A IMPORTÂNCIA DO ENFERMEIRO COMO EDUCADOR NA PREVENÇÃO DA OBESIDADE

Data de postagem: Nov 26, 2014 11:16:30 PM

FACULDADES INTEGRADAS DO EXTREMO SUL DA BAHIA

LEILA GRACIELA SILVA BARBOSA SANTOS

A IMPORTÂNCIA DO ENFERMEIRO COMO EDUCADOR NA PREVENÇÃO DA OBESIDADE

EUNÁPOLIS – BA

2012

LEILA GRACIELA SILVA BARBOSA SANTOS

A IMPORTÂNCIA DO ENFERMEIRO COMO EDUCADOR NA PREVENÇÃO DA OBESIDADE

Trabalho de conclusão de curso apresentado ao curso de Enfermagem das Faculdades Integradas do Extremo Sul da Bahia como parte dos requisitos para a obtenção do Título de Bacharel em Enfermagem.

Orientador: Profº. Diego Rosa Leal

EUNÁPOLIS – BA

2012

LEILA GRACIELA SILVA BARBOSA SANTOS

    1. A IMPORTÂNCIA DO ENFERMEIRO COMO EDUCADOR NA PREVENÇÃO DA OBESIDADE

Trabalho de conclusão de curso apresentado ao curso de Enfermagem das Faculdades Integradas do Extremo Sul da Bahia. Eunápolis, BA para a seguinte banca examinadora:

Profº. Mec. Diego Rosa Leal (Faculdades Integradas do extremo Sul da Bahia)

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Profª. Mec. Cristiane (FACULDADES INTEGRADAS DO EXTREMO SUL DA BAHIA)

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Profª. Mec. Janaina (FACULDADES INTEGRADAS DO EXTREMO SUL DA BAHIA)

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Profª. Mec. Juliana

Coordenadora do curso de enfermagem

Eunápolis-BA_____________________________

DEDICATÓRIA

Este trabalho é dedicado ao meu Deus Pai Celestial, que iluminou todos os dias os meus caminhos. A Ele devo minha saúde e minha sabedoria, minha vida e a partir disso tudo que tenho. A vocês Professores e colegas que estiveram ao meu lado durante esses quatro anos, principalmente aos meus pais me incentivando e apoiando as minhas decisões, muito obrigada. Ao meu digníssimo e amado esposo que não mediu esforços em me ajudar, sendo paciente nos momentos estressantes, no cuidado com os nossos filhos e sempre orando para que nada de mal viesse acontecer tanto nas idas quanto nos retornos de viagens a faculdade e aos meus dois filhos dádiva especial de Deus, que com muita sabedoria puderam perceber o quanto era de suma importância à conclusão desse curso pra minha a vida profissional, sabendo - os suportar a minha ausência e entendendo que dentre em breve tudo isso iria passar, também a todos os meus familiares e amigos que de forma direta e indiretamente contribuíram para essa conquista.

AGRADECIMENTOS

Agradeço em primeiro lugar a Deus pela vida, pela saúde e por guiar meus caminhos, silenciosamente, durante esta jornada.

Agradeço à minha família, em especial meus pais Dorival e Francisca, pela força, pela paciência, pelo amor e compreensão, por estar sempre do meu lado apoiando-me protegendo, e acima de tudo me dando força pra seguir sempre, nos momentos de alegria, de incertezas e medos durante minha formação, minimizando meus problemas e sempre acreditando no nosso potencial. Também ao meu segundo pai Amando, a minha sogra Hilda, Vocês são meu porto seguro com que posso contar em todas as horas de minha vida.

Agradeço também a meus irmãos, tios, primos e sobrinhos minha querida avó Lourdes por estarem sempre intercedendo para que tudo viesse a dar certo.

Em especial ao meu amado e esposo Françual que não mediu esforços e dedicação no cuidado com os nossos filhos, tendo que assumir nos seus momentos de folga do seu trabalho a parte que me caberia, que é a de cuidar do lar. Apoiando e me distraindo sempre que eu precisei.

Aos familiares e amigos que me auxiliaram durante toda a jornada acadêmica na realização deste trabalho.

Aos meus colegas de estágio em especial ao meu colega Antônio Carlos Junior Mendes por tudo que realizamos juntos. Agradeço de coração por tudo que vocês me ajudaram a realizar. Pelas experiências e conhecimentos compartilhados e momentos de cumplicidade.

A todos os professores e funcionários do curso de Enfermagem da Faculdade Unesul Bahia, que contribuíram para a minha formação acadêmica. Que souberam me moldar para que eu chegasse até aqui, me aconselharam, me orientaram e mostraram os caminhos da minha construção profissional.

Em especial, agradecer meu orientador Profº. Mec. Diego Rosa Leal pela paciência e compreensão durante a construção do conhecimento, que em todos os momentos que precisei me auxiliou de maneira clara e inteligente o meu muito obrigado pelo apoio, compreensão, dedicação e inspiração para o amadurecimento de meus conceitos e conhecimentos que ajudaram na execução e conclusão deste trabalho. Quero agradecer também pelos ricos conselhos, pelo conhecimento transmitido, pela disponibilidade e atenção prestada, pelas palavras de conforto nos momentos de angústia e pela compreensão e paciência ao decorrer da realização deste TCC.

RESUMO

Define-se obesidade de forma mais prática, como um nível de armazenamento gordura no corpo. A obesidade é considerada um problema mundial de saúde pública, por provocar um aumento da mobilidade e da mortalidade no diabetes, hipertensão e doenças cardiovasculares, nas complicações cirúrgicas e em certas neoplasias. Diante disso percebe-se a necessidade de programas eficazes na educação e prevenção no tratamento da obesidade, sendo a intervenção comportamental e cognitiva a mais adequada, são apresentadas algumas estratégicas para ajudar os indivíduos a adaptar comportamentos e um "estilo de vida" que conduzam a um controle adequado do peso. Com o intuito de enfatizar a importância de o enfermeiro realizar a educação em saúde na prevenção da obesidade infantil. Buscou-se ainda identificar os principais fatores que levam a obesidade, oferecer sugestões que auxiliem os enfermeiros no controle da obesidade através da educação em saúde, apresentar formas do enfermeiro da atenção primária intervir nessa situação e, finalmente, sensibilizar a enfermagem a planejar e realizar ações de educação em saúde em suas diversas áreas de atuação.

