A IMPORTÂNCIA DA ENFERMAGEM NA ADESÃO DO PACIENTE COM INSUFICIÊNCIA RENAL CRÔNICA AO TRATAMENTO DE HEMODIÁLISE. CATIANE SOUZA ALVES.

Data de postagem: Mar 24, 2015 10:34:1 PM

FACULDADES INTEGRADAS DO EXTREMO SUL DA BAHIA

CATIANE SOUZA ALVES

A IMPORTÂNCIA DA ENFERMAGEM NA ADESÃO DO PACIENTE COM INSUFICIÊNCIA RENAL CRÔNICA AO TRATAMENTO DE HEMODIÁLISE.

A IMPORTÂNCIA DA ENFERMAGEM NA ADESÃO DO PACIENTE COM INSUFICIÊNCIA RENAL CRÔNICA AO TRATAMENTO DE HEMODIÁLISE.

EUNÁPOLIS, BA

2012

CATIANE SOUZA ALVES

A IMPORTÂNCIA DA ENFERMAGEM NA ADESÃO DO PACIENTE COM INSUFICIÊNCIA RENAL CRÔNICA AO TRATAMENTO DE HEMODIÁLISE.

Trabalho de conclusão de curso apresentado ao curso de Enfermagem das Faculdades Integradas do Extremo Sul da Bahia, como requisito parcial para obtenção do Título de Bacharel em Enfermagem.

Orientador Prof.: Diego da Rosa Leal

EUNÁPOLIS, BA

2012

CATIANE SOUZA ALVES

A IMPORTÂNCIA DA ENFERMAGEM NA ADESÃO DO PACIENTE COM INSUFICIÊNCIA RENAL CRÔNICA AO TRATAMENTO DE HEMODIÁLISE.

Trabalho de conclusão de curso apresentado ao curso de Enfermagem das Faculdades Integradas do Extremo Sul da Bahia, como requisito parcial para obtenção do Título de Bacharel em Enfermagem.

Prof.° Esp. Diego da Rosa Lea l - Orientador

______________________________________________________________

Prof.° Esp. Johan Paulo Rodrigues de Souza (Faculdades Integradas do Extremo Sul da Bahia)

_______________________________________________________________

Prof.ª Esp. Henika Priscila (Faculdades Integradas do Extremo Sul da Bahia)

_______________________________________________________________

Prof.ª Masc. Juliana dos Santos Ali

Coordenadora do Curso de Bacharel em Enfermagem

Eunápolis – BA______________________________

DEDICATÓRIA

Este trabalho é dedicado aos meus pais Neuza e Ivaldo que sempre depositaram confiança em mim, que me ensinaram o sentido da vida, pela incessante luta em tornar-me uma profissional competente e acima de tudo pelo amor ofertado incondicionalmente.

Ao meu esposo Arlou que esteve do meu lado apoiando-me, dando-me forças nas horas difíceis e por acreditar que sou capaz, e por nunca ter colocado nenhum obstáculo para impedir que eu prosseguisse na minha caminhada e conquistasse o meu objetivo e, também pelo seu amor que me motiva a buscar o melhor para nossa família.

Aos meus filhos, pelo incentivo com sorrisos radiantes e estimuladores, pelos carinhos e os EU TE AMO MAMÃE quando achava que não ia dar conta e quando eu menos esperava recebia uma injeção de animo dos meus pimpolhos

Gustavo e Guilherme.

AGRADECIMENTOS

Agradeço primeiramente a DEUS, por sua divina bondade, pela força e benção que sempre me concedeu, reconheço que sem ele eu nada seria.

Sou imensamente grata aos meus pais, Ivaldo e Neuza, por demonstrarem seu amor incondicional, por serem peças fundamentais em minha vida, pelos conselhos que me guiaram afinal eles são os responsáveis por eu está neste grandioso momento de minha vida.

A minha amada irmã Kally, que sempre foi pra mim uma grande amiga e exemplo de determinação e persistência. Sou grata ao meu amor Arlou, que sempre esteve ao meu lado, apoiando e acreditando que essa conquista seria possível e neste momento digo que essa vitória é nossa. Aos meus filhos Gustavo e Guilherme que são a razão da minha vida, dedico todo meu amor incondicional em forma de gratidão e agradeço por entenderem as horas que estive ausente durante as noites no decorrer desses quatro anos.

Aos meus amigos e colegas, com os quais convivi momentos de bons estudos ou mesmo de conversa jogada fora, agradeço em especial minhas amigas e irmãs que levarei pra sempre Agmeire, Darcilene, Erica, Gabriela e Luana.

Agradeço ao meu orientador Diego Leal, pelos conselhos e ensinamentos que foram essenciais para conclusão deste trabalho.

A todos que me acompanharam pelos estágios por onde passei, aos professores, sou grata por terem contribuído bastante para a ampliação do meu conhecimento profissional e pessoal.

Enfim, sou grata a todos que de forma direta ou indireta estiveram presentes ao longo desta caminhada.

Amo vocês!!!

RESUMO

Trata-se de uma pesquisa bibliográfica com o objetivo de identificar a importância do enfermeiro para contribuir na adesão do paciente renal crônico em hemodiálise, visando proporcionar uma melhoria na qualidade de vida do cliente, no qual se faz necessário conhecer as principais dificuldades e os fatores que influenciam no não comprometimento dos insuficientes renais crônicos ao tratamento hemodialítico, sendo visto que o enfermeiro tem papel fundamental na educação dessas pessoas, tratando cada um como ser individual, dando atenção, ensinando, estimulando e tirando dúvidas, com o intuito de promover a saúde e prevenir as complicações da doença. A identificação das fontes bibliográficas foi realizada na base de dados da Biblioteca Virtual em Saúde (BVS), no portal SciELO, em revistas impressas e em livros. Assim, enfatizei nessa revisão literária a necessidade de o enfermeiro ter mais aproximação e atenção com o paciente, no qual permitira o profissional conhecer os principais problemas da não adesão, sendo assim se torna importante a realização da educação em saúde com o mesmo, para que eles tenham maiores conhecimentos a respeito da doença e assim adquiram segurança e maiores subsídios para o autocuidado, alcançando melhores resultados para uma qualidade de vida mais digna e com isso a adesão ao tratamento.

Palavras chave: Insuficiente renal crônico, hemodiálise, conhecimento.

