PARTICIPAÇÃO DO ENFERMEIRO FRENTE O TRATAMENTO DA GESTAÇÃO ECTÓPICA: UM RELATO DE CASO

Data de postagem: Apr 14, 2015 11:49:22 PM

FACULDADES INTEGRADAS DO EXTREMO SUL DA BAHIA

EDIEIDE FERREIRA SILVA

PARTICIPAÇÃO DO ENFERMEIRO FRENTE O TRATAMENTO DA GESTAÇÃO ECTÓPICA: UM RELATO DE CASO

EUNÁPOLIS, BA

2014

EDIEIDE FERREIRA SILVA

PARTICIPAÇÃO DO ENFERMEIRO FRENTE O TRATAMENTO DA GESTAÇÃO ECTÓPICA: UM RELATO DE CASO

Trabalho de conclusão de curso apresentado ao curso de enfermagem das Faculdades Integradas do Extremo Sul da Bahia como parte dos requisitos para obtenção do Título de Bacharel em Enfermagem.

Orientador (a): Prof°. Diego da Rosa Leal

EUNÁPOLIS, BA

2014

EDIEIDE FERREIRA SILVA

PARTICIPAÇÃO DO ENFERMEIRO FRENTE AO TRATAMENTO DA GESTAÇÃO ECTÓPICA: UM RELATO DE CASO

Trabalho de conclusão de curso apresentado ao curso de graduação em Enfermagem das Faculdades Integradas do Extremo Sul da Bahia, como requisitos para a obtenção do Título de Bacharel em Enfermagem.

Professor Mse. Diego da Rosa Leal (Faculdade do Extremo Sul da Bahia)

Professor (Faculdade do Extremo Sul da Bahia)

Professora (Faculdade do Extremo Sul da Bahia)

Professora Juliana Ali, Coordenadora do curso de Enfermagem Eunápolis–Ba _____________________________ DATA: ___/___/___

Dedico esta monografia aos meus pais Dalmário Oliveira Silva e Edileuza Arcanjo Ferreira, que durante toda minha vida me ensinaram a lutar pelos meus sonhos, e ao longo desses cinco anos foram às pessoas que não fizeram desiste, apesar de todas as dificuldades, amo vocês!

Obrigada Deus!”

AGRADECIMENTOS

Agradeço primeiramente a Deus, que não me deixo esmorecer apesar de todas as dificuldades que se impuseram durante esse período. Pelos livramentos no percurso para a faculdade e por sempre está zelando e olhando por mim, obrigado Senhor.

Á minha grande família que sempre acreditou e incentivou o meu sonho de ser enfermeira. Tenho certeza que sem ela não estaria aqui hoje. Ao meu pai Dalmário que é e sempre foi um grande homem, trabalhador, honesto e com um grande caráter, que investiu plenamente nos meus estudos, e que sempre falou “estude para que a vida possa ser melhor” obrigado pai. À minha mãe Edileuza mulher guerreira, batalhadora e de grande coragem, sempre abrindo mão de coisas para si em benefício dos filhos, mãe obrigado. Aos meus irmãos Edileide, Diego e Dafanny pelos bons momentos juntos e por todo incentivo. Aos meus avôs Carlita e João pelo grande carinho e amor, e por sempre estarem de portas abertas, amo vocês. E não poderia esquecer os meus tios em especial Janieres, Jaco e Ailton que sempre acreditaram em mim, com suas palavras me levantaram e me jogaram para frente, obrigado.

Aos meus grandes e generosos amigos, Daiana, Vanderson, Eliomária, que me acompanharam durante esses 5 anos de batalha, me compreenderam e ajudaram nos momentos em que mais precisei, sem dúvidas se não fossem vocês a minha lutas seria mais difícil, o meu muito obrigada!.

Agradeço também aos meus colegas acadêmicos, pela grande união nos bons e maus momentos, juntos vencemos. Em especial a Maiara Cascalho, Sonara Oliveira e Clémacia Rocha que me abrigaram em suas casas durante os estágios, agradeço muito pela generosidade.

Aos meus amigos de van, Roana, Renata, Caline, Karen, Paula, Yanne, Gabriela, Tito, Yuri e Lincos, que durante as inúmeras idas e voltas para a faculdade, fizeram com que fosse tudo mais divertido, em meio a piadas, aos nossos churrascos e até mesmo com as brigas, já estou com saudades. E também não poderia esquecer os motoristas Messias, Fabiano e João que nos conduziram com segurança e responsabilidade.

Ao meu professor e orientador Diego Leal, que me ajudou na construção desta monografia, com seu grande incentivo, paciência e dedicação o meu grande agradecimento, aprendi muito, obrigada por não desiste de mim. A todos os professores que contribuíram na construção do meu aprendizado, Junior Miller mestre no que ensina, Maria Cristina demonstra amor em ensinar, Leonard intelectual, Vanessa por sua generosidade, Gislâne por sua sabedoria.

E finalmente a todos aqueles que de alguma forma contribuíram para minha chegada até aqui, muito obrigada!

Pode secar-se, num coração de mulher, a seiva de todos os amores; nunca se extinguirá a do amor materno.

Júlio Dantas

RESUMO

Introdução: A gestação ectópica é uma gestação que ocorre fora da cavidade uterina, sua implantação pode ser nas trompas de falópio, ovários, cavidade abdominal, cicatriz de uma cesariana. Uma das principais causas para que a gestação ectópica ocorra é a DIP (doença inflamatória pélvica), definida pela a ascensão de bactérias até as estruturas do aparelho reprodutor feminino, tais bactérias destroem o epitélio ciliar das trompas de falópio, que ajudam a carrear o óvulo fecundado. A gestação ectópica pode causar grandes problemas como, por exemplo, hemorragias, e diminuição da capacidade reprodutiva. Objetivo: avaliar as principais complicações da gestação ectópica, e frente a isso o enfermeiro tem um fundamental papel na assistência durante o tratamento da gestação ectópica. Metodologia: Trata-se de um relato de caso que necessita de um contato prévio com o indivíduo. O estudo será desenvolvido no município de Eunápolis, sendo a paciente encontrada no único hospital público da cidade, paciente está que possui 30 anos, diagnosticada com gestação ectópica em novembro de 2012. Na pesquisa será utilizado um roteiro de entrevista com 22 questões a cerca do processo de diagnóstico e tratamento que a paciente foi submetida. Para análise do conteúdo será utilizado à análise de Bardin que visa descrever mensagens por meio de comunicação podendo ser quantitativa ou qualitativa, buscando resultados que serão necessários para a validação dos dados coletados. Discussão: Foram confrontados vários autores, as idéias foram postas sobre a visão de vários pesquisadores e conhecedores dos assuntos que norteiam a gestação ectópica, é importante salientar que apesar dos avanços para os tratamentos os profissionais devem estar atentos para realizar um diagnóstico precoce, ofertar um tratamento de qualidade para evitar as possíveis complicações, como infecção. Conclusão: A enfermagem tem um papel primordial durante o tratamento da gestação ectópica, realizando o planejamento e intervenções de enfermagem, no que diz respeito à parte prática da enfermagem, porém também é essencial que o enfermeiro esteja preparado para prestar um suporte psicológico para as pacientes, pois a parte emocional pode ser afetada na maioria dos casos de gestação ectópica.