Palavras-Chave: Obesidade, Educação em Saúde, Prevenção na Obesidade.

1 INTRODUÇÃO

De acordo com a Pesquisa de Orçamentos Familiares (POF), feita nos anos de 2008 e 2009 em todo o país pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) em companhia do Ministério da Saúde, apontou que uma em cada três crianças de 5 a 9 anos, ou 33,5%, jazia acima do peso preconizado pela Organização Mundial de Saúde (OMS). A redundância de peso foi achado com ampla constância a partir de 5 anos de idade, em aglomerados grupos de renda em todas as regiões brasileiras. A mesma pesquisa comprova também que a quantidade dos adolescentes masculinos de 10 a 19 anos de idade com demasia de peso passou de 3,7% (1974-75) para 21,7% (2008-09), já entre as adolescentes a ascensão foi de 7,6% para 19,4%. (IBGE, 2011).

De acordo com esse autor fica comprovado que a obesidade infantil vem aumentando de forma alarmante nos últimos anos entre as crianças, sendo assim, é impossível passarmos despercebidos sobre este tão importante assunto. Devido à obesidade ter crescido de maneira exagerada, tanto em países desenvolvidos quanto nos que estão em desenvolvimento, tem-se observado como um problema de má nutrição, que tem atingido tanto adultos quanto crianças, e que já é considerada como uma enfermidade do século. (TORRIENTE e COL 2002).

A obesidade pode ser definida, em uma forma mais prática, como um nível de armazenamento de gordura no corpo, que está ligado a riscos muitas vezes graves a saúde da pessoa obesa, levando no futuro a várias complicações no organismo. Segundo Lamounier; Abrantes (2006) “Obesidade é o acúmulo de tecido gorduroso, regionalizado ou em todo corpo, esse acúmulo é decorrente de uma combinação de ingestão excessiva de alimentos que resulta na obesidade exógena”.

Nos últimos anos a quantidade de brasileiros obesos cresceu muito, segundo dados da Organização Mundial da Saúde (OMS) e Organização Pan- Americana da Saúde (OPAS) existem cerca de mais de um bilhão de adultos no mundo com peso elevado, que destes, pelo menos 300 milhões estão obesos. Como conseqüência vários problemas de saúde têm surgido no Brasil, como por exemplo, a hipertensão, o diabetes dentre outras que podem levar com o tempo a morte.

De forma particular, Fisberg (1995) mostra que o diagnóstico voltado para a obesidade infantil é de muita controvérsia. O autor cita que Algumas análises comprovaram que, uma proximidade de 20% das crianças acima do peso podem no futuro tornar-se adultos obesos. Outros exames apontam que quão menor for à idade em que a obesidade vier a se manifestar, quanto maior será sua intensidade, ou seja, será maior a chance de que num futuro não tão distante a criança venha se tornar em uma pessoa obesa.

De acordo com Ferriani e Dias (2005), atualmente no Brasil, existem 15 milhões entre crianças e jovens pesando mais que o ideal. E este fato já está acontecendo em um número muito maior entre as crianças, onde há uma predisposição de que uma criança obesa seja no futuro um adulto obeso, o que aumenta ainda mais a probabilidade de sofrer de doenças cardiovasculares, dentre outras. E isto, sem levar ainda em consideração os transtornos psicológicos que esta criança pode ter em sua vida, por causa da estética e do convívio social.

Pesquisas no contexto mundial indicam números assustadores de crianças obesas com menos de cinco anos, estima-se uma população em torno de 17,6 milhões. As principais causas do problema são o consumo exacerbado de dietas com alta densidade energéticas, ricas em gorduras saturadas e carboidratos, além do sedentarismo. O ganho de peso e o seu excesso podem contribuir como fatores que determinam para a probabilidade de patologias como hipertensão arterial, diabetes dentre outras que tem assolado neste presente século. (OPAS: OMS, 2003).

Segundo Fernandes e Vargas, (2007), tem-se um olhar diferenciado por parte dos enfermeiros que visam à integralidade do ser humano baseando-se em intervenções que busquem melhoria da qualidade de vida dos que são por eles assistidos e construindo assim uma prática que relaciona questões sociais, psicológicas, genéticas; o mesmo autor declara que estas mesmas práticas devem estar envolvidas com a obesidade, abrangendo tanto o individual quanto a coletividade.

Neste processo, mantidas as especificidades de cada profissional que compõe a equipe de saúde, cabe aos gestores desenvolver a sensibilidade em cada um quanto à complexidade de intervir nessa questão de saúde.

Este estudo teve como objetivo enfatizar a importância do enfermeiro realizar a educação em saúde na prevenção da obesidade infantil. Buscou-se ainda identificar os principais fatores que levam a obesidade, oferecer sugestões que auxiliem os enfermeiros no controle da obesidade através da educação em saúde, apresentar formas do enfermeiro da atenção primária intervir nessa situação e, finalmente, sensibilizar a enfermagem a planejar e realizar ações de educação em saúde em suas diversas áreas de atuação.

Diante desse contexto, torna-se necessário que o enfermeiro desenvolva um trabalho de suma importância que é a orientação e prevenção, mais ainda de acompanhamento dos cuidados e responsabilidade dos pais com os seus filhos, desde quando nascem até quando se tornam adultos. Este trabalho foi realizado, orientando sobre a importância de uma alimentação saudável, um acompanhamento nutricional, da prevenção do excesso de peso, da prática de exercícios físicos, bem como a participação da equipe interdisciplinar interagindo nessa orientação e obtendo resultados através da educação continuada.

Com o aumento da obesidade infantil nos últimos anos, e o crescimento das doenças causadas pela obesidade, além de um alto custo do governo com tratamentos, leva a perceber a importância de se estudar melhor as formas de uma educação continuada e como o enfermeiro poderá ajudar neste processo.