ABSTRACT

This is a bibliographical research aiming to identify the importance of nurses to contribute to patient compliance with chronic kidney disease on hemodialysis, aiming to provide a better quality of life of the customer, which is necessary to know the main difficulties and the factors not influencing the commitment to chronic renal failure undergoing hemodialysis, and since the nurse has a fundamental role in the education of these people, treating each as an individual, paying attention, teaching, encouraging and answering questions, in order to promote health and prevent complications of the disease. The identification of literature sources was conducted in the database of the Virtual Health Library (VHL), the SciELO, in print magazines and books. Thus, this literature review emphasized the need for nurses to have more and closer attention to the patient, which will allow the professional to know the main problems of noncompliance, therefore becomes important to conduct health education with the same, so that they have more knowledge about the disease and thus gain greater security and support for self-care, achieving better results for a better life quality and thus adherence to treatment.

Keywords: Low Chronic Kidney disease, hemodialysis, knowledge.

SUMÁRIO

1.

1 INTRODUÇÃO 10

2 METODOLOGIA 12

3. A PESSOA COM INSUFICIÊNCIA RENAL CRÔNICA. 14

3.1 DOENÇA RENAL CRÔNICA 15

3.2 HEMODIALISE 18

4. ADESÃO AO TRATAMENTO DE HEMODIÁLISE 21

5. O PAPEL DO ENFERMEIRO NA ADESÃO 26

Segundo Meireles (2004), o enfermeiro não deve focar apenas na doença e no tratamento do portador renal crônico, mas a atenção e o cuidado devem ser direcionados para a pessoa doente, valorizando o ser humano, buscando entender as diferentes situações vivenciadas no ciclo de vida de cada um, assim deve-se empenhar na compreensão de cada paciente individualmente e orienta-los para que todos possam conhecer e entender o tratamento e a doença, demonstrando a necessidade do auto cuidado . 29

Silva (1996) relata que o enfermeiro tem o papel extremamente importante na unidade de hemodiálise, o qual o profissional dever ter cuidado direto com cada paciente e transmitir conhecimento e segurança para os mesmos, sempre objetivando promover a saúde do cliente comprometido e preveni as complicações possíveis de acontecer. Ressalta ainda que o enfermeiro deve está atento ao uso das técnicas de comunicações, assim criar um plano de cuidado de acordo com as perspectivas e necessidades. 29

Assim Gullo (2000) confirmam que o enfermeiro é importante na adesão do paciente renal crônico ao tratamento de hemodiálise, por ter papel de educador e cuidador, o qual proporciona uma educação em saúde para os clientes, para que os mesmos tenham conhecimento sobre a doença e a terapêutica utilizada, com intuito de fazer o portador descobrir maneiras de viver dentro do seu limite e conscientiza-lo quanto a sua situação e a necessidade do seu auto cuidado. 29

6. DISCUSSÃO 30

7. CONCLUSÃO 33

O objetivo desse estudo foi identificar o papel do enfermeiro na adesão do paciente com insuficiência renal crônica em tratamento de hemodiálise, segundo as literaturas pesquisadas. 33

Os autores defendem que o enfermeiro tem um papel extremamente importante, junto ao portador em tratamento hemodialítico, para obtenção da adesão, pois é ele que lidar diretamente com o paciente durante o tratamento, as sessões de hemodiálise, nas salas de espera, devendo então prestar uma assistência integral a este. Desta forma foi relatado pelos autores pesquisado, que este profissional realiza prevenções de agravos, atuando na resolução de possíveis complicações psicológicas, isso, juntamente com a educação continuada e a atenção especial aos pacientes. 33

A enfermagem vai além das realizações de cuidados físicos, foi visto nas literaturas que estes profissionais usam o cuidado com relação terapêutica respeitando os diferentes tipos de clientes, com relação de confiança demonstrando o companheirismo, com relação técnica fazendo tudo para que ocorra uma diálise tranquila, como relacionamento interpessoal o qual o paciente é cuidado em relação à saúde, social, sentimento e bem-estar, cuidar também como prolongamento de vida, pois fazer hemodiálise proporciona uma vida longa, dessa forma o enfermeiro mediante as ações conjuga o cuidado com integridade física e emocional. 34

Vale ressaltar que o enfermeiro ao realizar a educação em saúde deve usar a criatividade, dando apoio individual e familiar, desenvolvendo ações diferentes do método tradicional, utilizando uma maneira onde o cliente aprenda e participe de novas praticas para que possa adaptar-se positivamente ao seu novo estilo de vida, aderindo de forma satisfatória ao tratamento de hemodiálise. 34

8 REFERÊNCIAS 34

1 INTRODUÇÃO

De acordo com Romão (2007) os rins são órgãos essenciais para um bom funcionamento do corpo humano, no qual atuam de forma reguladora e excretora, com finalidades imprescindíveis para a manutenção do equilíbrio no metabolismo corporal. Sendo assim Romão afirma que quando ocorre um comprometimento na função renal de forma lenta e irreversível, com incapacidade de manter a homeostasia interna, consiste em insuficiência renal crônica, a qual será medida pela depuração de creatinina no organismo.

Segundo Draibe (2002), o surgimento da doença é desencadeado através de alguns fatores de risco, sendo citadas com ênfase as patologias mais comuns que são a hipertensão arterial, diabetes mellitus e glomerulonefrite. Relata também que é necessário dar início ao tratamento assim que diagnosticada a doença renal crônica, sendo preciso a utilização de procedimentos dialítico ou transplante renal.

Para Smeltzer e Bare (2002), o método mais utilizado pelos portadores renais crônicos é o tratamento de hemodiálise, no qual o paciente precisa dispor de três dias por semana, em sessões de três a quatro horas dia de forma permanente. Este processo e realizado através de uma maquina de diálise, a qual faz uma filtração sanguínea extracorpórea através do dialisador, onde o sangue sai do corpo humano por uma fistula para ser filtrado, sendo retirados as substâncias tóxicas e o excesso de líquidos desnecessários pra o bom funcionamento do organismo, posteriormente o sangue limpo e filtrado é devolvido pra o paciente.

Barbosa (1993) relata que a partir do momento que é diagnosticado a doença renal crônica o portador é informado pelo seu medico sobre as opções de tratamentos e as mudanças cotidianas que serão precisas para realização do regime terapêutico, sendo necessário o paciente conviver com limitações, tratamento doloroso, espera por um transplante renal, com isso Barbosa diz ser fundamental uma boa adesão, a qual será importante para melhor qualidade de vida do cliente.

