ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM COMO FATOR DE PREVENÇÃO DAS INTERCORRÊNCIAS MAMÁRIAS

Data de postagem: Jun 18, 2015 5:14:32 PM

FACULDADES INTEGRADAS DO EXTREMO SUL DA BAHIA

LUANA FURLANETE MELO

ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM COMO FATOR DE PREVENÇÃO DAS INTERCORRÊNCIAS MAMÁRIAS

EUNÁPOLIS, BA

2014

LUANA FURLANETE MELO

ASSISTÊNCIA DO ENFERMEIRO COMO FATOR DE PREVENÇÃO DAS INTERCORRÊNCIAS MAMÁRIAS

Trabalho de conclusão de curso apresentado ao curso enfermagem, das Faculdades Integradas do Extremo Sul da Bahia, como parte dos requisitos para a obtenção do Título de Bacharel em enfermagem.

Sob orientação de Maria Cristina Marques

EUNÁPOLIS, BA

2014

LUANA FURLANETE MELO

ASSISTÊNCIA DO ENFERMEIRO COMO FATOR DE PREVENÇÃO DAS INTERCORRÊNCIAS MAMÁRIAS

Trabalho de conclusão de curso apresentado ao curso de Graduação em Enfermagem das Faculdades Integradas do Extremo Sul da Bahia como parte dos requisitos para a obtenção do Título de Bacharel em Enfermagem.

Sob orientação de Maria Cristina Marques

Professora Mse. Henika Priscila ( Faculdade do Extremo Sul da Bahia)

Professora Maria Cristina Marques ( Faculdade do Extremo Sul da Bahia)

Prof°. (Faculdades Integradas do Extremo Sul da Bahia)

__________________________________________________________________

Profª. (Faculdades Integradas do Extremo Sul da Bahia)

__________________________________________________________________

Enf. Juliana dos Santos Ali

Coordenadora do Curso de Bacharel em Enfermagem

Eunápolis, 01/09/2014.

DEDICATÓRIA

Aos meus familiares, em especial meus pais, marido e filha que são as pessoas mais importantes da minha vida.

A minha coordenadora de trabalho por sua compreensão e ajuda durante o curso.

A minha orientadora Maria Cristina Marques por sua dedicação e competência.

Aos meus amigos e colegas que contribuíram minimamente que fosse por minha formação.

AGRADECIMENTOS

Á Deus por me iluminar e estar presente em minha vida sempre me dando força e coragem á cada amanhecer, os sonhos de Deus são melhores que os meus, assim foi e assim será por toda a eternidade. Foi vontade Dele, não minha que estou hoje aqui conquistando a minha graduação, em meio a lutas e dores, em meio a tantas circunstâncias, o Senhor me deu forças sempre que precisei, sempre que clamei e pedi socorro.

Aos meus pais, Sirleida e Antônio por terem me ajudado tanto em todo momento da minha vida, admiro e amo muito vocês dois. Vocês são essenciais em minha vida, agradeço a Deus por ter me concebido numa família tão maravilhosa, com pais que me ensinaram desde cedo o melhor da vida, o caminho a seguir, sem vocês eu nada seria.

Á meu esposo Jilson por ter me apoiado, me dado conforto e força em todas as vezes que pensei em desistir, por me amar acima das circunstâncias, me aturar todos os dias, sem queixas, sem reclamações. Por ter estado ao meu lado sempre que precisei, você é um presente de Deus pra mim! Muito mais do que eu sempre imaginei, pedi á Deus um homem bom, mas recebi Dele um príncipe montado em seu cavalo, pra me fazer feliz por todos os dias da minha vida.

Á minha filha Sophie que veio em meio a graduação, presente de Deus em minha vida! É por você meu amor que mamãe tá aqui. Você é um sonho da mamãe, de muitos anos, eu nem esperava e nem imaginava que Deus me daria tamanha benção, tamanha alegria, pois foi assim meu amor, que você foi gerada, desde a primeira noticia da sua chegada, em meio a muita alegria, te amo!

Á minha família por ter me ajudado de todas as maneiras possíveis e sem vocês esse sonho não seria possível. Em especial tia Jane por ter me ajudado durante esses 5 anos. Obrigada, por ter em vocês um modelo de família tradicional, aquelas de verdade, amigos, companheiros, que sempre estão ali, lado a lado, pro que der e vier.

Á minha querida orientadora Maria Cristina que tanto me ajudou em sua disponibilidade, competência, carinho e paciência demonstrado no decorrer do meu estudo.

Aos meus colegas de turma, que estivemos juntos desde o início lutando pelo nosso futuro, nos dias de luta, juntos para conquistar um futuro melhor, valeu á pena cada carona, cada chuva, cada vendaval que passamos, hoje graças á Deus conseguimos conquistar aquilo que mais almejávamos.

A todos os professores que contribuíram com o meu aprendizado.

A todas as mães que realizei a pesquisa e em especial a agente de saúde Helenilda Araújo que me acompanhou e ajudou neste estudo.

Minha sincera gratidão.

EPÍGRAFE

Escolhi os plantões, porque sei que o escuro da noite amedronta os enfermos Escolhi estar presente na dor porque já estive muito perto do sofrimento. Escolhi servir ao próximo porque sei que todos nós um dia precisamos de ajuda.

Escolhi o branco porque quero transmitir paz.

Escolhi estudar métodos de trabalho porque os livros são fonte saber.

Escolhi ser Enfermeira porque Amo e respeito a vida!!!”