Dessa forma, este trabalho torna-se relevante por que devido o índice elevado deste problema, que é a obesidade infantil e os fatores acompanhantes da obesidade, justifica-se que é necessário intensificar a disseminação da atuação do enfermeiro no monitoramento eficaz neste processo de educação e saúde, e por ser o enfermeiro também um orientador/educador diante da população, responsável pela conscientização e educação continuada dos clientes, sobre os perigos da obesidade e os danos que ela pode causar a saúde.

2 METODOLOGIA

A metodologia utilizada para a elaboração deste trabalho foi à revisão bibliográfica realizada nos meses de março a julho de 2011. Consistiu na busca retrospectiva de artigos científicos que abordassem os fatores de risco para a obesidade em crianças e o papel do enfermeiro como educador na prevenção da obesidade através da educação em saúde.

Para tanto, foi utilizada a base de dados bibliográficos: Biblioteca Virtual de Saúde (BVS). SCIELO, BIREME, LILACS. Os estudos selecionados foram publicados durante o período de 2004 a 2009. Como estratégia de busca foi utilizada as seguintes palavras-chave presentes no título ou assunto da publicação: “Obesidade”, “Educação em Saúde”, “Prevenção na Obesidade”. Por fim, foram consultados, livros disponíveis na biblioteca da Faculdade Unesul Bahia, artigos em sites, atendendo aos parâmetros estabelecidos.

O objetivo é proporcionar maior familiaridade com o problema, com vistas a torná-lo mais explícito ou a construir hipóteses. O método será baseado em livros, artigos, e teses, que tem como visão do enfermeiro no processo de prevenção da obesidade através da educação em saúde.

3 RESULTADOS

A deposição excessiva de gordura no organismo também chamada de obesidade, que segundo Warley & Wong (1999) "Ela resulta de uma deglutição calórica que sobeja, de forma concreta, e ao dispêndio calórico." Sendo que as razões das perturbações são complexas e diversificadas, podendo abarcar resultados metabólicos, hipotalâmicos, vocação genética, fatores sociais, culturais e psicológicos.

No individuo obeso, observa-se que é comum à indisciplina alimentar, tanto nos horários quanto nos hábitos de consumo dos alimentos, As crianças geralmente possuem hábitos de assistir televisão por períodos frequentes, mastigando guloseimas, e com isso, acabam não tendo noção da quantidade que está sendo ingerida diariamente, pois geralmente o tipo de cardápio que tem sido atualmente difundido tem como ponto principal a dieta hipergordurosa, hipercalórica e pobre em fibras sendo principalmente consumido entre crianças e adolescentes. (SOUZA; CARDOSO; 2003).

Diante de hábitos sedentários como assistir TV, e jogar vídeo game, contribui para uma diminuição do gasto calórico diário. Para Klesges et al. Foram observada uma importante diminuição da taxa de metabolismo de repouso enquanto crianças diante dos canais de televisão, assistiam a determinado programa, sendo ainda menor nas obesas, pois além do gasto metabólico nas atividades diárias, o metabolismo de repouso pode também influenciar a ocorrência de obesidade. (KLESGES; SHELTON; KLESGES LM.; 1993).

3.1 O impacto da obesidade na sociedade

A obesidade é considerada hoje um grande problema de saúde pública para a sociedade, se não o mais grave, o Brasil é um país em que há à prevalência de obesidade, como revela a segunda etapa da Pesquisa de Orçamentos Familiares, realizada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), na qual se constatou excesso de peso em 40,6% da população adulta brasileira. Entre as crianças, estudos nacionais demonstram prevalências de excesso de peso que variam entre 10,8% e 33,8% em diferentes regiões.1

O acúmulo exacerbado de gordura, assim é definido a obesidade em lugares específicos ou no corpo em geral. É uma enfermidade de causa complexa e muito envolvente na interação de fatores fisiológicos, bem como comportamentais e sociais. O sujeito é tido como obeso quando a somatória de gordura se iguala ou excede 30% em mulheres e 25% em homens, enquanto o excesso de 40% para mulheres e de 35% para homens denomina-se obesidade grave. (SABIA et al., 2004).

Segundo Abrantes, et al., (2002). A obesidade é denominada como uma doença de alta complexidade, que se revelam graves dimensões no contexto social e psicológico, atingindo parcialmente todas as faixas de idades e grupos socioeconômicos. Trata-se de uma patologia não contagiosa, que tem como predominância, o extenso período de inatividade, rumo assintomático, percurso clínico em geral lento, estendido, que permanecem mediante pareceres clínicos com períodos atenuantes e de exacerbação, multiplicando ordenações, com um potente componente ambiental.

Alguns pais relatam empiricamente que “criança saudável é criança gorda”, as crianças costumam imitar tudo o que os pais fazem, se os pais costumam criar hábitos alimentares errados acabam induzindo seus filhos a se alimentarem da mesma maneira.

A família na sua essência vem se tornando a cada dia o responsável primordial pela educação alimentar que influencia na vida de seus filhos, e o foco que vem provocando à atenção nas famílias é a sua quantidade e se esquecendo da sua composição e qualidade que possa beneficiar à família. Promover o padrão de hábitos alimentares saudáveis é muitas vezes esquecido, atribuindo ênfase na quantidade no lugar da qualidade. (SPADA; 2005).

Atribui-se à família o compromisso de formar a cultura alimentar da criança, de forma a criar uma gama de possibilidades para que ela adquira suas preferências alimentares. O momento alimentar assim como o de comer até em níveis mais elevados que a simples função do ato biológico enquadra-se basicamente na seleção, o consumo, o ritual da preparação das refeições, a distribuição, a digestão do alimento, enfim uma combinação de fatores culturais que envolvem todo esse processo. (FERNANDES; VARGAS, 2007).

Para Rotemberg e Vargas, (2004), em função do nível de idade do indivíduo criam-se tipos de alimentação distintas, com o objetivo de atender as orientações diferenciadas, assim como proibições, de acordo com as fórmulas dos alimentos disponíveis para que possam ingeri-los. Contudo é de suma importância a presença da família no controle e manutenção da introdução desses alimentos no processo da alimentação da criança.

