas na Unidade de Saúde Wanderley Nascimento I no município de Eunápolis Bahia, no mês de abril do ano de 2012.

Analisando o gráfico 2 percebe-se também que as adolescentes entrevistadas desconhecem completamente ou conhecem superficialmente essas complicações. Esse dado é preocupante, pois é de fundamental importância que a gestante conheça os riscos a que ela e o feto estão expostos.

GRÁFICO 2: NÍVEL DE CONHECIMENTO DAS GESTANTES ADOLESCENTES ACERCA DAS COMPLICAÇÕES A QUE ESTÃO VULNERÁVEIS

Fonte: Entrevista realizada com nove adolescentes atendidas na Unidade de Saúde Wanderley Nascimento I no município de Eunápolis Bahia, no mês de abril do ano de 2012.

Isso denota um alto risco de vida para esse grupo, uma vez que é através da informação que podemos evitar ou minimizar consequências de qualquer situação a que somos expostos.

Um fato interessante que deve ser levado em consideração para amenizar os riscos dessas doenças é o conhecimento da prevenção e do tratamento adequado. Por isso é necessário que o profissional enfermeiro durante as primeiras consultas relate sobre as doenças que podem ocorrer durante a gestação, bem como, os malefícios que elas podem provocar na saúde da mãe e do feto.

Nesta perspectiva evidenciou-se que as adolescentes atendidas na Unidade de Saúde Wanderley Nascimento I demonstram falta de conhecimento no que diz respeito a prevenção e tratamento das complicações a que estão expostas durante o período gestacional, como comprova o gráfico 3.

GRÁFICO 3: NÍVEL DE CONHECIMENTO DAS GESTANTES ADOLESCENTES ACERCA DA PREVENÇÃO E TRATAMENTO DAS COMPLICAÇÕES.

Fonte: Entrevista realizada com nove adolescentes atendidas na Unidade de Saúde Wanderley Nascimento I no município de Eunápolis Bahia, no mês de abril do ano de 2012.

Dessa forma, pode-se afirmar, que o enfermeiro é o profissional responsável de forma direta pela conscientização da adolescente acerca da necessidade da realização do pré-natal de forma bem assistida, pois é através dele que ocorrerá o estímulo à prevenção, a identificação e o tratamento adequado das possíveis complicações.

6 DISCUSSÃO

A gravidez na adolescência não é um problema contemporâneo, o Ministério da Saúde (2008) afirma que até a década de 1940 não era discutido a sexualidade nessa faixa etária, visto que era comum o casamento de adolescentes e consequentemente a gravidez; entretanto, fora do casamento era vista como uma prática imoral e proibida.

Já no ano de 1960 a gravidez na adolescência é exposta como um problema médico, diversos trabalhos datados até 1970 explicitam a gravidez como algo adverso: maior índice de complicações obstétricas, partos prematuros e mortes maternas.

Segundo LAO (1997) apud YAZLLE (2006) é importante que a adolescente inicie o pré-natal o mais precocemente, as consultas devem ser realizadas de forma minuciosa com o acompanhamento da equipe multiprofissional para desse modo detectar qualquer complicação que surgir e tentar conscientizar as adolescentes acerca dos riscos que as mesmas são expostas.

GONÇALVES e OLITTA (2000) concordam com LAO (1997) apud YAZLLE (2006) uma vez que vai além do que os mesmos dizem e afirmam que a gravidez na adolescência é um problema de saúde pública, por estar relacionada às altas taxas de complicações fetais e maternas.

BUCHABQUI et al (2007) afirma que o objetivo da realização do pré-natal é proporcionar um bom andamento das gestações de baixo risco, e identificar de forma adequada e precoce as pacientes que possuem o risco de apresentar uma evolução desfavorável.

Segundo o Ministério da Saúde (2006) a gravidez na adolescência pode desencadear sérias complicações, destacando-se: anemia, doença hipertensiva específica da gestação, infecção urinária, alteração de humor, entre outras.

A pesquisa realizada na Unidade de Saúde Wanderley Nascimento I, do município de Eunápolis, revelou que a gravidez na adolescência é algo frequente e que as gestantes cadastradas no pré-natal nessa instituição, apresentam um nível muito baixo de escolaridade, demonstrado pelo desconhecimento de alguns vocábulos muito simples contidos no questionário, a que foram submetidas. Como por exemplo, muitas não sabiam o significado das palavras relevante e superficialmente e outras chegaram até mesmo a perguntar o que era infecção urinária.

