ATUAÇÃO DO ENFERMEIRO DA ATENÇÃO BÁSICA FRENTE À ASSISTÊNCIA PRESTADA A SAÚDE DO HOMEM NO MUNICÍPIO DE EUNÁPOLIS – BA.

Data de postagem: Oct 28, 2016 6:6:57 PM

FACULDADES INTEGRADAS DO EXTREMO SUL DA BAHIA

GEISEANE BARROS LOPES RIBEIRO

ATUAÇÃO DO ENFERMEIRO DA ATENÇÃO BÁSICA FRENTE À ASSISTÊNCIA PRESTADA A SAÚDE DO HOMEM NO MUNICÍPIO DE EUNÁPOLIS – BA.

EUNAPOLIS, BA

2015

GEISEANE BARROS LOPES RIBEIRO

ATUAÇÃO DO ENFERMEIRO DA ATENÇÃO BÁSICA FRENTE À ASSISTÊNCIA PRESTADA A SAÚDE DO HOMEM NO MUNICÍPIO DE EUNÁPOLIS – BA.

Trabalho de conclusão de curso apresentado ao curso de enfermagem das Faculdades Integradas do Extremo Sul da Bahia como parte dos requisitos para obtenção do título de bacharel em enfermagem.

Orientador: Prof. Diego da Rosa Leal.

EUNAPOLIS, BA

2015

GEISEANE BARROS LOPES RIBEIRO

ATUAÇÃO DO ENFERMEIRO DA ATENÇÃO BÁSICA FRENTE À ASSISTÊNCIA PRESTADA A SAÚDE DO HOMEM NO MUNICÍPIO DE EUNÁPOLIS – BA.

Trabalho de conclusão de curso apresentado ao curso de enfermagem das Faculdades Integradas do Extremo Sul da Bahia como parte dos requisitos para obtenção do título de bacharel em enfermagem.

Professor Diego da Rosa Leal (Faculdade do Extremo Sul da Bahia)

Professor (Faculdade do Extremo Sul da Bahia)

Professor (Faculdade do Extremo Sul da Bahia)

Professora, Maria Cristina Marques Coordenadora do curso de Enfermagem Eunápolis–Ba ______________________________ DATA: ___/___/___

DEDICATÓRIA

Dedico este trabalho ao meu grande e amado Deus por tudo que tem feito em minha vida por todas as realizações que me propôs no decorrer desta graduação, aos meus pais e ao meu irmão pelo amor incondicional, ao meu amado esposo Bruno pela compreensão e dedicação no momento mais preciso da minha vida a minha querida filha Bruninha que com um aninho de idade tive que trocar os momentos noturnos de mãe para o de universitária para lhe proporcionar um futuro melhor.

OBRIGADA!

AGRADECIMENTOS

É chegado o momento! Cinco anos de dificuldade, batalhas e, sobretudo, superação. No final de tudo isso, me foi concebida a VITÓRIA e essa não seria possível sem o apoio de pessoas que ao meu lado acreditaram no meu potencial.

Primeiramente gostaria de agradecer a Deus por tudo que tem feito em minha vida, por todas as realizações que me propôs no decorrer desta graduação.

Aos meus pais, Amadair e Genival pelo incentivo e força por apostarem em mim e confiarem em minhas escolhas, onde nunca mediram esforço para que eu chegasse a este momento e por sonhar comigo o sonho de ser um profissional de saúde.

Aos meus irmãos, Amanda e George, por terem dado apoio necessário para a conquista desse sonho.

Ao meu amado esposo Bruno, que me compreendia, incentivava, ajudava quando precisava e aguardava minha chegada durante o período da faculdade.

A minha querida filha, Bruninha por suportar a minha distancia por tanto tempo e me abraçar todos os dias quando ia para faculdade, pois isto também me concedeu forças para chegar até o final.

A todos os meus familiares tios, tias e primos que sempre admiraram a minha perseverança nos estudos em especial a minha tia Odete que tanto admiro, e por todo carinho e palavras de apoio. AMO TODOS VOCÊS!!!

Ao meu orientador Diego da Rosa Leal, que com muita paciência e dedicação caminhou junto comigo no processo de construção deste trabalho.

A todos os professores que durante esses anos acreditaram e me dedicaram confiança, eu não teria chegado aqui se não houvesse correção e aprovação de cada um de vocês.

EPIGRAFE

‘O maior erro que um homem pode cometer é sacrificar a sua saúde a qualquer outra vantagem.’

Arthur Schopenhauer

RESUMO

A Política Nacional de Atenção Integral à Saúde do Homem tem como ação irromper os desafios que dificultam à frequência dos homens a assistência de saúde primária. Dentre os fatores que compõem esses desafios estão à dificuldade de acesso aos serviços, à negligência com a saúde e a masculinidade, que é um fator fortíssimo entre a população masculina, que vem ultrapassando gerações. Este trabalho analisou a importância que é dada por parte dos profissionais enfermeiros da Atenção Básica aos clientes do sexo masculino e verificou a existência e a prática de Políticas Públicas, bem como programas e serviços assistenciais. Conhecer a percepção e formação dos enfermeiros quanto a Assistência prestada a Saúde do Homem na Estratégia da Saúde da Família (ESF). Trata-se de um estudo de caráter descritivo transversal, com abordagem qualitativa. Tendo como cenário Estratégias Saúde da Família (ESF) localizadas no município de Eunápolis-Ba. Tendo como população de estudo profissionais de enfermagem de nível superior que atuam na equipe das Estratégias de Saúde da Família em dezesseis bairros do Município. Todos os enfermeiros entrevistados concordam que os pacientes do sexo masculino procuram menos os serviços de saúde. A maioria dos enfermeiros diz que o medo é o maior barreira para realizar o acompanhamento. A maior parte dos enfermeiros entrevistados já fez alguma atividade educativa voltada para a saúde do homem. Mesmo que haja a PNAISH, é ampla a necessidade de conhecimento das políticas e os programas e implementar um programa de capacitação para os profissionais de enfermagem. O enfermeiro necessita continuar promovendo educação em saúde, através da divulgação de campanhas e orientações aos homens sobre os cuidados e prevenção. O enfermeiro é indispensável para a população masculina, visto que eles gerenciar e organizar meios para instigar a procura dos indivíduos ao serviço.

