Desenvolver-se e existir em AMBIENTES SAUDÁVEIS: Cultura da paz

Em 2000 o Movimento Tortura Nunca Mais realizou, com recursos do Fundo de Amparo ao Trabalhador, dois cursos na área de Cidadania e Direitos Humanos, dando ênfase aos conteúdos voltados para construção de uma cultura de paz. Os resultados desses trabalhos foram sistematizados e agora compõem essa cartilha “Construindo uma Cultura de Paz”, que traz algumas experiências de oficinas pedagógicas nesta área (TAVARES, 2001).

A Cultura de Paz se insere em um marco de respeito aos direitos humanos e constitui terreno fértil para que se possam assegurar os valores fundamentais da vida democrática, como a igualdade e a justiça social. Essa evolução exige a participação de cada um de nós para dar aos jovens e às gerações futuras valores que os ajudem a forjar um mundo mais digno e harmonioso, um mundo de justiça, solidariedade, liberdade e prosperidade. (MARLOVA, 2002).

De acordo com a Organização das Nações Unidas (ONU): ‘’Cultura de Paz é um conjunto de valores, atitudes, modos de comportamento e de vida que rejeitam a violência, e que apostam no diálogo e na negociação para prevenir e solucionar conflitos, agindo sobre suas causas’’.

Entendemos como cultura de paz a consciência permanente de valores da não violência social. A cultura da paz vai mais longe do que construir a paz. Cultura da paz não é simplesmente ausência de guerra. É diferente também da passividade e da resignação. A cultura da paz não elimina oposições ou conflitos, mas pressupõe a resolução pacífica dos conflitos. E resolver os conflitos sociais de forma pacífica é uma mudança radical nos paradigmas que dão sustentação ao atual modelo civilizatório (FARIA, 2002).

De acordo com David Adams, um dos ícones da Cultura de Paz no mundo, tem como base 8 pilares: educação para uma cultura de paz, tolerância e solidariedade, participação democrática, livre fluxo de informações, desarmamento, direitos humanos, desenvolvimento sustentável e igualdade entre gêneros.