Avaliação da qualidade física e psicológica de uma equipe de enfermagem no plantão noturno da unidade de pronto-socorro no Hospital Regional do município de Eunápolis- BA.

Data de postagem: Jun 25, 2015 7:31:2 PM

FACULDADES INTEGRADAS DO EXTREMO SUL DA BAHIA

ENFERMAGEM

ALINE CARDOSO SILVA

Avaliação da qualidade física e psicológica de uma equipe de enfermagem no plantão noturno da unidade de pronto-socorro no Hospital Regional do município de Eunápolis- BA.

EUNÁPOLIS-BA

2012

ALINE CARDOSO SILVA

Avaliação da qualidade física e psicológica de uma equipe de enfermagem no plantão noturno da unidade de pronto-socorro no Hospital Regional do município de Eunápolis- BA.

Trabalho de conclusão de curso apresentado ao curso de Graduação em Enfermagem das Faculdades Integradas do Extremo Sul da Bahia como parte dos requisitos para a obtenção do Título de Bacharel em Enfermagem.

Orientador:

Diego da Rosa Leal

EUNÁPOLIS-BA

2012

ALINE CARDOSO SILVA

Avaliação da qualidade física e psicológica de uma equipe de enfermagem no plantão noturno da unidade de pronto-socorro no Hospital Regional do município de Eunápolis- BA.

Trabalho de conclusão de curso apresentado ao curso de Graduação em Enfermagem das Faculdades Integradas do Extremo Sul da Bahia como parte dos requisitos para a obtenção do Título de Bacharel em Enfermagem.

Prof°. Diego da Rosa Leal (Faculdades Integradas do Extremo Sul da Bahia)

_______________________________________________________________

Profª.

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Profª.

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Professora: Juliana dos Santos Ali

Coordenadora do Curso de Bacharel em Enfermagem

Eunápolis-Ba 2012____________________________________________________

DEDICATÓRIA

Acima de tudo a Deus, pai misericordioso que sempre esta ao meu lado e por me privilegiar de exercer uma profissão magnífica. Às pessoas mais importantes da minha vida: meus pais, Wilson e Jilzete, a minha irmã Amanda e ao meu extraordinário esposo Maxwell que confiaram no meu potencial para esta conquista. Que financiaram essa etapa onde eu não conquistaria nada se não estivessem ao meu lado. Obrigada, por estarem sempre presentes a todos os momentos, me dando carinho, apoio, incentivo, determinação, fé, e principalmente pelo Amor de vocês. Amo vocês incondicionalmente!

Ao meu querido orientador Diego da Rosa Leal, que me apoiou e me incentivou a não desistir de nada em todos os momentos desta pesquisa, você é 10! MUITO obrigado!

Enfim, a todos aqueles que direto ou indiretamente contribuíram para a conclusão deste trabalho. Minha sincera gratidão!

“O correr da vida embrulha tudo. Ávida é assim, esquenta e esfria, aperta e depois afrouxa, aquieta e depois desinquieta. O que ela quer da gente é coragem. O que Deus quer é ver a gente aprendendo a ser capaz de ficar alegre e amar, no meio da alegria. E ainda mais no meio da tristeza. Todo o caminho da gente é resvaloso, mas cair não prejudica demais, a gente levanta, a gente sobe, a gente volta”.

(João Guimarães Rosa em “Grande Sertão Veredas”, 1956).

SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO-------------------------------------------------------------------------------------

2. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA--------------------------------------------------------------------

2.1 FISIOLOGIA DO SONO---------------------------------------------------------------

2.2 SONOLÊNCIA EM FUNÇÃO DO HORÁRIO E CARGA DE TRABALHO

2.3 CONSEQUÊNCIAS DO SONO-----------------------------------------------------

3.0 ENFERMAGEM EM URGÊNCIA E EMERGÊNCIA --------------------------

3.1 IMPACTOS DO TRABALHO EM TURNO/NOTURNO NA SAÚDE....................................................................................................