Palavras-chave: Assistência, Enfermagem, Estratégia Saúde da Família, Homem.

LISTA DE SIGLAS

AIDS - Síndrome da Imunodeficiência Adquirida

ESF - Estratégia Saúde da Família

IBGE – Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística

OMS – Organização Mundial de Saúde

PNAISH - Política Nacional de Atenção Integral à Saúde do Homem

PSA – Antígeno Prostático Especifico

SAE – Sistematização da Assistência de Enfermagem

SUS - Sistema Único de Saúde

TCLE – Termo de Consentimento Livre e Esclarecido

UBS – Unidade Básica de Saúde

LISTA DE GRÁFICOS

Gráfico 1: Distribuição percentual de idade dos profissionais da área de enfermagem...............................................................................................................29

Gráfico 2: Distribuição percentual de sexo dos profissionais da área de enfermagem da Unidade Básica entrevistada................................................................................30

Gráfico 3: Distribuição percentual de tempo de graduação.......................................31

Gráfico 4: Distribuição percentual de enfermeiros com pós-graduação....................32

Gráfico 5: Distribuição percentual de atividades voltadas para o sexo masculino nas Unidades Básicas de Saúde......................................................................................33

Gráfico 6: Distribuição percentual da aplicação da Sistematização da Assistência de Enfermagem em um atendimento do sexo masculino...............................................34

Gráfico 7: Distribuição percentual de Procura de atendimento no setor de saúde pelo masculino...................................................................................................................35

Gráfico 8: Distribuição percentual de dificuldades encontradas para realizar acompanhamento......................................................................................................36

Gráfico 9: Distribuição percentual atividade educativa voltada à saúde do homem..37

Gráfico 10: Distribuição percentual de rastreamento dos pacientes do sexo masculino..................................................................................................................38

Gráfico 11: Distribuição percentual de treinamento para prestar assistência ao homem......................................................................................................................39

SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO

2 REVISÃO DE LITERATURA

2.1 POLÍTICA NACIONAL DE ATENÇÃO INTEGRAL A SAÚDE DO HOMEM (PNAISH).

2.2 DESAFIOS PARA A INCLUSÃO DOS HOMENS NOS SERVIÇOS DE ATENÇÃO PRIMÁRIA À SAÚDE.

2.3. INDICADORES DE MORBIDADE

2.4. INSERÇÃO DA POPULAÇÃO MASCULINA NO SERVIÇO DE SAÚDE

2.5 SAÚDE DO HOMEM E A ÊNFASE DO “NOVEMBRO AZUL”

2.7 PAPEL DA ENFERMAGEM NA ATENÇÃO INTEGRAL A SAÚDE DO HOMEM

3 METODOLOGIA

3.1 NATUREZA DO ESTUDO

3.2 CAMPO E CENÁRIO DO ESTUDO

3.3 POPULAÇÃO DO ESTUDO

3.4 PROCEDIMENTOS E INSTRUMENTOS DE COLETA DE DADOS

3.5 ANÁLISE DOS DADOS

3.6 QUESTÕES ÉTICAS

4 RESULTADOS E DISCUSSÃO

5 CONCLUSÃO

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

ANEXO I

ANEXO II

1 INTRODUÇÃO

Em Agosto de 2009, foi constituída na esfera do Sistema Único de Saúde (SUS), a Política Nacional de Atenção Integral à Saúde do Homem (PNAISH), onde o Ministério da Saúde afirma que os homens têm dificuldade em reconhecer suas necessidades, cultivando o pensamento mágico que rejeita a possibilidade de adoecer (BRASIL, 2008).

Através da Política Nacional de Atenção Integral à Saúde do Homem, foi possível perceber que o meio de acesso que os homens utilizam para cuidar da saúde é pela assistência especializada, que oferecem serviços de recuperação e não de prevenção.

Por isso, a PNAISH tem como objetivo a promoção de ações de saúde que possam contribuir de forma significativa nas várias situações que envolvam o dia a dia do homem, como situações sociais, culturais, políticas e econômicas, buscando respeitar os diferentes níveis de organizações locais (CARRARA, 2009).

A porta de entrada para essa população masculina é a Atenção Básica, que executa o trabalho de prevenção, promoção e proteção básica à saúde, com base no conceito mestre de que cada homem pode manter-se saudável em qualquer idade (BRASIL, 2008).

As ESFs foram criadas para trabalhar dia a dia junto à comunidade, agrupando ações de promoção e educação para saúde, na perspectiva da melhoria das condições de vida da população, inclusive a população masculina (KALINOWSKI, 2006).

A origem da Estratégia Saúde da Família, teve início em 1994, como um dos programas propostos pelo Governo Federal aos municípios para implementar a Atenção Básica. A ESF é tida como uma das principais estratégias de reorganização dos serviços e de reorientação das práticas profissionais neste nível de assistência, com a promoção da saúde, a prevenção de doenças e a reabilitação (BRASIL, 2005).

A ESF desde sua criação vem crescendo tanto em dimensões territoriais quanto em assistência com ações direcionadas à população geral, com programas e ações que sanem as necessidades de uma comunidade. Portanto, este programa vem sendo avaliado como um aliado no que diz respeito à promoção, prevenção e intervenções básicas de saúde para diversas áreas, entre elas a saúde do homem (KALINOWSKI, 2006).