Palavras-chaves: gestação ectópica, hemorragia, complicações.

SÚMÁRIO

1 INTRODUÇÃO

A GE é definida como a gestação que acontece fora da cavidade uterina. Na maioria dos casos a implantação do óvulo é nas trompas de Falópio. Qualquer mulher em idade fértil pode ser acometida pela gestação ectópica, as principais causas para a gravidez ectópica são história de cirurgia pélvica prévia, incluindo ligadura tubária, doenças sexualmente transmissíveis, reprodução assistida, uso prolongado do DIU dispositivo intrauterino (PASSOS et al.,2006).

Uma das principais causas relatadas por diversos autores para gestação ectópica é a disfunção tubária consequente das doenças inflamatórias pélvicas (DIP) Pacientes que foram acometidas pela DIP têm anatomia de suas trompas alteradas, ocorrendo à danificação de seu epitélio ciliar, dificultando o carreamento do oócito fertilizado e consequentemente sua implantação na trompa de Falópio (LEVENO et al., 2010).

A doença inflamatória pélvica é uma patologia causada pela ascensão de microrganismo da vagina e ou endocérvice ao trato genital feminino, acometendo útero, trompas de Falópio, ovários e superfície peritoneal (NAUD et al.,2006)

As infecções genitais de doenças como clamídia e gonococos, são uma das causas que tem elevado o número de mulheres com modificações tubárias. Outros fatores também estão associados a GE, como o uso do DIU, cirurgia tubária anterior, infertilidade, miomas, aderências pélvicas e contraceptivos de progestágenos (FERNANDES et al.,2004).

Os sintomas relatados por diversas mulheres são a amenorréia com algum grau de escape ou sangramento vaginal. O sangramento uterino que ocorre na gestação tubária pode ser confundido com a menstruação verdadeira. Este sangramento apresenta-se em pequena quantidade, de cor marrom-escura e pode ser intermitente ou contínuo (LEVENO et al., 2010)

O profissional de enfermagem deve estar qualificado e treinado para prestar assistência no tratamento da gestação ectópica, pois, quanto mais precoce for à identificação da gravidez ectópica, melhor será para que as possíveis complicações sejam diminuídas. O enfermeiro tem atribuição de ser cuidador, é o profissional que passa maior tempo com os pacientes, portanto deve estar atento a qualquer alteração no quadro fisiológico das pacientes em tratamento de gestação ectópica.

A gestação ectópica tem seu risco de morte evidenciado por diversos autores, principalmente se não for identificada rapidamente, pois, pode haver uma ruptura no local da implantação, por ocorrer fora do útero. Com a ruptura no local da implantação, grande quantidade de sangue é perdida para a cavidade abdominal, a paciente pode ter várias complicações, como o choque hipovolêmico e consequentemente, à morte.

O enfermeiro é um dos primeiros profissionais a recepcionar as pacientes, realizando a triagem que envolve o histórico do paciente, exame físico e principais queixas. Com os dados coletados pode-se suspeitar de gestação ectópica, por tanto, o enfermeiro deve estar preparado para identificar os sinais e sintomas da gestação e agir rapidamente juntamente com a equipe multidisciplinar.

É necessário enfatizar as principais condutas que o enfermeiro deve ter no acolhimento das pacientes que chegam com sinais de gestação ectópica e, posteriormente, no tratamento sendo na maioria dos casos cirúrgicos, requerendo atenção no pós-operatório e nos dias seguintes de internação hospitalar pelo risco de infecção do sítio cirúrgico.

O enfermeiro usa a sistematização de enfermagem para prestar sua assistência de maneira coerente, como isso aperfeiçoa se o tratamento empregado para gestação ectópica. Os diagnósticos de enfermagem são implantados para que toda essa sistematização seja mais bem definida, usando suas metas e implementações de enfermagem.

O levantamento de dados, realizados através de revisão de bibliografia, pesquisa de campo, faz com que novas discussões a respeito da gestação ectópica sejam expostas para a comunidade científica, enriquecendo os conhecimentos já existentes. Diferentes perspectivas podem despertar o interesse para a realização de outras pesquisas, que venham a nortear melhorias no que diz respeito a principais causas, diagnóstico e tratamento da gestação ectópica, surgindo assim possíveis benefícios para pacientes acometidas por gestação ectópica.

Nessa perspectiva, está pesquisa busca ressaltar que como um tratamento preciso e rápido pode diminuir os riscos que a gestação ectópica pode acarretar ou até mesmo torná-las inexistentes. Frente a isso o enfermeiro deve prestar toda assistência a pacientes diagnosticadas com gestação ectópica.

Fica evidenciado que um tratamento correto e monitorado é um dos principais fatores para que as pacientes tenham um menor número de complicações, ou seja, um tratamento tardio pode levar a sérias complicações. Portanto está pesquisa visa avaliar a participação do enfermeiro frente o tratamento da gestação ectópica, e como a assistência prestada pelo profissional de enfermagem pode amenizar os possíveis danos.

2 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA

2.1 GESTAÇÃO ECTÓPICA

O conceito de gravidez ectópica se da por uma implantação do ovo fertilizado (blastocisto) em outro local do aparelho reprodutor feminino interno, ou seja, fora da cavidade uterina (LEVENO et al., 2010).

Trata-se de afecção que tem mostrado grande incidência nos últimos 20 a 30 anos, chegando a 2% de todas as gestações, sendo sua causa de difícil detecção. Os números reais da sua incidência têm sido diminuídos, pois algumas das gestações ectópicas são tratadas como abortos espontâneos (PASSOS et al., 2006).

O número de gestações ectópicas tem aumentado nos últimos anos, é considerado por muitos especialistas uma questão de saúde pública pelo seu elevado índice de morbidade e mortalidade. Entretanto houve uma melhora considerável nos métodos de diagnósticos e tratamento, diminuindo os riscos de mortalidade de pacientes diagnosticadas com gestação ectópica (PEREIRA, 2001).

A gestação ectópica é um dos problemas ginecológicos que, na maioria dos casos pode comprometer a vida reprodutiva das mulheres. Sua incidência está ligada a infecções do trato reprodutivo, uma das principais causas é clamídia tracomatis. O hábito de fumar, infertilidade, abortos espontâneos e uso do DIU (dispositivo intra-uterino) são outros fatores de risco para a gestação ectópica (FERNANDES; MOTETTI; OLOVATTI, 2007).

A gestação ectópica tem elevados índices de mortalidade no primeiro trimestre da gestação, por isso, o diagnóstico precoce pode diminuir o risco de morte. Como exames clínicos e laboratórios como, os índices de B-HCG, ultrassonografia transvaginal e exame clínico auxilia na diminuição das conseqüências da gestação ectópica ligada a ruptura tubária, hemorragia interna e estabilidade hemodinâmica (JUNIOR et al.,2008).

O útero trata-se de um órgão que recebe os óvulos, e no caso de uma gestação ira aloja o embrião onde permanecerá até o seu nascimento. O útero esta localizado na pelve entre a bexiga urinária e o intestino. É um órgão muscular, oco, com cerca de 8 cm de comprimento e 5 cm de largura e 3 cm de espessamento . Em geral tem forma de uma pêra invertida e nele se distinguem três partes: corpo, istmo e colo (DANGELO; FATTINI, 2007).