Smeltzer e Bare (2002) enfatizam a idéia do autor acima citado ao dizer que o comportamento do portador renal crônico diante do regime terapêutico deve seguir de acordo com as recomendações do profissional de saúde, isto se da desde o momento das medicações, ao cumprimento de dietas, mudanças de hábitos e estilos de vida, entre outros, a qual os autores dizem da necessidade do enfermeiro perceber e entender o que o paciente passa através de atos e gestos, podendo então estabelecer planos de cuidado de acordo cada cliente.

Barros (2006) relata o aumento progressivo das taxas de mortalidade e morbidade em pacientes renais crônicos, o qual tem uma elevação progressiva em proporções epidemiológicas, a cada ano, no Brasil e em todo mundo. Diante disso, o Ministério da saúde (2002) enfatiza a necessidade de melhorar o planejamento da assistência ao cliente renal crônico, com isso será possível melhor efetividade do tratamento.

Percebendo a importância da assistência do profissional de saúde na adesão do paciente renal crônico, visto que o problema da não adesão dos pacientes acarreta , não só o nível econômico e social da saúde publica, mas principalmente o nível da qualidade de vida dos portadores da doença renal crônica em tratamento de hemodiálise, portanto vejo a necessidade da pesquisa, o qual tenho como objetivo estudar a importância do enfermeiro na adesão do paciente com insuficiência renal crônica ao tratamento de hemodiálise.

O presente estudo tem como objetivos relatar as dificuldades dos pacientes renais crônicos para a adesão do tratamento de hemodiálise, citar intervenções de enfermagem para melhor adesão do paciente em relação a mudança do seu estilo de vida, listar os fatores que causam resistência ao tratamento hemodialítico pelo cliente real crônico, assim como demonstrar os benefícios da adesão ao tratamento e pesquisar os critérios utilizados pela equipe junto ao cliente para mantê-lo no tratamento.

a relevância deste estudo foi comprovada através de pesquisas que mostram a importância do enfermeiro com vista a proporcionar melhor qualidade de vida a estes clientes, evidenciando com isso que torna-se necessário conhecer a assistência de enfermagem nas estratégias de adesão do paciente portador da IRC, verificando as reações dos clientes diante dos diagnósticos e das dificuldades no cotidiano durante o tratamento hemodialítico, pois estes conhecimentos poderão estabelecer as intervenções de enfermagem, conforme as necessidades do cliente, visando promover melhor adaptação e aceitação ao longo do tratamento.

Diante do que foi citado acima, observa-se que o individuo portador da insuficiência renal crônica, em tratamento de hemodiálise sofre várias mudanças em seu cotidiano, se tornando uma pessoa deprimida e ansiosa, no qual a doença renal crônica requer adaptação e adesão do cliente ao tratamento dialítico, visto que muitas pessoas não conseguem adaptar-se ao novo estilo de vida e ter persistência no tratamento, apenas aderindo por ser essencial para manutenção da vida.

Desse modo, entende que as equipes multidisciplinares que acompanham os pacientes que realizam hemodiálise, devem ter maior atenção e aproximação com os mesmos, no qual permitira ao enfermeiro conhecer os principais problemas na vida dos pacientes, bem como quais estratégias de enfrentamento são utilizadas pelos indivíduos para adesão ao novo estilo de vida, pois estes requerem muita sensibilidade e empatia dos profissionais,.

2 METODOLOGIA

Este trabalho configura-se como uma pesquisa de revisão bibliográfica de caráter descritivo exploratório. Nesse contexto, o estudo bibliográfico consiste em informações estruturadas obtidas através de livros e artigos científicos. Já o estudo descritivo exploratório dirige a pesquisa para a investigação e aprofundamento do objeto central da pesquisa, bem como, suas características e definições.

A primeira etapa foi à escolha do tema e a formulação clara do problema. Essa escolha foi dada pela relevância em abordar e investigar a importância do profissional enfermeiro na adesão do paciente ao tratamento de hemodiálise, dessa forma foi utilizado como critério de inclusão artigos que abordam a nefrologia, principalmente aqueles onde os autores relacionavam a doença renal com a adesão ao tratamento de hemodiálise, conhecimento adquirido pelo paciente e a importância desse saber sobre o tratamento.

Para realização desta revisão bibliográfica, foram utilizados como fonte de pesquisa dados encontrados em livros da biblioteca da UNESULBAHIA, artigos científicos disponíveis na Biblioteca Virtual de Saúde (BIREME), Scientific Electronic Library Online (SCIELO), além de materiais extraídos de livros, artigos de periódicos e jornais.

Após esse período de busca, foi realizado leituras detalhadas para a escolha dos dados que seriam utilizados, os artigos foram selecionados em concordância com a temática proposta, sendo ignorados os artigos que, mesmo constando nos resultados da busca, não estavam dentro da metodologia para avaliação do assunto.

Para análise e síntese do material observaram-se os seguintes procedimentos: leitura exploratória, leitura seletiva e a leitura crítica. A leitura exploratória foi utilizada para saber o conteúdo dos artigos, a leitura seletiva constitui na seleção do material quanto à sua importância para a pesquisa e por fim a leitura crítica que buscou nos artigos as alterações na vida do paciente em tratamento de hemodiálise, a importância do enfermeiro e o papel deste profissional na adesão do paciente renal crônico em tratamento de hemodiálise.

3. A PESSOA COM INSUFICIÊNCIA RENAL CRÔNICA.

3.1 DOENÇA RENAL CRÔNICA

Draibe (2002) afirma que a insuficiência renal crônica é o resultado final da perda progressiva e gradativa da função do rim, sendo uma síndrome complexa consequente à perda da capacidade excretora renal, no qual a diminuição do funcionamento do rim pode ser devido a uma doença de inicio súbito, que durante a evolução ocorre uma diminuição dos números de néfrons destruídos e por fim causa lesão renal irreversível.

A insuficiência renal crônica é a perda insidiosa da função do rim, a qual essa disfunção renal acomete o equilíbrio do organismo através do acumulo de eletrólitos e líquidos que não estão sendo filtrados e excretado através da urina, assim a um acumulo catabólitos produzido diariamente pelo organismo, sendo necessário filtrar o sangue através de diálise. (BRUNNER E SUDDARTH, 2005)

Barros (2006) enfatiza que os rins são órgãos fundamentais para um bom funcionamento do organismo, assim o mesmo autor afirma que o rim é um regulador da homeostase hidreletrolítica, é responsável por sintetizar hormônios, realiza a degradação da insulina, tem a função de manter constante o volume extracelular e regular a pressão arterial sistêmica, todas essas funções renais são realizadas através dos néfrons, que são unidades funcionais formadas pela unidade de filtração chamada glomérulo.

