PUNÇÃO VENOSA PERIFÉRICA: INVESTIGAÇÃO SOBRE OS CONHECIMENTOS DOS TÉCNICOS E AUXILIARES DE ENFERMAGEM DO HOSPITAL E MATERNIDADE JOANA MOURA DE GUARATINGA-BA.

Data de postagem: Nov 26, 2014 10:57:23 PM

FACULDADES INTEGRADAS DO EXTREMO SUL DA BAHIA

DACIRLENE LOPES ROCHA MEDEIROS

PUNÇÃO VENOSA PERIFÉRICA: INVESTIGAÇÃO SOBRE OS CONHECIMENTOS DOS TÉCNICOS E AUXILIARES DE ENFERMAGEM DO HOSPITAL E MATERNIDADE JOANA MOURA DE GUARATINGA-BA.

EUNÁPOLIS, BA

2012

DACIRLENE LOPES ROCHA MEDEIROS

PUNÇÃO VENOSA PERIFÉRICA: INVESTIGAÇÃO SOBRE OS CONHECIMENTOS DOS TÉCNICOS E AUXILIARES DE ENFERMAGEM DO HOSPITAL E MATERNIDADE JOANA MOURA DE GUARATINGA-BA.

Trabalho de conclusão de curso apresentado ao curso de Enfermagem das Faculdades Integradas do Extremo Sul da Bahia, como requisito parcial para obtenção do Título de Bacharel em Enfermagem.

Orientador Prof.: Diego da Rosa Leal

EUNÁPOLIS, BA

2012

DACIRLENE LOPES ROCHA MEDEIROS

PUNÇÃO VENOSA PERIFÉRICA: INVESTIGAÇÃO SOBRE OS CONHECIMENTOS DOS TÉCNICOS E AUXILIARES DE ENFERMAGEM DO HOSPITAL E MATERNIDADE JOANA MOURA DE GUARATINGA-BA

Trabalho de conclusão de curso apresentado ao curso de Enfermagem das Faculdades Integradas do Extremo Sul da Bahia, como requisito parcial para obtenção do Título de Bacharel em Enfermagem.

Prof°. Diego da Rosa Leal (Faculdades Integradas do Extremo Sul da Bahia)

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Prof°. Johan Paulo Rodrigues de Souza (Faculdades Integradas do Extremo Sul da Bahia)

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Profª. Henika Priscila (Faculdades Integradas do Extremo Sul da Bahia)

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Enf. Juliana dos Santos Ali

Coordenadora do Curso de Bacharel em Enfermagem

Eunápolis – BA______________________________

DEDICATÓRIA

Este trabalho é dedicado aos meus pais que sempre depositaram confiança em mim, que me ensinaram o sentido da vida, pela incessante luta em tornar-me uma profissional competente e acima de tudo pelo amor ofertado incondicionalmente.

Ao meu esposo que esteve do meu lado apoiando-me, dando-me forças nas horas difíceis e por acreditar que sou capaz, e por nunca ter colocado nenhum obstáculo para impedir que eu prosseguisse na minha caminhada e conquistasse o meu objetivo e, também pelo seu amor que me motiva a buscar o melhor para nossa família.

Aos meus irmãos, pelo incentivo com palavras animadoras e estimuladoras, por ter orando por mim, para que esta minha caminhada fosse concluída com sucesso.

AGRADECIMENTOS

Agradeço primeiramente ao meu Deus pelo dom da vida e por ter amparado-me sempre nas horas difíceis e por dar-me forças para continuar na minha caminha árdua.

Ao meu orientador Diego da Rosa Leal pela confiança que em mim depositou, pela paciência nos momentos de ansiedade e pela colaboração em meu crescimento intelectual e profissional.

Aos meus mestres que participaram da minha vida acadêmica e, com certeza ajudaram-me a crescer e tornar-me uma profissional capacitada e com novas expectativas de vida.

Aos pacientes que passaram por mim durante todo o período de estágio e, contribuíram na construção do meu conhecimento.

Aos meus colegas de trabalho que sempre compreenderam e ajudaram-me nos momentos em que precisei da colaboração.

Às minhas amigas Érica, Catiane, Agmeire e Gabriela por ter me apoiado neste percurso e compartilhado as alegrias e angústias nos momentos difíceis.

RESUMO

Este trabalho tem como proposta investigar os conhecimentos dos 16 técnicos e dos 2 auxiliares de enfermagem atuantes no Hospital e Maternidade Joana Moura de Guaratinga – Bahia a respeito da punção venosa periférica que é um procedimento invasivo que requer cuidados, pois é realizado com muita frequência no cotidiano dos profissionais da saúde. Durante a investigação foi utilizado um questionário estruturado em 5 questões. Aplicado no decorrer do mês de dezembro de 2011. Os resultados foram dispostos em gráficos, onde são apresentados os dados alcançados na primeira questão relacionada ao tempo de permanência do dispositivo intravenoso, conforme a instituição de trabalho sendo que 94% estavam de acordo com os procedimentos operacionais padrão e 6% desconheciam estas normas em relação ao local de preferência para punção em bebês, houve 100% de discordância dos profissionais com relação aos autores citados, referindo-se a complicação mais grave. A pesquisa apontou que 50% tinham conhecimento sobre o assunto, e 50% desconheciam. Com relação às opções em que não pode ser utilizada a punção venosa periférica, 83% mostraram domínio e somente 17% não mostraram. Quanto à camada da pele mais dolorosa durante a técnica de punção, somente 11% conheciam sobre este assunto e 89% desconheciam. Portanto observa-se, que dos 5 itens investigados, 3 deles tiveram uma taxa de erros significativos, implicando assim, na qualidade da assistência prestada. Concluiu-se que o investimento na preparação e qualificação dos profissionais de enfermagem através de educação continuada e em serviço é imprescindível para que os mesmos possam estar aptos a realizar as técnicas corretamente, prevenindo complicações relacionadas aos métodos invasivos como a punção venosa periférica.

Palavras-chave: Punção venosa periférica, enfermagem, conhecimentos dos profissionais.

LISTA DE ILUSTRAÇÕES

SUMÁRIO 15

1 INTRODUÇÃO 8

2 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA 11

2.1HISTÓRIA DA PUNÇÃO VENOSA PERIFÉRICA 11

2.1.1 Considerações gerais sobre o sistema vascular e finalidades da punção venosa periférica 13

2.1.2 Complicações decorrentes da punção venosa periférica 16

2.1.3 Dispositivos intravenosos 20

2.2 ASSISTÊNCIAS DE ENFERMAGEM NA PUNÇÃO VENOSA PERIFÉRICA 23

2.2.1 Habilidades e técnicas da equipe de enfermagem quanto a punção venosa periférica. 23

2.2.2 Pré-punção 24

2.2.3 Técnica de punção: descrição sequencial 27

2.2.4 Pós-punção 28

3 METODOLOGIA 29

4 RESULTADOS 30

32

33

5 DISCUSSÃO 34

6 CONCLUSÃO 38

REFERÊNCIAS 40

ANEXOS 44

ANEXO A – Termo De Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE) 44

ANEXO B - Questionário de Pesquisa 45

ANEXO C – Imagens 47

SUMÁRIO

SUMÁRIO 15

1 INTRODUÇÃO 8

2 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA 11

2.1HISTÓRIA DA PUNÇÃO VENOSA PERIFÉRICA 11

2.1.1 Considerações gerais sobre o sistema vascular e finalidades da punção venosa periférica 13

2.1.2 Complicações decorrentes da punção venosa periférica 16

2.1.3 Dispositivos intravenosos 20

2.2 ASSISTÊNCIAS DE ENFERMAGEM NA PUNÇÃO VENOSA PERIFÉRICA 23

2.2.1 Habilidades e técnicas da equipe de enfermagem quanto a punção venosa periférica. 23

2.2.2 Pré-punção 24

2.2.3 Técnica de punção: descrição sequencial 27

2.2.4 Pós-punção 28

3 METODOLOGIA 29

4 RESULTADOS 30

32

33

5 DISCUSSÃO 34

6 CONCLUSÃO 38

REFERÊNCIAS 40

ANEXOS 44

ANEXO A – Termo De Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE) 44

ANEXO B - Questionário de Pesquisa 45

ANEXO C – Imagens 47

1 INTRODUÇÃO

[....] A punção venosa periférica é um método que se evidencia pela inserção de um dispositivo na parte interna do vaso venoso, em caso de sua manutenção este procedimento necessita de atenção e controle diário (TORRES; ANDRADE; SANTOS, 2005).