2.2 ETIOLOGIAS E PRINCIPAIS CAUSAS

A gestação ectópica pode ter inúmeras causas dentre elas estão: endometriose, tumorações justatubárias, alterações anatômicas, salpingites e alteração da motilidade tubária (decorrente de práticas contraceptivas) (ZUCCHI et al.,2004).

Os danos parciais ou completos das tubas de falópio fazem com que mulheres futuramente vivam gravidezes ectópicas, esterilidade definitivas, ou seja, a capacidade reprodutiva destas mulheres pode ser afetada (FERNANDES; MORETTI; OLIVATTI, 2007).

A paciente diagnóstica com gestação ectópica apresenta-se com dor abdominal e atraso menstrual, um sangramento irregular pode completar o quadro clínico, sendo os três sintomas mais comuns, juntamente com a reação dolorosa a palpação abdominal, encontrada se a presença de massa anexial e irritação peritoneal são os sinais de maior frequência (PASSOS et al., 2006).

O sangramento vaginal que, ocorre na gestação ectópica tem origem no útero, já que o mesmo sofre alterações semelhantes da gestação tópica. Quando há a morte embrionária, o suporte hormonal é diminuído e consequentemente ocorre o sangramento pelo processo de descamação da decídua (SOARES; JUNIOR; CAMANO, 2004).

Em 100% dos casos de gestação ectópica há alteração na dosagem do hormônio gonadotrópica coriônica sua dosagem é superior a 1500mUI/ml e a ecografia afirma a não existem de saco gestacional intra-uterino, ou seja, não existe implantação de um embrião na cavidade uterina, porém houve alteração no hormônio que ajudam a identificar gestações (CHAVES, 2005).

Existem outros tipos de gestação ectópica, com a implantação do blastocisto na cérvice (gestação cervical) ou no ovário (gestação ovariana). A gestação abdominal ocorre quando a placenta em crescimento dentro da trompa de Falópio rompe e se implantam nas estruturas pélvicas, intestinos e paredes laterais da pelve (LEVENO et al., 2010).

A localização atípica de gestação ectópica, quando não tubária é representa por menos de 10% de todas as gestações ectópicas, porém os índices de morbidade são extremamente elevados, sendo a cirurgia a conduta mais usual (JUNIOR et al.,2008)

2.3 DIAGNÓSTICOS DA GESTAÇÃO ECTÓPICA

Pacientes que procuram a emergência, apresentando dor pélvica aguda, com atraso ou irregularidade menstrual deve-se suspeitar de gestação ectópica e a solicitação de um exame de B-HCG é fundamental para o diagnóstico. A pesquisa de outros fatores de risco é relevante, porém cerca de 30 a 50% das pacientes não apresentarão fator de risco (PASSOS et al., 2006).

A Ultrassonografia abdominal é de difícil identificação quando utilizada para diagnosticar a gestação localizada na trompa de falópio. A ausência de gestação uterina, teste B-HCG positivo, líquido no fundo do saco e massa abdominal, leva a confirmação do diagnóstico da gestação ectópica (LEVENO et al., 2010).

Quando ocorre a associação da dosagem de B-HCG e ultrassonografia transvaginal detecta cerca de 90% das gestações ectópicas, independente de sua localização, a eficácia desses dois métodos pode chegar a 100% (CHAVES, 2005).

A ultrassonografia transvaginal é de extrema importância para a detecção do saco gestacional uterino. A utrassonografia transvaginal consegue visualizar o saco gestacional com 5,0 e 6,0 milímetros. A ausência de imagem de uma gestação tópica é também um indicativo de gestação ectópica (JUNIOR et al.,2008).

A culdocentese técnica que se faz por aspiração de líquido do fundo do saco posterior de “Douglas” utilizando se de agulha e seringa, porém a culdocentese não diferencia a gestação ectópica rota, um aborto tubário ou cisto lúteo hemorrágico, faz somente o diagnóstico de hemoperitônio. As características clássicas do líquido coletado são sanguinolentas e não coagulados (PASSOS et al., 2006).

2.4 TRATAMENTOS DISPONÍVEIS PARA GESTAÇÃO ECTÓPICA

A cirurgia é padrão no tratamento da gestação ectópica. A laparotomia é realizada nos casos de ruptura tubária com instabilidade hemodinâmica, em outras condições a via principal é a laparoscópica, por diversas vantagens, entre elas, menor tempo de internação, recuperação mais rápida e menos custos. O grande impasse para o tratamento cirúrgico é a preservação da capacidade reprodutiva, a salpingectomia trata-se do tratamento radical e a salpingostomia tratamento conservador (JÚNIOR et al., 2008).

A salpingostomia é a cirurgia conservadora, quando a trompa é preservada, sendo utilizada para remover uma gestação de volume pequeno, menor que 2 cm de comprimento e localizado no terço da trompa de Falópio. É realizada uma incisão linear, 10 a 14 mm de comprimento, são feitas na borda antimesentérica sobre a gestação ectópica. Os produtos são expulsos pela incisão e cuidadosamente removidos. Quando ocorrem sangramentos estes são controlados por eletrocautério com ponta de agulha ou laser, a incisão é deixada sem sutura para cicatrizar por segunda intenção. Este procedimento é realizado através da laparoscopia (LEVENO et al., 2010).

A salpingectomia é o tratamento radical que visa à retirada da trompa, comprometendo assim a função reprodutiva. Esse tratamento é adotado quando a paciente, tem prole definida, lesões tubárias extensa com risco hemodinâmico, quando há gestações na mesma tromba e níveis de B-HCG maior que 5.000 mUI/mL (JÚNIOR et al.,2008).

Em pacientes com provável sangramento ativo, a melhor escolha é a laparotomia. A preservação da trompa em pacientes jovens sempre é levada em conta. Se a gestação ectópica é rota, a melhor conduta é a salpingectomia. Em outros casos, a salpingostomia linear com esvaziamento do conteúdo é a conduta a ser tomada (PASSOS et al., 2006).

Outro tratamento utilizado pela equipe médica é a colpotomia, usando a via vaginal para a retirada da trompa de Falópio, com implantação do embrião. O sangramento que ocorre pelo rompimento da trompa também é escoado, e é realizado pelo posicionamento da mesa cirúrgica. É um método rápido, seguro e eficaz, as vantagens são várias como menor tempo de internação hospitalar, pós-operatório com menos dor, a questão estética também é melhor, pois, não haverá uma incisão no abdome e a retomada das atividades diárias poderá ser o mais breve possível (PINTO et al.,2012).

O tratamento não cirúrgico é usado em gestação ectópica cervical, usado o fármaco metotrexato trata-se de um antineoplásico que age como antagonista do ácido fólico sendo efetivo contra o trofoblásto em proliferação ativa. Após o tratamento com metotrexato os níveis de B-HCG desaparecem em até 28 dias do plasma (LEVENO et al., 2010).

O uso do metotrexato é aconselhado quando a paciente apresenta função hepática e renal normais, estabilidade hemodinâmica, ausência de dor abdominal, massa anexial menor que 3,5 cm, e desejo de futuras gestações. As contra-indicações para o uso do metotrexato são anemia leve ou moderada, gravidez intra-uterina, baixa imunidade, leucopenia, trombocitopenia, doenças pulmonares, sensibilidade ao metotrexato e úlcera péptica (JUNIOR et al.,2008).