3.2 INSÔNIA----------------------------------------------------------------------------------

3.3 ESTRESSE-----------------------------------------------------------------------------

4.0 A IMPORTÂNCIA DA QUALIDADE DO SONO--------------------------------------

4.1 QUALIDADE DE TRABALHO NO PRONTO SOCORRO HOSPITALAR ----

4.2 INTERVENÇÕES PARA MELHORAR A QUALIDADE DE VIDA DO PROFISSIONAL-------------------------------------------------------------------------------------

5 METODOLOGIA................................................................................................

1.INTRODUÇÃO

A enfermagem é uma atividade huma na, desenvolvida por profissionais que englobam setores técnicos e auxiliares, além do próprio enfermeiro. A sua ação é direcionada a uma assistência às pessoas, suas famílias e a comunidade como um todo. A enfermagem é uma das profissões em que as atividades são, em várias situações, desenvolvidas diariamente e muitas vezes de forma ininterrupta, podendo ocorrer em turnos distintos, ou em horários fixos não usuais, como o turno noturno, (SILVA, et al. 2009).

Essa jornada noturna altera os ritmos biológicos e, em algumas situações, os padrões sociais, de forma que o organismo deve se adaptar às condições oferecidas pelo trabalho. O profissional passa então a ter privações e perturbações do seu sono que podem gerar estresses físicos e mentais. Sua vida social e familiar também se altera, diminuindo o tempo de interação com seus familiares, aumentando a probabilidade de conflitos entre os membros da família. (LISBOA, et al. 2006)

O trabalho noturno constitui um grau de importância elevado por desgastar os profissionais ao ponto de afetar o organismo, dificultando o processo de renovação de energia a nível celular, sendo neste período em que há menor trabalho das funções orgânicas e há risco de adquirir doenças psicofisiológicas (LISBOA, et al. 2006)

Passamos cerca de 30% de nossa vida dormindo e, durante este tempo, nosso organismo promove e influencia importantes modificações fisiológicas como a liberação de hormônios para a nossa recuperação física e mental. Estudos afirmam que dormir é tão importante para manter a saúde quanto uma alimentação saudável. O sono é um fenômeno biológico que influencia de diversas formas os processos fisiológicos do organismo, é uma necessidade fisiológica do ser humano que precisa ser respeitada (MEDEIROS et al, 2009).

Segundo Sadock (2007), uma boa qualidade de sono é incomensurável, pois a privação do sono causa várias consequências na saúde de qualquer pessoa, podendo levá-las a adquirir síndromes, que inclui em seus sinais e sintomas, aparência debilitada, lesões da pele, letargia, perda de peso, redução da energia corporal e risco de morte.

O que tem ocorrido normalmente entre os profissionais, em virtude da sobrecarga de trabalho e estresse, é a falta de tempo para descansar, organizar-se, aprender e refletir. Isto, para muitos enfermeiros, acaba causando desgaste físico e emocional. Explica-se tal situação, pelo fato de muitos profissionais possuírem mais de um vínculo empregatício, o que, na maioria das vezes, dificulta e compromete a excelência da assistência ofertada aos pacientes e equipe (CAMPOS, et al.2006).

Pelo fato da classe trabalhista não possuir um piso salarial fixo, muitos profissionais se submetem a atuar em diversos turnos, a fim de melhorar o nível e aumentar as condições de sustento, acarretando em um aumento de trabalho e com ele, os riscos à saúde (MEDEIROS,et al. 2009).

Segundo o Ministério da Saúde (2004), a especialidade de urgência e emergência é um importante componente da assistência a saúde. A demanda por serviços nesta área nos últimos anos tem aumentado devido ao crescimento do número de acidentes e violência urbana, a insuficiência da estrutura da rede de saúde do país, são fatores que contribuem para a necessidade de implantação e ampliação de um sistema de APH no Brasil e no mundo.

A rotina de trabalho nos prontos socorros ocorre durante 24 horas do dia e dispõe apenas de leitos de observação. A equipe que se encontra na unidade deve ter competência, conhecimento, habilidade e coordenação de trabalho e sua conduta deve ser coerente, visando ás necessidades do paciente, reduzindo os riscos de agravamento e complicações de agravos. A equipe deve ser composta por médicos, enfermeiros, técnicos e auxiliares de enfermagem, devidamente treinados e capacitados para prestar suporte básico e avançado de vida. O trabalho dessa equipe deve ser sistematizado, preciso e decisivo, e deve incluir bom senso nas decisões primordiais a vida dos pacientes.

Ao passo que o plantão noturno constitui grau de importância na sociedade, pois o mesmo faz parte da continuidade do serviço ocorrido durante o plantão anterior, torna-se preocupante a forma com que este trabalho está sendo organizado e as suas repercussões para a saúde dos profissionais que o desempenham.