Por ser muito utilizada, a venóclise é um procedimento passível de complicações e riscos para os pacientes devendo ser realizado dentro das técnicas padronizadas. Dentre as complicações a mais comum é a tromboflebite e os fatores que levam o surgimento de complicações estão os físicos que envolvem as técnicas de inserção, materiais utilizados, local, tipos de dispositivos, patologia existente, duração do dispositivo e os fatores químicos que basicamente incluem a administração de drogas irritantes afirma Fulton, Brannen & Surette (1997), Bregenzer et al., (1998 apud PEREIRA e ZANETTI, 2000).

Além da tromboflebite existem outros tipos de complicações locais relacionadas à terapia intravenosa como: extravasamento da solução que está sendo infundida, flebite, hematoma, coagulação e obstrução do dispositivo. Existem ainda as complicações sistêmicas que são elas: sobrecarga de líquidos, embolia gasosa, septicemia e outras infecções de acordo com Smeltzer et al., (2009).

Tardivo, Neto e Júnior (2008) também afirmam que o risco de infecções sanguíneas é pequeno devido ao elevado número de inserções, mas mesmo sendo pequeno o risco, devem-se tomar medidas de precaução para evitar complicações, pois estas infecções ainda são causas de morbimortalidade nosocomiais relacionadas aos cateteres venosos e são ainda mais graves quando utilizados em Unidade de Terapia Intensiva (UTI) devido à alta incidência, manipulação e pelo maior tempo de permanência desses cateteres venosos.

Conforme Torres (2003) as vias de acesso venoso periférico têm diversos fins, tais como: administração de fluidos, eletrólitos, hemoderivados, fármacos, nutrição parenteral e até no auxilio de alguns tipos de monitorização hemodinâmica.

Do grande número de procedimentos realizados pela equipe de enfermagem 85% são de punção venosa periférica afirma Griffith (1991) e Phillips (2001 apud TORRES, ANDRADE e SANTOS, 2005).

Esta pesquisa para a Enfermagem serve como parâmetro para medir o nível de conhecimento dos profissionais e a qualidade da assistência prestada aos pacientes com punção venosa periférica, pois esta é uma técnica realizada diariamente em todo o mundo, onde na maioria das vezes os técnicos e auxiliares de enfermagem não executa o procedimento com qualidade, podendo causar dano ao paciente.

O assunto proposto é de suma importância para os técnicos e auxiliares de enfermagem, pois na prática diária observa-se que o mesmo é executado com maior frequência por estes profissionais de enfermagem do que pelos enfermeiros, mesmo sendo este um procedimento específico de todos os trabalhadores de enfermagem.

O procedimento de punção venosa periférica exige muita atenção e conhecimento técnico-científico, tanto na sua inserção, manutenção e retirada dos dispositivos intravenosos. O mesmo é utilizado a nível hospitalar e até mesmo domiciliar com o objetivo de hidratação e de infundir medicações a fim de auxiliar no tratamento de doenças.

A enfermagem deve ter ainda experiência e discernimento para identificar as complicações que os acessos venosos podem provocar, e a partir daí prestar uma assistência de qualidade e eficiente que atenda todas as necessidades do cliente, evitando problemas mais graves. Pois, a punção venosa realizada de forma adequada serve como auxílio no tratamento, proporcionando benefício para o cliente, mas caso seja feita de maneira incorreta pode acarretar problemas que poderiam ser evitados, agravando ainda mais o quadro clínico do paciente. Diante disso observa-se a relevância do tema proposto nesta pesquisa.

Pereira, Zanetti e Ribeiro (2001) colocam que o Enfermeiro deve demonstrar que possui competências técnicas e científicas para executar a terapia intravenosa, uma vez que esta prática sofre constante desenvolvimento tecnológico e pode gerar inúmeras complicações. Como é de responsabilidade da equipe de enfermagem decidir os locais de punção, materiais necessários e documentações pertinentes, cabe ao profissional também saber tomar decisões frente a complicações bem como preveni-las.

Conforme o entendimento dos autores citados percebe-se que, para que os profissionais de saúde prestem uma assistência de enfermagem de qualidade, habilidade e conhecimento, impedindo que os usuários não sofram nenhum risco ou dano e tenha sua saúde preservada é viável que as instituições de saúde invistam mais na preparação e atualização dos profissionais, através de uma educação continuada que busque a competência técnico-científica para que os técnicos e auxiliares de enfermagem desenvolvam o seu papel com dignidade e sabedoria, portanto, para os profissionais de saúde que desenvolvem vários procedimentos de diversos níveis de complexidade exige-se que os mesmos tenham postura, destreza e embasamento para que suas atividades sejam desempenhadas da melhor forma.

Portanto, este estudo tem como principal objetivo investigar o nível de conhecimento dos profissionais de nível técnico e auxiliar da área de enfermagem com relação à técnica de punção venosa periférica.

2 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA

2.1HISTÓRIA DA PUNÇÃO VENOSA PERIFÉRICA

Depois de uma insistente busca em outras literaturas não foi encontrado nada relevante sobre este assunto, por isso foi visto a necessidade de citar com frequência um autor, conforme o disposto a seguir. Phillips, L. D.

Segundo Pedreira e Chaud (2004) a partir do século XVII até os dias de hoje a área do conhecimento vem sendo estudada e obtendo enormes avanços, não sendo diferente para terapia endovenosa, que foi descoberta a partir de muitos estudos e pesquisas de várias áreas como a anatomia, fisiologia, microbiologia e farmacologia, e devido à contribuição de alguns profissionais como os químicos, médicos, arquitetos, engenheiros, enfermeiros, farmacêuticos dentre outros, que formularam conceitos, construíram materiais e equipamentos permitindo o avanço tecnológico.

A circulação sanguínea foi descoberta por Sir William Harvey em 1628, onde foi percebida a utilização da via intravenosa para a infusão de medicamentos e soluções. Pois a partir de estudos ele descobriu que a circulação sanguínea funcionava a partir de movimentos de contração e relaxamento do coração, mas antes, acreditava-se, que o movimento do sangue dentro das artérias e veias era semelhante aos movimentos da respiração, porém já sabiam da existência do sangue dentro das mesmas (PHILLIPS, 2001 apud PEDREIRA e CHAUD, 2004).

De acordo com a necessidade de melhoria e assistência ao indivíduo no intuito de salvar vidas, o homem testou uma pena oca de ave como o primeiro dispositivo a ser utilizado para introdução de soluções de sangue em humanos e animais, sendo estes os primeiros testes empíricos, afirma Phillips (2001). Pois, nesta época não havia ainda o avanço tecnológico e nem estudos científicos que ajudassem a melhoria dessa prática.

A agulha hipodérmica foi o primeiro dispositivo com ponta amolada construída para a realização de infusão de soluções. A cateterização intravascular foi relatada pela primeira vez na literatura em 1733, quando Stephem Hales usou cânulas de latão para realizar em animais a medida direta da pressão arterial e venosa. Já em humanos as descrições sobre cateterização venosa e arterial foram realizadas por Bleichroder, em 1905 com o intuito de estudos fisiológicos e manuseio terapêutico (PHILLIPS, 2001).

Segundo Phillips (2001) as primeiras transfusões sanguíneas tiveram resultados positivos no século XIX, como também, a infusão de solução salina isotônica pela via endovenosa, sendo usada para o tratamento terapêutico da cólera.

Houve um avanço na medicina a partir do século XX, quando foi descoberto cientificamente que a infecção cruzada era um mecanismo de transmissão de microorganismos, desde então foram realizados estudos e pesquisas no intuito de descobrir pirógenos nas soluções parenterais, para que estes procedimentos fossem realizados com mais segurança e diminuindo os riscos de contaminação e conseqüentemente complicações advindas desta prática (PHILLIPS, 2001).

A equipe de enfermagem teve suas primeiras atribuições referentes à inserção de cateteres endovenosos periféricos, administração de medicamentos endovenosos e preservação dos cateteres na década de 40, no Hospital Geral de Massachussets, nos Estados Unidos da América, onde os anestesiologistas eram responsáveis pela enfermagem que prestavam assistência e cuidados no que se desrespeitava a terapia endovenosa, administração de transfusões e soluções e a desinfecção e conservação de dispositivos de infusão e agulhas (PHILLIPS, 2001).

Devido ao fato de os médicos serem chamados para cuidarem dos feridos nos campos de batalha, houve várias transformações no meio hospitalar, onde a enfermagem aumentou suas responsabilidades relacionadas aos cuidados prestados ao paciente que recebia terapia intravenosa. Além desta, os enfermeiros eram ainda responsáveis por realizar suturas de ferida, administração de infusões endovenosas. A terapia endovenosa era utilizada em 20% dos pacientes internados que eram submetidos a grandes cirurgias e na recuperação de pacientes desidratados, isso na metade da década de 50, nos Estados Unidos da América. A veia de escolha dos enfermeiros para a realização da punção venosa era a veia localizada na fossa antecubital, esse acesso era feito com agulha de aço não descartável de calibre 16 a 18 Gauge, e esta era pregada a pele com atadura de couro (PHILLIPS, 2001).