O procedimento cirúrgico da gestação ectópica é classificado como cirurgia de emergência, pois ocorre ruptura da trompa de Falópio com extravasamento de sangue para a cavidade abdominal, risco de hemorragia. A duração é de aporte I (até duas horas) e o potencial de contaminação é de cirurgia potencialmente contaminada (CARVALHO; BIANCHI, 2007).

2.5 ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM PRÉ, TRANS E PÓS-OPERATÓRIO

Na fase pré-operatória o início é pela decisão de internação e intervenção cirúrgica com transferência do paciente para o centro cirúrgico (BRUNNER; SUDDARTH, 2008).

A assistência pré-operatória está voltada como uma etapa da SAE (sistematização da assistência de enfermagem) que visa qualificar a assistência, de modo a sustentar todo o serviço da enfermagem, sendo voltado à promoção da saúde e a prevenção de futuras complicações no pós-operatório (MOREIRA; POPOV, 2009).

No pré-operatório a enfermagem deve estar atenta a todas as necessidades do paciente, o que inclui os cuidados pré-operatórios, devendo ser executados com conhecimento científico especializado, atendendo a necessidade de cada paciente, para diminuir os riscos cirúrgicos, e diminuir os possíveis problemas no pós-operatório (CHRISTÓFORO, 2006).

No período trans-operatório é a etapa mais crítica, onde é iniciado o procedimento anestésico até reversão da anestesia. Durante esse período o enfermeiro é responsável pela circulação na sala operatória e também é função dele o planejamento e implementação da assistência prestada (ALBUQUERQUE; MORAIS, 2013).

Os cuidados trans-operatórios têm início quando o paciente é levado até o centro cirúrgico e chega ao fim com a admissão RPA (recuperação pós-anestésica). A enfermagem nessa fase irá se certificar quanto à segurança do paciente, manutenção da assepsia do ambiente, verifica funcionamento de equipamentos a serem utilizados, provimentos de instrumentos e equipamentos para o cirurgião (BRUNNER; SUDDARTH, 2012). Este período é que as ações assumem ainda maior importância para reduzir o risco de infecção hospitalar, mencionado por Sayeg (2013) como a infecção que se adquire no período de internação hospitalar e pós- hospitalar, porém podem ser evitadas com medidas de controle e prevenção.

O pós-operatório ocorre com admissão do paciente na URPA e termina no ambiente clínico ou em casa. Os cuidados de enfermagem incluem a manutenção das vias aéreas do paciente, monitoração dos sinais vitais, verificarem efeitos colaterais do anestésico, avaliar o paciente por completo, fornecer conforto e alívio da dor (BRUNNER; SUDDARTH, 2008).

2.6 SISTEMATIZAÇÕES DA ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM (SAE)

A sistematização da assistência de enfermagem é um instrumento metodológico utilizado pelo enfermeiro, na demonstração de seus conhecimentos técnico-científicos em sua prática assistencial, desta forma, o cuidado prestado passa a ser organizado e coerente (BITTAR; PEREIRA; LEMOS 2006).

A enfermagem presta assistência à saúde, devido a isso é fundamental que tenha como base sistematizações que atendam as necessidades humanas básicas e responda também as demandas gerenciais e científicas. Na década de 70 a precursora da sistematização da assistência no Brasil foi Wanda de Aguiar Horta, demonstrando como o planejamento e organização garante a autonomia do profissional de enfermagem (NASCIMENTO, 2008).

O objetivo da enfermagem é o cuidado, e para isso é essencial que haja qualidade, sendo um dos princípios, para assistência ofertada aos clientes, o que implica na boa recuperação da saúde e melhoras nas condições de vida dos pacientes, e para que isso aconteça e importante que o enfermeiro tenha como alicerce atributos científicos (ANDRADE; VIEIRA, 2005).

A Sistematização da Assistência de Enfermagem ocorre por meio do Processo de Enfermagem que é entendido como a aplicação prática da teoria de enfermagem na assistência aos clientes. Deste modo os profissionais de enfermagem desenvolveram um processo para identificar e solucionar os problemas, esse processo está dividido em três etapas, avaliação, planejamento e reavaliação (HERMIDA; ARÁUJO, 2006).

Os enfermeiros necessitam cada vez mais, de conhecimentos acerca das teorias de enfermagem, do processo de enfermagem, de patologia, de fisiologia e é claro ter habilidades necessárias para gerenciar, ou seja, os enfermeiros poderão melhor assistir pacientes, familiares e a comunidade para obter indicadores de saúde a partir dos registros realizados nos prontuários pela equipe de enfermagem, avaliando assim a qualidade da assistência prestada (TANNURE; PINHEIRO, 2010).

O diagnóstico de enfermagem é fundamental para a SAE, é definido como o estudo cuidadoso e críticos de algo, para a determinação de sua natureza, representam um ou mais problemas encontrados pela presença de características definidoras maiores (MOYET, 2009).

O diagnóstico de enfermagem tem como foco o bem- estar e auto-realização do cliente. Muitos dos pacientes têm dificuldades em compreender os próprios problemas de saúde os quais com ajuda do enfermeiro são identificados, tendo como objetivo a solução dos problemas de saúde enfrentados pelo cliente, desta forma alcançando resultados positivos para a recuperação da saúde do paciente (NANDA, 2010).

A gestação ectópica quando rota, ou seja, há ruptura no local da implantação do concepto, acarreta graves implicações para as pacientes, como já mencionado na presente pesquisa, a hemorragia intra-abdominal é umas das principais conseqüências da gestação ectópica, o que acarreta outras disfunções fisiopatológicas para essas pacientes.

Desta maneira faz se fundamental uma adequada assistência de enfermagem, que utiliza a SAE (Sistematização da Assistência de Enfermagem), portanto foram elaborados planos de cuidado para pacientes diagnosticadas com gestação ectópica.

A primeira sistematização de enfermagem está relacionada ao diagnóstico dor aguda relacionado à gestação ectópica, evidenciado pela ruptura no local da implantação do concepto. De acordo com DOENGES, 2009, a meta utilizada é o indivíduo deve ter alívio satisfatório após uma intervenção farmacológica prescrita e como intervenções utilizadas nos cuidados, à paciente deve ouvir atentamente o que é dito em relação à dor; explicar o conceito de dor como uma experiência individual; explicar as causas da dor; proporcionar privacidade na experiência dolorosa; monitorar os sinais vitais.

O segundo diagnóstico para gestação ectópica trata-se do risco de infecção, relacionada salpingectomia evidenciado por procedimento cirúrgico. Segundo NANDA, 2010, a principal meta é identificar as intervenções para evitar/reduzir o risco de infecção e como intervenções realizadas pelo enfermeiro deverá ser avaliar e registrar as condições da pele ao redor da inserção; detectar sinais e sintomas de sepse (infecção sistêmica): febre, calafrios, sudorese, alteração do nível de consciência; monitorar os visitantes/cuidadores para evitar que o cliente seja exposto;

O terceiro diagnóstico utilizado para o quadro clínico da gestação é recuperação cirúrgica retardada, relacionada à dificuldade para movimentar-se evidenciada pela dor aguda. Segundo CARPENITO, 2008, a meta a ser seguida é o indivíduo deverá ter alívio satisfatório após intervenções, para a interrupção da dor e suas intervenções frente aos cuidados é observar a localização dos procedimentos cirúrgicos, porque isso pode influir na intensidade da dor pós-operatória; avaliar a dor todas as vezes que ela ocorrer; atuar junto ao cliente para evitar a dor, porque a intervenção oportuna tem mais chance de sucesso no alívio da dor.