Justifica-se o tema através de observação de relevantes conseqüências na saúde do trabalhador durante a execução do trabalho no período noturno. Essas consequências são manifestadas através de alterações do equilíbrio biológico, dos hábitos alimentares, do sono, no déficit de atenção, na acumulação de erros, no estado de ânimo e na vida familiar e social.

A não observação deste quesito pelos profissionais – seja por hábito ou hostilidade- diante dessa problemática ocasiona, inclusive, em um desequilíbrio na saúde do mesmo. Sendo a privação do sono um fator ameaçador à saúde do trabalhador como também ao exercício da enfermagem, visto que reduz o estado de alerta e a atenção do profissional.

O objetivo geral é explanar a importância da qualidade do sono em uma equipe de profissionais de enfermagem que atuam em plantões noturnos no atendimento do pronto-socorro do hospital regional da cidade de Eunápolis, Bahia.

Como objetivos específicos, aborda-se a compreensão da opção pelo turno noturno vinda dos profissionais, mesmo tendo ciência das suas consequências, assim como t identificar alterações no padrão do sono dos enfermeiros e os estados emocionais durante o desempenho profissional, relatando as conse quências biopsicossociais e familiares causadas pela privação do sono.

Destarte, para alcançar melhorias na qualidade do sono e do serviço prestado à sociedade, é de relevante importância que, as instituições de saúde invistam na atenção direta da equipe atuante no serviço noturno, através da promoção de educação continuada e apoio direto aos profissionais, através de atendimentos psicológicos e, caso seja necessário, uma atenção direta à saúde, no intuito de prevenir complicações causadas pela rotina noturna.

Ao final desse estudo espera-se que os resultados sejam reversíveis, em que a importância da qualidade do sono na atividade do profissional seja entendida de forma clara pelo público alvo. Assim, o profissional que buscar essa melhoria em sua jornada fisiológica do sono, terá benefícios na vida social, no desempenho no trabalho, no convívio familiar e, principalmente, na sua saúde.

2. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA

2.1 FISIOLOGIA DO SONO

No decorrer de uma noite de sono, os sistemas e funções fisiológicas sofrem alterações acompanhando os ciclos ultradianos. Em cada momento do sono, as respostas do organismo serão diferentes. Os conhecimentos adquiridos sobre a fisiologia da vigília e do sono permitem compreender patologias, diurnas e noturnas, e sua gênese observando a ligação entre os ciclos e as mudanças orgânicas. (FONTE)

O sono não é um estado que ocorre passivamente, mas sim, um estado que é ativamente gerado por regiões específicas do cérebro. Todas as funções do cérebro e do organismo em geral estão influenciadas pela alternância da vigília com o sono. O objetivo final do sono não é prover um período de repouso; ao contrário do que acontece durante a anestesia geral, no sono, aumenta-se de forma notável a frequência de descargas dos neurônios, maiores do que os observados.(FONTE)

No decorrer de uma noite de sono, os sistemas e funções fisiológicas que sofrem alterações acompanhando os ciclos ultradianos (???? Cadê o complemento disso?). A cada momento do sono (REM e NREM) as respostas do organismo serão diferentes em cada sistema. Na função cardiovascular, a pressão arterial vai diminuir durante o sono chegando a seu mínimo no sono NREM e durante o sono pesado a frequência cardíaca também diminui nesta fase, a pressão arterial irá sofrer variações de até 40 mmHg, sendo que, quando o indivíduo acorda, o valor da pressão volta aos níveis normais. Na função endócrina, a conexão hipotálamo-hipófise é responsável pela união entre processos endócrinos e o sono, uma vez que a secreção de muitos hormônios obedece ao ciclo sono-vigília e pode ocorrer em momentos específicos do sono. Na função respiratória, o ritmo respiratório irá variar com hipo e hiper ventilação do adormecimento ao estágio 2. Já nos estágios 3 e 4 a ventilação é regular. Se torna mais rápida durante o sono REM, a respiração é irregular gerando os surtos de hipoventilação e apneicos. Na função sexual, ocorrem ereções tanto na mulher que se chama clitoridiana, como no homem que se chama peniana. Para este a ausência ou presença de ereção pode ser indício de impotência orgânica e psicogênica. Todos estes fenômenos são observados durante o sono REM. Na temperatura corporal do sono REM, tanto o sistema hipotalâmico quanto o cortical estão inativados e isto faz com que a temperatura corporal nos últimos estágios do sono seja baixa. E no sono NREM estão presentes as regulações automáticas da temperatura.