Diante disso é que surgiu o interesse pelo assunto em questão, tendo em vista que, se a Estratégia da Saúde da Família é porta de entrada para assistência à saúde, por que a população masculina ainda não se sente à vontade para fazer parte desse modelo assistencial. Será que o problema estaria relacionado a não existência de infraestrutura organizacional e sistematização dos serviços básicos para atender as necessidades do gênero masculino?

A justificativa em que se sustenta o presente trabalho está no fato de que, se a Política Nacional à Saúde do Homem, vigorante no Brasil, tem como objetivo a promoção de saúde da população do sexo masculino, visando melhorar de forma significativa a saúde dos mesmos, de modo que consigam reduzir a morbimortalidade dessa população. É de suma importância que, o enfermeiro que atua na Atenção Básica esteja devidamente equipado para desenvolver tais ações.

A partir das inferências supracitadas é que surgiu o interesse pelo estudo em questão, a fim de investigar a percepção e formação dos enfermeiros quanto a Assistência prestada a Saúde do Homem na Estratégia da Saúde da Família (ESF), bem como, identificar os problemas encontrados pelos enfermeiros da Atenção Básica na execução de suas funções, referente a promoção da Saúde do Homem em sua prática de assistência, averiguar se a equipe de enfermagem recebe treinamento para prestar uma melhor assistência aos homens e verificar se os enfermeiros entendem a importância do papel que devem desempenhar na promoção da saúde do homem.

Essa investigação é importante porque o enfermeiro é o profissional que prestará assistência de forma direta a esses clientes, sendo assim, é de suma importância que o mesmo tenha formação para que consiga atuar de forma significativa nesse segmento.

Trata-se de um estudo constituído por cinco capítulos. Cada um dos capítulos tem características peculiares: o primeiro capitulo procura de forma resumida fazer uma introdução do que trata a pesquisa, o segundo capítulo transmite ao leitor uma noção acerca do estudo com base em revisão de literatura; o terceiro capitulo mostra a metodologia utilizada no processo de investigação; o quarto capítulo descreve e analisa os resultados encontrados durante o processo investigativo e o quinto capitulo aborda as considerações finais sobre o assunto.

2 REVISÃO DE LITERATURA

2.1 POLÍTICA NACIONAL DE ATENÇÃO INTEGRAL A SAÚDE DO HOMEM (PNAISH).

A Política Nacional de Atenção Integral à Saúde do Homem tem como ação irromper os desafios que dificultam à frequência dos homens a assistência de saúde primária. Dentre os fatores que compõem esses desafios estão à dificuldade de acesso aos serviços, à negligência com a saúde e a masculinidade, que é um fator fortíssimo entre a população masculina, que vem ultrapassando gerações (FREITAS, 2009).

Os principais objetivos da Política Nacional de Atenção Integral à Saúde do homem são a promoção de ações de saúde que cooperem expressivamente para a compreensão da realidade particular do sexo masculino nos seus vários assuntos socioculturais e político-econômicos (BRASIL, 2008).

Oferecer respeito aos diversos níveis de incremento e organização dos sistemas locais de saúde e tipos de gestão. Sendo que este conjunto possibilita o aumento da expectativa de vida e a redução dos índices de morbimortalidade por causas preveníveis e evitáveis nessa população (CARRARA, 2009).

Para isso, a Política Nacional de Atenção Integral à Saúde do Homem está em parceria com a Política Nacional de Atenção Básica - acesso de entrada do Sistema Único de Saúde - com as estratégias de humanização, e em consentimento com os princípios do SUS, fortalecendo ações e serviços em redes e cuidados da saúde. (BRASIL, 2009).

Foi partir da década de 90 que a saúde do homem ganhou destaque no espaço de saúde e passou a ter uma abordagem mais vasta, tendo como enfoque as ações de gênero. Nesse sentido é que a Organização Mundial de Saúde (OMS) volta-se de forma especifica para Atenção à Saúde do Homem (GOMES, 2006).

Com base na Constituição Brasileira de 1988 é sabido que saúde é um direito básico do ser humano, que deve ser abrangida como o resultado do processo e das relações sociais que garantam maior ou menor qualidade de vida para uma população e que não deve ser vista como ausência de enfermidade (BRASIL, 2009).

Para tanto, faz necessário que a definição de saúde do homem seja feita levando em consideração o contexto social e econômico dessa população e não somente ligado a pontos que se referem a condições masculinas particulares ao sistema reprodutor (FREITAS, 2009).

De acordo com Gomes 2006, existem alguns entendimentos que precisam ser identificados acerca da relação do homem com o sistema de saúde. É sabido que a população masculina sofre mais de doenças crônicas e graves do que a população feminina e que consequentemente vivem menos do que as mulheres.

O homem vê a doença como indício de fraqueza, característica essa que, para eles, não reconhecem como algo próprio à sua própria condição biológica. Eles se julgam invulneráveis, e isso contribui para que os mesmos se coloquem em situações de risco e cuidem menos de si (FREITAS, 2009).

2.2 DESAFIOS PARA A INCLUSÃO DOS HOMENS NOS SERVIÇOS DE ATENÇÃO PRIMÁRIA À SAÚDE.

Em nosso país predomina um conceito de que Atenção Primária a Saúde é lugar para atender crianças, mulheres e idosos. Devido a essa mentalidade, a inclusão do homem em ações de saúde é um grande desafio, pelo fato de que os homens não apreenderam a importância da prevenção e os benefícios que o corpo tem ao receber uma assistência especializada (FIGUEIREDO, 2012).

Ainda de acordo com o mesmo autor, é possível perceber que a demanda do atendimento na Atenção Primária em relação ao homem é menor do que a das mulheres, isso ocorre devido a vários fatores, e como consequência da não frequência à Atenção Básica eleva-se a prevalência de homens na procura de serviços de emergências.

Acredita-se que eles optem por recorrer aos serviços emergenciais porque são atendidos mais rapidamente e nesses serviços seus problemas seriam melhor expostos e resolvidos. Esse tipo de atitude contradiz o que é preconizado, uma vez que a atenção básica é o caminho de entrada e o principal contato dos usuários com os serviços de saúde, independente de sexo ou idade (BRASIL, 2006).