Outro possível diagnóstico, identificado nesse caso, refere-se à integridade da pele prejudicada relacionada a procedimento cirúrgico evidenciado pela realização de salpingectomia. De acordo com DOENGES, 2009, a principal meta é terá cicatrização das lesões no tempo esperado e sem complicações. Com esse intento, o enfermeiro deve realizar como intervenções, verificar se há alterações da coloração, textura, e do turgor da pele; examinar a pele adjacente para detectar eritema, enduração ou maceração; avaliar odores emitidos da pele/ área lesionada e examinar a pele diariamente, descrevendo as lesões e alterações detectadas.

A pele é definida mediante condições físicas, psicológicas, incluindo estado de saúde, idade, diferenças étnicas. Dentre suas funções estão, proteção, excreção, regulação da temperatura corporal, percepção sensitiva e imagem corporal. Uma pele íntegra diminui possíveis danos que o ser humano pode sofrer ao longo da vida, como infecções, traumas mecânicos, térmicos, químicos e radiação (RESENDE; BACHION; ARAÚJO, 2005).

Integridade da pele prejudica é definida como uma alteração da epiderme e derme sendo relacionado a processos mecânicos oriundos de procedimentos cirúrgicos, por longos períodos de imobilização sem mudança de decúbito. Outra causa que interfere na integridade da pele prejudicada é a utilização de agentes anestésicos, que diminui a vasodilatação e constrição normal, restringindo a perfusão para as proeminências ósseas e região que se encontra sob pressão (GALDENO, 2003).

Mais um diagnóstico pode ser incluso no plano assistencial da paciente diagnosticada com gestação ectópica refere-se à ansiedade relacionada ao medo evidenciado por perda do concepto. De acordo com NANDA, 2010, a meta a ser posta em ação é identificar modos saudáveis de lidar com a ansiedade. As principais intervenções são identificar a percepção quanto à ameaça representada pela situação; observar comportamentos sugestivos do nível de ansiedade; estabelecer uma relação terapêutica transmitindo empatia e respeito incondicional positivo e mostra-se disponível para ouvir e conversar com o cliente.

Para o fechamento dos diagnósticos, metas e intervenções, o diagnóstico utilizado e o medo relacionado ao procedimento cirúrgico evidenciado pelo relato da própria paciente. De acordo com o exposto por DOENGES, 2009, uma possível meta empregada pelo enfermeiro é demonstrar os tipos apropriados de sentimentos, vindo assim a experimentar menor medo. Ainda de acordo com este autor, principais intervenções são determinar a percepção do cliente/família quanto ao que está acontecendo e como isto afeta a sua vida; aferir os sinais vitais /avaliar as respostas fisiológicas à situação; ouvir atentamente as preocupações do cliente; explicar os procedimentos segundo o nível de compreensão e levando em consideração a capacidade de entendimento do cliente.

2.8 MEDO E ANSIEDADE

O medo deriva do Latin metus que significa súbito e perigo, o medo surge em resposta a um perigo conhecido, externo e sem conflitos internos. Charles Darwin elaborou a descrição psicofisiológica do medo, o que incluem reações como, boca e olhos ficam mais abertos, o coração bate mais rápido, a pele fica pegajosa e pálida, o indivíduo começa a transpirar, os pelos do corpo ficam eretos, os músculos do corpo começam a tremer, a voz pode ficar trêmula e até mesmo falhar, isso tudo pode levar a uma irrefreável intenção de fuga (SADOCK; SADOCK, 2007).

Ansiedade é definida como um alerta, que o ser humano utiliza para prever perigo iminente, tendo assim a possibilidade de tomar medidas para enfrentar as ameaças. A ansiedade faz parte da essência do homem, trazendo novos desafios ou guardando ações e desejos (CARMAGO, 2004).

O medo e ansiedade têm em comum reação de defesa, que se dá em respostas a possíveis perigos que ponha em desequilíbrio do seu bem estar como, por exemplo, sua sobrevivência e integridade corporal (MARGIS et al, 2003).

As alterações fisiológicas da ansiedade incluem a ativação do sistema nervoso autônomo, que se evidencia com pulso acelerado, frequência respiratória aumentada, alteração da pressão arterial e temperatura corporal, dilatação das pupilas, o relaxamento dos esfíncteres da bexiga e intestino, pele fria e pegajosa, sudorese, boca seca, desmaios e tonturas (SANTOS 2007).

Há diferenças entre o medo e ansiedade, a ansiedade se diferencia do medo por um sinal de alerta de algum perigo, preparando o indivíduo para enfrentar a ameaça, existe uma semelhança com o medo, porém a ansiedade é uma resposta a ameaça desconhecida, vaga e cheias de conflitos (SADOCK; SADOCK, 2007).

3 METODOLOGIA

3.1 TIPO DE ESTUDO

O estudo em questão trata-se de um Relato de caso, que segundo Aragão; Tavares (2009 apud BRODELL, 2000) diz ser uma das formas mais simples de produção científica. Em um dado momento em que as produções científicas são extremamente valorizadas pela comunidade acadêmica, a publicação de um caso clínico ou uma série de casos torna-se um instrumento de aprendizado e conta com a produção científica.

Os relatos de casos clínicos necessitam do contato prévio de um profissional de saúde (ou estudante) com um paciente que possua uma enfermidade rara ou de interesse acadêmico. O relato de casos raros são os que mais frequentemente são publicados, entretanto a raridade não é a condição essencial para um relato de caso (ARAGÃO; TAVARES, 2009).

O relato de caso tem como principal papel a informação, sendo necessário que o seu conteúdo siga uma sequência apropriada. Um relato de caso possui na sua estrutura básica, título, resumo, uma introdução com objetivo, a descrição de caso, uma discussão com revisão da literatura, conclusão e bibliografia (YOSHIDA, 2007).

3.2 CAMPO E CENÁRIO DO ESTUDO

O estudo será desenvolvido no município de Eunápolis, um município brasileiro do estado da Bahia, situado as margens das BR,s 101 e 367, sendo sua população 110.803 habitantes, segundo o IBGE, 2012. A coleta de dados está prevista para Fevereiro de 2014.

Eunápolis é composto por 22 estabelecimentos de saúde, sendo que 21 são unidades básicas, 1 hospital ,neste escopo foi escolhido como local para encontrar o sujeito de pesquisa o principal hospital público da cidade o Hospital Regional de Eunápolis.

Neste local são atendidos aproximadamente 105 pacientes por mês e dentre eles aproximadamente 70 gestantes para partos normais e 35 para partos cesáreos. O caso a ser relatado foi escolhido através da indicação de profissionais do Hospital Regional de Eunápolis a partir do atendimento prestado a mulheres que, foram diagnosticadas com gestação ectópica.

3.3 RELATO DE CASO

Para maior entendimento sobre a experiência de uma paciente diagnosticada com gestação ectópica, foi elaborado um roteiro com perguntas sobre possíveis causas para a gestação ectópica, diagnóstico, tratamento e sentimento vividos.