Segundo Phillips (2001) a agulha de Rochester surgiu na década de 50 e esta era composta por uma agulha coberta em um cateter de resina, e o método de inserção era através da perfuração do vaso sanguíneo, e logo após do desdobramento do cateter para o lúmen da veia e rápida retirada da agulha, e para a punção de veia periférica foi fabricado o cateter agulhado com asas dobráveis no ano de 1957.

Pacientes hospitalizados nos Estados Unidos da América na metade do século XX já recebiam algum tipo de terapia endovenosa, e nesse mesmo tempo foram disponibilizadas uma grande diversidade de cateteres endovenosos periféricos, fármacos e soluções endovenosas (PHILLIPS, 2001).

2.1.1 Considerações gerais sobre o sistema vascular e finalidades da punção venosa periférica

“O sistema venoso periférico é constituído por capilares venosos, vênulas e veias (de pequeno, médio e grande calibre)” (PORTO, 2009).

Os capilares venosos são continuação direta dos capilares arteriais, dos quais recebem o fluxo sanguíneo. Os capilares confluem para formar as vênulas [...]. As vênulas juntam-se formando as veias, cujo calibre aumenta à medida que se aproximam das veias cavas (PORTO, 2009 p. 530).

A realização do procedimento de uma punção venosa periférica é o momento que se invade as estruturas da pele, dos vasos e nervos que fazem parte de um sistema. Capra (1996) relata que “tudo está dinamicamente interligado, formando redes, estas redes formando sistemas, existindo uma interdependência de condições para que todos os sistemas funcionem em equilíbrio”.

Segundo Stevens e Lowe (2001) os sistemas circulatórios são os primordiais sistemas de veículos, sendo os principais o sistema circulatório sanguíneo e o sistema linfático, visto que os mesmos são responsáveis pela condução de substâncias através das veias, que são dissolvidas em líquidos e carreadas de um lugar para outro. O primeiro é de fundamental importância para a manutenção e preservação da vida, pois é responsável por carrear oxigênio e dióxido de carbono, produtos residuais do metabolismo e nutrientes, mensageiros químicos, células do sistema imune e de outros sistemas de defesa e de tantas outras substâncias essenciais.

O autor acima citado discorre ainda sobre a formação das veias, visto que elas são compostas por três camadas: íntima ou endotélio, média ou muscular e adventícia, a primeira é a camada mais interna do vaso, ou seja, a que está em contato direto com o sangue, a segunda é a intermediária entre a íntima e a adventícia, e a adventícia é a camada mais externa e contém grande quantidade de fibras colágenas e elásticas.

Segundo Porto (2009) as veias são as grandes responsáveis em conduzir o sangue da periferia para o átrio direito, além de ser responsável pelo depósito de sangue do corpo. O autor afirma ainda que devido a sua capacidade de distensão as veias suportam 24 vezes mais sangue que as artérias, pois os vasos possuem mais resistência e elasticidade quanto às artérias.

As complicações da venóclise podem estar agregadas às substâncias produzidas pelo endotélio venoso como as endotelinas, óxido nítrico, entre outros, pois a endotelina é um peptídeo que produz uma potente e prolongada vasoconstricção. Porém o óxido nítrico produz uma ação de relaxamento potente, porém, breve, do músculo liso das veias. Devido essas interações ocorridas em relação das substâncias produzidas pelo endotélio venoso foi dada uma maior atenção a essa parte da fisiologia (GUYTON, 1996 apud TORRES, 2003).

De acordo com Capra (1996) a punção venosa periférica é um método invasivo, considerando que na punção venosa o dispositivo ultrapassa a principal barreira de proteção natural, ou seja, a pele, para estabelecer um contato com o interior do sistema venoso; e consequentemente, acarretando a comunicação do meio interno com o externo.

Smeltzer et al., (2009) esclarece que existem dois modelos de punção venosa, a periférica e a profunda ou central. As veias profundas são as jugulares internas, as subclávias, menos utilizadas, e este procedimento é restrito do profissional médico. Já a punção de veias periféricas é de responsabilidade da equipe de enfermagem, e as mais empregadas são as do dorso da mão (metacarpianas e arco venoso dorsal), veias superficiais do antebraço (cefálica, basílica e cubital mediana), já as dos membros inferiores deverão ser as de última escolha devido o risco de tromboembolia, como as dos pés (plexo venoso dorsal, arco venoso dorsal e marginal medial) e tornozelo (safena interna), o procedimento da punção venosa deve obedecer ao critério de seleção da mesma.

[...] Segundo Phillips (2001) 81% do quadro de enfermagem realizam punção venosa em mais de 75% de seu tempo de trabalho nos serviços de saúde, sendo este caracterizado como um procedimento de alta ocorrência no cotidiano dos trabalhadores de enfermagem.

Pereira; Zanetti e Ribeiro (2001 apud TORRES; ANDRADE e SANTOS, 2005), afirma ainda que o procedimento de punção venosa periférica “é um procedimento que possui alto nível de complexidade técnico-científico, o que exige do profissional, competência, bem como habilidade psicomotora”.

De acordo com Leite (2006) a terapia de conservação das necessidades diárias de líquidos corporais, terapias de reposição para danos detectados e terapia de reparação para perdas recorrentes ou sucessivas são as finalidades da terapia intravenosa que estão divididas nestes três grandes grupos. A via endovenosa é uma via que requer muito cuidado e atenção naquilo que vai ser introduzido, pois Smeltzer et al., (2009) alerta que nesta via jamais poderá ser infundido água pura, pois a mesma entra com muita velocidade numa célula do sangue chamada eritrócito provocando o seu rompimento, sendo assim, o autor descreve as reais funções da via endovenosa como para o fornecimento e reposição de água, eletrólitos e nutrientes para manter as necessidades diárias dos indivíduos; correção da deficiência de eletrólitos e também para a infusão de drogas, sangue e seus derivados.

Kunh (1998 apud PEDREIRA e CHAUD, 2004) consideram que a punção venosa periférica é uma técnica utilizada para diversos fins, bem como, para aqueles pacientes que precisam de reposição de vitaminas, eletrólitos, fluídos, aqueles que se apresentam desidratados, com algum tipo de hemorragia, quando órgãos e sistemas não estão funcionando, na existência de processos infecciosos, vítimas de queimaduras e aqueles que necessitam submeter-se há processos cirúrgicos.

Leite (2006) assegura que para a terapia endovenosa existem vários tipos de soluções sendo classificadas como isotônicas, hipotônicas e hipertônicas sendo que a primeira são similares aos fluídos do corpo, ou seja, tem a mesma pressão osmótica dos fluídos corporais e são elas o soro glicosado a 5% em água, soro fisiológico a 0,9%, solução de ringer e ringer lactato, sendo que o glicosado possui 170Kcal a cada 1.000ml. A solução hipotônica é aquela que oferece uma pressão osmótica mais baixa que a pressão dos fluídos corporais, um exemplo desta é a solução salina a 0,45%. Já a solução hipertônica é o oposto da hipotônica, pois esta possui uma pressão osmótica maior que os líquidos do corpo, são exemplos de soluções hipertônicas as soluções de glicose a 5% em soro fisiológico a 0,9% e em ringer lactato e solução de glicose a 10% e 20% em água.

Com relação à Smeltzer et al., (2009) várias literaturas relatam sobre a administração de fármacos por via endovenosa como sendo uma das mais importantes atividades desenvolvidas pela equipe de enfermagem.

De acordo com Kunh (1998 apud PEDREIRA e CHAUD, 2004) em relação ao procedimento de administração de medicamentos é importante ressaltar que este requer vários tipos de conhecimentos como, os advindos da farmacologia que inclui: a ação da droga, métodos e vias de administração, dose, fatores interferentes, toxicidade e efeito colateral, dentre outros.

2.1.2 Complicações decorrentes da punção venosa periférica

De acordo Smeltzer et al., (2009) existem diversas complicações relacionadas a punção venosa periférica, que podem ser elas locais ou sistêmicas, sendo que a última acontece menos que a primeira, as complicações locais são mais frequentes e menos perigosa como a flebite, tromboflebite, obstrução do dispositivo, infiltração e hematoma. Já a embolia gasosa, sobrecarga hídrica, septicemia e infecção são menos frequentes, porém mais graves.