O sono é composto de dois estados fisiológicos, que se trata do sono sem movimentos rápidos dos olhos (NREM) e o sono com movimentos rápidos dos olhos (REM). No primeiro, é composto dos estágios de 1 a 4, e a maioria das funções fisiológicas é mais diminuída do que na vigília.

O Sono REM é uma espécie qualitativamente diferente de sono, onde é caracterizado pelo alto nível de atividades fisiológicas semelhantes aos da vigília. Basicamente cerca de 90 minutos após o inicio do sono, o NREM cede lugar ao primeiro, o REM. Esse período de 90 (noventa) minutos é um episódio consistente em adultos normais, diminuindo a latência do REM, provavelmente ocorrerá com mais frequência alguns problemas como transtornos depressivos, narcolepsia entre outros (SODOCK,2007).

Para entender o ciclo do sono, devemos estabelecer e entender basicamente três critérios a serem avaliados, que são: atividade elétrica do córtex cerebral (através do eletroencéfalograma – EEG – são interpretadas as ondas presentes figura 1), grau de facilidade com que o indivíduo pode ser acordado e o tônus muscular. A partir destes fatores, devemos saber que o ciclo do sono é divido em cinco fases, sendo elas: 1ª fase: Onde ocorre o início da sonolência e diminuição da amplitude das ondas. 2ª fase: A atividade elétrica é variada, aparecendo episódios de alta freqüência, fusos do sono, ondas grandes e lentas. Na 3ª fase, vai ocorrer uma certa freqüência de ondas e a manutenção do tônus muscular. A 4ª fase é a do sono profundo, com a presença de ondas lentas, redução da facilidade de acordar, diminuição da freqüência cardíaca e respiratória e redução da pressão arterial, diminui o tônus muscular. É onde acontece o sono repousante considerado de recuperação física. A 5ª fase é a última fase do sono e caracteriza-se por movimentos rápidos dos olhos, aumento da freqüência cardíaca, respiratória e pressão arterial, porém com tônus muscular baixo, este é o sono Paradoxal, pois a pessoa está dormindo e mantém a atividade cerebral, sem ter conhecimento de nada. Nesta fase, o indivíduo dificilmente acorda

A figura abaixo demonstra as fases acima relatadas a partir de dados de um eletroencefalograma.

O padrão do sono, nos seres humanos, são variáveis em função da idade, sendo que a quantidade do sono diminui com a meia idade, e a qualidade da vigília se traduz em dificuldades ao cumprir atividades ou trabalho. (SODOCK,2007)

2.2 SONOLÊNCIA EM FUNÇÃO DO HORÁRIO E CARGA DE TRABALHO

A noite é o momento no qual o organismo se prepara para renovar suas energias. O trabalho noturno afeta consequentemente e proporciona um desgaste psicológico maior do que aqueles que trabalham durante o dia, pois trabalham no momento em que as funções orgânicas encontram-se diminuídas. (LISBOA,OLIVEIRA,REIS,2006)

Isso contribui significativamente para os erros e aumento do risco de acidentes nos locais de trabalho, podendo afetar várias áreas de trabalho. (Dinges, 1995). Tal fato pode ocorrer devido o trabalhador do turno noturno já possuir outro vínculo empregatício durante o dia e não possua tempo de sono suficiente, ou porque o período noturno por si já é um período de risco elevado para acidentes.

Fhischer et al (2000) em seus estudos, observaram uma redução no tempo total de sono depois de um turno de trabalho noturno. Os trabalhadores relataram uma menor eficiência de sono, demonstrando também uma redução na percepção de alerta depois da sexta e décima hora seguidas de trabalho. Esta diminuição do período de sono pode levar também entre outros, a quadros de sonolência, comprometendo a eficiência durante o horário de trabalho. Um menor tempo de reação também pode ser consequência tanto de uma má qualidade quanto de um tempo insuficiente de sono, tendo como principal fator o aumento da sonolência.

Muitos estudos demostram entre os trabalhadores de turnos, uma redução de uma hora por dia e de 7(sete) horas pôr semana no tempo total de sono. Muitas vezes o sintoma de dormir demais, ou de sonolência excessiva é atribuído à depressão, apatia, ou atribuído a uma preguiça ou característica negativa da personalidade.