A obesidade é uma doença com inúmeros fatores relacionados ao seu desenvolvimento, podendo ter sua origem na genética ou ser adquirida ao longo dos anos, como consequência de um estilo de vida sedentário, como consumo calórico excessivo. Para Salbe et al. (2002), a obesidade é uma doença multigênica e é conhecido que fatores genéticos influenciam diretamente nas características de desenvolvimento do tecido adiposo, bem como na determinação da taxa metabólica basal do individuo obeso, que pode estar diminuída.

Fernandes; Marinho; Caetano (2007) “Uma maneira indireta de avaliar a quantidade de gordura corporal consiste no cálculo do índice de massa corporal (IMC), definindo pelo peso, em Kg, dividido pela altura em metros quadrados (IMC=Kg/m)”.

A causa primária da obesidade é o desequilibro crônico entre a ingestão alimentar e o gasto energético, o que resulta de elevado consumo calórico e pouca atividade física (MEIRELLES; GOMES, 2004).

Disso se depreende que a combinação de dieta e exercícios pode proporcionar perda de peso mais eficiente durante curto ou longo prazo, em comparação à apenas uma dessas intervenções isoladamente (HAUSER ET AL., 2004).

Segundo Ferreira (2005), um importante estudo publicado em 1997 evidenciou que, em crianças de até três anos, a obesidade não é um fator de risco para a obesidade futura Neste grupo etário, o principal fator de risco para a obesidade quando adulta é a presença de obesidade nos pais. Já nas crianças dos 03 aos 09 anos a obesidade atual é o principal responsável pela obesidade futura, independentemente da obesidade familiar. Considerando-se todos os grupos de crianças com menos de 10

anos, a obesidade paterna aparece como um fator de risco independente capaz de aumentar em mais que o dobro o risco de obesidade na vida adulta.

Segundo Fisberg (1995) à obesidade decorrente de fatores endócrinos, três diferentes manipulações podem produzir a obesidade, tais como: administração de insulina, glicocorticoides e castração. Tem de ser observado que elevação experimental de insulina produz hiperfagia ou aumento do apetite. Mas apenas 5% são de origem hormonal ou genética, contudo, mais de 95% dos casos de obesidade tem como motivo causas exógenas e somente a uns 5% dos casos são atribuídas causas endógenos como alterações hormonais e carga genética.

3.2 Obesidade na infância e adolescência

O sedentarismo por ser um fator de risco para várias doenças, sofre influências através das dietas baseadas em auto índice de gordura, e com auto valor calórico, sendo relevante entre as principais causas do aumento do sobrepeso e da obesidade e também do excesso de peso, por isso tem sido considerado uma ameaça crescente à saúde das populações e tem se estendido como uma epidemia mundial ( ANJOS E MULLER, 2006).

No Brasil, quase a metade dos escolares não tem aulas regulares de Educação Física, e o índice de sedentarismo entre adolescentes é de 85% no sexo masculino e de 94% no sexo feminino. Ainda pior é a constatação de que a prática de atividades físicas declina ainda mais com a transição da adolescência para a vida adulta. Entre os coronariopatas que têm seus problemas diretamente relacionados com sobrepeso e obesidade, principalmente a gordura acumulada na região abdominal (MELLO ET AL., 2004).

O risco de morte pode ser diminuído em cerca de 25% com a prática regular de atividades físicas. Porém, apesar de todas as evidências que a atividade física evita a obesidade e outras doenças, contribuem também para o controle da ansiedade, da depressão proporciona melhor autoestima, bem estar e saúde, além de ambientes e situações para socialização, a humanidade tem se tornado cada vez mais sedentária (ALVES ET AL, 2005).

Tirapegui, (2002), destacam exemplos dos Estados Unidos onde a média de horas que uma criança em idade escolar gasta em frente da televisão é de 26 horas semanais. Os hábitos alimentares infantis são influenciados pelos anúncios e comerciais, que modulam preferências e hábitos pelos produtos anunciados, desfavorecendo a escolha por uma alimentação balanceada e variada, e induzindo a ingestão de alimentos com alta quantidade de carboidratos, levando, por exemplo, a carências de micronutrientes como ferro, iodo, cálcio, vitamina A e C e as do complexo B. Essas carências podem vir a desenvolver um estado patológico chamado de fome oculta, que acomete pessoas em todas as faixas etárias e classes sociais.

Troiano (1998) verificou em uma pesquisa com estudantes do ensino médio, que a participação dos alunos nas aulas de educação física, bem como a prática de esporte extracurricular e a participação em programa de recreação, diminuíram no período de 1984 a 1990. Além disso, as mudanças nos horários de trabalho, assistir à televisão e o uso de jogos eletrônicos e computadores por longos períodos de tempo, e outros aspectos culturais ligados a influencias ambientais e sociais nos grandes centros urbanos, diminui as oportunidades para a prática de atividades física regular.

Para Nahas (2003), a dificuldade em se estabelecer um estilo de vida adequado, pode-se transformar em um fator de risco para o desenvolvimento da obesidade tanto na infância quanto na vida adulta. Entende-se por estilo de vida o conjunto de ações habituais que refletem as atitudes, os valores e as oportunidades na vida das pessoas.

De acordo com relatos da Organização Mundial da Saúde, a prevalência de obesidade infantil tem crescido em torno de 10 a 40% na maioria dos países europeus nos últimos 10 anos. A obesidade ocorre mais freqüentemente no primeiro ano de vida, entre 5 e 6 anos e na adolescência As crianças em geral ganham peso com facilidade devido a fatores tais como: hábitos alimentares errados, inclinação genética, estilo de vida sedentário, distúrbios psicológicos, problemas na convivência familiar entre outros. As pessoas dizem que crianças obesas ingerem grande quantidade de comida. Esta afirmativa nem sempre é verdadeira, pois em geral as crianças obesas usam alimentos de alto valor calórico que não precisa ser em grande quantidade para causar o aumento de peso. (MELLO; LUFT; MEYER, 2004).

Segundo Meirelles; Gomes, (2004). Foi realizada no ano de 2004 com a população da Cidade do Rio de Janeiro, uma análise que pode ser estimado de forma representativa da região sudeste, onde demonstrava que o alto índice de sobrepeso e obesidade, de certa forma já havia atingido 44% dos homens e 33% das mulheres na faixa etária de 26 a 45 anos.