Para Millan (1988, apud NASCIMENTO e SOUZA, 1996) “a infiltração, acúmulo de fluído infundido nos tecidos ao redor da veia, é um dos motivos mais comuns que determinam a substituição da inserção intravenosa”. Esta complicação se manifesta por alguns sinais e sintomas como dor e queimação no local da inserção, desconforto e sensação de espessamento podendo dificultar os movimentos no lugar da infiltração.

Schull (2004) acredita que outro problema que poderá ocorrer em consequência da punção venosa periférica é a reação vaso vagal decorrente da ansiedade e da dor provocada pelo procedimento, o paciente apresentará colapso repentino da veia, palidez, sudorese, astenia, tontura, náuseas e hipotensão.

De acordo com estudos realizados por Nascimento e Souza (1996) após 160 inserções realizadas em pacientes internados na enfermaria de Propedêutica Médica do Hospital São Paulo, foram verificados que 61,2% das complicações ocorridas foram de infiltração, 20,6% flebite e 20% obstrução do cateter, portanto a infiltração foi o principal motivo de interrupção da punção venosa periférica.

Conforme o resultado da pesquisa mostrado acima, vê-se que a obstrução do cateter é uma das causas da interrupção da terapia endovenosa, conforme Schull (2004) este problema é evidenciado quando não ocorre nenhum aumento na vazão quando o recipiente endovenoso é suspenso, quando há sangue na linha e o paciente reclama de desconforto no lugar da punção.

Outra complicação decorrente da punção venosa é o hematoma que é ocasionado quando há um rompimento da parede do vaso e o sangue sai da veia para os tecidos adjacentes próximos à inserção endovenosa, consistindo nos sinais e sintomas desta complicação a equimose, edema e extravasamento do sangue para fora da veia (SMELTZER, et al., 2009).

Outro tipo de complicação também é a flebite onde Hecker (1989, 1992); Turco (1987 apud NASCIMENTO, et al., 2000) define esta como um processo inflamatório dos vasos com ou sem presença de microorganismos, sendo esta uma ocorrência comum.

Netto (2004); Phillips (2001 apud MARTINHO e RODRIGUES, 2008) relatam os sinais e sintomas como dor, aumento da temperatura local e basal, edema, eritema, cordão fibroso palpável ao longo do vaso, a infusão torna-se gradativamente lenta.

Existem quatro tipos de flebite e estas são classificadas de acordo a sua causa: a flebite mecânica é aquela ocasionada devido o tipo de dispositivo, a bacteriana está relacionada com a técnica utilizada no procedimento, a pós-infusão com o tipo de material do dispositivo e o tempo de permanência do mesmo e a flebite química com o tipo de medicamento e o seu preparo diz Netto, (2004); Phillips, (2001); Hospital Israelita Albert Einstein (2002); Pereira, Zanetti e Ribeiro, (2001 apud MARTINHO e RODRIGUES, 2008).

Tromboflebite é definida como a obstrução e inflamação do vaso. Tendo como sinais e sintomas o rubor, calor, dor e edema no local da inserção, desconforto associado à impossibilidade de movimentação do membro, lentidão na entrada da infusão, hipertermia, leucocitose e mal estar geral (SMELTZER et al., 2009).

A equipe de enfermagem sempre deverá ficar atenta durante a aplicação da técnica de punção venosa, pois esta também é causa de algumas complicações locais existentes como os danos em nervos, tendões ou ligamentos, estas lesões tem como manifestações clínicas a dor intensa, entorpecimento e contração muscular e alguns sintomas tardios como a paralisia e deformidade do membro afetado diz Schull (2004).

Leite (2006) diz que a sobrecarga hídrica é um tipo de complicação que ocorre quando se infunde de maneira muito rápida líquido pela via endovenosa, causando assim inchaço da pálpebra e do corpo, ganho de peso, pressão alta, o balanço hídrico irá variar muito, elevação da pressão venosa central, alteração na respiração onde a mesma ficará curta e superficial e dilatação das veias do pescoço, portanto pode-se observar que esta via é de grande valia no auxílio ao tratamento de pacientes, mas antes de qualquer coisa deve ser utilizada com muita cautela para não por em risco a vida dos clientes.

De acordo com Taylor, Lillis e LeMone (2007) a velocidade com que vai ser injetada este líquido é um fator que o profissional deverá está atento, pois este poderá causar um choque de velocidade que é uma outra complicação da punção, caso isso ocorra o paciente irá se queixar de cefaleia pulsante, a vítima ficará desacordada, apresentará taquicardia, calafrios, algia nas costas, dispnéia e ficará apreensiva.

Outras complicações ocorridas também são as bacteremias, estão diretamente relacionadas à falta de técnicas assépticas, longo tempo de duração do dispositivo, contaminação cruzada, portanto vê-se a grande seriedade da limpeza das mãos na prevenção de complicações. Os sinais e sintomas incluem tremores, calafrios, febre, dor de cabeça, mal estar, podendo chegar a um choque séptico, sendo necessária a retirada o mais rápido possível do dispositivo endovenoso (PHILLIPS, 2001).

Com relação às complicações mais graves, Maki (2001) conclui que mais de 90% das septicemias são evidenciadas por dispositivos endovenosos, portanto observa-se que este é um grande problema que o âmbito da saúde enfrenta. A embolia gasosa e a embolia pulmonar também são complicações pouco evidenciadas, a primeira ocorre quase sempre devido à canulação das veias centrais, já a segunda acontece por causa de coágulos sanguíneos que estavam estacionados e se deslocaram para os pulmões. Os dois problemas apresentam as mesmas manifestações clínicas como: cianose e dispnéia, pressão arterial baixa, perda da consciência, pulso fraco e rápido, dor torácica, no ombro e dor lombar [...] (SMELTZER et al., 2009; TIMBY, 2007).

De acordo com Timby (2007) a embolia gasosa é uma complicação causada pelo ar que é levado para dentro da corrente sanguínea, mas o autor diz que a quantidade mínima de ar que poderá provocar a morte de um paciente ainda é desconhecida e que após experiências realizadas em animais sabe-se que a quantidade de ar existente em um equipo médio que comporta 5 ml de ar não é o suficiente para provocar o óbito de uma pessoa, mesmo assim faz-se necessário a remoção de todo o ar do equipo no processo de instalação de uma infusão.

2.1.3 Dispositivos intravenosos

2.1.3.1 Principais tipos e tempo de permanência dos dispositivos intravenosos

Para Phillips (2001); Couto, Pedrosa e Nogueira (1999) existem no mercado hoje uma grande diversidade de dispositivos intravenosos periféricos, que são os cateteres agulhados, ou “scalp” os dispositivos sobre agulha e os cateteres periféricos de duplo lúmen. Os primeiros são fabricados com aço inoxidável, e seu comprimento varia de 1,25 a 3,0 cm e são identificados pela sua numeração ímpar crescente que se refere ao calibre sendo encontrado do 17 até 27, [...] é indicado para terapia com menos que 24 horas e para administração de injeções de dose única, e este está relacionado ao alto índice de infiltração por infusão endovenosa.

Phillips (2001) afirma que existe ainda outro tipo de dispositivo para a execução do procedimento da punção venosa periférica que é o cateter sobre agulha, onde existem várias marcas do mesmo. Este dispositivo tem um comprimento de 2,0 a 5,0 cm e seu calibre é verificado através da numeração par que variam de 12 a 24, ele consiste em um cateter plástico flexível [...].

De acordo com Timby (2007) o calibre dos dispositivos utilizados em uma punção venosa deverá ser sempre menor que as veias para que isso não provoque uma interrupção no fluxo daquela veia, o autor relata ainda sobre a numeração dos dispositivos, pois quanto maior for sua numeração menor será o diâmetro do mesmo, sendo os mais utilizados em adultos os de calibres 18, 20 e 22. Timby cita alguns tipos de dispositivos, sendo o mais comum entre eles o cateter sobre mandril, mas são utilizados ainda o scalp e o cateter através de uma agulha.

Para Schull (2004) os três principais tipos de cateteres intravenosos são cateter sobre a agulha, o inserido na agulha e o do tipo butterfly, e cada um destes possuem suas vantagens e suas desvantagens. O primeiro é indicado para aqueles clientes que precisam de um tempo maior de tratamento e que são muito ativos e que estejam agitados por algum motivo, este tipo de dispositivo causa menos interrupção da terapia devido não ocasionar com muita frequência o deslocamento do mesmo e além de tudo é mais confortável para o cliente e para melhor localização possui um filamento radiopaco. Diante dessas vantagens este dispositivo possui um grau maior de dificuldade de inserção que os demais dispositivos dificultando assim a sua utilização. O cateter inserido na agulha também possui a mesma indicação e as mesmas vantagens do tipo citado anteriormente. Já o dispositivo de infusão do tipo butterfly possui uma indicação oposta aos anteriores, pois este é indicado para terapias de pequena duração para clientes adultos que colabore com o procedimento e para crianças, bebês ou idosos a duração da punção não é definida. Este tipo de dispositivo é de muito fácil inserção, mas pode provocar uma complicação como a infiltração devida, se deslocar fácil.