A não procura pelos serviços de atenção primária pelos homens faz com que o indivíduo fique privado da proteção necessária à preservação de sua saúde e continue a fazer uso de procedimentos desnecessários. Muitos agravos poderiam ser evitados na população masculina se a prevenção primária fosse exercida com regularidade. (BRASIL, 2008).

Historicamente é comprovado que, o cuidado não é salvo-conduto como uma prática do homem, e essa questão é associada à própria socialização dos mesmos, além de outros fatores como receio de desvendarem outras enfermidades e o fato de que o atendimento feito nas Unidades de Saúde, na sua grande maioria, é realizado por profissionais do sexo feminino, isso cria um bloqueio a mais no quesito cuidado (ARAUJO, 2007).

A concepção desses obstáculos é importante para a criação de medidas que possam promover a entrada desta população aos serviços de atenção primária com a finalidade de garantir a prevenção e a promoção de saúde (BRASIL, 2008).

Além das barreiras culturais e sociais construídas ao longo do tempo que têm afastado a população masculina da procura pelo atendimento na Atenção Básica, existem também os impedimentos organizacionais do Sistema Único de Saúde, que dificultam mais ainda a situação (MENDES, 2010).

Segundo Couto (2011), é possível perceber a inexistência de ações para clientela masculina, e que os serviços são voltados de forma efetiva para o público feminino, de forma que nenhum dos programas são voltados para atenção à saúde do homem, principalmente homens adultos jovens, essa questão agrava-se ainda mais a integralidade da atenção.

Dentre os obstáculos, pode-se citar a questão do horário de funcionamento das Unidades de Saúde, que coincidem com o horário de trabalho desses homens, que precisam trabalhar para manter a renda familiar (CARRARA, 2009).

Os serviços de saúde também são considerados incapazes em atender a demanda apresentada pelos homens, em virtude da sua organização a qual não estimula o acesso da população masculina aos serviços de saúde e também das próprias campanhas de saúde pública que quase sempre não se voltam para este segmento (GOMES, 2006)

O que se pode perceber é que entre os serviços ofertados nas Unidades de Saúde as únicas ações designadamente voltadas à população masculina são as de prevenção do câncer de próstata, e especificamente para um público com idade superior a quarenta anos (CARRARA, 2009).

De acordo com dados epidemiológicos os homens vivem menos do que mulheres. E isso deve ser o suficiente para que os serviços de saúde criem mecanismos especiais para reduzir esse dado epidemiológico constatado em diversas partes do mundo (MENDES, 2010).

Isto evidencia que culturalmente, os homens buscam por serviços de saúde quando um problema já está instalado, perpetuando a visão curativa do processo saúde-doença e ignorando as medidas de prevenção e promoção da saúde disponível no âmbito da Atenção Básica (GOMES, 2006).

É um grande desafio fazer os homens participarem das ações de saúde por diferentes motivos. Um deles é fato de que a questão do cuidar do corpo no sentido de buscar ajudar para preocupar-se com a saúde, não é uma questão socialmente abordada (FREITAS, 2009).

Constata-se que as ações que conseguem alcançar a população masculina não são excepcionalmente feitas para eles, e ainda assim, são os idosos que utilizam estes serviços da atenção primária, recrutados essencialmente pelos programas de hiperdia (CARRARA, 2009).

Isso nos leva a acreditar que os homens não têm conhecimento das propostas das Unidades de Saúde e não se percebem como membros de uma família, que tem direito a assistência à saúde por essas Unidades. Essa percepção distorcida contribui para o pouco entendimento quanto a questões preventivas de saúde (MENDES, 2010).

Percebe-se que o maior desafio das Políticas Públicas não é apenas trazer o homem para a assistência primária, mas conscientizá-lo sobre o valor do auto cuidado (CARRARA, 2009).

2.3. INDICADORES DE MORBIDADE

O homem morre cerca de oito anos mais jovem do que a mulher, onde as causas principais são doenças cardíacas e respiratórias, assassinatos e acidentes em transportes terrestres. Esses fatores acima citados têm contribuição de grande relevância para esclarecer o alto índice de mortalidade precoce do sexo masculino (BRASIL, 2008).

De acordo com o que revelam os dados do Sistema Único de Saúde (SUS) a presença masculina nas salas de emergências com doenças mais graves e maiores tempos de internação, faz-se perceber que os mesmos mecanismos ou programas empregados para crianças, mulheres e idosos não surtem o mesmo efeito para a população masculina, o que requer a criação de novos modelos de estratégias, bem como uma direcionada especificamente para esse gênero (BRASIL, 2008).

A assistência deve ser direcionada para as necessidades particulares do público masculino, ressaltando continuamente que estamos cuidando de um grupo como qualquer outro, com interferência de fatores biopsicossocial que afetam de forma direta a promoção da saúde do homem (SILVA, 2012).

Além desses fatores acima citados, devemos ter uma atenção particular aos fatores externos como, violência por agressão, acidentes por arma branca e arma de fogo, que são um dos maiores indicadores que causam óbito na população masculina. E para complementar essa assistência, é importante dispensar atenção para prevenir neoplasia na próstata, bem como complicações cardiorrespiratórias, que são fatores que complementam as principais causas de morte entre os homens (BRASIL, 2009).

A idade é um fator de risco que deve ser levado em conta quando o assunto é câncer de próstata, pois a maior parte dos casos advém em homens com 65 anos ou mais. E como a perspectiva do aumento de vida da população no mundo é um fator real, acredita-se que também aumentem os casos de homens com câncer de próstata (NETO, 2013).