Vale salientar que da mesma forma, que a obesidade tem atingido os adultos, também infantil tem crescido de forma ascendente. Foi observado no Brasil que há uma prevalência nacional de 2,5% de obesidade em crianças com a idade inferior a cinco anos e principalmente tem atingido as classes de menor poder aquisitivo, mais as crianças com poder aquisitivo mais elevado tem alcançado um número de 10,6%. Por isso é importante ressaltar que há uma predominância de obesidade de 17,4% em pré-escolares das famílias mais favorecidas e apenas de 10,1% nas famílias menos favorecida. (BALABAN; SILVA, 2004).

Segundo Luiz et al.; (2005) estudos realizados em certa população , sendo observado que 5% das crianças menores de 12 anos que participaram de uma consulta no Hospital da Escola Paulista de medicina estavam obesas, sendo concluído pelos autores estimavam se que. 20% dessas crianças tornariam adultos obesos.

Diante disso é observado que o número entre as crianças e adolescentes crescem a cada dia, e tendencialmente poderá ser atingido por essa patologia ainda quando adulto, por isso, comparando em paralelo à obesidade poderá surgir várias doenças crônico- degenerativas. (ABRANTES ET AL., 2002, PARENTE ET AL. 2006).

O sobrepeso é estabelecido a partir do 85º percentil do Índice de Massa Corporal relativo à idade e ao sexo, com base no Health and Nutrition Examination Survey – HANES. Obedecendo a recomendação da OMS, sobrepeso e obesidade foram definidos como IMC igual ou superior aos percentis 85 e 95 para idade e sexo, respectivamente, adotando-se os pontos de cortes obtidos no estudo promovido pela Força Tarefa Internacional para Obesidade, da OMS (OLIVEIRA ET AL, 2003).

Segundo Viuniski (1999) a obesidade pode ser classificada quanto a sua intensidade das seguintes formas, sobrepeso, que corresponde entre o percentil 50 e 85 para o sexo idade e altura, obesidade leve está entre o percentil 85 e 95, já a moderada, quando o IMC está acima de 95 sem ultrapassar o percentil 140, e a obesidade grave, mórbida ou Hiperobesidade quando o IMC está acima do percentil 95 para o sexo, idade e altura, e estão associados à hipertensão, diabetes dentre outras alterações.

O diagnóstico da obesidade, em crianças e adolescentes faz-se por meio da avaliação da sua composição corporal. Nestes pacientes, a exata quantidade de gordura nos é menos útil do que sua distribuição, que numa perspectiva de saúde pública valoriza a monitorização da morbidez e da mortalidade que lhe estão associadas. A mensuração da composição corporal permite-nos, portanto, diferenciar o indivíduo com excesso de gordura daquele musculoso com excesso de peso. Para Nolasco (1995), a diversidade dos métodos utilizados varia desde técnicas precisas, com base laboratorial, até aquelas usadas em trabalhos de campo e consultório (antropométricas) que são relativamente imprecisas.

De acordo com Bath e Baur (2005), com o avanço da obesidade tornou- se um problema de saúde pública exacerbada, que tem atingido não só os adultos, como também em crianças, com previsão de 90% de indivíduos com excesso de peso na população americana em 2035, caso não venha acontecer uma intervenção, e na população infantil os números vem aumentando ainda mais.

Para Guimarães et al. (2006), a obesidade infantil já é um grave problema de saúde pública também nos países em desenvolvimento. No Brasil, entre 1975 e 1997, verificou-se uma tendência de aumento na prevalência de sobrepeso em crianças e adolescentes com idades de 6 a 18 anos de 4,1% para 13,9%.

A obesidade é uma doença complexa, multifatorial, caracterizada por excesso de tecido adiposo, determinado pela interação dos fatores genéticos, culturais e comportamentais. Nos últimos tempos tem sido um desafio o manejo da obesidade infantil, pois está diretamente associado à mudanças de hábitos familiares, principalmente dos pais, juntamente com a falta de entendimento por parte da criança e do adolescente quanto ao real valor do problema. A arteriosclerose é uma doença causada pelo o deposito de colesterol nas artérias que pode ter seu inicio na infância levando ao desenvolvimento de doença avançada na vida adulta. (SILVA ET AL 2003).

Balaban e Mota (2005), para que ocorra o diagnóstico de um quadro de obesidade ou sobrepeso seja em crianças e adolescentes, afirma alguns autores que ainda não existe na literatura um consenso, porém são realizadas as medidas antropométricas como opções de fácil realização, que não são invasivas, rápidas e baratas.

É de suma importância está atento com os números de obesidade em nosso país, pois já passam de 10,6% às meninas e de 4,8% dos meninos, tendo assim um aumento considerado entre os adolescentes obesos apresentando idade de 18 anos, tenso a probabilidade de 0,7% maior do que os adolescentes com IMC normal (TERRES, 2006).

3.3 Sensibilizar a enfermagem

Os resultados obtidos mostram o aumento da obesidade infantil nas últimas décadas, a exemplo do que tem sido apontado e discutido na literatura, o que sugere a adoção de medidas emergenciais e preventivas para o combate da doença. Na busca de melhores caminhos que contribuam para a efetividade das intervenções de enfermagem, enfatiza-se a relevância da formação profissional para a prática do exame físico da criança e do adulto. Assim, torna-se imprescindível que o enfermeiro desenvolva continuamente, além do conhecimento de outras áreas, as técnicas propedêuticas necessárias para a interpretação correta dos achados relativos ao crescimento e desenvolvimento. (MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2004).

O antropometrista precisa ter alto senso da importância de um ambiente adequado para a obtenção das medidas; das características dos equipamentos utilizados; da necessidade do uso da técnica correta de coleta das medidas antropométricas e da manutenção dos equipamentos; de responsabilidade, concentração e atenção durante a realização dos procedimentos, para que as medidas obtidas sejam confiáveis e precisas. Assim, o enfermeiro ou profissional que realiza o procedimento deve considerar a possibilidade de variações nas medidas antropométricas decorrentes do descuido com a padronização, com a técnica de medição e com a seleção e aferição dos instrumentos de mensuração. (MINISTÉRIO DA SAÚDE 2004).