Segundo Leite (2006) o procedimento de punção venosa requer critérios, portanto deverá ser avaliados antes, para determinar o tipo de cateter que deverá ser utilizado, os de curta ou longa duração, sendo classificado de curta duração o scalp e de longa duração os cateteres sobre agulha ou abocath. O primeiro deverá ser utilizado em veias mais finas e o segundo em veias mais calibrosas, para assim proporcionar a segurança do procedimento.

Em relação ao tempo de permanência dos cateteres venosos periféricos existem muitas controvérsias, pois alguns autores como Maki & Ringer (1991) apud Pereira; Zanetti e Ribeiro (2001) dizem que a punção venosa deve ser substituída dentro de 24 a 48 h. Já Couto; Pedrosa e Nogueira (1999); Castro e Ribeiro (1999) afirmam que os dispositivos devem ser trocados a cada 48 a 72 horas, relata ainda a importância da lavagem das mãos antes e após a realização do procedimento e ao manusear os dispositivos na troca ou palpação dos curativos.

Anteriormente, o mesmo autor afirmou que aqueles dispositivos que forem colocados em momentos de urgência, sem as devidas técnicas devem ser removidos logo nas primeiras 24 horas.

Segundo as opiniões de Souza e Mozachi (2009), INS (2000 apud POTTER e PERRY, 2005) e Phillips (2001) as inserções através de uma veia periférica devem ser substituídas a cada 72 horas, pois os autores acham mais seguro para evitar assim qualquer tipo de contaminação e proliferação de microorganismos podendo piorar ainda mais o estado do paciente.

Já de acordo com o Protocolo Institucional do Hospital Israelita Albert Einstein (2002 apud MARTINHO e RODRIGUES, 2008) a troca do dispositivo também é fundamental na prevenção de complicações como a flebite, portanto todo acesso venoso deve ter um tempo estimado para a sua substituição, e para os autores em questão estes devem ser removidos dentro de 72 a 96 horas para evitar problemas futuros.

Para Schull (2004) a punção venosa periférica também pode ser utilizada como dispositivo intermitente, ou seja, a infusão não é contínua, é utilizado um scalp heparinizado para ser usado quando necessário. Este é um procedimento que requer muito cuidado, portanto o profissional responsável deverá estar atento quanto ao vencimento do prazo de validade do curativo e do dispositivo heparinizado, para que o mesmo seja removido imediatamente, evitando assim danos ao paciente submetido a este processo, diante disso o autor afirma que o curativo deve ser trocado a cada 24 ou 48 horas e o dispositivo a cada 72 horas conforme a rotina da instituição.

Conforme com Timby (2007) e CDC (apud LEITE 2006) não somente os dispositivos e os curativos devem ser substituídos, mas também o equipo, pois este também é fonte de contaminação afirma os autores, ambos apresentam o mesmo parecer quanto à troca deste equipamento, pois para eles estes devem ser removidos a cada 72 horas e aqueles que forem utilizados para infusão de soluções parenterais deverão ser trocados a cada 24 horas. Para CDC (apud LEITE 2006) os utilizados para transfusões de sangue deverão ser removidos dentro de 24 horas, mas para Timby (2007) os mesmos podem ser reutilizados em outras unidades caso seja usado logo em seguida.

2.2 ASSISTÊNCIAS DE ENFERMAGEM NA PUNÇÃO VENOSA PERIFÉRICA

2.2.1 Habilidades e técnicas da equipe de enfermagem quanto a punção venosa periférica.

A Enfermagem é uma profissão que requer vários tipos de conhecimentos e habilidades, portanto o Código de Ética dos Profissionais de Enfermagem traz em seu Preâmbulo o seguinte:

De acordo com o Código de Ética de Enfermagem (2007), a enfermagem é uma profissão que requer muito conhecimento técnico-científico, bem como a prática, onde está inserido em todo contexto social, ético e político atuando de forma coletiva e individual, contribuindo no ensino, pesquisa e assistência.

Com relação à regulamentação da técnica Nascimento; Souza (2001 apud LIMA, 2009) afirma:

No Brasil, o procedimento de punção venosa periférica, embora não explicitados na Lei de Exercício da Enfermagem nº 7498/68, está incluída nas atividades da equipe de enfermagem. O exercício profissional relativo à atividade de enfermagem, conforme o Decreto que regulamenta a referida Lei, “é privativo do Enfermeiro, Técnico de Enfermagem, Auxiliar de Enfermagem e Parteira, e só será permitido ao profissional inscrito no Conselho Regional de Enfermagem da respectiva região” (Decreto nº 94.406, de 08 de junho de 1987). Não havendo nada que disponha em contrário, todas estas categorias profissionais estão legalmente autorizadas a desenvolver este procedimento p. 19.

De acordo com Torres, Andrade e Santos (2005) a teoria não é o suficiente para que o profissional de enfermagem esteja apto para desenvolver um bom trabalho, pois somente com a rotina do dia-a-dia, treinamento e com a diversidade de problemas que aparecerão é que ele irá desenvolver sua habilidade psicomotora.

O procedimento de punção venosa periférica demanda de organização, portanto Phillips (2001) descreve uma sequência lógica, dividindo o processo em três etapas o de pré-punção, punção e pós-punção.

2.2.2 Pré-punção

A pré-punção é o momento em que o profissional irá certificar a prescrição, higienizar as mãos, reunir os materiais, avaliar e conversar com o paciente sobre o procedimento, escolher e garrotear a veia (PHLLIPS, 2001). Schull (2004) diz ainda que a identificação da solução a ser infundida é de suma importância para a segurança do paciente e do profissional que a executa, portanto deverá conter na mesma as seguintes informações: o nome do cliente que irá receber a medicação, o número do apartamento em que se encontra, o tipo de medicação, a hora e data da preparação, nome de quem a preparou e a vazão de infusão prescrita pelo médico.

Os materiais necessários para a concretização do procedimento de punção venosa periférica são: solução IV, cateter adequado, suporte de soro, garrote, luvas de procedimento, algodão, solução antisséptica e material para prender o dispositivo afirma (POTTER e PERRY, 2005). Schull (2004) acrescenta ainda que pode ser utilizada pomada antimicrobiana conforme as rotinas da unidade, gazes esterilizadas para o curativo da punção ou curativo transparente semipermeável, caixa de perfuro cortante e sendo tala para mobilizar o acesso, compressas quentes, anestésico local e seringa de 1 ml com agulha 13x4,5 uma opção para melhor conforto do paciente.

Segundo Vilela, (2008) a lavagem das mãos é essencial na prevenção de contaminação e transmissão de microorganismos, mas com o uso das luvas os trabalhadores de enfermagem acabam por não lavá-las devido este uso, não sabendo que podem ocorrer falhas no uso das mesmas.

Castro e Ribeiro (1999) afirmam que a utilização de algumas medidas preventivas universais reduz de 60 a 80% as exposições, como por exemplo, o uso da luva, o descarte de materiais perfurantes em caixas próprias e não reencapar as agulhas.

Segundo Couto, Pedrosa e Nogueira (1999) em relação à escolha do antisséptico a ser usado na punção venosa a Clorexidina a 10% são o de primeira escolha, o Álcool a 70% de segunda opção e o PVP-l (Polivinilpirrolidona-Iodo) a 10% em última opção.

De acordo Schull (2004) a ansiedade e a fobia são problemas que acontecem no momento da punção venosa, por isso faz-se necessário o preparo psicológico do paciente antes da realização deste procedimento.

Em relação à escolha da veia, é preciso fazer uma avaliação criteriosa enquanto a visualização, palpação, calibre e mobilidade da mesma. O garrote é o instrumento mais utilizado no auxílio à visibilidade da veia, quanto à visualização as veias são classificadas em fácil visualização, difícil visualização e não visíveis. As veias podem ser palpáveis ou não, sendo classificadas em veias de pequeno, médio e grande calibre. Elas ainda podem ser móveis ou fixas. Outros critérios a serem estudados são à inserção ou de onde a veia foi derivada, o seu percurso, se o percurso tem a mesma regularidade em sua espessura, boa elasticidade, se as paredes dos vasos têm solução de continuidade e local de melhor acesso. (ARREGUY-SENA, 2002)

Para Arreguy-Sena, Carvalho e Santos (2008) a prática da punção venosa periférica existe uma gama de fatores que podem estar ou não contribuindo para este procedimento, onde até a coloração da pele pode estar influenciando a boa visualização do vaso, principalmente quando este for profundo, a mobilidade, o calibre do vaso, introdução, o percurso que a veia faz a elasticidade, integridade, se for palpável ou não e, sobretudo a localização do vaso sanguíneo [...].

