LUDOTERAPIA - PETRONÍLIA BONIFÁCIO DOS SANTOS

Data de postagem: Dec 15, 2014 10:33:4 AM

FACULDADES INTEGRADAS DO EXTREMO SUL DA BAHIA

PETRONÍLIA BONIFÁCIO DOS SANTOS

LUDOTERAPIA

EUNÁPOLIS, BA

2014.

PETRONÍLIA BONIFÁCIO DOS SANTOS

LUDOTERAPIA

Trabalho apresentado ao Curso de Enfermagem das Faculdades Integradas do Extremo Sul da Bahia, como parte dos requisitos da matéria.

Prof. Diego da Rosa Leal.

EUNÁPOLIS, BA

2014

Uma abordagem fundamentada nas teorias de Freud foi desenvolvida por Melaine Klein em 1970, que viu que atividades lúdicas da criança eram tão importantes quanto às associações livres da terapia com adultos. Essa abordagem foi denominada Ludo análise, que buscava reduzir a ansiedade da criança. No momento da terapia, busca-se a experiência do crescimento, quando a criança gradativamente poderia perceber-se como uma pessoa que, em si própria, era uma fonte de impulsos (BERTOLIM; COLOVINI, 2012).

Rogers em 1972 desenvolveu a ludo terapia, baseando-se na hipótese central da capacidade do indivíduo para o crescimento, a auto-realização e o auto-direcionamento. Ele afirma que “não temos sabido, ou não temos reconhecido que na maioria, se não em todos os indivíduos, existem forças de crescimento” (BRANCO 2001).

A ludoterapia baseia-se na premissa, que o jogo/brincadeira é um meio natural da criança se expressar. O método pode ser de maneira diretiva, quando o terapeuta assume a responsabilidade de orientação e interpretação do processo terapêutico, ou de forma não diretiva, onde é a criança quem assume a responsabilidade sobre seu comportamento (FERNANDES, 2011).

O brincar é o primeiro passo para uma aproximação de afetividade com crianças rígidas e inseguras, permitindo diminuir a ansiedade através do brincar, ela pode expressar com o brinquedo aquilo que não consegue através da fala (FELDE, 2014).

A criança que brinca abre uma situação no agora e, ao mesmo tempo, descobre mundos para o amanhã, tem a oportunidade de projetar um horizonte existencial, fundamentado na capacidade de sonhar, que brota do interior e sustenta a esperança do futuro. Todo ser humano precisa organizar, compor o seu espaço e tempo pessoal, projetando um destino possível para si (SIMÕES, 2014).

Na forma de expressão terapêutica, a criança difere-se do adulto, pois na maioria dos casos, os adultos expressam-se verbalmente com maior facilidade, e já as crianças encontram na ludoterapia uma forma melhor de expressão e elaboração. A criança fica ativa no processo psicoterápico, adquirindo coragem para se tornar uma pessoa mais madura e independente (FIGUEIREDO, 2014).

O elemento terapêutico está na relação que se estabelece entre a criança e o terapeuta, é a experiência de ser aceita e valorizada incondicionalmente, promovendo a liberação das forças de crescimento da criança e a mudança terapêutica. Uma oportunidade de a criança experimentar um ambiente facilitador, livre de julgamento, potencializando a busca por habilidades próprias para lidar com as demandas pessoais (BERTOLIM; COLOVINI, 2012).

Nesse contesto lúdico, visualiza-se a abordagem dos pacientes do CAPS, através de oficinas de artesanatos, musicais e outras modalidades, que são de suma importância para a integração entre os mesmos, e os profissionais que lá atuam. Servindo também para compreensão do limite que se pode chegar ao que se refere ao comportamento de cada um, devido ao grau de transtorno ou dificuldade que possuem, dando mais autonomia e facilitando o acompanhamento dos pacientes.

Mesmo quando não consegue que algum paciente participe dessas atividades, devem-se procurar outros meios que atraiam sua atenção, como por exemplo, brincadeiras de criança ou mesmo contar histórias. Esse processo não pode ser estático, a cada dia é preciso o aperfeiçoamento das técnicas de abordagem terapêutica, dando ênfase na observação das características encontradas, para assim fazer a escolha da atividade que melhor se encaixe no perfil dos pacientes.

O desenvolvimento desse trabalho deve ser realizado com muita responsabilidade, respeitando a individualidade, a cultura e a família. Demonstrando, que as atividades realizadas devem estar integradas com o tratamento medicamentoso, para a obtenção de resultados positivos, com isso melhorando a auto-estima e a convivência com as pessoas.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

BERTOLIN, R.S.; COLOVINI, C.E.. Ludoterapia Centrada na Criança. 2012. Disponível em: www.quaiba.ulbra.br. Acesso em: 07 de novembro de 2014.

BRANCO, T.M.C.. Histórias Infantis na Ludoterapia Centrada na Criança. 2001. Disponível em: www.gruposerbh.com.br. Acesso em: 08 de novembro de 2014.

FELDE, C.. A Ludoterapia e o Filme “Ensinando a Viver”. 2014. Disponível em: <http: //cirlenefelde.blogspot.com.br. Acesso em: 08 de novembro de 2014.

FERNANDES, C.. A Ludoterapia Dentro do Contexto Hospitalar. 2011. Disponível em: www.psicologia.pt. Acessado em: 08 de novembro de 2014.

FIGUEIREDO, M.A.D.. Contribuições da Ludoterapia Para o Processo de Hospitalização Infantil. 2014. Disponível em: www.institutohumanista.com.br. Acesso em: 08 de novembro de 2014.

SIMÕES, A.L.B.. Ludoterapia. 2014. Disponível em: www.lifepsicologia.com.br. Acesso em: 08 de novembro de 2014.