Associado a isso ainda existe a falta de esclarecimento das mesmas com relação às possíveis complicações no pré-natal, fazendo com que essas fiquem ainda mais vulneráveis às diversas patologias que podem ocorrer durante o período gestacional.

Visto que a adolescência é uma fase complexa na vida do ser humano tudo isso torna-se ainda mais difícil de se administrar, pois a responsabilidade de gerar, educar e sustentar um outro ser é praticamente inviável nesse momento, uma vez que a mãe adolescente não possui condição física, psíquica, nem tampouco financeira para isso.

7 CONCLUSÃO

A presente pesquisa fundamentou-se em analisar as patologias comuns a gestação, especialmente na fase da adolescência, bem como, o nível de conhecimento das gestantes adolescentes, atendidas na Unidade de Saúde Wanderley Nascimento na cidade de Eunápolis.

Os resultados obtidos através desta pesquisa de campo evidenciaram que a gravidez na adolescência cresce progressivamente no Brasil, especificamente no município de Eunápolis-BA, onde fora realizada a referida pesquisa, atingindo todas as classes sociais, com maior índice nas classes menos favorecidas. Trazendo à tona toda a realidade discutida ao longo desse trabalho e expressa pelo Ministério da Saúde, e ainda, pelos diversos autores citados no decorrer dos tópicos e da discussão.

Além disso, confirmou-se que o período gestacional durante a adolescência é marcado por muitos riscos, principalmente se não houver um acompanhamento de pré-natal adequado. Verificou-se também, que as adolescentes grávidas entrevistadas são desprovidas de conhecimentos necessários para a sua saúde e do desenvolvimento saudável do feto, bem como, que todas as gestantes possuem as algumas das principais complicações que o Ministério descreve, a saber : anemia, infecção urinária, hipertensão arterial gestacional e alteração de humor.

Nessa perspectiva, tornou-se possível confirmar a necessidade de um pré-natal bem assistido, onde o profissional enfermeiro seja capaz de identificar adequada e precocemente quais pacientes possuem indícios de evoluir ou desenvolver tais complicações. Desse modo, o profissional deverá utilizar a sua criatividade promovendo atividades educativas em grupos, visando coibir ou minimizar tais patologias, pois constatou-se que as gestantes em estudo em sua maioria são desprovidas de informações concernentes às patologias que podem acometê-las durante o período gestacional.

Apesar das patologias serem frequentes na gestação, elas podem ser evitadas, isto é, fornecendo as gestantes informações necessárias para que haja uma mudança de hábitos, certamente se isso ocorrer, haverá uma melhora em sua saúde, diminuindo assim as patologias acima citadas.

Diante dos dados obtidos, conclui-se que a pesquisa alcançou os objetivos, corroborando para um melhor conhecimento da realidade social do grupo em estudo. Contribuindo também para subsidiar o trabalho dos profissionais desta referida Unidade de saúde, mostrando as carências das gestantes, munindo-os de informações necessárias para uma posterior intervenção.

8 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

ANGONESI, G.E.A; POLATO, A.J. N, Mortalidade Materna no Brasil na Gestação na Adolescência, São Paulo, 2007.

BRASIL, Ministério da Saúde, Gestação de alto Risco: Manual Técnico, 5ª Ed, Brasília, Ministério da Saúde, 2010.

BRASIL. Ministério da saúde. Secretaria de Atenção à saúde. Departamento de Ações Programáticas Estratégicas. Área Técnica de Saúde da Mulher. Pré-natal e Puerpério: atenção qualidificada e humanizada, Manual Técnico, Ministério da Saúde, Secretaria de Atenção à saúde, Departamento de Ações Programáticas Estratégicas-Brasília: Ministério da Saúde, 2005.

BRASIL, Ministério da Saúde. Secretaria de atenção à Saúde. Departamento de Ações Programáticas Estratégicas. Saúde do adolescente: Competências e Habilidades, Ministério da saúde, Secretario de Atenção à Saúde, Departamento de Ações Programáticas Estratégicas- Brasília: Editora do Ministério da Saúde, 2008.

BRASIL, Ministério da Saúde. Secretaria da Saúde, Manual de Atenção à Saúde do Adolescente. Secretaria da Saúde. Coordenação de Desenvolvimento de Programas e Políticas de Saúde-CODEPPS. São Paulo: SMS, 2006.