Outras características que são fatores de risco para a enfermidade são o histórico familiar com presença de casos de câncer de próstata e a raça/etnia, pois a incidência em homens da pele negra é maior do que em homens brancos. Outro ponto que merece destaque é a alimentação que deve ser rica em vegetais, vitaminas e Ômega três, além de evitar alimentos que contenham gordura de origem animal (GOMES, 2010).

Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), é elevado o número de mortes de homens no transito, onde grande parte dos casos envolve condutores alcoolizados com idade entre 18 e 50 anos. Por essa razão acidente de transito está classificado como a terceira causa de morte de pessoas do sexo masculino, colocando o Brasil na quinta posição de país mais violento no transito (BRASIL, 2008).

De acordo com a Secretaria de vigilância em Saúde do Ministério da Saúde, outro indicador de morbidade na população masculina é a AIDS, sendo 36 mil casos por ano, onde 70% dos casos têm ocorrência no sexo masculino e a idade em que a AIDS tem maior prevalência é 25 e 49 anos. Para prevenir essa e outras doenças sexualmente transmissíveis é indispensável o uso de camisinha (BRASIL, 2008).

Todas as questões apresentadas são de extrema prioridade na promoção da saúde do homem, e convêm que sejam subsidiadas na assistência prestada pelo enfermeiro, uma vez que é a partir do conhecimento desse grupo a respeito dos agentes de risco, que a prevenção será ampliada entre os mesmos (SILVA, 2012).

Para conseguir um bom resultado do programa da saúde do homem, o enfermeiro pode usar vários mecanismos, desde a realização de conferências na comunidade, agendar um dia exclusivo direcionado ao grupo, e visitas domiciliares para instigar a ida desses clientes a Unidade de saúde, como é feito nos demais programas oferecidos à população (GOMES, 2006).

É imprescindível que os profissionais de enfermagem inseridos neste contexto tenham conhecimento da realidade dessa população masculina cooperando com as transformações necessárias a esse contexto. Para tanto, é indispensável à capacitação dos profissionais, bem como promover o envolvimento da equipe, de modo que todos se envolvam (SANTOS,2010).

Com relação à vulnerabilidade e as taxas de mortalidades, é possível perceber que morrem mais homens do que mulheres durante o período evolutivo de vida e muitas dessas mortes poderiam ser impedidas. Ao construir a masculinidade o homem sofre influências diretas na indefensibilidade às doenças crônicas e graves, sobretudo, à morte mais precoce (FIGUEIREDO, 2012).

De acordo com Santos (2010), Os indicadores de morbidade e mortalidade que contribuíram para definir a Política Nacional de Atenção Integral à Saúde do Homem, em 75% dos casos, incidem em cinco grupos principais de entidades mórbidas, envolvendo: Causas Externas; Doenças do Aparelho Circulatório; Tumores; Doenças do Aparelho Digestivo e as Doenças do Aparelho Respiratório.

Lembrando que fatores externos como, os acidentes de veículo, os danos auto provocados de forma voluntária e os abusos são responsáveis por um amplo percentual de mortes entre os homens, visto que os óbitos por fatores externos compõem a primeira causa de mortalidade no grupo populacional com idade de vinte e cinco aos cinquenta e nove anos (BRASIL, 2008).

Nos últimos anos, os indicadores se intensificaram, com isso, as conferências de discussões sobre saúde e auto cuidado da população masculina, tanto nos meios acadêmicos quanto no âmbito de gestão dos serviços de saúde local e nacional vem discutindo com maior afinco o assunto, no intuito de investigar os fatores que distanciam os usuários do sexo masculino dos serviços de Atenção Primária (SANTOS, 2010).

2.4. INSERÇÃO DA POPULAÇÃO MASCULINA NO SERVIÇO DE SAÚDE

O sexo masculino é tido como sexo forte invulnerável, mas essas características são agitadas quando esses indivíduos precisam procurar um serviço de saúde, atitude essa que demonstra sinal de fraqueza, medo e insegurança (FIGUEIREDO, 2012).

Devido à pouca busca na Atenção Básica por parte da população masculina, o que se pode ver é que há uma contribuição para que doenças, que seriam preveníveis com tratamentos eficientes não têm bons prognósticos, porque não são diagnosticadas de forma precoce (ARAUJO, 2007).

A incidência de mortalidade na população masculina devido à existência de doenças crônicas e severas é maior do que na população feminina, isso porque eles não se reconhecem como público alvo dos programas de saúde e acreditam que os programas são exclusivos das mulheres (COUTO, 2011).

A Atenção à Saúde do Homem durante muito tempo não foi palco de discussão e observação. Os serviços de saúde têm uma carência quanto a isso porque não estimulam o acesso destes homens. As campanhas de saúde pública não são direcionadas na sua grande maioria para este gênero da população. Assim sendo, é necessário que se faça uma reformulação nas estratégias aplicadas pelo serviço de saúde, a fim de abranger este segmento da população (ARAUJO, 2007).

Foi com esse objetivo que o Ministério da Saúde implementou a Política Nacional de Atenção Integral à saúde do Homem com intuito de mudar essa realidade, oferecendo promoção de ações de saúde direcionadas para o sexo masculino, que corresponde a 20% da população em nosso país (BRASIL, 2008).

Essa questão mostra que a população produtiva, que é o foco da Política Nacional de Assistência à Saúde do Homem, continuamente esteve fora do alcance das ações e serviços de saúde, principalmente na questão da prevenção e promoção. Tornando alguns problemas de saúde evitáveis em crônicos (BRASIL, 2008).

A temática saúde do homem foi pouco explorada, tanto em questões práticas quanto teóricas. No entanto, ultimamente esse assunto vem despertando interesse de pesquisadores, profissionais e do Ministério da Saúde, que vem lançando projetos no sentido de promover a melhoria das condições de saúde da população masculina no Brasil (GOMES, 2006).