Queiros (2008) definem como as principais causas da insuficiência renal crônicas sendo três fases, a pré renal que ocorre a parti da isquemia renal, a renal que ocorre em conseqüência das doenças glomerulopatias, hipertensão arterial, diabetes e a pós renal ocorre a parti da obstrução do ureter.

Boundy (2004), diz que a doença renal crônica pode passar por quatro estágios, sendo que o primeiro os néfrons ainda funcionas em partes, tendo uma reserva renal reduzida, no qual a taxa de filtração é entre 35 e 50% do normal; o segundo estágio é a insuficiência renal sendo a taxa de filtração entre 20 a 35% do normal; o terceiro estágio está na falência renal estando a taxa de filtração entre 20 e 25% do normal; o quarto estágio já é a doença renal terminal, no qual deve ser tratada com transplante de rim e tratamento de hemodiálise para aumentar a sobrevida do individuo portador.

Segundo Barros (2006) o insuficiente renal crônico em tratamento de hemodiálise se encontra no estágio quatro de acordo com a citação do autor Boundy (2004) citado acima, Barros (2006) afirma que o doente renal nesta fase está com a filtração glomerular menor que 15 ml/min, sendo ressaltado pelo mesmo que a filtração renal normal deve ser igual ou maior que 120 ml/min.

A Sociedade Brasileira de Nefrologia (2008) relata que a insuficiência renal provoca vários distúrbios no organismo, essa disfunção dos rins por não desenvolver uma filtração ideal acomete diversos efeitos nos sistemas cardiovascular, nervoso, imunológico, endócrino metabólico, respiratório, músculo esquelético.

Queiroz (2008), descreve alguns sintomas da IRC, afirmando que o estimulo no aumento da pressão sanguínea, sobrecargas de volume de fluidos é o que causa a hipertensão arterial; o acúmulo de substancias tóxicas pela diminuição da taxa de filtração faz com que a um aumento de uréia no organismo ocasionando a uremia; a também o excesso de potássio no sangue que causa arritmia cardíaca; a diminuição da síntese de eritropoietina que é realizada através do rim proporciona anemia e fadiga; acomete a síntese de vitamina D; a coagulação sanguínea se torna prejudicada, assim o paciente tem alta probabilidade do desenvolvimentos de trombos.

De acordo com os conhecimentos de Guyton e Hall (2006) foi visto que os sinais e sintomas principais da doença renal crônica são: poliúria, nicturia, oligúria, palidez, fadiga, anorexia, náusea, vomito, insônia, prurido, incontinência urinaria, hipertensão arterial, edema e outros. Sendo que as anormalidades laboratoriais são constituídas pelo aumento da uremia, creatinina, fósforo, acido úrico, potássio, glicose, colesterol, diminuição de bicarbonato, sódio, cálcio, ferro, albumina, calcitriol e outros.

Segundo Guyton (1988) no início da disfunção renal o paciente não apresenta sintomas relevantes de indícios para um progresso de uma insuficiência renal crônica. O mesmo autor declara que na fase terminal de evolução da doença é possível diagnosticar; excesso do volume de líquido, alto risco de infecção; desequilíbrio nutricional, fadiga, ansiedade, cansaço, padrão do sono perturbado e outros.

Riella, (1996) diz que os diagnósticos do insuficiente renal são observados a partir do mau funcionamento renal, no qual a uréia plasmática aumenta de acordo com a ingestão de proteína, sendo que para a taxa de uréia aparecer acima da faixa de normalidade vai existe um déficit da função renal. A creatinina plasmática é um marcador mais fiel da função renal residual. Se o paciente estiver com a creatinina plasmática inicial de 1mg/100ml, uma elevação desta para 2mg/100ml indica uma redução da função renal em 50%.

Segundo Martins e Cesarino (2005) ao ser diagnosticado a doença renal crônica terminal, o paciente deve ser orientado quanto aos tratamentos disponíveis, sendo eles, diálise peritoneal, hemodiálise e o transplante renal. Consequentemente Lima (1994) relata que os tratamentos aliviam os sintomas da doença, a qual esse substitui parcialmente a função renal, preservando uma qualidade de vida do paciente, no entanto nenhum deles é curativo.

De acordo com Barros (2006) vários fatores devem ser considerados na decisão do paciente renal crônico na escolha de qual tratamento dialítico será utilizado para manutenção da vida, a qual serão visto, características clínicas, psicossociais, familiares, efetividade do método, intimidade com o método, disponibilidade do tratamento.

Kusumota (2004) diz que o tratamento da diálise peritoneal tem a função de remover as substâncias que estão acumuladas no organismo e precisa serem eliminadas do mesmo, no qual para isso acontecer é necessário realiza uma técnica de infusão de liquido de diálise na cavidade abdominal do paciente, fazendo a filtração do sangue através da membrana peritoneal. Assim Fermi (2003), relata a diálise peritoneal sendo uma troca de líquidos e solutos entre o sangue capilar peritoneal e a solução de diálise da cavidade, sendo realizado através de um dialisador.

Smeltzer e Bare (2002) relatam a diálise peritoneal como uma variação que não é tão eficiente quanto à hemodiálise na remoção de substancia e líquido, mas permite uma alteração gradual no estado de volume hídrico do paciente e na retirada das substância, se tornando o tratamento de escolha para pacientes.

Riella (1996) afirmas que as terapias para os clientes renais crônicos evita a morte, embora elas não cura a doença renal crônica. Guyton e Hall (2006) completam dizendo que um dos métodos mais utilizados é a hemodiálise, que consiste em uma filtração sanguínea extra corpórea, a qual também não substitui todas as funções realizadas pelos rins, com isso não a obtenção de cura.