Com relação à história pregressa da paciente E.A.S., 30 anos, casada, trabalha no Hospital Regional de Eunápolis como enfermeira, apresentou algumas vezes infecção urinária tratadas com sucesso com antibióticos, não teve nenhuma patologia ginecológica, não usou DIU (dispositivo intra-uterino), nunca passou por procedimento cirúrgico abdominal ligado ao aparelho reprodutor, que são referenciados como fatores de risco. A mesma relatou que foi a primeira gestação ectópica que teve.

Uma das principais causas de gestação ectópica está ligada a doenças sexualmente transmissíveis como a clamídia tracomatis, e a doença inflamatória DIP, que destroem o epitélio ciliar das trompas de falópio, impedido o carreamento do óvulo fecundado (FERNANDES; MORETTI; OLIVATTI et al.,2007).

A DIP trata-se de uma síndrome que acomete o trato genital inferior, como a migração de microorganismos que atingem o endométrio, trompas de falópio e demais estruturas. A ascensão dessas bactérias pode ocorrer espontaneamente ou atrás de manipulação como, por exemplo, o uso de DIU (dispositivo intra-uterino), curetagem e biopsia do endométrio (BRASIL, 2006).

A gestação ectópica ocorre quando há a implantação do óvulo fecundado, já na forma de blastocisto, nas trompas de falópio ou em outro local do aparelho reprodutor feminino, exceto no próprio útero (ROCHA et al,2013)

Sendo sua data da última menstruação 05/09/12, em um primeiro momento, devido ao atraso menstrual, comprou um teste de farmácia para descobrir se estava grávida, o resultado foi negativo, então um teste laboratorial foi realizado e o resultado também foi negativo. Descobriu que estava grávida quando estava na quarta semana.

Apresentou náuseas durante este período da gestação, logo após sentiu fortes dores do lado direito do abdome, sendo no primeiro instante, suspeita de apendicite. Segundo Pinto (2012), a paciente com gestação ectópica pode apresentar atraso menstrual, sangramento vaginal que não é compatível com a menstruação e dor abdominal.

Foi imediatamente solicitada, pelo médico uma ultrassonografia abdominal, evidenciando líquido na cavidade abdominal, entretanto, no decorrer do procedimento de anamnese, a paciente relatou que estava com um atraso menstrual, então o médico solicitou um teste Beta HCG, onde o resultado foi positivo, também foi solicitada uma ultrassonografia transvaginal. Houve constatação do rompimento da trompa direita e o diagnóstico foi confirmado como gestação ectópica, em novembro de 2012.

De acordo com Junior et al (2008), o diagnóstico está baseado em alguns métodos como a utrassonografia transvaginal, que pode evidenciar o saco gestacional do embrião, um diagnóstico extremamente preciso, o Beta HCG também é solicitado para a confirmação da gestação.

A assistência prestada pela equipe de enfermagem segundo a paciente foi à melhor possível, com um acolhimento emocional no primeiro momento, e posteriormente orientada sobre o que era gestação ectópica, seu tratamento e como seria o período pós-operatório. O que facilitou o seu entendimento foi um conhecimento prévio sobre o que era gestação ectópica, por ser enfermeira.

Posteriormente, procedimentos foram realizados pelo enfermeiro que a monitorava, como puncionamento do acesso venoso, administração medicação profilática para infecção, e preparo para o centro cirúrgico, uma vez que surgiu a necessidade de intervenção cirúrgica, salpingectomia, pelo rompimento da trompa direita e a perda de sangue intra-abdominal.

O tratamento empregado no caso de rompimento da trompa de falópio é a salpingectomia, que é a retirada total da trompa afetada. Neste caso este tratamento é utilizado pelo risco hemodinâmico (LEVENO et al., 2010).

A paciente ficou internada por 2 dias, teve cefaléia pós anestesia raquidiana, sendo tratada com hidratação venosa e medicações. A assistência prestada pela a enfermagem no pós-operatório foi mediante a realização da medicação, curativos e apoio emocional. A paciente se sentiu melhor, pois pode ter um acompanhante durante a internação, o que fez com que ela pudesse esta acolhida por sua família durante a internação, a mesma relatou que o acompanhamento foi de suma importância naquele momento difícil.

No relato da paciente ela manifestou que a equipe de enfermagem teve um papel fundamental para orientação, apoio emocional e o tratamento. Quando descobriu que estava com gestação ectópica ficou muito triste, pois, a gestação era aguardada por ela e pelo esposo, no segundo momento ficou com medo pelo procedimento cirúrgico e pela anestesia e suas possíveis complicações.

A ansiedade e o medo se assemelham no que diz respeito ao modo de reagir, sempre tendo reação de defesa, quando ocorre algo que possa por em risco a sua própria integridade física, o instinto de defesa se sobrepõe ao raciocínio (MARGIS, 2003).

O futuro reprodutivo da paciente não foi comprometido, já que sete meses após a retirada de sua trompa direita, diminuindo em 50% de suas chances de uma nova gestação, a paciente descobriu que estava grávida, e desta vez a gestação era tópica.

Segundo Junior, 2008, a possibilidade reprodutiva pode ser avaliada de duas maneiras pela histerossalpingografia, que analisa a permeabilidade tubária e quando ocorrem outras gestações. Estudos comprovam que as condutas adotadas como a salpingectomia, salpingostomia e metotrexato, ajudam na preservação do futuro reprodutivo, com taxas de 44,2, 54,2 e 56,5%,ou seja, há uma grande eficácia nestes tratamentos empregados.

3.4 INSTRUMENTOS E PROCEDIMENTOS DE COLETA DE DADOS

Houve um contato prévio com a paciente em questão para explicar os objetivos do estudo, conhecer brevemente a história e ver a possibilidade de participação da mesma na pesquisa.

A participante da pesquisa será orientada a assinar um Termo de Consentimento Livre e Esclarecido – TCLE (ANEXO I). Foi construído um roteiro de entrevista para nortear a obtenção dos dados (ANEXOII). Tal roteiro é composto por 22 questões, contendo perguntas relacionadas ao diagnóstico, tratamento e como foi assistência prestada por enfermeiros que a recepcionaram no momento em que a mesma procurou atendimento hospitalar. Na entrevista será utilizado também um gravador para que nada que for dito seja perdido como o passar do tempo, ou seja, qualquer dúvida durante a construção da pesquisa o recurso da gravação será utilizado.

A participante será previamente informada sobre o questionário que irá nortear a entrevista realizada para o levantamento dos dados que darão subsídios para a construção do relato de caso, também será orientada quanto às questões legais que implicar a pesquisa, relatando também a justificativa e importância da realização da pesquisa

3.5 PROCEDIMENTOS DE ANÁLISE

Segundo Farago; Fofonca (1977 apud BARDIN, 2009) diz que a análise de conteúdo trata-se de um conjunto de técnicas de análise das comunicações sendo este o método utilizado para os procedimentos sistemáticos com objetivo de descrever o conteúdo das mensagens propostas.

A análise de conteúdo visa por procedimentos sistemáticos à descrição do conteúdo das mensagens de indicadores quantitativo ou não, permitido a interferência dos conhecimentos ligados a produção e recepção de mensagens Caregnato; Mutti (1977 apud BARDIN, 2006).