Florence Nightingale

RESUMO

O objetivo deste estudo está voltado para a avaliação da assistência do enfermeiro prestada á puérperas primíparas com enfoque na prevenção das intercorrências mamárias. Este estudo é denominado exploratório de caráter quanti-qualitativo, foi desenvolvido junto ás puérperas residentes em Eunápolis Bahia, Brasil. As mães descreveram as dificuldades relacionadas à amamentação, características do bebê, condições socioeconômicas e retorno ao trabalho. No enfrentamento das intercorrências mamárias foram utilizados métodos caseiros, indicações médicas, substituição por mamadeiras. Através dessa pesquisa as puérperas relataram a sua visão quanto á amamentação e suas intercorrências. O presente estudo demonstrou que a assistência do enfermeiro atendeu as necessidades das puérperas.

PALAVRAS-CHAVE: Assistência de Enfermagem, Qualidade, Mamárias, Gestantes.

SUMÁRIO

SUMÁRIO 9

1 INTRODUÇÃO 11

4 ANATOMIA DA MAMA 13

13

4.1 HORMÔNIOS RESPONSÁVEIS PELA LACTAÇÃO 14

5 O ALEITAMENTO MATERNO E SUAS CARACTERÍSTICAS 14

5.1 A IMPORTÂNCIA DO ALEITAMENTO MATERNO 16

5.2 CARACTERISTICAS DA AMAMENTAÇÃO 17

5.3 COLETA E ARMAZENAMENTO DO LEITE MATERNO 17

6 PREPARANDO A MAMA 17

7 INTERCORRÊNCIAS MAMÁRIAS 18

7.1 MAMILOS PLANOS OU INVERTIDOS 19

7.2 INGURGITAMENTO MAMÁRIO 20

7.3 TRAUMAS MAMILARES 21

7.4 BEBÊ QUE NÃO SUGA OU TEM DISFUNÇÃO ORAL 21

7.5 MASTITE 22

8 ENFERMEIRO FRENTE ÀS INTERCORRÊNCIAS MAMÁRIAS 23

9 PAISM 23

9.1 PRÉ- NATAL 24

9.2 ASSISTÊNCIA DO ENFERMEIRO NO PRÉ-NATAL 24

10 PREVENÇÃO DAS INTERCORRÊNCIAS MAMÁRIAS 24

11 PUERPÉRIO 25

11.1 A ASSISTÊNCIA DO ENFERMEIRO NO PUERPÉRIO 25

12 METODOLOGIA 27

12.1 TIPO DE ESTUDO 27

12.3 POPULAÇÃO 28

12.4 INSTRUMENTOS E PROCEDIMENTOS 28

12.5 PROCEDIMENTOS DE ANÁLISE DOS DADOS 28

13 RESULTADOS E DISCUSSÕES 30

14 CONCLUSÃO 37

37

Neste estudo foi possível demonstrar que as pacientes na Estratégia de Saúde da Família foram orientadas pelo enfermeiro durante suas consultas pré-natais, embora não tenha sido desenvolvido o exame físico específico da mama como fator preventivo das possíveis intercorrências mamárias. Visto que, o enfermeiro responsável pelo pré-natal é indispensável para essa anamnese e acompanhamento nas próximas consultas mensais. 37

15 REFERÊNCIAS 39

16 ANEXOS 43

QUESTIONÁRIO DE PESQUISA 43

1 INTRODUÇÃO

As intercorrências mamárias ocorrem na primeira semana pós-parto, são enfermidades da mãe ou do recém-nascido que podem dificultar a amamentação ocasionando o desmame precoce.

Há um questionamento se as mulheres que apresentam dores ao amamentar, fissura nos mamilos, ingurgitamento mamário e mastites fizeram o pré-natal, se receberam as informações necessárias e corretas sobre a amamentação, se o profissional que foi responsável por tal orientação cumpriu seu devido papel em sua assistência de enfermagem.

Promover o aleitamento materno não necessita apenas de conhecimentos da anatomia e fisiologia, mas também, em possibilidades de decisão, saber ouvir e aprender, desenvolvendo confiança e apoio das mulheres que estão envolvidas (GIUGLIANI, 2000).

Os profissionais de saúde necessitam ter acesso a todos estes conhecimentos técnicos para que a mãe-nutriz possa depositar confiança em suas orientações. Porém, para o sucesso da amamentação também é necessário que o profissional a veja como pessoa, saiba como ela se sente a respeito desta situação nova em sua vida, suas dificuldades e problemas (REZENDE et al., 2002).

Conforme Giugliani (2000), as mães que amamentam precisam de apoio para que haja uma prevenção ou superação das dificuldades, por isso, os enfermeiros desempenham papel fundamental na assistência a lactante. Para que essa assistência seja completa é necessário que o profissional tenha conhecimento e habilidade para desempenhar o seu papel.

Na assistência é necessário trabalhar em cima da comunicação enfermeiro-gestante sendo necessária a percepção de que a mesma é uma informação sobre o meio ambiente de maneira que essa interpretação dentro do ambiente de cada gestante individualmente e para aplica-la é necessário interpretar cada ambiente (FREITAS, 2012).

Acredita-se que a falta de conhecimento do enfermeiro, das primíparas e a falta de comunicação entre esses indivíduos tem afetado o conhecimento necessário que essas primíparas deveriam ter de maneira que, elas acabam optando por uma maneira mais fácil de amamentar.