Schull (2004) e Smeltzer et al., (2009) relata ainda sobre a realização da tricotomia no local da punção caso for necessário, pois isso irá facilitar a visibilidade do vaso e irá permitir melhor aderência do curativo no local do acesso venoso.

Timby (2007) relata que para o procedimento de punção venosa periférica as veias mais utilizadas e de melhor acesso são as veias da mão (veia cefálica, metacárpicas dorsais e basílica), as localizadas no antebraço (veias cubitais média, basílica e cefálica acessória e radial).

Para Potter, Perry (2005), Smeltzer et al.(2009) e Timby (2007) existem vários critérios a serem observados e analisados em relação à escolha do local do acesso venoso como evitar puncionar em locais distais ao de punções anteriores, locais com infiltração, veias com presença de flebite, endurecida ou esclerosada e local de válvulas ou bifurcações venosas. Não são aconselháveis também veias localizadas na fossa antecubital ou em qualquer outra articulação, na superfície ventral do pulso, em braço ou mão dominante e em membros inferiores, lugar com inchaço, infecção, coágulo sanguíneo e braço do lado onde ocorreu uma mastectomia devido o fluxo linfático ter sido danificado. O ideal é que a veia seja reta para facilitar o procedimento e o calibre do cateter seja mais fino que a veia para não comprometer a circulação sanguínea.

Segundo Smeltzer, et al., (2009); Schull (2004), para aumentar o calibre da veia facilitando o acesso venoso são utilizadas várias técnicas, como garrotear o local de acesso de 10 a 15 cm acima. Para esta técnica são preferíveis as veias da mão e do antebraço. Phillips (2001) ainda ressalta a utilização de outras técnicas como: fechar as mãos, abaixar o membro, colocar compressas mornas e também pode ser utilizado o manguito de pressão sanguínea para facilitar a punção [...].

De acordo com Koch (2004) o calibre do dispositivo é um fator que deve ser considerado, pois na utilização dos cateteres plásticos deve-se considerar a idade do paciente, o tipo de terapia a ser infundida e a finalidade do internamento entre outros. Os de menor calibre são os preferíveis, desde que seja possível a realização da terapia endovenosa prescrita.

Para melhor escolha de um dispositivo endovenoso o profissional deve considerar vários fatores que interfere como as condições da veia, a finalidade do acesso, bem como o tipo de solução a ser injetada e o tempo de demorado cateter (SMELTZER et al., 2009).

Quanto à numeração dos cateteres plásticos os de maiores calibres como os de16 gauge só serão utilizados em casos mais isolados como em pacientes que sofreu algum trauma e aqueles que necessitam de rápida infusão de fluído endovenoso, já os de 18 gauge são indicados para fins cirúrgicos e aqueles que precisam de transfusão sanguínea imediata, e os de menores calibres como os de 22 a 24 gauge são indicados para crianças, idosos, pacientes clínicos e no pós-operatório (PHILLIPS, 2001).

Segundo Schull (2004) para o sucesso da punção venosa de difícil acesso existe no mercado hoje um dispositivo de translucidação como a “Landry Vein Light”, mas não facilmente disponível no Brasil, que permite a melhor visibilidade dos vasos através da luz produzida por este dispositivo, portanto faz se necessário que as unidades de saúde busquem utilizar das tecnologias oferecidas para dar melhor conforto ao paciente.

De acordo com uma pesquisa recentemente realizada por Amaral e Pettengill (2010) sobre o uso da tecnologia no auxílio para o procedimento de punção venosa em crianças, para isso foi utilizado um aparelho de ultrassonografia para guiar a punção, esta pesquisa teve resultados positivos mostrando que esta técnica permite a visualização do vaso durante o procedimento tornando este mais seguro e passivo de menos complicações.

2.2.3 Técnica de punção: descrição sequencial

De acordo Souza e Mozachi (2009) a técnica da punção venosa procede da seguinte forma: em primeiro lugar a enfermagem deverá recolher todos os materiais utilizados para o procedimento, fazer a higienização das mãos, calçar as luvas de procedimento, escolher o melhor local e veia para a inserção do dispositivo, amarrar o garrote acima do lugar selecionado, esperar que a veia fique mais calibrosa, limpar o local com o algodão embebido em álcool a 70%, repetir o procedimento quantas vezes for necessário, introduzir o dispositivo com o bisel para cima, desamarrar o garrote, instalar o polifix duas vias com a solução padrão na seringa, prender o dispositivo, após retirar bolhas de ar conectar o equipo do soro ou solução a ser administrada.

Segundo a literatura estudada a manutenção do dispositivo por meio de curativo e uma boa fixação são procedimentos que reduzem o número de complicações relacionadas á terapia endovenosa. O esparadrapo pode ser utilizado para fixar o dispositivo, bem como gases fixadas com esparadrapo e o curativo de filme transparente (PHILLIPS, 2001; SCHULL, 2004).

2.2.4 Pós-punção

A parte final do procedimento é a pós-punção, que segue os seguintes passos: identificar a punção, desprezar o cateter, orientar o cliente, calcular o número de gotas e anotar no prontuário o procedimento realizado (PHILLIPS, 2001; SCHULL, 2004).

Para a identificação da punção venosa é indispensável que contenha na etiqueta a data e horário do procedimento, tipo e tamanho do cateter, e as inicias do nome de quem realizou o acesso venoso, esta identificação deverá ser feita no próprio curativo (KOCH, 2004).

É necessário que algumas orientações sejam passadas ao cliente, como evitar movimentar muito o local a ser puncionado e para que ele comunique com a equipe qualquer sinal de complicação como dor ou aumento da sensibilidade no sítio do acesso venoso. (PHILLIPS, 2001).

Alguns itens também são de suma importância conter na documentação do prontuário do paciente como a data do procedimento, local, calibre e tamanho do dispositivo, tipo de infusão, gotejamento e nome do profissional que executou o procedimento (MAKI, 2001; SMELTZER et al., 2009; TIMBY, 2007).

3 METODOLOGIA

Este estudo foi realizado após ter seguido os devidos trâmites éticos da Unesulbahia Faculdades Integradas do Extremo Sul da Bahia, e após a assinatura do Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE) (ANEXO A) dos voluntários que foram envolvidos nesta pesquisa.

Trata-se de uma pesquisa de campo, onde foi realizado um estudo analítico, observacional transversal, cujo local de concretização da mesma foi o Hospital e Maternidade Joana Moura, da cidade de Guaratinga-Ba durante o mês de dezembro de 2011. Onde os sujeitos da pesquisa foram os 16 técnicos e os 02 auxiliares de enfermagem da instituição.

Para a construção do referencial teórico foi feita uma busca em livros e artigos científicos indexados, consultas em banco de dados da BIBLIOTECA VIRTUAL DE SAÚDE, LILACS, MEDLINE e SCIELO. O acesso ás informações realizou-se a partir do instrumento de busca da BIREME e o GOOGLE ACADÊMICO.

Para participar desta pesquisa houve alguns critérios de inclusão e exclusão, os de inclusão foram todos aqueles que assinaram o TCLE, que eram funcionários da instituição pesquisada e que possuíam o curso de técnico ou auxiliar de enfermagem, já os de exclusão foram todos aqueles que não assinarem o TCLE, que não eram funcionários do Hospital e que não tiveram o curso de técnico ou auxiliar de enfermagem.

Como método de investigação foi aplicado um questionário estruturado (ANEXO B) com questões que foram perguntadas, referentes ao tempo de permanência dos dispositivos, locais de preferência para o acesso venoso em bebês, complicação mais grave, tipo de solução que não pode ser administrada pela via endovenosa e sobre a camada da pele mais dolorosa durante a punção venosa.

Após a coleta dos dados, foi realizada a tabulação dos mesmos, e colocados em gráficos em percentil. A partir daí foi feita uma análise estatística descritiva para melhor compreensão dos resultados obtidos.

4 RESULTADOS

Esta pesquisa tem como objetivo comprovar os conhecimentos dos técnicos e auxiliares de enfermagem do Hospital e Maternidade Joana Moura de Guaratinga Bahia sobre punção venosa periférica. Isso foi possível através da aplicação de um questionário aos 16 técnicos e os 02 auxiliares de enfermagem, o mesmo tratava sobre o tempo de permanência do dispositivo intravenoso preconizado pelo hospital pesquisado, local de preferência para punção em bebês, complicação mais grave decorrente da punção, tipo de infusão que não pode ser administrada pela via endovenosa e sobre a camada da pele mais dolorosa durante a técnica de punção venosa. Todos os dados serão apresentados através dos gráficos a seguir.