2.5 SAÚDE DO HOMEM E A ÊNFASE DO “NOVEMBRO AZUL”

O Ministro de Estado da Saúde através da Portaria nº 1.944, de 27 de agosto de 2009, no artigo 3º, estabelece alguns programas, planos e projetos que devem ser desenvolvidos para o público masculino. Dentre eles estão:

I - Integralidade, que abrange:

II -Organização dos serviços públicos de saúde de modo a acolher e fazer com que o homem sinta-se integrado;

III - Implementação hierarquizada da política, priorizando a atenção básica;

IV - Priorização da atenção básica, com foco na estratégia de Saúde da Família;

V -Reorganização das ações de saúde, por meio de uma proposta inclusiva, na qual os homens considerem os serviços de saúde também como espaços masculinos e, por sua vez, os serviços de saúde reconheçam os homens como sujeitos que necessitem de cuidados;

VI - Integração da execução da Política Nacional de Atenção Integral à Saúde do Homem às demais políticas, programas, estratégias e ações do Ministério da Saúde.

Em 2008 a Política Nacional de Atenção Integral a Saúde do Homem (PNAISH), foi criado no Brasil com intuito de oferecer orientações e assistência especializada para o público masculino, tanto no âmbito pessoal quanto familiar. Sabemos que essa política ainda está em desenvolvimento, mas com certeza está criando dispositivos e organizando-se para atender as aspiração e melhorar a saúde da população masculina (BRASIL, 2008).

Para consubstanciar essa Política Nacional voltada para o público masculino, foi estipulado um mês (novembro azul) em que as intervenções e campanhas são direcionadas para o sexo masculino. Essa campanha tem como objetivo conscientizar o público masculino quanto à importância dos cuidados preventivos relacionados ao câncer de próstata, que tem sido uma doença que vem recebendo grande destaque devido à frequência do seu acometimento (FIGUEIREDO, 2012).

De acordo com o Ministério da Saúde, surgem cerca de cinquenta mil casos anualmente de homem com câncer de próstata, sendo esse tipo de câncer o segundo mais corriqueiro entre os homens brasileiros (BRASIL, 2008).

Na tentativa de travar esses índices é que o “Novembro Azul” formula suas ações com intuito de informar sobre a obrigação do exame de saúde precoce para diagnosticar o câncer de próstata e com isso reduzir o risco de mortalidade. É sabido que quanto mais precoce for detectada a doença, maiores serão as oportunidades de cura (NETO, 2013).

Segundo o mesmo autor, o câncer de próstata não apresenta sintomas na sua etapa inicial. Por isso é importante que seja feito o PSA (Antígeno Prostático Específico) e o exame de toque para detectar a presença de tumores e quando feito no início a chance de cura é muito grande.

De acordo com estudos realizados, foi possível constatar que os homens sofrem de mais doenças crônicas do que a população feminina, além de morrerem mais cedo do que as mulheres. No entanto, nota-se que apesar disso, a procura por serviço de saúde ainda é mínima. Para melhor compreensão do perfil da saúde do homem no Brasil, vamos considerar alguns dados de extrema relevância e prioridade a atenção à saúde do homem (GOMES, 2010).

2.7 PAPEL DA ENFERMAGEM NA ATENÇÃO INTEGRAL A SAÚDE DO HOMEM

O enfermeiro como profissional que age na educação para a saúde, pode desenvolver um papel extraordinária nesse contexto por meio de ações educativas de promoção da saúde e prevenção de doenças, explicando dúvidas e estimulando a população masculina a se cuidar, assim como é desenvolvido com crianças, mulheres e idosos através de programas e diversas atividades (GOMES, 2006).

Ainda de acordo com o mesmo autor, o profissional de enfermagem em sua atuação trabalha com educação para saúde, podendo nesse contexto implementar ações educativas para promover saúde e prevenir enfermidades, com esclarecimento de possíveis dúvidas e incentivo do segmento masculino para exercerem cuidado com o corpo, assim como é acrescido entre as mulheres, crianças e idosos por meio dos programas.

Na Estratégia Saúde da Família existe um Manual de Enfermagem preparado pelo Ministério da Saúde que chama a atenção de toda a equipe de saúde, para que notem a presença e a gravidade das muitas causas que agravam à saúde da população. Independentemente de serem de ordem física, mental ou social, devem receber atenção tanto a nível familiar quanto individual (BRASIL, 2010).

Quanto as atribuições do enfermeiro, o mesmo deve implementar ações que visem à reabilitação do paciente apontando para uma melhoria, fazendo com que o mesmo consiga lidar com a realidade e compreenda o mundo a sua volta, bem como, perceba que existem limitações, mas que não pode ser vencido por elas. Isso se consegue através de uma assistência de enfermagem bem elaborada, onde se dispõe de tempo e da percepção do enfermo (KALINOWSKI, 2006)

O enfermeiro deve ter uma abordagem holística, analisando a individualidade do ser humano, o contexto de saúde e doença em que ele está inserido, o relacionamento interpessoal e a promoção do autocuidado como forma de responsabilizar o sujeito pela sua saúde (VILLELA, 2005).

Quando esse acolhimento ocorre, o cliente sente-se mais seguro e ligado de forma íntima com esse profissional que consegue fazer essa ponte, do que com os demais profissionais participantes da equipe. E essa assistência não se resume ao cliente, mas estende-se aos familiares do mesmo (ESPERIDIÃO, 2010).

A ação do enfermeiro no espaço de saúde coletiva observa as principais funções exercidas pelo profissional de enfermagem sendo elas a implantação, manutenção e desenvolvimento de políticas de saúde que devem ser aplicadas no nível curativo e preventivo, além de promover, proteger, recuperar a saúde e reabilitar as pessoas doentes, e concluir com a gerência e gestão das ocupações desenvolvidas na Estratégia Saúde da Família. (BARBOSA, 2004).

Percebe-se que a finalidade da publicação da Política Nacional de Atenção Integral a Saúde do Homem está inteiramente relacionadas às atribuições do enfermeiro, como pode ser visto no fragmento abaixo.