Neste estudo foram levantadas as principais dificuldades que as primíparas enfrentaram no puerpério imediato que vai do primeiro ao décimo dia e tardio do décimo até o quadragésimo quinto dia e a provável falta de assistência da enfermagem nesse contexto.

Desse modo, o projeto em questão tem como principal objetivo avaliar a assistência do enfermeiro prestada a gestantes primíparas com enfoque na prevenção das intercorrências mamárias.

4 ANATOMIA DA MAMA

Figura. 1. Anatomia da mama

Fonte: http://dochonorio.com.ar/mamas/fisiologia/

As mamas são anexas da pele, pois seu parênquima é formado de glândulas cutâneas modificadas que se especializam na produção de leite após a gestação. A mama é constituída de parênquima de tecido glandular composto de 15 a 20 lobos piramidais cujos ápices estão voltados para a superfície e as bases para a parte profunda da mama, estes lobos são chamados de corpo da mama (DANGELO & FATINI, 2006).

Na gravidez as mamas modificam-se devido à ação dos hormônios estrógeno e progesterona entre outros, a partir da quinta semana de gestação é iniciado o crescimento da mama, podendo haver variações de um indivíduo a outro, ocorre também à modificação da pigmentação areolar, aumento da dilatação das veias mamárias. Na 20° semana inicia a excreção do leite que se intensifica até o final da gravidez e no último mês, 9° pode apresentar colostro (UNIP, 2010).

4.1 HORMÔNIOS RESPONSÁVEIS PELA LACTAÇÃO

Os estrógenos são responsáveis pela deposição de gordura, desenvolvimento do estroma, o crescimento dos ductos e pela aparência externa. Durante a gravidez eles provocam o crescimento dos ductos mamários, promove a síntese, liberação e aumento de prolactina. A progesterona é responsável por causar o crescimento dos lóbulos, desenvolve a característica secretora das células alveolares, mas não secreta o leite pelos alvéolos uma vez que, o leite só é secretado quando a mama recebe os estímulos da prolactina (NALMA, 1998).

A prolactina é produzida na parte anterior da hipófise, que atua nos alvéolos para a produção do leite, ela age após a mamada do recém-nascido produzindo leite para a próxima mamada. A ocitocina é produzida na parte posterior da hipófise e atua promovendo a contração dos alvéolos e promovendo a ejeção do leite, que acontece quando há contrações ou fisgadas na descida do leite. Atua também nas contrações uterinas, diminuindo a perda sanguínea na loquiação e ajuda na involução do útero.

(MARIA, 2005).

5 O ALEITAMENTO MATERNO E SUAS CARACTERÍSTICAS

Valendo-se das hipóteses do Ministério da Saúde ( 2001, p136) constata que:

Atualmente, o aleitamento materno exclusivo é recomendado nos seis primeiros meses de vida do bebê, devido a sua extrema importância no desenvolvimento do mesmo. Após a criança receberá alimentos que irão complementar a amamentação que deverá estender-se por pelo menos dois anos, se for de consenso da mãe e filho. Apesar dos benefícios do aleitamento materno, que são inúmeros, cabe ao enfermeiro, sua equipe e demais profissionais de saúde aceitar a escolha da mãe, de forma consciente.

O leite materno apresenta fatores de proteção e defesa contra infecções, garantindo parte da imunização do recém-nascido, além disso, supre as necessidades nutricionais do recém-nascido pelos seis primeiros meses, oferece resistência contra infecções, reduz malformações da dentição, estimula a musculatura da fala, promove melhor dicção, proporciona tranquilidade e facilita a digestão do recém-nascido (SANTOS 2009).

De acordo com o Ministério da Saúde (2001):

O aleitamento materno é dividido em colostro que é secretado nos primeiros dias depois do parto, é de coloração amarelada e mais grossa em pequenas quantidades, mas, é suficiente nos primeiros dias. Esse colostro possui mais células brancas e anticorpos que o leite maduro, dá a primeira imunização que protege contra uma gama de bactérias e vírus.

O leite maduro aparece entre uma ou duas semanas mudando seu aspecto e composição, possui uma consistência rala, nele é encontrado todos os nutrientes necessários para o crescimento.

Leite do começo surge no inicio da mamada, aguado de coloração acinzentada, é rico em lactose, proteínas, vitaminas, minerais e água. O leite do fim aparece no final da mamada contém mais gordura e consequentemente mais rico em energia.

É importante não interromper a mamada e, deixar que a criança pare espontaneamente de mamar.

O leite branco é produzido nos alvéolos entre as mamadas sobre a ação da prolactina, em sua composição há água, proteínas. E o leite de aspecto claro que é formado no intervalo das mamadas, ele é rico em vitaminas e sais minerais, mas, é pobre em gordura e proteína. Essa coloração pode levar a mãe a pensar que o leite está fraco, mas, independente da cor o leite possui qualidades nutritivas para o bebê (MARIA, 2005).

5.1 A IMPORTÂNCIA DO ALEITAMENTO MATERNO

No primeiro ano de vida o bebê possui uma taxa de crescimento mais rápida que outra etapa da vida, mas, os sistemas não estão desenvolvidos totalmente possuindo uma menor capacidade de digestão, aproveitamento e excreção de nutrientes. A nutrição nessa idade deverá ser de acordo com suas necessidades de proteínas, minerais, energia, vitamina e outros nutrientes de acordo com maturidade fisiológica dos órgãos. Não podendo exceder nem sobrecarregar suas capacidades digestivas ou de excreção (ROVERATTI, 2013).