Segundo Frainer; et al, (2007). Em estudo recente, enfermeiros destacaram a relevância da epidemia de obesidade observada nas décadas contemporâneas, recomendando a adoção do índice de massa corporal (IMC) como um sinal vital. Ressaltaram o valor da medida do peso e estatura corpórea na identificação do estado de saúde do indivíduo e na adoção de medidas preventivas e terapêuticas precoces para o combate ao sobrepeso e obesidade. Foi sugerida a utilização de protocolos de intervenção capazes de entusiasmar os profissionais de saúde para a avaliação rotineira do IMC, tornando-os cientes do impacto desta medida no manejo de patologias associadas ao ganho ponderal.

Sob o mesmo enfoque, outra investigação conduzida na área de enfermagem detectou que a utilização de tabelas multicoloridas, contendo valores e classificação do IMC, interfere de maneira significativa na quantificação dos registros de peso e estatura em prontuários de pacientes. As tabelas foram disponibilizadas em locais estratégicos nas salas de consulta, e seu emprego aperfeiçoou a comunicação do diagnóstico de obesidade entre os profissionais de saúde. (KIRK SF; ET AL 2009).

Esta simples e interessante estratégia de intervenção poderia ser aplicada em nosso meio, pois se mostrou uma operação de baixo custo e grande efetividade na documentação e difusão de informações clínicas e diagnósticas. . (LEMAY CA; ET AL 2004).

Para Vasconcelos VL, et al (2006). Uma vez detectado o problema, ações para sanar os transtornos ocasionados pelo excesso de peso nas crianças devem ser iniciadas precocemente, já que desvios nutricionais podem aumentar a incidência de doenças crônicas nas diferentes fases da vida. Já foi amplamente divulgado que a prevalência de sobrepeso e obesidade em adultos e adolescentes também vem aumentando nas cinco macroregiões do Brasil e em cada estado separadamente.

O tratamento da obesidade deve incluir alterações gerais na postura familiar e da criança, em relação a hábitos alimentares, tipo de vida, atividade física e correção alimentar. Isto deve levar em conta à potencialidade da criança, sua idade, a participação da família e de uma equipe multidisciplinar integrada, que modifique todo seu comportamento obesogênico. (SOUZA AS; ET AL 2007).

Segundo Mello, Luft, Meyer, (2004). Cabe ao enfermeiro envolver a comunidade nas ações de promoção e recuperação da saúde, através de orientação sobre a alimentação saudável, prevenção do ganho de peso, monitoramento de dados antropométricos durante as consultas de enfermagem, avaliação e encaminhamento dos casos de risco, além de participação e coordenação de atividades de educação permanente no âmbito da saúde e nutrição. Sendo assim, a prevenção primária continua sendo o melhor caminho para que se evite que crianças em risco adquiram sobrepeso, e a secundária que visa impedir a gravidade crescente da obesidade e a redução da morbidade.

Andersen; (2005). É importante ressaltar que o exercício físico só fará a manutenção ou perda de peso das pessoas obesas, quando associados à dieta, pois um depende do outro e contribuirá para a perda de peso mais rápida no ser humano.

Observa-se que no Brasil os meios de comunicação tem se expandido na divulgação da adoção de novos hábitos alimentares e com isto se percebe que é preciso para a importância de novas práticas alimentares. Com tudo, é necessário que os profissionais sejam cautelosos quando forem transmitir orientações, sobre uma alimentação saudável, e em especial quando se tratar da saúde de crianças, isso não quer dizer que os familiares façam uso apenas de dietas nutricionais, sendo assim devem-se reparar melhor essas famílias informando as mesmas, sobre a importância de práticas alimentares saudáveis. (GIUGLIANO; CARNEIRO, 2004).

O profissional enfermeiro na função de educador deverá está atento a este dinamismo, pois o mesmo poderá desempenhar funções não somente na promoção da educação específica à criança e a família, como profissional ele deverá focar sua assistência em âmbito mais holístico, ou seja, fixar os olhares nas necessidades de uma educação continuada em todas as comunidades. Essa educação como forma preventiva, deve ser direcionada à população partindo da contribuição do enfermeiro em informar comportamentos que já foram adquiridos no decorrer de sua aprendizagem. (SMELTZER; BARE, 2005).

É dever de todo o profissional enfermeiro desenvolver uma educação continuada, que leves conhecimentos através de um ensino para assim, melhor absorver os novos valores nos quais se refere a uma boa prática de saúde, mostrando assim que aspectos tanto culturais, religiosos ou socioeconômicos podem influenciar direto ou indiretamente em uma sobrevida saudável. (BRASIL, 2006).

No âmbito da educação em saúde tem-se percebido que o enfermeiro tem sido como ponto central, assumindo o perfil de educador capaz de desenvolver atividades voltadas à orientação em saúde e a conseqüente prevenção de doenças. É de suma importância que o enfermeiro desenvolva a atuação de educador, socialize seu conhecimento nas diversas áreas de prevenção, oferte melhor qualidade de vida à população. Pois desta forma, os gastos direcionados aos procedimentos médicos certamente diminuirão, e conseqüentemente a complexidade dos males, já que os mesmos foram interrompidos precocemente, favorecendo o êxito no tratamento do cliente (CARVALHO ET AL.; 2004).

3.4 A importância da educação continuada em saúde

Percebe-se que através da educação em saúde efetiva lança uma base sólida para o bem-estar individual e da comunidade, sendo o ensino um instrumento que poderá integrar a prática profissional de todas as enfermeiras que assistem tanto os pacientes como seus familiares, visando o desenvolvimento de comportamentos de saúde efetivos e a sua modificação dos padrões de estilo de vida que predispõem as pessoas aos riscos de saúde. Sendo assim, a educação em saúde é um fator influenciador diretamente relacionado com os resultados do cuidado ao cliente. (SMELTZER ET AL. 2009).

Levando em consideração que “os hábitos e práticas de saúde são formados precocemente na vida, as crianças devem ser encorajadas a desenvolver atitudes de saúde positivas” (SMELTZER, 2005). Por isso, utilizar a educação em saúde desde a infância, por ser um direito público independente da faixa etária, e é uma estratégia para diminuir os custos de saúde ao prevenir a doença, evitar os tratamentos médicos onerosos, diminuir os períodos de internação e facilitar a alta precoce, pois é através desta prevenção que se pode também promover a saúde para as crianças.