Fazem-se objetivos específicos do PAISH, organizar, implantar, qualificar e humanizar, em todo o território brasileiro a atenção integral a saúde do homem, dentro dos princípios que regem o SUS, além de formar e qualificar os profissionais da rede básica para o correto atendimento à saúde do homem (BRASIL, 2009).

Para colocar o programa em prática, o profissional de enfermagem deve ser habilitado e ter noção quanto à importância em promover e proteger a saúde do homem, e só então com essa visão consciente, ele deve habilitar sua equipe para oferecer um ato acolhedor e acatar as necessidades do público alvo, pois faz-se necessário a inclusão da equipe para o cumprimento do programa, e para finalizar o enfermeiro deve gerenciar e organizar meios para instigar a procura dos indivíduos ao serviço.

3 METODOLOGIA

3.1 NATUREZA DO ESTUDO

Trata-se de um estudo descritivo transversal, com abordagem qualitativa, no qual foi analisada a percepção dos enfermeiros que trabalham na ESF, para verificar como funciona a Assistência prestada à Saúde do Homem.

3.2 CAMPO E CENÁRIO DO ESTUDO

O estudo foi realizado em Estratégias Saúde da Família (ESF) localizadas no município de Eunápolis- BA, que fica às margens da BR 101, na macrorregião do extremo sul, cujo polo de saúde tem como sede o município de Porto Seguro – BA. A população de Eunápolis é de 110.803 habitantes, sendo então a 16ª cidade mais populosa do estado, segundo IBGE (2012).

Eunápolis conta com 21 Unidades Básicas de Saúde, sendo 16 Unidades da zona urbana e 05 Unidades da zona rural. O estudo foi realizado em todas as Unidades de Saúde da zona urbana

O atendimento das Unidades Básicas de Saúde cobre cerca de 80% da população do município. As equipes têm seu funcionamento previsto para os turnos manhã e tarde, semanalmente, de segunda a sexta-feira, sendo que cada equipe cobre para atendimento, em média 3.500 a 4.500 pessoas e realiza atendimento ao público adscrito de segunda a sexta-feira no período de 07:30 ás 16:30 horas.

3.3 POPULAÇÃO DO ESTUDO

A população do estudo em questão compreende profissionais de enfermagem de nível superior que atuam na equipe das Estratégias de Saúde da Família em alguns bairros do Município de Eunápolis – Bahia, local onde foi realizada a pesquisa em questão.

Serão nomeados para fazer parte da população de estudo os enfermeiros atuantes nas Unidades Básicas de Saúde da zona urbana de Eunápolis, Bahia. Portanto espera-se uma amostra composta por 16 enfermeiros. Para que o mesmo seja incluído na pesquisa foi utilizado como critério de inclusão a assinatura de aceitação do termo de consentimento livre e esclarecido, bem como a comprovação do vínculo empregatício na Unidade Básica de Saúde.

3.4 PROCEDIMENTOS E INSTRUMENTOS DE COLETA DE DADOS

Para aplicação desse instrumento de coleta de dados, foi previamente anexado o pré-projeto na Plataforma do Brasil, que foi analisado por um Comitê de Ética. Em seguida foi encaminhado para a Secretária de Saúde um pedido de autorização para que a pesquisa seja realizada. Com a liberação do Secretário de saúde e aprovação do comitê de ética, dar-se-á início as atividades com visitas semanais às Unidades Básicas de Saúde.

Em seguida será agendado com os enfermeiros das Unidades, de acordo com a disponibilidade dos mesmos, para fazer uma breve explanação acerca do que se trata a pesquisa, orientados quanto ao preenchimento dos formulários que iriam preencher, bem como das questões legais que envolvem pesquisas com seres humanos.

Os colaboradores que participarão da pesquisa serão orientados a assinar um Termo de Consentimento Livre e Esclarecido – TCLE.

A entrevista será constituída de perguntas individuais, visando reconhecer a percepção do enfermeiro (a) com relação às atividades realizadas com pacientes do gênero masculino, bem como, perceber como eles se sentem diante do desafio de construir uma sistematização que consiga promover atenção integrada a esses pacientes no campo da Atenção Primária. As entrevistas serão realizadas entre os meses de abril a junho de 2015, no local de referência de cada equipe.

3.5 ANÁLISE DOS DADOS

As questões foram tabuladas de forma descritiva no programa Excel 2007, afim de gerar frequência, ajudar na elaboração dos gráficos e subsidiar a discussão os dados.

3.6 QUESTÕES ÉTICAS

Este estudo foi desenvolvido respaldando-se na resolução 466/12 do Conselho Nacional de Saúde, regulamentadora das pesquisas com seres humanos, considerando a observância da beneficência, não maleficência, ausência de riscos e prejuízos, com garantia do anonimato aos sujeitos do estudo. Esta pesquisa só poderá iniciar a coleta de dados após aprovação de um comitê de ética em pesquisa e a coleta dos dados ocorrerá após aceitação do sujeito do estudo e assinatura do termo de consentimento livre e esclarecido.

4 RESULTADOS E DISCUSSÃO

Dentre às várias transformações ocorridas nas políticas de saúde no Brasil, a prioridade é aumentar normas e regulamentações que priorizam o nível da atenção básica. (MARQUES; MENDES, 2001).

Dessa forma foi aprovada a Portaria nº 648/GM de 28 de março de 2006, que promove a Política Nacional de Atenção Básica, em que a saúde da família é considerada como estratégia de mudança do modelo de atenção básica. (BRASIL, 2006).

Partindo desse pressuposto ao falar sobre a atuação do enfermeiro da atenção básica frente à assistência prestada à saúde do homem no município de Eunápolis, extremo sul da Bahia, o presente projeto realizou um questionário auto aplicável direcionado a esses profissionais que atuam na zona urbana, levando em consideração alguns fatores que possibilitaram que esses profissionais sejam atuantes na área da saúde do homem.