A Sonolência Excessiva leva a uma diminuição da capacidade de trabalho físico e/ou mental e tem, muitas vezes, alívio incompleto com o repouso ou sono e está geralmente associada a distúrbios do sono. (Dinges, 1995).

2.3 CONSEQUÊNCIAS DO SONO

Apesar da maioria das pessoas conhecerem várias destas informações, muitos possuem problemas associados à privação do sono ou desenvolvem distúrbios mais graves. Ao tentar desesperadamente adequar-se as atividades diárias, muitas pessoas acabam “roubando” horas extras de sono. Com o aumento da jornada de trabalho, dificilmente encontramos alguém que nunca tenha passado por alguma das sensações como: problemas relacionados com a falta de sono agudo que levam a ter cansaço, sonolência, irritabilidade, alterações de humor, perda da memória recente e com problemas relacionados a falta de sono crônico que causam falta de vigor físico, envelhecimento precoce, diminuição do tônus muscular, comprometimento do sistema imunológico, tendência a desenvolver obesidade, diabetes, doenças cardiovasculares e gastrointestinais, perda crônica da memória, déficit da criatividade, redução da capacidade de planejar e executar atividades, lentidão do raciocínio, desatenção e dificuldade de concentração. (FONTE)

As maiores consequências dos problemas da sonolência para os trabalhadores de turnos é com relação a qualidade de vida, redução na produção e aumento potencial no risco de acidentes e de lesões durante o horário de trabalho (Dinges, 1995).

Estima-se que 40% das mulheres e cerca de 30% dos homens tenham problemas de sono. Esta diferença se deve às alterações que acompanham a menstruação, gravidez e menopausa, além do fato de que as mulheres carregam, hoje em dia, uma dose extra de preocupação com suas atividades profissionais. Nos idosos, com o passar do tempo, o relógio biológico muda, reduzindo as horas de sono profundo e fazendo-os acordar com mais frequência durante a noite. (FONTE)

No caso do ronco, se as estruturas da garganta são muito grandes ou os músculos relaxam demais durante o sono, a passagem do ar pode ser parcialmente. Se o ar conseguir ultrapassar esse bloqueio, as estruturas da garganta vibram e chacoalham umas contra as outras, causando o som familiar do ronco. Estima-se que 2 a 4% da população adulta seja afetada, atingindo uma projeção de 7 a 18 milhões de pessoas (FONTE).

A apneia do sono causa interrupções da respiração por mais de 10 segundos. Como

as crises ocorrem mais de 5 vezes durante à noite, o indivíduo acorda várias vezes no período em que está dormindo, resultando numa enorme sonolência no dia seguinte.(FONTE)

A Narcolepsia pode ser definida como uma sonolência excessiva durante o dia, com tendência a cochilos em situações inapropriadas, mesmo que o individuo tenha dormido uma quantidade normal de horas durante a noite. (FONTE)

Outros problemas como estresse e insônia que são consequências mais comuns, relataremos mais detalhadamente em outros tópicos.

3. ENFERMAGEM EM URGÊNCIA E EMERGÊNCIA

Segundo o Ministério da Saúde (1985) define o sistema de urgência e emergência, por pontos de atendimento, como a unidade destinada a prestar, assistência á doentes com ou sem risco de vida, cujos agravos á saúde necessitem de atendimento imediato. A urgência é caracterizada como um evento grave, que deve ser resolvido urgentemente, mas que não possui um caráter imediatista, ou seja, deve haver um empenho para ser tratada e pode ser planejada para que este paciente não corra risco de morte. A emergência é uma situação gravíssima que deve ser tratada imediatamente, caso contrário, o paciente vai morrer ou apresentará uma seqüela irreversível. Neste contexto, a enfermagem participa de todos os processos, tanto na urgência quanto na emergência.(FONTE)

Os Prontos Socorros atendem durante 24 horas do dia e dispõe apenas de leitos de observação. A equipe que se encontra na unidade deve ter competência, conhecimento, habilidade, e coordenação de trabalho e sua conduta deve ser coerente, visando ás necessidades do paciente, reduzindo a morbimortalidade. Para que se iniciem as etapas de tratamento com pacientes deve-se estar estabilizada em padrão hemodinâmico, por sua vez visando uma sistematização precisa, onde a equipe deve trabalhar em conjunto e organização. A equipe deve ser composta de médicos, enfermeiros, técnicos e auxiliares de enfermagem, devidamente treinados e capacitados para prestar suporte básico e avançado de vida, o trabalho dessa equipe deve ser sistematizado, preciso e decisivo, incluindo a calma e o bom senso.(FONTE)

Em sua rotina é essencial que o enfermeiro desenvolva habilidades e competências cognitivas, técnicas, afetivas e sociais para ser capaz de praticar o raciocínio clínico durante seu plantão no pronto-socorro.