De acordo com Cesarino e Casagrande (1998), o transplante renal é o melhor método de tratamento para a pessoa portadora da doença renal crônica, o paciente só será impossibilitado de fazer transplante do rim em casos de neoplasia, incompatibilidade sanguínea ABO, infecção sistêmicas em atividade e presença de anticorpos citotóxicos pré-formados contra o doador;

Pacheco (2007), diz que para ter um bom tratamento, deve seguir algumas estratégias, como; o paciente deve ter uma educação continuada pelos profissionais de saúde, deve ser aceito pelo portador de IRC as modificações no novo estilo de vida, realizar atividades físicas e ter hábitos alimentares saudáveis de acordo com a necessidade nutricional.

3.2 HEMODIALISE

Para Draibe (2002) a hemodiálise é um tratamento utilizado por portadores renais crônicos, a qual consiste em uma diálise realizada por uma máquina, o dialisador, para remover as substancias tóxicas e outras impurezas do sangue do paciente portador da doença. Smeltzer e Bare (2002) completam dizendo que está maquina tem a função de realizar a atividade renal, e deve ser feito a diálise três vezes por semana com duração de três a cinco horas por sessão, de acordo com as necessidades individuais.

Martins e Cesarino (2005), descrevem o tratamento de hemodiálise como um procedimento de filtragem sanguínea extra corpórea, assim o sangue é retirado do corpo por um acesso chamado fístula, onde a partir daí é encaminhado para o dialisador ocorrendo à filtração por meio de uma combinação osmótica e difusão, sendo devolvido para o organismo.

Sendo assim, Fermi (2003), diz que o dialisador funciona como uma membrana semipermeável sintética, exercendo as funções do filtro dos glomérulos renais, essa membrana encontra-se imersa em uma solução eletrolítica semelhante ou plasma de um individuo sadio. Consequentemente é afirmado por Cesarino e Casagrande (1998) que para a realização da diálise é necessário ter preparado o ambiente, os equipamentos e o material a ser utilizado, o dialisador capilar, solução de hemodiálise, água tratada, via de acesso e antes do início da sessão certifica o bom funcionamento da máquina.

O portador da doença renal crônica ao ser admitido na unidade terapêutica para o tratamento de hemodiálise, é preciso realizar uma breve anamnese e exame físico com o paciente, com a finalidade de adequar a prescrição da diálise do paciente às suas condições (BARROS, 2006).

Barros (2006), relata a forma adequada para preparar o paciente para hemodiálise, assim é necessário acomodar o cliente confortavelmente, observar se o acesso vascular fique bem posicionado e visível para o tratamento, orientar o cliente a verificar a identificação de seu material de diálise, é preciso higienizar o braço da fístula, verificar os sinais vitais, o peso e as condições do acesso vascular do paciente.

De acordo com informações da SBN (2008) existem várias manifestações clinica em portadores renais crônicos terminais que melhoram a partir do tratamento de hemodiálise, são elas a hipervolemia, hipertensão arterial, insuficiência cardíaca, edema, alterações eletrolíticas e do equilíbrio ácido-básico, alterações decorrentes da retenção de solutos tóxicos, existem também manifestações que persistem apesar do tratamento dialítico, disfunção sexual, diminuição da libido, diminuição da fertilidade, alterações lipídicas, pericardite, neuropatia periférica, osteodistrofia renal, anemia. Algumas manifestações se desenvolvem durante o tratamento dialítico que são as infecções virais.

Smeltzer E Bare (2002) enfatizam que o tratamento de hemodiálise evita a morte dos portadores da insuficiência renal crônica pelo mal funcionamento renal, assim afirmam que a diálise não cura a doença renal , pois não recupera a função do rim, portanto a saúde dos pacientes mantidos nesse tratamento em geral permanece de modo significativo, comprometida, no entanto os autores citados acima afirma que a uma melhora na qualidade de vida dos pacientes que aderem ao tratamento hemodialítico, sendo ele inevitável.

Queiros (2008), afirma que as máquinas de hemodiálise são muito eficiente na substituição das funções renais, tratando-se de um dialisador eficaz e seguro, com existência de alarmes que monitoram o sistema de filtragem, assim durante o processo de diálise é indicado qualquer alteração que ocorra durante a sessão, atuando na detecção de bolhas, nas alterações de temperatura, do fluxo sanguíneo, entre outros, mesmo assim, as complicações durante o procedimento não são garantidas que deixem de acontecer.

De acordo com o que foi citado pelo autor acima, Dalgirdas (2003), diz que o uso de circuito extra corpóreo através da máquina de hemodiálise, a qual substitui a função dos rins é imperfeita e sujeita a complicações surgidas durante o processo, assim o mesmo afirma que a retirada de metabólitos inadequada pode induzir alterações funcionais no organismos, surgindo alguns sintomas durante a diálise, como vômito, náusea, cefaléia, cãibras e outras.

Sendo assim, Martins e Cesarino (2005) afirmam que a hemodiálise se torna no cotidiano do paciente, uma atividade monótona e restrita, no qual a uma limitação na rotina e nas atividades desses indivíduos após a descoberta da doença e o inicio do tratamento de hemodiálise. Os portadores da DRC são submetidos a muitas mudança, como o controle na ingestão de líquidos, ter uma dieta de acordo com seu problema de saúde, ter cuidado com a fistula arteriovenosa e outras atenções, a qual essas mudanças causam estresse, angustia, conflitos, interferindo na adesão a terapia.

4. ADESÃO AO TRATAMENTO DE HEMODIÁLISE

4.1 CONCEITO DE ADESÃO

Kurita e Pimenta (2003), conceituam a adesão relacionando com o tratamento de doenças crônicas, assim afirmam que a adesão significa aceitar a terapêutica proposta e segui-las adequadamente, assim o paciente será fiel ao tratamento. Consequente Meireles (2004) relata que existem vários fatores que influenciam na adesão, tais como as peculiaridades do paciente, as características da terapêutica, formas de trabalho da equipe multidisciplinar, variáveis socioeconômicas, dentre outras.

Para Barbosa (1993), adesão significa a responsabilidade do cliente em fazer mudanças no estilo de vida, seguir corretamente as orientações e recomendações da equipe de saúde, assim o autor citado acima, afirma que o comportamento do paciente em tratamento de hemodiálise assume importância crucial diante da perspectiva da qualidade de vida, a qual é preciso fidelidade terapêutica. Já Silveira e Ribeiro (2005), conceituam adesão ao tratamento como uma medida para o paciente diminuir os sinais e sintomas da insuficiência renal crônica, visando sempre a melhora da saúde e manutenção da vida.