Segundo Chaves et al., (2007) a OMS o aleitamento materno é dividido nas categorias citadas abaixo:

Aleitamento materno é quando a criança amamenta no seio materno podendo ou não receber outro alimento. Aleitamento materno exclusivo é quando a criança se alimenta somente do leite materno, diretamente do seio ou através de ordenha, não fazendo uso de outros alimentos.

Aleitamento materno predominante que é quando a criança amamenta do seio materno, mas também faz uso de líquidos, águas, chás, sucos, medicamentos.

Aleitamento materno complementado é quando utiliza o leite humano e outros alimentos.

Existem algumas práticas durante o trabalho de parto que facilitam o inicio da amamentação como a implementação do não uso de sedativos durante o primeiro período de estágio do trabalho de parto, não separando a mãe do bebê, realizando assim o contato pele a pele logo após o nascimento. Este contato beneficia não só o bebê, mas também na produção de ocitocina e consequentemente do leite materno (TOMA REA; 2008).

5.2 CARACTERISTICAS DA AMAMENTAÇÃO

Quanto mais o bebê sugar, mais leite é produzido e a produção de leite se dá de acordo com a demanda da criança. Quando não houver sucção ou possibilidades de sucção é essencial esvaziar as mamas extraindo o leite em intervalos regulares, sendo importante dar o seio sempre que a mãe estiver com o bebê. A prolactina que é responsável por aumentar a produção de leite é liberada á noite, portanto, amamentar á noite, ajuda a manter uma produção de leite boa (MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2010).

5.3 COLETA E ARMAZENAMENTO DO LEITE MATERNO

O leite materno deverá ser coletado em um vidro com tampa plástica, em vidro lavado, fervido por 20 minutos, com data. Lavar mãos, cotovelos e unhas, secar e procurar local calmo, tranquilo, limpo, coletar com massagens circulares nas mamas, e realizar a expressão manual do leite despejando no frasco que deverá ser guardado posteriormente na geladeira ou freezer, o leite colhido deve ser mantido na geladeira por 24 horas, quando guardado no freezer a durabilidade é de 15 dias (NALMA, 1998).

6 PREPARANDO A MAMA

A orientação quanto à preparação da mama deve ser dada á gestante desde o pré-natal, sendo examinadas as mesmas, observando se está íntegra, se o mamilo possui bico, entre outros, nesta orientação o enfermeiro deverá auxiliar a gestante em todas as suas necessidades passando a elas informações importantes e essenciais do aleitamento materno e do preparo que as suas mamas deverão ter para que quando o bebê nasça não tenha intercorrências que a impeça de amamentar.

Instruções como tomar banho de sol nos mamilos cerca de 15 minutos por dia, não utilizar cremes, pomadas ou sabonetes nos mamilos e evitar a expressão do mamilo durante a gestação para retirada do colostro por ser porta de entrada de microorganismos e a escarificação do mamilo, são extremamente importantes (MARIA,2005).

Para que haja uma sucção eficaz é necessário que os lábios do bebê se firmem na junção mamilo-areolar, os músculos da face devem contrair-se, a língua deverá ser lançada para frente para que haja a apreensão do mamilo e aréola, o mamilo toca o palato duro e a língua desloca-se para trás, introduzindo a aréola no interior da boca, as gengivas comprimem a aréola, lançando o leite para a garganta (NALMA, 1998).

7 INTERCORRÊNCIAS MAMÁRIAS

Intercorrências mamárias são alterações inesperadas que ocorrem na mama advinda por diversos fatores causando o impedimento ou o desconforto durante a amamentação.

Para evitar as aparições de fissuras é necessário adotar medidas preventivas, estas podem ser classificadas em três de acordo com sua gravidade, em pequena quando há uma dor leve que passa com a amamentação, quando é de tamanho médio a mama apresenta dor que não passa com a amamentação, e a fissura grande que é necessário suspender o oferecimento da mama e que seja retirado o leite da mama e oferecer em um copo para o bebê (MARIA, 2005).

7.1 MAMILOS PLANOS OU INVERTIDOS

Os mamilos planos ou invertidos podem dificultar o estabelecimento da amamentação, mas não impede, pois o bebê fará o bico na aréola. Em alguns casos estes mamilos apresentam melhora no avançar da gravidez, sem necessidade de tratamento, para tal é necessário que a mãe tenha habilidade e que seja realizada uma intervenção após o nascimento do bebê como ajudar a mãe com a pega, ensinar manobras de protrair o mamilo antes das mamadas, recomendar o uso de protetores de seios e ensiná-las á ordenhar seu leite (FREITAS, et al 2006).

Figura 2 Mamilo invertido

Fonte: http://www.misodor.com/LACTA.html

7.2 INGURGITAMENTO MAMÁRIO

É a retenção de leite juntamente com a dor na mama, que poderá apresentar hiperemia e hipertermia, geralmente ocorre nos primeiros 3 a 5 dias pós-parto (NALMA, 1998).

O ingurgitamento mamário classifica-se em três tipos, a congestão ou aumento da vascularização da mama, retenção de leite nos alvéolos e edema devido a congestão e obstrução da drenagem do sistema linfático. Havendo a compressão dos ductos lactíferos, dificultando a saída de leite dos alvéolos, o leite fica represado acumulando-se na mama e tornando-se mais viscoso (MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2009).