3.1 IMPACTOS DO TRABALHO EM TURNO/NOTURNO NA SAÚDE

A respeito do tema citado, Chaves (1995) afirma:

O trabalhador noturno não tem, em absoluto, seu ritmo circadiano invertido ou ampliado, mas sim, desestruturado, uma vez que, dadas as características do horário o turno, não são todas as noites que o trabalhador permanece acordado, assim como não são todos os dias que ele dorme: além disso, mesmo que a alteração temporal fosse completa ou mesmo incompleta, mas constante, não seria possível abolir os demais sincronizadores externos aos quais está sujeito em decorrência de seu convívio social.

3.1.1 Insônia

É Um dos problemas mais comuns e com consequências severas. Pessoas com este problema em estágio crônico são mais propensas a desenvolver diversos tipos de distúrbios psiquiátricos e apresentam maior números de sintomas físicos. As tarefas cotidianas tornam-se mais cansativas, além de comprometem a habilidade para se realizar atividades que envolvam memória, aprendizagem, raciocínio lógico e cálculo matemático. Pode ainda prejudicar o relacionamento com familiares e amigos e nos torna mais propensos a errar, favorecendo o aumento da incidência de acidentes.

3.1.2 Estresse

Espera-se que o trabalho seja algo prazeroso, com os requisitos mínimos para a atuação e para a qualidade de vida dos profissionais, no entanto, algumas características podem estar relacionadas ao estresse como: problemas de comunicação com a equipe, assistência prestada imediata, interferência na vida pessoal, carga de trabalho, além dos conflitos internos entre a equipe e a falta de respaldo do profissional com isso nota-se que o estrese está presente diariamente em nossa vida, desde as tarefas mais simples, até aquelas mais complexas que exigem maior demanda física e emocional podendo causar diversos tipos de patologias físicas e mentais implicando em sérias alterações no ambiente de trabalho, levando problemas de relacionamento interpessoal, acidentes, e insatisfação no trabalho. (BERNARDINO, 1988)

O estresse no trabalho é decorrente da inserção do profissional nesse contexto, pois o trabalho, além de possibilitar crescimento, transformação, reconhecimento e independência pessoal, também causa problemas de insatisfação, desinteresse, apatia e irritação.

Como o estresse é um dos grandes causadores decadentes da insônia, as consequências ruins que podem causar em uma equipe de plantão é visível, quando o estresse é a principal fonte do desequilíbrio emocional, acarretando várias doenças emocionais. (ROCHA, MARTINO,2010)

Segundo MISKO, MARTINO, 2004, Uma das fontes de estresse para a equipe de enfermagem é justamente o desequilíbrio emocional da equipe, consequências múltiplas e fatores, aos quais todos estão submetidos por atuarem em unidades de terapia intensiva.

Segundo Pontes, 1992, o trabalho noturno do enfermeiro, tem muita importância, e também é considerado muito estressante, desgastante e cansativo, sabendo que o repouso é necessário e importante para o mesmo. Não levando a sério essa necessidade, o auto cuidado da equipe é comprometida pelo fato de trabalharem a noite, e pela necessidade possuírem outro emprego durante o dia. O acarretamento do estresse fica cada vez mais elevado se o comportamento do profissional não for modificado.

4.0 A IMPORTÂNCIA DA QUALIDADE DO SONO

4.1 QUALIDADE DE TRABALHO NO PRONTO SOCORRO HOSPITALAR

4.2 INTERVENÇÕES PARA MELHORAR A QUALIDADE DO SONO

1. Não coma demasiado e evite cafeína, nicotina e álcool antes de dormir;

2. Procure dormir e acordar na mesma hora todas os dias, mesmo nos fins de semana;

3. Se não conseguir dormir por 30 minutos levante e tente procurar uma atividade relaxante;

4. Exercite-se mais cedo para evitar perder o sono;

5. Ambientes escuros são os mais adequados para o sono. Invista em boas cortinas e desligue a

tv;

6. Mantenha sempre uma temperatura agradável para dormir;

7. Procure acordar sem o despertador;

8. Procure lidar com seu estresse. Planeje sua vida com pausas entre suas atividades de

trabalho. Deixe o estresse na porta de entrada do quarto.