Gráfico 1

Fonte: Dacirlene Lopes R. Medeiros e Diego da Rosa Leal

O gráfico acima revela que de 100% dos entrevistados 94% responderam que de acordo a sua instituição de trabalho o tempo que um dispositivo intravenoso poderá permanecer em uma pessoa é de 48 a 72 horas, e 6% responderam que o tempo de permanência é de 24 a 48 horas, já de 72 a 96 horas e de 96 a 108 horas teve 0%, ou seja, não houve nenhuma resposta.

Gráfico 2

Fonte: Dacirlene Lopes R. Medeiros e Diego da Rosa Leal

Mostra-se neste segundo gráfico que dos 18 entrevistados 94%, ou seja, 17 acreditam que as mãos e os pés são os locais mais adequados para a punção venosa em bebês, e 6% acham que a fossa antecubital e os pés são as de melhor escolha para esta prática, já as opções pés e couro cabeludo e mãos e couro cabeludo não obtiveram nenhuma resposta, sendo assim observa-se que em relação a esta questão toda a equipe pensa de forma muito semelhante.

Gráfico 3

Fonte: Dacirlene Lopes R. Medeiros e Diego da Rosa Leal

A punção venosa periférica é um procedimento passível de diversas complicações, diante disso sabe-se que esta técnica requer muita habilidade bem como conhecimento técnico científico. Portanto este gráfico mostra o grau de conhecimento dos técnicos e auxiliares sobre as complicações da venóclise, pois 44% da equipe afirmam que a flebite é a complicação mais grave decorrente da punção venosa, e 6% entende que é a obstrução do dispositivo, já 50% dos entrevistados asseguram que a septicemia é a complicação mais séria em comparação as demais, e nenhum dos participantes concordaram que o hematoma era a opção mais adequada.

Gráfico 4

Fonte: Dacirlene Lopes R. Medeiros e Diego da Rosa Leal

As vias de administrações são de suma importância para o auxílio no tratamento de pessoas com algum tipo de patologia. Portanto, foi visto a necessidade da abordagem sobre esta questão. O gráfico acima mostra que em relação a este questionamento a equipe mostrou um bom conhecimento sobre o assunto, pois, 83% afirmam que a via endovenosa não poderá ser utilizada para medicações que são indicadas para serem administradas por via intramuscular, e 11% asseguram que a alimentação parenteral é o tipo de infusão que jamais poderá ser usada o acesso intravenoso, sendo que 6% responderam que é a hidratação que não pode ser feita endovenosa, já na opção de Hemotransfusão não houve nenhuma resposta.

Gráfico 5

Fonte: Dacirlene Lopes R. Medeiros e Diego da Rosa Leal

Para a prática da punção venosa periférica o profissional deverá ter conhecimento de anatomia bem como de fisiologia, pois esta técnica é um procedimento invasivo que poderá comprometer as estruturas dos vasos sanguíneos e da pele, pois esta última é a primeira barreira a ser rompida durante o ato da punção. Por este processo ser muito doloroso nota-se que esta questão é de muita relevância para esta pesquisa. O gráfico revela que a equipe de enfermagem deste hospital possui pouco conhecimento sobre o assunto proposto, visto que 83% asseguram que a epiderme é a camada da pele mais dolorosa durante a punção venosa, e 11% afirmaram ser a derme a mais dolorida das camadas, e somente 6% concorda que a última camada, ou seja, a hipoderme dói mais durante esta técnica.

5 DISCUSSÃO

De acordo com Bedone (2008) o tempo de permanência do dispositivo intravenoso preconizado pelo Hospital e Maternidade Joana Moura da cidade de Guaratinga é de 48 a 72 horas após a sua inserção, devendo ser mantidos sob cuidados diários da equipe de enfermagem. Os outros questionamentos vislumbram temáticas não citadas nos protocolos institucionais, portanto os parâmetros usados na verificação do conhecimento dos profissionais consistem na literatura pesquisada e nas afirmações dos autores escolhidos.

O tempo de permanência de um dispositivo intravenoso é muito controverso, pois vários autores têm opiniões distintas quanto esta prática. Segundo a CDC (2002 apud Taylor, Lillis e LeMone, 2007) a venopunção deverá ser trocada dentro de 72 a 96 horas. Já Schull (2004) e Smeltzer et al (2009) tem o mesmo pensamento, pois, eles afirmam que o cateter deverá ser substituído a cada 48 a 72 horas, ou de acordo com as regras da instituição ou sempre que for necessário, pois poderá ocorrer algum evento que o mesmo precisará ser retirado. Souza e Mozachi (2009) acreditam que o dispositivo deverá permanecer por até 72 horas.

De acordo com a CDC (2002 apud Taylor, Lillis e LeMone, 2007) o tempo de permanência indicado para a troca dos cateteres não são válidos para crianças, pois estes não devem ser trocados, ao menos que tenha alguma recomendação clínica. Phillips (2001) e Timby (2007) também relatam sobre a importância da troca do curativo da venóclise. O primeiro pensa que o curativo deverá ser trocado dentro de 48 a 72 horas ou de acordo as regras hospitalares e o segundo diz que o curativo deverá ser trocado a cada 24 a 72 horas e também de acordo as políticas da instituição.

A seleção do local para a realização de uma venopunção é de suma importância para o sucesso deste procedimento, pois vários fatores devem ser analisados antes do início desta prática. De acordo Smeltzer et al., (2009) e Schull (2004) a destreza do profissional, a faixa etária e estatura do cliente, situação da veia, condições de saúde do paciente, tipo de terapia, tempo de permanência da mesma e vê se o paciente é destro ou não são motivos que contribuem para bons resultados durante a ação. Schull (2004) acrescenta ainda sobre a localidade da veia e a opinião do paciente sobre o local de punção que devem ser respeitadas quando possível for.

Para Pedreira e Chaud (2004) a idade e a superfície do corpo são fatores que estão intimamente interligados à diferenciação das peculiaridades entre as crianças e os adultos no processo de punção venosa periférica, como a absorção, metabolismo, distribuição e eliminação de medicamentos, portanto a equipe de enfermagem deve possuir conhecimento sobre essas diferenças para poder prestar uma assistência distinta para essa população.

Conforme afirma Taylor, Lillis e LeMone (2007) os bebês e crianças são um grupo que requer muito cuidado, sendo assim, em relação a escolha do local para a realização da punção venosa a mão deve ser evitada, pois este é um local muito doloroso devido as terminações nervosas que são muito próximas à pele, sendo os pés e o couro cabeludo opções para esta prática. Os autores ainda falam sobre a punção nos pés de crianças que já deambulam, pois não deve ser utilizado diante da privação deste movimento.

Conforme Phillips (2001) a venopunção em bebês apresenta um grau maior de dificuldade em relação às crianças maiores e adulto, pois os bebês possuem grande quantidade de tecido adiposo dificultando assim a técnica, portanto para o autor os locais de melhor acessibilidade neste grupo são as mãos, pés e a fossa antecubital, podendo estes ser os únicos locais possíveis. Timby (2007) também dá outra alternativa para a punção venosa em bebês e crianças menores, pois para ele o couro cabeludo é uma opção que pode ser empregada.

Segundo Leite (2006) e Smeltzer et al., (2009) existe duas classes de complicações: as locais e as sistêmicas, sendo que esta última acontece com menos assiduidade, porém são mais graves, podendo levar o paciente à morte. Leite (2006) fala que as complicações locais incluem hematoma, trombose, flebite, tromboflebite, infiltração, extravasamento, infecção local e espasmo venoso, já as sistêmicas são septicemia, sobrecarga circulatória, edema pulmonar, embolia gasosa, choque por infusão rápida, embolia por cateter, flebite e celulite.

Conforme Timby (2007) o acesso intravenoso periférico possui diversas finalidades como para conservar ou restabelecer o equilíbrio hidroeletrolítico, infundir vitaminas, nutrição parenteral, drogas e fazer hemotransfusões. Leite (2006) alerta ainda sobre o cuidado com as medicações utilizadas por via endovenosa, pois estas devem ser dissolvidas adequadamente e caso apresentar qualquer alteração na coloração devem ser desprezadas porque as medicações precisam estar claras para não comprometer a saúde do cliente. O autor adverte que não é todo tipo de medicamento que pode ser administrado pela veia, como as soluções em suspensão oleosas ou com presença de bolhas.