Lima e Cavalcanti (1996), compreendem a adesão terapêutica como um processo dinâmico que requer decisões compartilhadas e co-responsabilizadas entre o paciente em tratamento hemodialítico e a equipe de saúde, no qual deve ser reconhecidas as responsabilidades específicas de cada um, visando uma melhor adaptação nas mudanças do estilo de vida do Insuficiente Renal Crônico compreendendo as mudanças nos aspectos físicos, psicológicos, sociais, culturais e comportamentais.

Trentini, Silva e Leimann (1990), visam a adesão como um processo, o qual o cliente em tratamento de hemodiálise precisa colaborar, aceitar e se integrar no regime terapêutico em seu cotidiano, tendo obediência, compreensão e conhecimento sobre o tratamento e doença renal crônica, sendo necessário seguir corretamente as orientações dos profissionais de saúde para manutenção da vida.

Barbosa (1993), afirma que a adesão e fidelidade do cliente diante do tratamento hemodialítico está ligada ao conhecimento e compreensão do mesmo diante a enfermidade que o acomete e os objetivos da terapia proposta, o que melhora a motivação e disposição em seguir o tratamento.

Assim Lima e Cavalcanti (1996), afirmam que a adesão ao tratamento de hemodiálise representa um desafio para a equipe de saúde e o paciente, se tornando fundamental o grau de seguimentos dos clientes hemodialítico à orientação dos profissionais de saúde.

4.2 FATORES QUE INFLUENCIAM NA NÃO ADESÃO

A mudança do modo de vida acarretada pela doença renal crônica afeta os indivíduos portadores da mesma, no qual eles se deparam com uma situação de dependência ocasionada por ter conhecimento que para perspectiva de uma vida longa e com qualidade, é necessário a rotina do tratamento, o que afeta, além da rotina cotidiana, o estado de equilíbrio. (BARBOSA e VALADARES, 2009)

Para Barbosa (1993), o portador renal crônico para aderir ao tratamento de forma satisfatória é preciso ter conhecimento da doença e do tratamento, o qual o paciente terá a visão da necessidade de mudanças no estilo de vida e seguir corretamente a terapêutica estabelecida pela equipe de saúde para almejar qualidade de vida.

Trentini, Silva e Leimann (1990), afirmam que as pessoas com a doença renal crônica necessitam realizar seções de hemodiálise frequentemente em tempo indicado para manutenção da vida, para o tratamento hemodialítico é necessário o cumprimento de peso interdialítico, a realização de dietas hiposódicas, restrições hídricas e dietéticas, entre outras, saindo então do cotidiano de uma pessoa saudável, assim é visto que a maioria dos clientes tem dificuldades de aderir ao tratamento.

Silveira e Ribeiro (2005) relatam que o adoecimento traz para o ser humano, ameaça, desequilíbrio e desconforto, a qual quando a doença é denominada crônica o paciente sente todos o sintomas citados anteriormente, só que com um sentimento de apreensão, por ser uma patologia crônica que precisa de uma adaptação e equilíbrio para viver e conviver com a doença, pois não se cura com remédios. Assim os autores citados acima, afirmam que está necessidade de adaptação com a mudança no estilo de vida para um tratamento que prolongue a vida, faz com que alguns pacientes não aderem aos métodos terapêuticos.

Kurita e Pimenta (2003) relatam que para o paciente ter uma boa adesão ao tratamento de hemodiálise é preciso aceitar a terapêutica proposta pelo médico e a equipe de saúde e segui-la adequadamente, sendo compreendido pelo cliente a necessidade de mudanças no seu cotidiano, com o sentimento de aceitação ao tratamento.

Lima e Cavalcante (1996), afirmam que o conhecimento e compreensão do paciente diante a patologia adquirida, ao tratamento e a necessidade de mudanças nos hábitos e a rotina cotidiana, são atitudes fundamentais para a efetivação da adesão aos cuidados terapêuticos importantes para melhor qualidade de vida do cliente renal crônico em tratamento de hemodiálise.

Para Leite e Vasconcellos (2003), um dos fatores que influência a adesão ao tratamento de hemodiálise dos clientes renais crônicos é a confiança depositada pelo paciente na equipe de saúde, diante as atitudes dos profissionais de saúde, como atendimento acolhedor, respeito pelas crenças individuais de cada um, abertura para diálogo, oferta apoio psicológico, proporcionar um suporte emocional e está disponível para esclarecimento de dúvidas, assim essas atitudes adotadas pela equipe de saúde e fundamental para melhoria da adesão terapêutica do doente.

Meireles (2004) ressalta a aceitação da doença e a dificuldade do portador lidar com o impacto que esta provoca no seu cotidiano, como um fator relevante que interfere a adesão, a qual afirma que a aceitação da terapêutica está intimamente relacionada pela forma do portador lidar com patologia adquirida, desse modo a passividade diante da doença é vista como uma atitude dos não aderentes.

Segundo Maldaner, Beuter, Brondani, Budó e Pauletto (2008) os fatores influentes a adesão dos paciente diante ao tratamento hemodialítico estão relacionados ao esquema terapêutico complexo a qual requer um grande empenho por parte do cliente, tratamento longo sendo por toda vida, nível de escolaridade baixa comprometendo o aprendizado diante a patologia, com isso ocorre uma maior probabilidade de abandono do tratamento.

Para Cesarino e Casagrande (1998), é fundamental para a adesão que o individuo assuma o auto cuidado e realiza o acompanhamento terapêutico corretamente, assim os mesmos autores afirmam que para isso acontecer de forma satisfatória é essencial a ação educativa do enfermeiro com os paciente em tratamento, buscando sempre mostra as atitudes positivas de lidar com a doença, fazendo com que eles compreendam a patologia, a necessidade dos procedimentos terapêuticos para manter a vida e entenda a importância da responsabilidade diante do cuidado.

Freire (1992), diz que no tratamento de uma doença ocorre efeitos colaterais ocasionado pela medicação utilizada, sendo este um dos motivos para a não aderência do tratamento, deste modo foi visto a importância do desenvolvimento da educação conscientizadora com os pacientes em tratamento de hemodiálise, numa prática de participação dos clientes partindo da percepção e experiência de cada um deles, assim o autor acima afirma que com esse método educacional facilitara o enfermeiro a identificar a necessidade e dúvidas de cada paciente para obtenção da adesão ao tratamento.