A técnica análise de conteúdo e composta por três etapas de suma importância para o desenvolvimento da pesquisa que se pretende realizar. A primeira etapa é a pré- análise sendo a fase de organização que são utilizados vários métodos como, a leitura fluente, hipóteses, objetivo e a elaboração dos indicadores para fundamentação da interpretação, o segundo é a exploração dos dados sendo assim codificado e por último a terceira etapa é realizado a categorização dos dados segundo suas semelhanças e por diferenciação.

3.6 QUESTÕES ÉTICAS

Este estudo será desenvolvido respaldando-se na resolução 196/96 do Conselho Nacional de Saúde, regulamentadora das pesquisas com seres humanos, considerando a observância da beneficência, não maleficência, ausência de riscos e prejuízos, com garantia do anonimato aos sujeitos do estudo. Esta pesquisa só poderá iniciar a coleta de dados após aprovação de um comitê de ética em pesquisa e a coleta dos dados ocorrerá após aceitação do sujeito do estudo e assinatura do termo de consentimento livre e esclarecido.

4 DISCUSSÃO

A gestação ectópica ocorre pela implantação do zigoto fora do útero e conseqüentemente seu desenvolvimento, que por ocorrer em outra parte do aparelho reprodutor, terá seu ciclo gestacional interrompido. Perante a isto é fundamental uma diagnóstico precoce, já que o caso pode torna-se grave e de urgência (ZUCCHI, 2004).

De acordo com Passos (2006) qualquer mulher em idade reprodutiva e sexualmente ativa pode passar por uma gestação ectópica. As causas se dão por diversas etiologias, uma das principais é a DIP (doença inflamatória pélvica), causada por doenças sexualmente transmissíveis, como clamídia e a gonorréia, as intervenções ginecológicas como reprodução assistida e ligadura tubária podem ser outras causas determinantes para gestação ectópica.

Segundo Leveno et al., (2010) a doença inflamatória pélvica, ocorre quando há a migração das bactérias localizadas na vagina, pelo aparelho reprodutor feminino interno, trompas de falópio, útero, ovários e cavidade peritoneal. Tais bactérias destroem o epitélio ciliar das trompas de falópio, diminuindo a capacidade de carreamento do óvulo fecundado.

Para Fernandes (2004) o aumento no número de casos de gestações ectópicas deve-se a crescentes intervenções ginecológicas como, por exemplo, o uso do DIU (dispositivo intra-uterino), e intervenções cirúrgicas. As doenças sexualmente transmissíveis também podem interferir na anatomia do aparelho reprodutor feminino, o que contribui para o aumento do risco de uma possível gestação ectópica.

Nos últimos anos os métodos de diagnósticos têm evoluído, e com isto o tratamento pode ser efetuado o mais rápido possível. Como a associação da ultrassonografia transvaginal e o exame laboratorial Beta HCG o diagnóstico é extremamente eficaz (PEREIRA, 2001).

Segundo Pinto (2012), pacientes que apresentam certo atraso menstrual, sangramento vaginal, existirá uma suspeita de gestação ectópica. A conduta adotada é a utilização de medidas seriadas de gonadotropina coriônica humana, ou seja, o beta (HCG), que indica o aumento dessa sustância no organismo da mulher, e juntamente com esse exame laboratorial está a ultrassonografia que reforça o diagnóstico.

A observação foi feita por Pereira (2001); Rocha et al (2013) um diagnóstico precoce,ou seja, antes da ruptura da trompa faz com que as condutas de tratamento sejam menos invasivas, que tende a preservar o futuro reprodutivo das pacientes que passam por uma gestação ectópica.

Fernandes et al.,(2004); Junior (2008) com o aperfeiçoamento do diagnóstico, a gestação ectópica pode ser descoberta precocemente, evitando os tratamentos radicais como a salpingectomia que é retirada da trompa usando a laparotomia para isso. Porém com esse diagnóstico precoce os tratamentos são mais conservadores como a salpingostomia que vida preservar a trompa, neste caso a trompa não se rompeu, usa-se a via laparoscópica e por último é utilizado o medicamento metotrexato que tem apresentado bons resultados, é indicado quando o saco gestacional é íntegro com tamanho até 3 cm e haja a ausência de batimentos cardíacos.

Fernandes; Moretti; Olivatti, (2007); Soares et al.,(2004) o uso do metotrexato tem apresentado excelentes resultados, quando o diagnóstico é realizado rapidamente,porém a paciente deve ser previamente avaliada, através de exames tanto clínico como laboratorial. A transvaginal é utilizada para verificar o tamanho do saco embrionário e o beta (HCG) para a mensuração de suas dosagens e só assim é utilizado o medicamento para que não haja risco do embrião continuar o seu desenvolvimento, possibilitando a ruptura da tromba, tornando a gestação rota e de emergência.

Pinto (2012) a laparoscopia é uma das principais vias utilizadas para o tratamento da gestação ectópica, por ter proporcionado várias vantagens com, por exemplo, menor tempo de internação, a paciente pode retomar a sua rotina o mais breve possível e por ser um tratamento menos invasivo. A via vaginal (colpotomia) também pode ser mencionada como outra forma de tratamento, porém, a sua utilização é posta em segunda ou terceira opção, apresenta as mesmas vantagens que a laparoscopia.

Mendes; Blastos (2003); Nascimento et al.,(2008), o processo de sistematização visa de forma eficaz a implantação de métodos interdisciplinares e humanizados para tornar o cuidado mais eficiente. Na construção da sistematização da assistência de enfermagem o enfermeiro deve prestar um cuidado individual para cada paciente, e para que isso possa ocorrer, é necessário seguir cinco fases, o histórico, diagnóstico, planejamento, implementação e avaliação.

Brunner; Suddarth, (2008) a dor pode ser classificada em três categorias, dor aguda, crônica e a relacionada ao câncer. A dor aguda está associada a uma lesão específica ou dano, e geralmente cessa quando há cura, sua duração é de segundos ou até seis meses. Na dor crônica a constância é duradora e que persiste mesmo depois do tempo da cura, sendo conferida a uma lesão ou etiologia específica. Já na dor relacionada ao câncer pode estar associada ao próprio câncer e decorrência dos tratamentos do câncer.

Queiroz et al., (2012); Klaumann et al.,(2008) define a dor como uma experiência sensorial, e também emocional desconfortável associados a lesões ou potenciais. A pele ou órgão quando sofre uma lesão, recebem estímulos fazendo com que o indivíduo seja informado sobre aquela sensação de dor.

Rulka; Lima; Neves, (2012) a infecção é definida como a invasão e proliferação de microorganismos dentro ou fora dos tecidos, o que gera sinais e sintomas a resposta imunológica. Uma multiplicação desordenada implica também em lesões, pois, tais microorganismos competem pelo metabolismo e causam danos intracelulares ou por liberarem toxinas intracelulares.

Sayeg, (2013) as infecções estão diretamente correlacionada às crescentes intervenções cirúrgicas, e é claro a o uso indiscriminado de antibióticos, e sem qualquer orientação médica. Com o uso desorientado de antibióticos, houve aumento da resistência bacteriana, ou seja, o tratamento com antibiótico terapia pode ser ineficaz.

Segundo Oliveira; Maruyama, (2008) a infecção hospitalar é classificada pela Portaria MS número 2616 de 12/05/1998 como “aquela que é contraída durante a internação ou após a alta, sendo relacionada a internação hospitalar e a procedimentos realizados neste ambiente”.