5.METODOLOGIA

Trata-se de uma pesquisa de campo, onde será realizado um estudo analítico, observacional transversal, realizada com a equipe de enfermagem da SAMU de Eunápolis-BA, com a finalidade de identificar as di ficuldades de recuperação do sono da equipe que trabalha no período noturno e as consequências biopsicossociais e familiares causadas pela privação do sono. Para a coleta de dados utilizou-se a entrevista semi -estruturada onde foi usada a escala EPWORTH para avaliação do sono, sendo posteriormente realizada a análise temática. Foram entrevistadas ____________ do período noturno e após a análise das falas, foram definidas seis categorias temáticas: opção pela jornada noturna, rodízio de turnos, repouso na instituição, qualidade de sono diurno, interferência na saúde, interferência na vida familiar e social.


RESULTADOS ESPERADOS

O resultado deste estudo tem como objetivo a realização do trabalho de conclusão do curso de Enfermagem das Faculdades Integradas do Extremo Sul Bahia bem como, apresentá-los em eventos científicos nas áreas afins e ser de relevante importância para a nossa classe profissional pelas informações que serão levantadas.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

    1. Dinges, D.F. - Uma visão geral de sonolência e acidentes. J. Res. sono, 1995.

    2. LISBOA,M.T.L,OLIVEIRA,M,M,REIS.L.D. O trabalho noturno e a prática de enfermagem: uma percepção dos estudos de enfermagem, Escola de Anna Nery R,enfermagem.2006:393-8

    3. BYRNE, Jhon H. Aprendizagem e memória. In: JOHNSON Leonard R.

    4. FISCHER, F.M.; MORENO, C.R.C.; ROTENBERG, L. A Saúde no Trabalhador na Sociedade 24 Horas. São Paulo em Perspectiva, São Paulo.

    5. FISCHER, F.M; TEIXEIRA, L.R; SILVA, F.N. et al. Percepção de Sono: Duração, Qualidade e Alerta em Profissionais da Área de Enfermagem. Cad. Saúde Pública, v. 18, n.,p. 1261 – 1269, set./out. 2002.

Fundamentos da fisiologia médica. Rio de Janeiro: Guanabara koogan, 2000.

    1. MEDEIROS,S.M,MACEDO,M.L.A.F,OLIVEIRA,J.S.A,RIBEIRO,L.M. Possibilidades e limites da recuperação do sono de trabalhadores noturnos de enfermagem. Revista Gaúcha enfermagem, Porto Alegre (RS)2009:92-8.

    2. ROCHA,M.C.P,MARTINO, M.F. O estresse e qualidade de sono do enfermeiro nos diferentes turnos hospitalares. Revista Escola Enfermagem, USP.São Paulo. 2010:281-285.

    3. SILVA, C.A.R, MARTINHO, M.M.F. Aspectos do ciclo vigilia-sono e estados emocionais em enfermeiros dos diferentes turnos de trabalho. Revista ciências médicas. Campinas;2009:p.21-33

    4. BERNE,R.M,LEVY,M.N,KOEPPEN,B.M,STANTON,B.A.Fisiologia.ed.Elsevier Ltda.2004

    5. SADOCK,B.J,SADOCK,V.A.Compêndio de psiquiatria. Ciência do comportamento e psiquiatria clínica. Ed.Artmed.2007

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TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO PARA PARTICIPAÇÃO NA PESQUISA CIENTÌFICA

Projeto: Avaliação da qualidade física e psicológica em uma equipe de enfermagem no plantão noturno da unidade de pronto-socorro no Hospital Regional do município de Eunápolis - BA.

Meu nome é ALINE CARDOSO SILVA (pesquisadora responsável), acadêmica da Unesulbahia – Faculdades Integradas do Extremo Sul da Bahia da cidade de Eunápolis-Ba do curso de Enfermagem, sob orientação do professor Diego da Rosa Leal. Estou realizando um estudo que pretende abordar e/ou avaliar a da qualidade física e psicológica em uma equipe de enfermagem no plantão da unidade de pronto-socorro 1 será preservado para posterior transcrição e análise dos dados. Os questionários de entrevista permanecerão guardados com a pesquisadora e somente ela com seu orientador terão acesso a seu conteúdo.