Entende-se que a educação em saúde deve, portanto, partir de uma necessária articulação entre representações sociais e experiência da doença. A representação social apresenta um limite que se situa na generalidade do seu nível de análise – aspecto que pode ser superado incluindo a dimensão da experiência individual e coletiva dos sujeitos com a doença. (HERLICH C, PHILIPPE A., 2001).

Leva-se em consideração aqui que a educação em saúde torna-se uma “construção compartilhada de conhecimento” 25 (p. 101). Ela parte da experiência e práticas dos sujeitos envolvidos buscando “intervenção nas relações sociais que vão influenciar a qualidade de suas vidas” e que conseqüentemente vão produzir outras representações. (CARVALHO MAP, ACIOLI S, STOTZ., 2001).

Enquanto instrutor em saúde, esta é uma tentativa de abdicar de um poder fictício e permitir ser seduzido pelo outro para criar novas ou outras representações. Aprender a relativizar os conhecimentos e permitir trocas possíveis com os sujeitos com os quais se relaciona em seu processo saúde-doença. (PENNA CMM., 1997).

O desenvolver do enfermeiro seja em seu ambiente de trabalho como em outros setores, poderá por meio do processo de enfermagem, desempenhar formas de cuidados através da educação em saúde e o acompanhamento do crescimento e desenvolvimento (ACD), infantil, controle e prevenção de doenças infecciosas, capacitação profissional e vigilância nutricional (WONG, 1999). Este último vem sendo fundamental na detecção precoce e combate à obesidade infantil, que atualmente em nosso país alcança patamares de epidemia.

Para Brownell & O’Neil (1999). O excesso de peso aumenta o risco para a saúde seja por razões biológicas, psicológicas ou comportamentais, alguns indivíduos parecem destinados a enfrentar uma batalha para emagrecer e por isso todo esse processo de luta poderá produzir exacerbada preocupação com alimentação, peso, autocondenação, e depressão.

Estudos têm mostrado que crianças obesas possuem um grande risco para desenvolverem problemas psicológicos e de saúde. Algumas observações clínicas postulam a associação entre a obesidade e depressão, essas observações tem recebido suporte de estudos epidemiológicos, sugerindo relação entre excesso de peso e sintomas psicológicos e psiquiátricos (CARPENTER, HASIN, & ALLISON., 2000).

É importante ressaltar que entre os transtornos psicológicos estudados na infância e adolescência, a depressão tem suscitado crescente interesse, principalmente pela freqüência com que este diagnóstico tem sido feito, apesar de durante muito tempo acreditou-se que as crianças raramente apresentavam depressão, sendo que atualmente existem evidências, derivadas de um número substancial de estudos, de que transtornos depressivos também surgem durante a infância e não apenas na adolescência e na vida adulta (KOVACS, & RICHARDS, et al. 1989; MIYAZAKI, 1995).

Em pesquisas realizadas com crianças de diferentes faixas etárias evidenciam as atitudes negativas contra as crianças obesas, sendo verificado que em pré-escolares entre três e cinco anos prefere relacionar-se com colegas de peso normal a obesos, já as crianças entre quatro e 11 anos associam a obesidade a feiúra, egoísmo, preguiça, estupidez, desonestidade e isolamento social. (WARDLE J, VOLZ C, GOLDING C. 1995).

É de suma importância ressaltar que os pais de crianças obesas estão diante de complexo desafio, primeiro porque eles devem como pais oferecer suporte e ajudar a proteger a autoestima de seus filhos perante a crescente estigmatização social, precisam ainda auxiliar as crianças quanto à escolha de alimento saudáveis sem que isso seja entendido como punição. (SCHWARTZ MB, PUHL R, CHILDHOOD OBESITY 2003).

A importância que o enfermeiro poderá realizar a educação em saúde em grupos, como agente transmissor de conhecimentos. Diante do processo de transformação que o indivíduo irá passar podendo o mesmo influenciar ao mesmo tempo à sua realidade, como colaborador nessas transformações que acontecerá no seu processo de vida, conduzindo o mesmo à absorção de novas experiências onde promoverá sua própria ascensão para que venha se adequar aos novos padrões sociais aonde irá levá-lo, a adquirir tanto o senso crítico como também reflexivo. (PHILIPPE, 2006).

4 DISCUSSÃO

A obesidade é considerada um problema mundial de saúde pública, por provocar um aumento da mobilidade, hipertensão e doenças cardiovasculares, nas complicações cirúrgicas e em certas neoplasias. O Brasil é um país em que há à prevalência de obesidade, como revela a segunda etapa da Pesquisa de Orçamentos Familiares, realizada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), na qual se constatou excesso de peso em 40,6% da população adulta brasileira. Entre as crianças, estudos nacionais demonstram prevalências de excesso de peso que variam entre 10,8% e 33,8% em diferentes regiões (IBGE 2011).

Pesquisas de Orçamentos Familiares (POF), feita nos anos de 2008 e 2009 em todo o país pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) em companhia do Ministério da Saúde, apontam que uma em cada três crianças de 5 a 9 anos, ou 33,5%, jazia acima do peso preconizado pela Organização Mundial de Saúde (OMS).

A redundância de peso foi achado com ampla constância a partir de 5 anos de idade, em aglomerados grupos de renda em todas as regiões brasileiras. A mesma pesquisa comprova também que a quantidade dos adolescentes masculinos de 10 a 19 anos de idade com demasia de peso passou de 3,7% (1974-75) para 21,7% (2008-09), já entre as adolescentes a ascensão foi de 7,6% para 19,4%. (IBGE, 2011). A obesidade esta intimamente ligada a fatores genéticos e ao estilo de vida moderno que enfrentamos hoje, o sedentarismo tende a conduzir crianças a ficar cada vez mais obesas. Para Nahas (2003), a dificuldade em se estabelecer um estilo de vida adequado, pode-se transformar em um fator de risco para o desenvolvimento da obesidade tanto na infância quanto na vida adulta, no entanto, o enfermeiro, através de sua atuação profissional pode efetivamente contribuir na prevenção da obesidade como afirmar (PHILIPPE, 2006).