O ingurgitamento quando discreto é considerado normal e não requer intervenções. O ingurgitamento excessivo ocorre frequentemente em primíparas. Abundância de leite demora em iniciar a amamentação, restrição da duração e frequência das mamadas e sucção ineficaz acabam favorecendo o ingurgitamento mamário (FREITAS et al 2006).

Figura 3 Ingurgitamento Mamário

Fonte: http://www.misodor.com/LACTA.html

7.3 TRAUMAS MAMILARES

A dor apresentada nos mamilos é normal devido á forte sucção dos bebês na aréola, ela pode ser considerada normal se não persistir da primeira semana. Se passar a primeira semana havendo persistência da dor, é necessária intervenções. Os traumas mamilares acontecem quando há presença de eritema, fissuras, edema, marcas brancas, hematomas sendo uma causa principal do desmame, sendo necessária sua prevenção (MINISTÉRIO DA SAÚDE,2009).

Quanto à classificação o mamilo pode ser integro que é quando apresenta estrutura completa, fissurado quando o mamilo apresenta uma fenda que comprometa a derme ou epiderme. Quanto a fissura ela pode ser classificada em pequena quando provoca pouca dor e durante a sucção desaparece, média que é quando a dor demora para desaparecer e a grande que a dor é intensa durante a sucção, e permanece por toda a mamada podendo apresentar sangramento (NALMA,1998).

7.4 BEBÊ QUE NÃO SUGA OU TEM DISFUNÇÃO ORAL

Em alguns recém-nascidos, ocorrem durante a mamada disfunções orais que causam dificuldades no aleitamento materno, essa desordem acontece devido as alterações do funcionamento oral do bebê ou de características anatômicas que causem dificuldades no encaixe da boca do bebê com a mama da mãe. Essas disfunções podem ser corrigidas com treinamento oral, exercícios e manobras específicas que modifica o funcionamento oral durante a mamada, para tal é necessário um profissional especializado (FREITAS et al 2006).

Figura 4 Lábio Leporino

Fonte: http://www.misodor.com/LACTA.html

7.5 MASTITE

É uma infecção que apresenta dor continua que aumenta quando há palpação, com hipertermia local e corporal, edema e hiperemia na região comprometida, podendo ser acompanhada de mal estar geral. Esta poderá classificar-se em parenquimatosa quando há penetração pelos poros mamilares, intersticial quando é iniciada por um trauma mamilar, ampolar que compromete parte da aréola, lobar que compromete um lobo mamário, glandular quando compromete toda a glândula mamaria, e abcesso mamário que infecciona e evolui para a drenagem externa (NALMA,1998).

Figura 5 Mastite

Fonte: http://www.misodor.com/LACTA.html

8 ENFERMEIRO FRENTE ÀS INTERCORRÊNCIAS MAMÁRIAS

O enfermeiro está desde o início do pré-natal como apoio, auxílio ás gestantes, desde a primeira consulta a enfermeira responsável deverá examinar ás mamas para observar possíveis dificuldades para amamentar, e tratar juntamente com a gestante, ajuda-la durante toda a gestação com exercícios no bico do seio, instruir para banhos de sol, e outras informações importantes, quando ocorre uma fissura ou algo que impeça o bebê de amamentar, a enfermeira deve auxiliar a gestante dando á elas soluções que ajudem a mesma a permanecer amamentando.

9 PAISM

Segundo o Ministério da Saúde o PAISM foi criado em 1983 e publicado em 1984, é um documento histórico que incorporou o ideário feminista para a atenção á saúde, com ênfase em aspectos de saúde reprodutiva, mas com proposta de ações dirigidas á atenção integral das necessidades prioritárias da população feminina, significando uma ruptura com o modelo de atenção materno-infantil até então desenvolvido.

9.1 PRÉ- NATAL

O pré-natal é um método criado para cuidado e prevenção ás gestantes que visam a promoção da saúde e bem estar da mãe e do seu bebê, trás o tratamento precoce de problemas que poderão surgir durante a gestação. Gestantes que participam do pré-natal apresentam menos doenças, com melhor desenvolvimento intrauterino do feto e uma menor mortalidade infantil, para tal é preciso um atendimento efetivo em sua qualidade e quantidade. O mesmo deve ser iniciado precocemente no primeiro trimestre da gestação, com consultas regulares e completas (SAÚDE, 2005).

9.2 ASSISTÊNCIA DO ENFERMEIRO NO PRÉ-NATAL

A assistência de enfermagem deverá ser voltada ao contato com a mulher gestante na unidade de saúde, tentando compreender essa gestação no contexto familiar. Visto que, este contexto é de extrema importância para seu desenvolvimento intrauterino e no contato com familiares. É necessário um diálogo, e a capacidade de percepção no acompanhamento do pré-natal, para que o saber seja compartilhado entre a mulher e sua família (BRASIL, 2005).

10 PREVENÇÃO DAS INTERCORRÊNCIAS MAMÁRIAS

Segundo Nalma (1998):

Para iniciar uma prevenção das intercorrências mamarias são utilizadas algumas técnicas como testar a flexibilidade da aréola, se a mesma estiver flexível deverá ser oferecida ao bebe, se não estiver, é necessário a retirada manual do leite, até que ela torne-se flexível e então deverá ser oferecida.

Após a amamentação fazer à auto palpação da mama para detectar pontos dolorosos, neles ocorrem acumulo de leite, aumentando a pressão intra-aveolar, causando a dor, se há dor, a oferta está maior que a procura, sendo então recomendado a retirada manual do leite até que a dor desapareça.