5 CONCLUSÃO

A gestação ectópica trata-se da gestação que ocorre fora do útero, podendo acontecer nos ovários, nas trompas de falópio, no abdome e na cicatriz de uma cesárea. As causas para que a gestação ectópica ocorra não são todas conhecidas, porém dentre elas estão, doenças sexualmente transmissíveis, a DIP (doença inflamatória pélvica), uso do DIU (dispositivo intra-uterino), tratamentos para fertilização, tumores, cirurgias anteriores no aparelho reprodutor feminino.

A morbimortalidade pode ser grande se o diagnóstico não for precoce, nos últimos anos, as melhoras de diagnóstico têm aumentado a sobrevida das pacientes acometidas por gestação ectópica. Os diagnósticos, como a transvaginal e o beta HGC, são de suma importância para a preservação do futuro reprodutivo, quanto mais cedo for detectada a gestação ectópica, o local da implantação do embrião não se romperá e consequentemente não haverá a perda da estrutura, por exemplo, ovário ou trompa de falópio.

O tratamento pode ser radical ou conservador, no radical a estrutura e amputada, pois já ocorreu a ruptura, ocorrendo um hemorragia intra abdominal. No tratamento conservador a trompa ou ovário são preservados, e o tratamento é menos invasor.

O enfermeiro tem um papel fundamental durante o tratamento da gestação ectópica, prestando uma assistência qualificada baseada na sistematização de enfermagem o que inclui histórico de enfermagem e diagnósticos, voltados para o quadro clínico e psicológico das pacientes.

Este trabalho trata-se de um relato de caso, baseado em uma paciente que passou por uma gestação ectópica. Foi elaborado um questionário com 22 questões, para que o relato de caso fosse desenvolvido, mediantes os principais pontos que norteiam a gestação ectópica, inclusive a parte psicológica.

Para finalizar este trabalho é importante ressaltar a função do enfermeiro frente ao tratamento da gestação ectópica, sendo este envolvido diretamente na assistência a cliente com gestação ectópica, é necessário que o enfermeiro esteja cientificamente qualificado para que todo o tratamento seja eficaz e que os possíveis riscos como o de infecção do sito cirúrgico sejam minimizados.

REFERÊNCIAS

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ANEXO I

FACULDADES INTEGRADAS DO EXTREMO SUL DA BAHIA -

UNIÃO DE EDUCAÇÃO E CULTURA -

BR 367, KM 14, 14 - ZONA RURAL - CEP: 45825000 / EUNÁPOLIS-BA

FONE / FAX: 73 32814342

TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO

RESOLUÇÃO Nº 466, DE 12 DE DEZEMBRO DE 2012.

O presente termo em atendimento à Resolução 196/96, destina-se a esclarecer ao participante da pesquisa intitulada ”Participação do enfermeiro frente o tratamento da gestação ectópica”, sob responsabilidade da pesquisadora Edieide Ferreira Silva, do curso de enfermagem. Do Departamento de pesquisa, os seguintes aspectos:

A pesquisa objetiva avaliar as principais complicações de uma gestação ectópica e qual o papel do enfermeiro frente o tratamento da gestação ectópica.

Para obter as informações para este estudo, uma paciente que foi diagnóstica da gestação ectópica foi selecionada a responde a uma entrevista que contará como um roteiro com 22 questões e outro questionário para um profissional de enfermagem que tenha atuado em casos de gestação ectópica nos últimos 3 anos.

A participação no estudo será voluntária, anônima e confidencial, dando a participante à garantia total de anonimato na análise e de que suas respostas não produzirão prejuízo pessoal, dado que não haverá nenhuma forma de identificação nominal nos questionários.

O participante é livre para se recusar a participar do estudo ou para desistir a qualquer momento, sem que isto lhe traga qualquer prejuízo pessoal. A sua decisão em participar ou não, desta pesquisa, não implicará em nenhuma discriminação ou represália por parte dos pesquisadores. O participante poderá também a qualquer momento pedir esclarecimentos a respeito da pesquisa, no que será prontamente atendido, mesmo que a resposta afete sua vontade de continuar participando do estudo.

Consentimento para participação: Eu estou de acordo com a participação no estudo descrito acima. Eu fui devidamente esclarecido quanto os objetivos da pesquisa, aos procedimentos aos quais serei submetido e os possíveis riscos envolvidos na minha participação. O pesquisador me garantiu disponibilizar qualquer esclarecimento adicional a que eu venha solicitar durante o curso da pesquisa e o direito de desistir da participação em qualquer momento, sem que a minha desistência implique em qualquer prejuízo à minha pessoa ou à minha família, sendo garantido anonimato e o sigilo dos dados referentes a minha identificação, bem como de que a minha participação neste estudo não me trará nenhum benefício econômico.

.Eu, ___________________________________________________, aceito livremente participar do estudo intitulado “Participação do Enfermeiro Frente o Tratamento da Gestação Ectópica” desenvolvido pela acadêmica Edieide Ferreira Silva, sob a responsabilidade do Professor orientador Diego da Rosa Leal das Faculdades Integradas do Extremo Sul da Bahia.

Nome da Participante________________________________________________

COMPROMISSO DO PESQUISADOR

Eu discuti as questões acima apresentadas com cada participante do estudo. É minha opinião que cada indivíduo entenda os riscos, benefícios e obrigações relacionadas a esta pesquisa.

________________________________________Eunápolis, Data: __/__/__

Assinatura do Pesquisador

Para maiores informações, pode entrar em contato com:

(nome do orientador). Fone:

Edieide Ferreira Silva. Fone: (73) 8217-3935 ou 9802-9967.

ANEXO II

Questionário

    1. Qual a sua idade?

    2. Qual a data da sua última menstruação (DUM)?

    3. Já teve alguma patologia ginecológica?

    4. Já teve DIP (doença inflamatória pélvica)?

    5. Faz ou fez uso do DIU (dispositivo intra-uterino)?

    6. Passou por algum procedimento cirúrgico abdominal?

    7. Foi à primeira gestação ectópica ou passou por outra (s) gestação ectópica (s)?

    8. Quando descobriu que estava grávida?

    9. Com quanto tempo de gestação estava?

    10. Quais foram os sintomas que se apresentaram durante a gestação

    11. Como foi diagnosticada a gestação ectópica?

    12. Realizou exames para diagnostica a estação ectópica? Quais e quantos foram?

    13. Como foi a assistência prestada pela equipe de enfermagem na descoberta da gestação ectópica?

    14. A equipe de enfermagem orientou quanto o que é gestação ectópica, tratamentos e possíveis complicações?

    15. Qual o tratamento adotado pela equipe de saúde?

    16. Ouve a necessidade de um procedimento cirúrgico? Se houve como foi assistência prestada pela equipe de enfermagem no pré-operatório?

    17. Ficou internada? Por quanto tempo?

    18. Como foi o pós-operatório?

    19. Como foi a assistência da equipe de enfermagem no pós-operatório?

    20. Para você, qual foi a importância da equipe de enfermagem tratamento da gestação ectópica?

    21. Durante todo esse processo de descoberta da gestação ectópica e realização de tratamento quais foram os seus sentimentos, ficou temerosa?

    22. Em algum momento da descoberta ficou com medo de um possível tratamento cirúrgico?