De acordo com Smeltzer et al., (2009) a via endovenosa é uma via de administração que requer muita cautela, pois as soluções são infundidas diretamente na corrente sanguínea fazendo efeito muito rápido, podendo representar perigo para o paciente caso não tenha tomado as devidas precauções e cuidados necessários. O autor diz que todo líquido a ser infundido no paciente deve-se antes ser observado a sua osmolalidade, pois em comparação ao do sangue a osmolalidade da solução pode ser igual, maior ou menor. Sendo que a osmolalidade do plasma é de quase 300 mOsm/L (300 mmol/L).

Timby (2007) afirma que as soluções intravenosas podem ser divididas em duas categorias as cristalóides e as colóides sendo que a primeira é constituída de água e outros cristais diluídos de forma igual, como o açúcar e o sal, já a segunda também possui água em sua formação e moléculas de substâncias suspensas, como produtos e células do sangue. O autor ainda relata sobre a classificação das soluções cristalóides que podem ser isotônicas, hipotônicas e hipertônicas. Smeltzer et al., (2009) diz que o conteúdo eletrolítico total é considerado isotônico quando o mesmo possui um valor de aproximadamente 310 mEq/L, e hipotônico quando este valor é inferior a 250 mEq/L, já o hipertônico o conteúdo eletrolítico total é superior a 375 mEq/L.

De acordo com uma pesquisa realizada no intuito de comparar a técnica de punção venosa com ou sem o uso de lidocaína em relação à dor provocada pelo procedimento Taylor, Lillis e LeMone (2007) asseguram que este é um método invasivo que provoca dor e além de tudo aumenta o grau de ansiedade de quase todas as pessoas que são submetidas a este processo. Portanto é de suma importância que o profissional conheça as técnicas que podem ser utilizadas para minimizar a dor e a angústia do cliente no exercício desse processo.

A pele é composta por duas camadas principais epiderme e derme que possibilitam a sensação de toque, a dor, ao frio e ao calor, e reagindo ligeiramente a estes estímulos. A epiderme composta de células escamosas é menos sensível que as estruturas inferiores, como a derme. A derme consiste de um emaranhado funcional de veias, capilares, glândulas sudoríparas e sebáceas, e pequenos músculos e nervos. A derme é a camada mais dolorosa no momento da punção da veia devido as suas particularidades estruturais [...], afirma Guyton e Hall (1996 apud TORRES, 2003).

6 CONCLUSÃO

Diante do estudo realizado foi possível observar que o procedimento de punção venosa periférica é de grande importância para o auxílio no tratamento de doenças. Nestas circunstâncias, torna-se imprescindível que este seja realizado com responsabilidade e dentro das técnicas corretas para não acarretar mais problemas para os clientes.

De acordo com a pesquisa no que diz respeito ao tempo de permanência do dispositivo intravenoso, observa-se que a maioria dos profissionais estão bem informados sobre esta questão, mostrando que conhece bem sobre os procedimentos operacionais padrão da instituição e somente uma pequena minoria desconhece sobre os mesmos, e isso favorece na redução de complicações que esses cateteres por tempo prolongado poderá ocasionar.

Para o local de preferência no acesso venoso em bebês as respostas não estavam de acordo com o pensamento dos autores pesquisados, pois todos os entrevistados optaram pelos locais menos indicados, sendo assim a falta deste tipo de conhecimento acarreta desconforto e prejuízo para esta população, necessitando assim da participação do enfermeiro na educação em serviço na tentativa de melhor capacitação desses profissionais.

Em relação à complicação mais grave decorrente da punção venosa somente a metade dos participantes da pesquisa mostraram conhecimento sobre a questão. Diante disso, nota-se que estes profissionais não estão bem informados, podendo isso gerar ainda mais problemas para os clientes, pois caso não diagnosticada e tratada rapidamente, a septicemia pode resultar em óbito.

Outro assunto abordado no questionário foi sobre o tipo de solução que não pode ser administrada pela via endovenosa, mostrando que a maioria da equipe está atenta a esta questão, através do conhecimento demonstrado. Mesmo sendo pequena a porcentagem de erros sabe-se que este é um tipo de procedimento que um profissional técnico ou auxiliar precisa demonstrar conhecimento, visto que esta é uma falha que poderá levar o paciente à morte.

O estudo mostrou que a maior parte dos entrevistamos mostram desconhecimento sobre a camada da pele que provoca maior dor na administração da técnica de punção venosa, o que evidencia o despreparo dos profissionais na aplicação deste procedimento, revelando assim a necessidade de treinamentos sobre o tecido tegumentar, pois este interfere na relação paciente e profissional, porque este método mal elaborado provoca dor e reduz a confiabilidade no profissional.

Conclui-se que esta pesquisa evidencia que os profissionais atuantes nesta unidade hospitalar necessitam ser submetidos a um processo de educação permanente em saúde, uma vez que o aprendizado é um processo constante no cotidiano de uma equipe de enfermagem, levando em conta que esta sofre constante desenvolvimento tecnológico na tentativa de melhorar o serviço, minimizar os riscos e propiciar melhor conforto para os pacientes.

REFERÊNCIAS

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ANEXOS

ANEXO A – Termo De Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE)

Eu, Dacirlene Lopes Rocha Medeiros, venho por meio deste, muito respeitosamente, solicitar sua valiosa colaboração no sentido de participar do estudo intitulado: Punção Venosa Periférica: Investigação dos conhecimentos dos Técnicos e Auxiliares de Enfermagem do Hospital e Maternidade Joana Moura de Guaratinga-BA, cujos objetivos são: Investigar nível de conhecimento da equipe de enfermagem sobre punção venosa periférica e assistência prestada ao paciente, quanto à instalação permanência e remoção dos dispositivos intravenosos na tentativa de prevenir complicações decorrentes da punção venosa periférica.

Para tal, será utilizado o método de perguntas estruturadas, por meio de um instrumento de coleta de dados, sobre o assunto em questão, o qual deverá ser aplicado aos profissionais técnicos e auxiliares de enfermagem desta instituição após seu consentimento.

Gostaria de deixar documentado o total sigilo de sua participação.

DACIRLENE LOPES ROCHA MEDEIROS

(Graduanda da Unesulbahia)

Como entrevistado (a), declaro que fui devidamente esclarecido (a) sobre o estudo e seus objetivos, e tenho ciência da liberdade de abandonar a pesquisa ou negar informações a qualquer momento.

Autorizo, e expresso minha espontânea participação como colaborador (a), para com a referida pesquisa científica, e a fazer uso de minhas respostas em futuras publicações de informações e dados, mantendo completo anonimato, com garantia de não sofrer nenhum prejuízo em relação ao meu trabalho ou na instituição de saúde e nenhum risco de vida, pela minha participação na pesquisa.

__________________________________

Assinatura do Profissional

ANEXO B - Questionário de Pesquisa

Esse questionário foi a base para o desenvolvimento da pesquisa realizada no Hospital e Maternidade Joana Moura para obtenção de dados que fundamenta o artigo, do curso de Enfermagem da Unesulbahia – Faculdades Integradas do Extremo Sul da Bahia, que foi o tema deste Trabalho de Conclusão de Curso – TCC.

Obs.: Informo que no trabalho sua identidade será preservada.

1 - Caracterização:

1.1 - Nome _________________________________

1.2 - Masculino ( ) Feminino ( )

1.3 - Idade ____ anos.

1.4 - Categoria profissional _____________________

1.5 - Tempo de exercício na profissão ________ anos

1.6 - Endereço_______________________________

QUESTIONÁRIO

    1. Segundo a sua instituição, por quanto tempo é preconizado a permanência do dispositivo intravenoso?

( ) 48 a 72 hs

( ) 72 a 96 hs

( ) 24 a 48 hs

( ) 96 a 108 hs

    1. Qual o local de preferência para a realização da punção venosa em bebês?

( ) Mãos e pés

( ) Pés e couro cabeludo

( ) Fossa antecubital e pés

( ) Mãos e couro cabeludo

    1. Qual dessas complicações é a mais grave decorrente da punção venosa periférica?

( ) Flebite

( ) Obstrução do dispositivo

( ) Septicemia

( ) Hematoma

    1. Dentre as opções abaixo qual dessas não pode ser utilizada a punção venosa periférica?

( ) Hemotransfusão

( ) Hidratação

( ) Alimentação parenteral

( ) Medicação intramuscular

    1. A punção venosa periférica é um procedimento muito doloroso. Durante esta técnica qual camada da pele é mais dolorosa?

( ) Epiderme

( ) Derme

( ) Hipoderme

ANEXO C – Imagens

Figura 1- Técnica de punção venosa periférica

Fonte: sistemanervoso.com

Figura 2 - Curativo transparente para punção venosa periférica

Fonte: iespesenfa.blogspot.com

Figura 3 – Luz de infravermelho para visualização de veia periférica

Fonte: iespesenfa.blogspot.com