11 PUERPÉRIO

O puerpério é uma fase com manifestações involutivas, com modificações locais e sistêmicas que ocorrem devido a gravidez e parto. O mesmo divide-se em imediato, tardio e remoto. Ocorre juntamente com o exercício da maternidade onde a mulher experimenta mudanças biológicas, psicológicas e socioculturais (SCIELO, 2010).

Neste momento é importante a assistência a puérpera no período em que está susceptível a complicações, e acompanhamento de sua evolução na reversão dos quadros clínicos indesejados. Essa assistência deve ser preventiva através das condições de risco e principais problemas (SANTOS, et al 2010).

11.1 A ASSISTÊNCIA DO ENFERMEIRO NO PUERPÉRIO

O enfermeiro entra com sua assistência no puerpério para observar o estado de saúde da puérpera e de seu bebê, orientando e ajudando a família na amamentação, nos cuidados com o recém-nascido, levantar as situações de risco, e orientar o planejamento familiar (SANTOS, 2005).

A atenção á saúde da mulher e ao recém-nascido no pós-parto imediato e nas primeiras semanas após o nascimento é fundamental para a saúde materna e neonatal. O retorno da mulher e do RN ao serviço de saúde, depois do parto, deve ser incentivado desde o pré- natal e na maternidade (BRASIL, 2005, p. 76).

A consulta de puerpério deve ser realizada do 7º ao 10º dia após o parto tem um papel importante, para que haja uma assistência de qualidade é necessário realizar um exame físico completo e minucioso avaliando os sinais vitais como pulso, temperatura e pressão arterial. Em se tratar do específico é necessário o exame das mamas observando-as quanto ao tipo, sinais de lesões e demais alterações (EDUCAÇÃO, 2013)

12 METODOLOGIA

12.1 TIPO DE ESTUDO

Trata-se de um estudo exploratório, descritivo de caráter quanti-qualitativo.

12.2 CAMPO DE PESQUISA

A pesquisa foi realizada no município de Eunápolis município Brasileiro do Estado da Bahia as margens da BR 101 que tem 110.803 habitantes, segundo IBGE 2012.

O município é formado por 40 bairros, 4 distritos e 11 povoados, contém 23 Unidades Básicas de Saúde. Destes bairros foi selecionado o Pequi para desenvolvimento da pesquisa, onde existe a Unidade Básica de Saúde Otto Alencar. A escolha desta unidade justifica-se por ser a maior Unidade da cidade e de referência do município em questão.

Uma unidade de saúde está organizada de maneira a fornecer diversos tratamentos à comunidade, dentre eles está o pré-natal que é um programa de acompanhamento de gestantes durante o período de gestação. Este programa é essencial para acompanhamento e desenvolvimento da gestante e do seu bebê, que deverá ser realizado mensalmente até a data do parto, quanto mais números de consultas mensais que a gestante tiver, melhor será.

12.3 POPULAÇÃO

A população deste estudo foram mulheres no puerpério imediato participantes do programa pré-natal escolhidas aleatoriamente que estiverem presentes nas unidades de saúde.

Os critérios de inclusão para as mulheres serão as que tenham participado do programa pré-natal no puerpério imediato, com pouco tempo de puerpério que sofreram ou sofrem de intercorrências mamárias. Os critérios de exclusão serão as mulheres de puerpério tardio.

12.4 INSTRUMENTOS E PROCEDIMENTOS

Foi aplicado um questionário semiestruturado adaptado do estudo de Emmanoela Neres Silva Santos composto de 12 questões pessoais e socioculturais visando unir informações acerca do preparo com as mamas e as dificuldades principais que as mesmas estão enfrentando, sendo questionada a ação do enfermeiro nessas orientações durante a gestação e no puerpério.

Para aplicação do questionário foi necessário anexar o pré-projeto na Plataforma Brasil. Após identificação das puérperas, elas foram abordadas e receberam explicação quanto ao objetivo do estudo, sendo seguro do anonimato das mesmas, e os participantes assinaram o Termo de Consentimentos Livre e Esclarecido.

12.5 PROCEDIMENTOS DE ANÁLISE DOS DADOS

As questões fechadas foram tabuladas de forma descritiva no programa Excel 2007, a fim de gerar frequência, ajudar na elaboração dos gráficos e subsidiar a discussão os dados. Para análise das questões discursivas foi utilizado o método de análise de discurso.

12.6 QUESTÕES ÉTICAS

Este estudo foi desenvolvido respaldando-se na resolução 466/12 do Conselho Nacional de Saúde, regulamentadora das pesquisas com seres humanos, considerando a observância da beneficência, não maleficência, ausência de riscos e prejuízos, com garantia do anonimato aos sujeitos do estudo. Esta pesquisa só foi iniciada após aceitação do sujeito do estudo e assinatura do termo de consentimento livre e esclarecido.

13 RESULTADOS E DISCUSSÕES

No gráfico 1 abaixo, das 10 puérperas entrevistadas 30% afirmaram ter entre 12 á 20 anos, 20% afirmaram que tem de 30 á 40 anos e 50% afirmaram ter de 20 á 30 anos. Analisando estes dados é possível perceber que as entrevistadas são experientes, possuem uma idade média, em que o corpo já está preparado para a gestação.