Será garantido o sigilo das informações, o anonimato dos participantes, bem como a possibilidade de deixar de participar deste estudo a qualquer momento, mesmo após ter assinado o termo, ou seja, você poderá retirar seu consentimento, em qualquer fase da pesquisa, sem prejuízo ou penalização alguma.

Se, após a concessão da entrevista, em algum momento, desejar que os dados não sejam mais utilizados, você poderá contatar a pesquisadora, com a certeza da devolução do questionário respondido, bem como distribuição da transcrição.

Em qualquer etapa do estudo, você terá acesso à pesquisadora responsável para esclarecimento de eventuais dúvidas nos telefones (73) 9974-4361 ou no seguinte endereço: Rua Professor Roberto Santos, 100 centro – 45820-000 – Eunápolis-Ba. E-mail: linnecardoso@hotmail.com.

Os resultados obtidos serão divulgados em eventos e publicações científicas. Este documento possui duas vias, uma ficará em posse da pessoa entrevistada e a outra arquivada com a pesquisadora, Aline Cardoso Silva.

Acredito ter sido suficientemente informada a respeito das informações que li, descrevendo o estudo: “Avaliação da qualidade física e psicológica da equipe noturna de enfermagem na unidade de pronto-socorro no Hospital Regional do município de Eunápolis - BA.” Discutir com a pesquisadora Aline Cardoso Silva sobre a minha decisão em participar nesse estudo. Ficaram claros para mim quais são os propósitos do estudo, os procedimentos a serem realizadas, as garantias de confidencialidade e de esclarecimentos permanentes. Concordo voluntariamente em participar deste estudo e poderei retirar meu consentimento a qualquer momento, antes ou durante o mesmo, sem penalidade ou prejuízo.

Eunápolis, BA ________ de ______________________ de 20 ____.

___________________________ ________________________

Assinatura do sujeito da pesquisa Assinatura do pesquisador

ANEXO II

ROTEIRO PARA A ENTREVISTA

Esse questionário irá fazer parte de um artigo, do curso de Enfermagem da Unesulbahia – Faculdades Integradas do Extremo Sul da Bahia, que constitui tema tema de um Trabalho de Conclusão de Curso – TCC. Desde já agradeço sua colaboração.

Obs.: Informo que no trabalho sua identidade será preservada.

Dados de identificação:

Iniciais - Nome: __________________________________________________

Idade: _____anos

Profissão: __________________________

Ocupação: _________________________

Sexo: M ( ) F ( )

Escolaridade: _______________________

Tempo de trabalho no pronto – socorro:

( ) Menos de 01 ano

( ) Mais de 01 ano

( ) Mais de 04 anos

( ) Mais de 10 anos

Horário do plantão?

( ) Diurno

( ) Noturno

Refletindo a qualidade do seu atendimento com relação ao turno trabalhado, responda:

( ) É melhor no turno diurno.

( ) É melhor no turno noturno.

ANEXO III – ESCALA DE EPWORTH

ESCALA EPWORTH PARA AVALIAÇÂO DO SONO

Nome__________________________________________________________

A escala de avaliação de sonolência diurna mostra a probabilidade de ser ter um distúrbio do sono, define-se como sonolência excessiva diurna quando a escala tem pontuação maior que 10.

Nesta escala são atribuídas notas (0 a 3) para cada situação de acordo com a possibilidade de dormir frente a cada uma das oito perguntas.

A pontuação deve ser feita da seguinte maneira:

0 – nenhuma chance de cochilar.

1 – pequena chance de cochilar.

2 – média chance de cochilar.

3 – grande chance de cochilar.

SITUAÇÃO PONTUAÇÃO

    1. Sentado lendo...............................................................................................( )

    2. Assistindo televisão.......................................................................................( )

    3. Sentado inativo, em local público..................................................................( )

    4. Como passageiro em carro, ônibus, andando1 hora sem parar...................( )

    5. Deitando-se para descansar à tarde.............................................................( )

    6. Sentado e conversando com alguém............................................................( )

    7. Sentado calmamente após almoço sem uso de álcool.................................( )

    8. Dirigindo carro que está parado em trânsito intenso.....................................( )

PONTUAÇÃO TOTAL

De 1a 6, boa qualidade de sono;

De 7 a 10 qualidade de sono moderada;

De 11 a 14 ocorre sonolência diurna excessiva;

De 15 a 20 a sonolência moderada qualidade de sono insatisfatória;

Acima de 20 a sonolência intensa com péssima qualidade de sono.