O papel dos pais é de fundamental importância no tratamento da obesidade de crianças e adolescentes, pois através do apoio familiar a criança ou adolescente recebera suporte diante da pressão da sociedade. É de suma importância ressaltar que os pais de crianças obesas estão diante de complexo desafio, primeiro porque eles devem como pais oferecer suporte e ajudar a proteger a auto-estima de seus filhos perante a crescente estigmatização social, precisam ainda auxiliar as crianças quanto à escolha de alimento saudáveis sem que isso seja entendido como punição. (SCHWARTZ MB, PUHL R, CHILDHOOD OBESITY 2003).

É de suma importância que o enfermeiro desenvolva a atuação de educador, socialize seu conhecimento nas diversas áreas de prevenção, oferte melhor qualidade de vida à população. Pois desta forma, os gastos direcionados aos procedimentos médicos certamente diminuirão, e conseqüentemente a complexidade dos males, já que os mesmos foram interrompidos precocemente, favorecendo o êxito no tratamento do cliente (CARVALHO et al.; 2004). Da mesma forma, que a obesidade tem atingindo os adultos, também ocorre com o público infantil. Hoje no Brasil pesquisas apontam que quase metade da população infanto- juvenil estão acima do peso ou pesam mais que o ideal.

De acordo com Ferriani e Dias (2005), atualmente no Brasil, existem 15 milhões entre crianças e jovens pesando mais que o ideal. E este fato já está acontecendo em um número muito maior entre as crianças, onde há uma predisposição de que uma criança obesa seja no futuro um adulto obeso. E isto, sem levar ainda em consideração os transtornos psicológicos que esta criança pode ter em sua vida, por causa da estética e do convívio social. Como o ensino é um instrumento que serve para admoestar e disciplina o ser humano em todos os níveis do conhecimento, com a obesidade não é diferente, pois a educação em saúde promove uma solidificação para o bem-estar individual e de uma comunidade.

Para Silva et al (2003) a obesidade é uma doença complexa, multifatorial, caracterizada por excesso de tecido adiposo, determinado pela interação dos fatores genéticos, culturais e comportamentais. Sendo a obesidade um problema originado por diversos fatores, deve ser tratado como tal, exigindo uma abordagem multidisciplinar. Para obter uma redução imediata é necessária uma mudança no estilo de vida do individuo e da família. Vale ressaltar que elevação da taxa de obesidade torna necessário um despertar social e uma atenção especial da categoria a fim de desenvolver estratégias para a prevenção dessa doença.

Através da educação em saúde efetiva lança uma base sólida para o bem-estar individual e da comunidade, sendo o ensino um instrumento que poderá integrar a prática profissional de todas as enfermeiras que assistem tanto os pacientes como seus familiares, visando o desenvolvimento de comportamentos de saúde efetivos e a sua modificação dos padrões de estilo de vida que predispõem as pessoas aos riscos de saúde. Sendo assim, a educação em saúde é um fator influenciador diretamente relacionado com os resultados do cuidado ao cliente. (SMELTZER ET AL. 2009).

5 CONCLUSÃO

O trabalho desenvolvido possibilitou uma análise critico reflexiva sobre a obesidade e a importância do profissional na realização da educação e na prevenção da obesidade. Conclui-se que a saúde do corpo é fundamental para uma vida de qualidade e influencia no estilo de vida do seres humanos. Estudos apontam que a sociedade atual é, em grande parte, uma sociedade que prima pela alimentação rápida, o “fastfood” e sedentária, uma vez que o sobrepeso e a obesidade estão fortemente associados ao estilo de vida e ao sedentarismo. Considerando os conhecimentos prévios que a sociedade domina em relação à obesidade fica evidente a importância de uma boa orientação e conscientização sobre a gravidade e o risco dessa doença.

Sendo a obesidade um problema originado por diversos fatores, deve ser tratado como tal, exigindo uma abordagem multidisciplinar. Para obter uma redução imediata é necessária, uma mudança no estilo de vida, do individuo e da família.

Vários fatores biológicos, psicológicos, sócio-econômicos e sócio-comportamentais contribuem para o aparecimento da obesidade, levando em consideração que os hábitos e práticas de saúde são formados desde a infância a criança deve ser incentivada a desenvolver atitudes que atuam no combate a obesidade. Uma vez que quando se estimula um individuo desde sua infância, as possibilidades de absorção das mesmas são muito maiores. Como transmissor do conhecimento ao enfermeiro cabe desenvolver seu trabalho de forma a desencadear educação em saúde com o objetivo de reduzir o grau de obesidade minimizando os riscos e as complicações à saúde.

Evidencia-se com este trabalho a necessidade e a importância do enfermeiro, no diagnostico nessa situação e, finalmente, sensibilizar a enfermagem a planejar e realizar ações de educação em saúde em suas diversas áreas de atuação. É pouco resolutivo diagnosticar a obesidade e não fornecer mecanismos para que aja uma intervenção e um tratamento eficaz contra a obesidade. As atividades preventivas devem ser desenvolvidas em conjunto com a família, pois o papel dos pais é de fundamental importância no tratamento da obesidade.

Assim sendo, há necessidade do desempenho de ações como campanhas e projetos que abordem de forma precisa a aquisição de práticas esportivas e atividades físicas, o abandono do sedentarismo, no sentido de prevenir e amenizar esse mal que assolam indivíduos de todas as idades, conseqüentemente evitará complicações de saúde. Ações voltadas à educação nutricional assumem potencial relevante na prevenção evitando assim, o crescimento demasiado da população obesa no Brasil.

A importância do profissional enfermeiro é evidente neste processo, uma vez que poderá realizar a educação em saúde em grupos, como agente transmissor de conhecimentos. Diante do processo de transformação que o indivíduo irá passar, podem os profissionais influenciar sua realidade, como colaboradores nessas transformações que acontecerão no seu processo de vida, conduzindo os mesmos à absorção de novas experiências onde promoverão sua própria ascensão, sua auto-ascenção no domínio do hábito alimentar. Nesse processo, o cliente poderá se adequar aos novos padrões sociais possivelmente adquirindo tanto senso crítico, quanto reflexivo

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