Segundo Loguércio, Marcomini (2011) as mulheres mais jovens possuem uma menor prevalência no tempo e conhecimento da amamentação de seu bebê, isso ocorre devido a falta de orientação adequada.

Gráfico 1. Distribuição percentual da idade das entrevistadas.

No gráfico abaixo quanto ao nível de escolaridade 60% disseram ter concluído o ensino fundamental e 40% concluíram o ensino médio. São individuas que possuem um bom conhecimento, quando orientadas não terão dificuldades em seu entendimento.

De acordo com a Revista de Ciências e Saúde Nova Esperança (2014) no estudo das percepções das puérperas frente a assistência de enfermagem no alojamento conjunto a porcentagem maior de puérperas são as que estão no ensino médio, trazendo um ponto positivo para ambos os estudos em questão.

Gráfico 2 Distribuição do nível de escolaridade das puérperas

No gráfico á seguir quantidade de filhos anteriores maior foi entre 1 á 2 que cerca de 50% das puérperas responderam, os 40% ficou para nenhum filho anterior e 10% afirmaram ter acima de 3 filhos. Com estes dados, as mães já deveriam ter um conhecimento prévio do assunto e poderiam não ter mais essas intercorrências, o que não ocorre.

Gráfico 3. Distribuição da quantidade de filhos das entrevistadas.

Quando questionadas quanto ao local em que reside, cerca de 100% responderam que em zona urbana. Na cidade de Eunápolis existem os dois tipos de população, rural e urbana visto que, a população pesquisada estava na unidade de saúde. Quanto aos pacientes da zona rural alguns procuram a UBS mais próxima, outros optam por assistência particular quando precisa devido a dificuldade de locomoção.

Quanto a frequência na Estratégia Saúde da Família do bairro, cerca de 100% responderam que frequentam, demonstrando uma resposta unânime.

O pré-natal tem o foco no acolhimento da mulher desde o inicio da gravidez assegurando-a no final da gestação, garantindo um nascimento saudável e o bem estar materno e neonatal. Para que essa assistência seja humanizada com condutas acolhedoras, é necessário que a população tenha fácil acesso aos serviços de saúde, e que este, seja de boa qualidade, integrando a promoção, prevenção e assistência a saúde da gestante e recém-nascido. (BRASIL, 2005).

No gráfico á seguir está representado a distribuição da quantidade de consultas no pré-natal, quanto a frequência das gestantes, é demonstrado um bom resultado cerca de 90% frequentam as consultas e somente 10% não frequentam. O que é essencial para o acompanhamento das gestante no decorrer da gestação.

Gráfico 6. Distribuição da quantidade de consultas de pré-natal durante a gestação

Quanto as consultas ao pré-natal 90% responderam ter participado de 6 á 9 consultas e 10% de 3 a 6 consultas, o que leva a crer que é uma população bem informada, que ao longo da gestação teve um bom acompanhamento pela enfermeira da unidade.

Para Freitas e Martins (2006) para que se tenha uma gestação tranquila, sem riscos nem para mãe nem para o bebê é necessário no mínimo cinco consultas, sendo alternadas entre o médico e enfermeiro, o ideal é ter sete.

Em se tratar da orientação nos cuidados com as mamas, todas as entrevistadas responderam a mesma coisa, que foram orientadas, remetendo que a informação é passada durante as consultas de pre-natal.

No gráfico abaixo quanto ao tipo de prevenção das intercorrências mamarias, 40% optaram por massagem e banho de sol, outros 40% por outro tipo de prevenção e 20% optaram por massagem.

Para Cranley e Ziergel (2011) o banho de sol proporciona ativação de vitaminas que auxiliam no fortalecimento da pele, tornando o seio mais resistente a pressão da mamada do bebê.

Para Freitas (2006) a identificação quanto ao tipo de mama é importante, o enfermeiro deve traçar o plano de cuidados como ações que prepare o seio para amamentar após as consultas.

8. Distribuição das alternativas de prevenção das intercorrências mamárias.

No gráfico a seguir está representado o grande problema do pré-natal realizado na unidade, pois, as informações foram passadas quanto a prevenção e cuidado com as mamas, mas as mesmas não eram examinadas visto que, não há como prevenir o que não se é visualmente observado. No gráfico acima, cerca de 60% da população entrevistada relatam que não tiveram suas mamas examinadas e 40% tiveram.

Segundo Santos (2009) os profissionais de enfermagem devem estar atentos durante a primeira mamada, e acompanhar o binômio mãe-filho, pois o sucesso da amamentação depende desse momento e das orientações prévias da enfermagem a nutriz.

9. Distribuição da quantidade de mamas que foram examinadas no pré-natal

No gráfico seguinte quando questionadas quanto as orientações das intercorrências mamarias no pós-parto, cerca de 40% responderam que houve orientação quanto a pega do bebê, fissura, rachaduras e mastites; cerca de 20% disseram que foram orientadas quanto a pega do bebê, fissura e rachaduras; cerca de 10% disseram que foram orientadas na pega do bebê e rachaduras; outros 10% foram orientadas quanto as fissuras, rachaduras e mastites e 20% não foram orientadas.

Os mamilos planos ou invertidos podem dificultar o começo da gestação, mas não impede, pois o bebê faz uma teta com aréola, e a enfermagem pode ajudar pressionando o mamilo para o exterior (GIUGLIANI, 2000).

10. Distribuição das orientações no pós-parto

No gráfico á seguir após a primeira semana no pós-parto, cerca de 70% das puérperas relataram que suas mamas encontravam-se doloridas e avermelhadas e 30% estavam normais.