Já Meirelles (2004) afirma que o portador da doença renal crônica, em tratamento hemodialítico, sofre várias mudanças no seu cotidiano, sendo necessário um tempo disponível para as sessões de hemodiálise, com isso é preciso o abandono do emprego, deixando as vezes de ser responsável pelo sustento da família, assim o paciente se sente preso dependendo de uma maquina, uma equipe de saúde e a necessidade de mudanças habituais. Dessa forma, entende-se que existem vários fatores que podem influenciar no fato do cliente aderir ou não ao tratamento.

5. O PAPEL DO ENFERMEIRO NA ADESÃO

Para dar inicio ao papel do enfermeiro é preciso relembrar como a Constituição da Organização Mundial da Saúde, de 1946, definiu a saúde sendo um estado de completo bem estar físico, mental e social, e não apenas a ausência de enfermidades, sendo assim Barbosa (1993), diz que é preciso conceituar e reforça a importância de oferecer uma melhor assistência ao individuo de modo sistêmico, não apenas se preocupar com a doença em questão, mas com o paciente como um todo.

Para Smeltzer e Bare (2002) o enfermeiro tem um papel importante como educador, facilitando a implementação do processo de enfermagem na unidade de hemodiálise, o qual tem como objetivo torna-se um facilitador da mudança do estilo de vida do paciente em tratamento hemodialítico, fazendo planejamentos junto com o paciente e sua família, visando sempre adaptação no novo estilo de vida e organizar estratégicas para aderir ao tratamento em busca de uma boa qualidade de vida.

Entende-se, então, a importância de se oferecer e desenvolver um programa de orientação e educação para que o cliente tenha consciência de sua doença renal, do auto cuidado, e escolha da terapia de substituição renal quando ainda se encontra na fase inicial da doença acompanhada pelo tratamento conservador. (PACHECO G.S. 2007)

Sendo assim, Pacheco (2007) diz que deve ser utilizado pelo o enfermeiro uma rotina de trabalho encima da promoção de saúde, fazendo implementações junto ao paciente para o auto cuidado, pois o mesmo terá controle sobre a sua saúde, buscando sempre melhora-la e ser responsável diante do tratamento, sendo assim o paciente terá uma mudança positiva na qualidade de vida, no desenvolvimento social e individual, assim será permitido que o cliente tenha melhor controle sobre as mudanças da sua própria vida.

Stefanelli (1992) diz que o enfermeiro atuando como um eficiente profissional de saúde deve agir com criatividade no cuidado, preocupando sempre com o que a paciente precisa para ter uma vida com qualidade diante a sua patologia e buscar junto ao cliente a melhor forma para adaptação da nova rotina cotidiana, a qual se torna necessário a utilização de novas técnicas, habilidades, sempre com responsabilidade, competência e compreensão, para que isso ocorra é preciso uma interação entre o profissional de saúde e o doente em tratamento, pois é a partir daí que o paciente será entendido como um todo, tendo sempre atenção no seu modo de pensar, agir e sentir, se tornando constante o processo de reanimação.

Filho (2008) relata que o profissional de enfermagem deve constantemente está tendo atenção e dar orientação quanto à patologia do individuo, fazendo assim com que eles tenham um maior entendimento sobre a doença e como são as formas de tratamento, a partir do momento que o paciente entende que a sua vida terá uma nova rotina, o enfermeiro deve ajudá-los a se organizarem e se estruturarem na nova rotina, favorecendo assim melhoria na qualidade de vida.

Segundo Smeltzer e Bare (2002) relatam que o enfermeiro é essencial a adesão do paciente ao tratamento, pois além do papel educador, o enfermeiro identifica e monitora os comportamentos e atitudes de cada cliente decorrente da própria doença e do método terapêutico utilizado, assim o profissional desenvolve ações que prioriza as necessidades do paciente, dando sempre atenção, em busca de minimizar a ansiedade e ameaças sentida pelo portador.

O autocuidado da população advém de comportamentos adquiridos na aprendizagem, desta forma nota-se aí a importância da atuação do enfermeiro em atribuir atenção maior nos aspectos da educação como forma de prevenção”. (SMELTZER; BARE, 2002).

Sperandio e Évora (2005) afirmam que para o enfermeiro ter um bom desempenho profissional diante a adesão do cliente com doença crônica ao tratamento de hemodiálise é necessário à aplicação e utilização da sistematização da assistência de enfermagem, pois a partir daí o profissional aplica seus conhecimentos neste setor, assim é possível fazer a identificação e monitoramento nos efeitos adversos da hemodiálise e complicações decorrentes da doença, podendo promover o cuidado e desenvolver ações educativas de promoção, prevenção e tratamento.

A enfermagem se apresenta através do processo de cuidar do ser humano, como um ser complexo e indivisível, sendo preciso considerar valores e crenças, prezando sempre a auto estima e o auto conceito, afinal o enfermeiro não tem a função de assisti-lo só tecnicamente nas realizações dos cuidados, como também, dar apoio em tudo o que diz respeito a melhor qualidade de vida. ( CIANCIARULLO,1996)

O enfermeiro deve conquistar a empatia do paciente, usando sempre uma comunicação estabelecida para compreender o cliente como um todo, isto é, o buscar entender os comportamentos individuais de cada um, na forma de pensar, sentir e agir. Assim o profissional deve objetivar e estimular a tranquilidade dos pacientes que se sentem inúteis, dependentes, desestimulado, de forma a encoraja-los, apoiar e enfatizar que depende da vontade de aderir ao tratamento e ter o auto cuidado, para a obtenção de melhor qualidade de vida. (STEFANELLI, 1992)

Segundo Meireles (2004), o enfermeiro não deve focar apenas na doença e no tratamento do portador renal crônico, mas a atenção e o cuidado devem ser direcionados para a pessoa doente, valorizando o ser humano, buscando entender as diferentes situações vivenciadas no ciclo de vida de cada um, assim deve-se empenhar na compreensão de cada paciente individualmente e orienta-los para que todos possam conhecer e entender o tratamento e a doença, demonstrando a necessidade do auto cuidado .

Silva (1996) relata que o enfermeiro tem o papel extremamente importante na unidade de hemodiálise, o qual o profissional dever ter cuidado direto com cada paciente e transmitir conhecimento e segurança para os mesmos, sempre objetivando promover a saúde do cliente comprometido e preveni as complicações possíveis de acontecer. Ressalta ainda que o enfermeiro deve está atento ao uso das técnicas de comunicações, assim criar um plano de cuidado de acordo com as perspectivas e necessidades.