BRASIL, Normas de atenção à Saúde Integral de Adolescente - Vol III, Assistência ao Pré-Natal, ao Parto e ao Puerpério - Planejamento Familiar -Doenças Sexualmente Transmissíveis - Problemas Ginecológicos -Brasília, Ministério da Saúde, 1993.

BUCHBQUI, J.A. et al, Rotinas em Obstetrícia, vol. 2, Ed. Artmed, 2007.

FAGUNDES, C. T. B. et al, Percepções e Práticas de Adolescentes grávidas e de familiares em relação a gestação. Rev. Bras. Saúde Matern. Infant. Recife, 2010.

FREITAS, F. et al, Rotinas em Obsterícia, 5ª ed, Ed. Artmed, 2006.

GONÇALVES, M. A; OLLITA, I. Gravidez na adolescência. Ver. Enferm. UNISA 2000; 1:95-8.

HERCOWITZ, A. Gravidez na adolescência. Editora MOREIRA JR, 2002.

MANDÚ, E.N.T, Enfermagem e Saúde da Mulher, Ed. Manole Ltda, 2007.

SAVIATO, R.D.L. et al Mortalidade materna: perfil sócio-demográfico e causal Ver. Bras. de Enf. 2008.

OLIVEIRA, T.C.; CARVALHO, L.P.; SILVA, M.A. O enfermeiro na atenção à saúde sexual e reprodutiva dos adolescentes. Rev. Bras. Enferm., Brasília, 2008.

POTTER, P.A; PERRY, A.G. Fundamentos da Enfermagem, Rio de Janeiro, Ed. Elsevier, 2005.

TOPOROVSK, M.L.K Infecção Urinária na Gestante Adolescente, Rer. Bras. de Enf. 2002.

SILVA, H. E.S, As Dimensões do cuidado Pré-Natal na consulta de Enfermagem, Rev. Bras. de Enf. 2010.

YAZLLE M.A.E.H.D, Gravidez na adolescência. Revista Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia, vol. 28 no.8 Rio de Janeiro Aug. 2006.

ANEXOS

ANEXO A

QUESTIONÁRIO Nº _________

1. Existem diversas patologias que acometem a mulher gestante, especialmente quando a gravidez é precoce ou tardia. Você apresentou ou apresenta uma das complicações a seguir?

A) ( ) Anemia;

B) ( ) Infecção urinária;

C) ( ) Hipertensão arterial gestacional;

D) ( ) Alteração de humor.

E) ( ) Outras

2. O que você sabe sobre as complicações dessas doenças?

A) ( ) Conhece essas complicações superficialmente, mas não sabe como elas acontecem;

B) ( ) Desconhece completamente essas complicações;

C) ( ) Já ouviu falar dessas patologias, mas desconhece a sua ação negativa na gravidez;

D) ( ) Conhece de forma relevante essas complicações;

3. O que você sabe sobre a prevenção, bem como o tratamento dessas doenças?

A) ( ) Desconhece completamente;

B) ( ) Conhece superficialmente;

C) ( ) Conhece de forma relevante.

ANEXO B

CARTA DE APRESENTAÇÃO DA PESQUISA E DOS SEUS RESPONSÁVEIS

PESQUISA: NÍVEL DE CONHECIMENTO SOBRE COMPLICAÇÕES NO PRÉ-NATAL DAS ADOLESCENTES ATENDIDAS NA UNIDADE DE SAÚDE WANDERLEY NASCIMENTO I NO MUNICÍPIO DE EUNÁPOLIS-BA”

Prezada adolescente e responsável,

Sou discente do curso de enfermagem das Faculdades Integradas do Extremo Sul da Bahia - UNISULBAHIA e com objetivo de buscar subsídios para a investigação acima citada, solicito sua colaboração no sentido de responder a um questionário.

A finalidade desse estudo é identificar e caracterizar o perfil das adolescentes grávidas.

A sua participação é fundamental para a concretização dessa pesquisa e o sigilo da sua identificação esta assegurada. E ainda, garantido a você acesso ao responsável pela pesquisa para esclarecimentos e eventuais dúvidas.

Estou de acordo a participar da pesquisa.

__________________________________________

Agradeço pela colaboração.

Gabriela de Paula Gomes, acadêmica do 8º período de Enfermagem.