Segundo Giugliani (2000) O trauma mamilar é a principal causa do desmame precoce e por isso sua prevenção é essencial, para tal existem algumas medidas que serão citadas ao longo do trabalho.

11. Distribuição do estado das mamas no pós parto.

No gráfico seguinte quando perguntadas quais as intercorrências mamárias apresentadas cerca de 60% disseram ter apresentado mastite e fissuras mamilares e 40% relataram não ter apresentado nenhuma intercorrência.

De acordo com o Ministério da Saúde (2001) a má posição em que a criança suga, ou a má pega é a causa mais comum de dor nos mamilos, podendo aparecer achatado após as mamadas e com algumas manchas rochas, brancas, vermelhas. Elas são resultados dessa má pega, para que tenha uma mamada correta é necessário orientação da enfermagem.

12. Distribuição das intercorrências mamárias apresentadas

14 CONCLUSÃO

Neste estudo foi possível demonstrar que as pacientes na Estratégia de Saúde da Família foram orientadas pelo enfermeiro durante suas consultas pré-natais, embora não tenha sido desenvolvido o exame físico específico da mama como fator preventivo das possíveis intercorrências mamárias. Visto que, o enfermeiro responsável pelo pré-natal é indispensável para essa anamnese e acompanhamento nas próximas consultas mensais.

O acompanhamento é essencial para as gestantes e puérperas, pois é através dele que é iniciado o contato com a gestante, formando um vinculo de confiança entre as mesmas e sua família, quanto à equipe de enfermagem sendo de extrema importância para que o processo da gestação e parto ocorra bem, sem nenhuma alteração.

Baseado nos estudos anteriores o acompanhamento da gestante no pré-natal deve ser voltado á assistência integral a saúde da mulher, essa assistência deverá ser organizada de maneira que possa atender as necessidades das gestantes, utilizando conhecimentos técnicos e científicos, e os recursos disponíveis e mais adequados. Deve também assegurar a continuidade do atendimento, acompanhamento e avaliação de ações sobre a saúde materna e perinatal.

No estudo em questão as puérperas estão satisfeitas com o atendimento, assistência e orientações realizadas pelo enfermeiro da unidade básica de saúde, que é o responsável pelo acompanhamento no decorrer da gestação. Seu conhecimento foi satisfatório visto que, a maioria das suas dificuldades ao longo da gravidez foi resolvida.

Através deste estudo nota-se que as puérperas pesquisadas possuem uma idade média esperada, pronta para o processo gravídico psicológica e fisiologicamente.

Neste estudo foi possível evidenciar que, quanto ao acolhimento das puérperas houve um bom resultado conforme demonstrado em pesquisa, às mesmas são assíduas, ou seja, se fazem presente nas consultas de pré-natal, podendo assim tirar suas dúvidas, e adquirir conhecimentos necessários.

O trabalho demonstrou que a assistência prestada pelo enfermeiro é de qualidade baseado nas amostras da pesquisa, pois, em grande maioria foram passadas as informações e com elas, foi possível evitar as intercorrências mamárias. Embora tenha apresentado um número pequeno de puérperas que tiveram as intercorrências visto que, esta população relatou que não tiveram suas mamas examinadas, apresentando assim uma dificuldade que deverá ser superada pela equipe de enfermagem durante o acompanhamento no pré-natal.

Essa pesquisa reforça a importância do enfermeiro da Estratégia de Saúde da Família quanto à qualidade da assistência visto que, depende dele para que a gestante adquira os conhecimentos necessários, de forma correta e completa para desenvolver em suas habilidades com seu bebê em seu puerpério.

15 REFERÊNCIAS

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16 ANEXOS

QUESTIONÁRIO DE PESQUISA

    1. Idade

( ) De 12 á 20 ( ) De 20 á 30 anos ( ) De 30 á 40 anos

    1. Nível de escolaridade

( )Ensino Fundamental ( ) Ensino Médio

    1. Número de filhos anteriores

( ) Nenhum ( ) 1 a 2 ( ) Acima de 3

    1. Como é o local que você mora

( ) Cidade ( ) Rural

    1. Participou do Programa de Pré-natal na ESF de seu bairro?

( ) Sim ( ) Não

    1. Quantas consultas de pré-natal teve durante a gestação?

( ) De 3 a 6 consultas ( ) De 6 a 9 consultas

    1. Recebeu orientação do profissional de enfermagem sobre cuidados com as mamas?

( ) Sim ( ) Não

    1. O que você faz pra preparar o seio para amamentar?

( ) Massagem ( ) Banho de Sol ( ) Outros

    1. Durante as consultas de enfermagem no pré-natal as mamas eram examinadas?

( ) Sim ( ) Não

    1. Quais orientações você recebeu no pós parto?

( ) Pega do bebê ( ) Fissuras ( ) Rachaduras ( ) Mastites ( ) Fissura mamilar

( ) Mamilos planos ou invertidos ( ) Ingurgitamento mamário

    1. Após a primeira semana pós parto como encontrava sua mama?

( ) Flácidas ( ) Turgidas ( ) Doloridas ( ) Avermelhadas

    1. Quais intercorrências mamárias você apresentou?

( ) Mastites ( ) Fissura mamilar ( ) Mamilos planos ou invertidos

( ) Ingurgitamento mamário ( ) Bebê que não consegue sugar