Assim Gullo (2000) confirmam que o enfermeiro é importante na adesão do paciente renal crônico ao tratamento de hemodiálise, por ter papel de educador e cuidador, o qual proporciona uma educação em saúde para os clientes, para que os mesmos tenham conhecimento sobre a doença e a terapêutica utilizada, com intuito de fazer o portador descobrir maneiras de viver dentro do seu limite e conscientiza-lo quanto a sua situação e a necessidade do seu auto cuidado.

6. DISCUSSÃO

A pesquisa demonstrou dados relevantes acerca da importância do enfermeiro na adesão ao tratamento de hemodiálise, de acordo com os dados obtidos nas literaturas estudadas.

A adesão do doente renal crônico ao tratamento de hemodiálise para Trentini e Leimann (1990), não é um processo simples. Dessa forma Leite e Vasconcellos (2003) afirmam que existem vários fatores que influenciam no fato do indivíduo não aderir à terapêutica proposta, a qual cada paciente segue o tratamento de uma forma única e característica, de acordo com as particularidades de cada um.

Gusmão e Mion (2006) relatam à existência de muitos fatores que podem influenciar na adesão ao tratamento e podem estar relacionados ao paciente, são eles, idade, sexo, etnia, escolaridade, nível socioeconômico, a cronicidade da doença, ausência de sintomas e conseqüências tardias, hábitos de vida e culturais, percepção da serenidade do tratamento, auto-estima, acesso ao serviço de saúde.

Barbosa e Valadares (2009) dizem que para o enfermeiro realizar uma assistência mais segura, comprometida e menos frustrante é preciso à identificação dos fatores que envolvem na adesão dos pacientes ao tratamento. Consequentemente Kurita e Pimenta (2004) afirmam que o profissional deve acompanhar o cliente com mais freqüência, não só no controle da administração de medicamentos e no momento da sessão de hemodiálise, mas como um conjunto de ações que envolva os profissionais, doentes e familiares, com proposta de buscar alternativas que auxiliem nas superações das dificuldades e na adaptação do estilo de vida à sua nova condição de saúde.

Segundo Silva (2006) a atuação do enfermeiro na clinica de hemodiálise é indispensável para adesão do paciente, assim Smeltzer e Bare (2002) afirmam que a atuação do profissional deve ser baseada no cuidado direto, integral e na transmissão de conhecimentos para o portador e família, através da educação continuada, com o propósito de promover a saúde do doente e prevenir as complicações da doença.

Para Barbosa (1993), o paciente renal crônico em tratamento de hemodiálise é frequentemente ansioso, pois a doença é vista por eles como uma ameaça à vida e a integridade corporal. Dessa forma, Silva (1996) relata a necessidade do profissional de saúde perceber o comportamento negativo do cliente diante a adesão e assim estabelecer um plano de cuidado adequado e coerente com as suas percepções e necessidades.

Stefanelli (1992) diz que o enfermeiro deve compreender o paciente através da comunicação, observando o paciente de forma integral, estando sempre atento ao seu modo de pensar, agir e sentir, tentando assim compreendê-lo melhor para ajudá-lo a conviver com as mudanças no seu viver e melhorar a sua qualidade de vida. Barbosa (1993) ainda completa dizendo que para melhor compreensão do enfermeiro com o paciente em tratamento, este profissional precisa desenvolver técnicas, habilidades, meios, capacidade e competência para ofertar ao cliente, cuidados, atenção, orientações, dando ao paciente oportunidade de uma vida mais digna, mais compreensiva e menos solitária no momento da doença.

Queiroz (2008) relata que o paciente renal crônico em tratamento de hemodiálise deve ser visto como um cliente que está em fase de adaptação em sua nova rotina de vida, pois não existem apenas alterações fisiológicas, mas as psicológicas que causa muita ansiedade. Desse modo, Silva (1996) afirma a necessidade do enfermeiro diante ao cuidado psicológico do paciente, onde o mesmo autor enfatiza que este profissional deve está atento quanto ao uso adequado das técnicas de comunicação interpessoal, visando sempre realizar educação em saúde com esses clientes para que eles tenham conhecimento sobre sua patologia e o seu tratamento, assim adquira segurança, para maiores subsídios no seu auto cuidado e dessa forma se sente útil, com melhoras psicológicas.

Neste sentido Gullo (2000) confirma que o paciente em tratamento de hemodiálise necessita adquirir conhecimento através da educação em saúde sendo relevante para o êxito do tratamento, além de prevenir suas complicações. Assim Silva (1996) enfatiza a importância do enfermeiro na adesão do paciente em tratamento hemodialítico, pois este profissional deve orientar os clientes na organização de suas rotinas que possam melhorar na sua qualidade de vida.

7. CONCLUSÃO

O objetivo desse estudo foi identificar o papel do enfermeiro na adesão do paciente com insuficiência renal crônica em tratamento de hemodiálise, segundo as literaturas pesquisadas.

Os autores defendem que o enfermeiro tem um papel extremamente importante, junto ao portador em tratamento hemodialítico, para obtenção da adesão, pois é ele que lidar diretamente com o paciente durante o tratamento, as sessões de hemodiálise, nas salas de espera, devendo então prestar uma assistência integral a este. Desta forma foi relatado pelos autores pesquisado, que este profissional realiza prevenções de agravos, atuando na resolução de possíveis complicações psicológicas, isso, juntamente com a educação continuada e a atenção especial aos pacientes.

A enfermagem vai além das realizações de cuidados físicos, foi visto nas literaturas que estes profissionais usam o cuidado com relação terapêutica respeitando os diferentes tipos de clientes, com relação de confiança demonstrando o companheirismo, com relação técnica fazendo tudo para que ocorra uma diálise tranquila, como relacionamento interpessoal o qual o paciente é cuidado em relação à saúde, social, sentimento e bem-estar, cuidar também como prolongamento de vida, pois fazer hemodiálise proporciona uma vida longa, dessa forma o enfermeiro mediante as ações conjuga o cuidado com integridade física e emocional.

Vale ressaltar que o enfermeiro ao realizar a educação em saúde deve usar a criatividade, dando apoio individual e familiar, desenvolvendo ações diferentes do método tradicional, utilizando uma maneira onde o cliente aprenda e participe de novas praticas para que possa adaptar-se positivamente ao seu novo estilo de vida, aderindo de forma satisfatória ao tratamento de hemodiálise.

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