Gráfico 1: Distribuição percentual de idade dos profissionais da área de enfermagem

Fonte: próprio autor

O Gráfico 1 mostra que 60% dos enfermeiros entrevistados têm idade entre 30 e 40 anos e apenas 10% têm mais de 50 anos.

Braga e Silva (2007) afirmam que: A comunicação é importante para nosso desenvolvimento como seres humanos, fazem parte de nossas experiências anteriores e também daquelas adquiridas cada dia. Os seres humanos inter-relacionam-se e esta percepção nos leva a buscar maiores entendimentos sobre conceitos, princípios e habilidades a serem adquiridas no processo comunicativo.

Este gráfico mostra que a maioria dos enfermeiros entrevistados está com a idade entre 24 a 51 anos, mostrando que existe uma renovação nesta profissão muito grande, tais dados refletem sobre a troca de experiências desses profissionais, chegando à conclusão que tais trocas fazem com que se tenham profissionais capacitados para atuarem.

Nesse processo comunicativo se adquirem novos conhecimentos, tal fator é essencial na área de enfermagem, uma vez que, tal profissão carrega em si o peso de cuidar de vida. Assim, faz-se imprescindível a troca de experiência entre estes profissionais.

Santos et al. (2008) Nesta relação de troca de conhecimento devem-se ressaltar que coloca os desafios dos enfermeiros que atuam na rede pública em resolver os problemas da população visto a necessidade de cada área.

Gráfico 2: Distribuição percentual de sexo dos profissionais da área de enfermagem da Unidade Básica entrevistada

Fonte: próprio autor

Ao falar sobre o sexo dos profissionais de enfermagem da Unidade Básica de Saúde pesquisada, percebe-se que 80% são mulheres que atuam na área e apenas 20% são homens.

Segundo Borsoi e Codo (2005), reforçam que o cuidar em enfermagem é uma extensão das atividades realizadas na manutenção da família. Analisando tal afirmação pode se deduzir que o quantitativo de enfermeiras ser maior do que enfermeiros, está na relação dessa profissão ser a extensa dos cuidados dedicados à família, amigos.

De acordo Delors (2001), ele coloca quatros aspectos importantes para o enfermeiro saber: precisa aprender a conhecer, isto é, adquirir os instrumentos da compreensão; aprender a fazer, para poder agir sobre o meio envolvente; aprender a viver juntos, a fim de participar e cooperar com os outros em todas as atividades humanas e finalmente aprender a ser, todos os aspectos mencionados são essenciais para o trabalho com os pacientes.

Tais citações trazem a reflexão que a área de saúde, é uma extensão de tudo que a mulher aprende em casa desde criança, cuidar das crianças e idosos, principalmente e, sem dúvida, fazer o bem a todo instante. A profissão de enfermeira traz em si preceitos éticos e morais aprendidos dentro do universo familiar e trazidos para o cotidiano dessas profissionais. Tais dados revelam um universo profissional basicamente feminino.

Gráfico 3: Distribuição percentual de tempo de graduação Fonte: próprio autor

O gráfico 3 mostra que 100% dos profissionais de enfermagem entrevistados têm mais de um ano de formado.

Segundo Gílio (2000), No passado foi possível a países como o Brasil estabelecer um parque industrial razoável contando com uma base estreita de mão-de-obra qualificada, somada a um contingente enorme de trabalhadores pouco educados e mal preparados para enfrentar desafios mais complexos.

De acordo com Brasil (2009), a educação permanente é a via entre ensino, ações e serviços, evidenciados na Reforma Sanitária para que haja relações entre formação e gestão setorial, desenvolvimento institucional e controle social em saúde.

Partindo desse princípio, percebe-se que o gráfico apresenta uma geração de enfermeiros totalmente preparada para atuarem na sua área, evidenciando que há uma certa experiência, ocasionada na vivência com outros profissionais e com os pacientes que atendem diariamente.

Gráfico 4: Distribuição percentual de enfermeiros com pós-graduação Fonte: próprio autor

O gráfico 4 mostra que 90% destes continuaram os estudos fazendo cursos de pós-graduação, e 10% destes entrevistados até o presente momento não se especializaram em áreas afins.

Segundo Ricaldoni e Sena (2006), instruem que: No âmbito da saúde, a acumulação do conhecimento, traduzido em tecnologias e indicadores da qualidade dos processos de trabalho, tem influenciado a organização do trabalho, exigindo que os trabalhadores adquiram novas habilidades de forma dinâmica.

Witt (2005a), traz a necessidade de uma educação profissional especifica para os profissionais de enfermagem, uma vez que estes têm papéis-chave dentro da saúde.

Witt (2005b), ainda mostra que esses profissionais ainda encontram muitas barreiras para se aperfeiçoar e desenvolver as suas competências.

Tais dados trazem à tona que há a necessidade de todos os profissionais continuarem os estudos, uma vez que, para atuarem em área especificas precisam no mínimo de cursos de especialização.

Desta maneira, todos os profissionais devem fazer cursos adquirindo assim, novos conhecimentos e habilidades, para que sua clientela seja melhor atendida.

Gráfico 5: Distribuição percentual de atividades voltadas para o sexo masculino nas Unidades Básicas de Saúde

Fonte: próprio autor

O gráfico 5 mostra que existem atividades voltadas para o sexo masculino, bem como que 80% dos enfermeiros já fez busca ativa para que essa população participem de tais atividades, apenas 20% dos entrevistados não fizeram visitas domiciliárias com o foco nesta busca para que tal população façam atividades especificas dentro das Unidades Básicas de Saúde.

Em 2008 a Política Nacional de Atenção Integral a Saúde do Homem (PAISH), foi criado no Brasil com intuito de oferecer orientações e assistência especializada para o público masculino, tanto no âmbito pessoal quanto familiar. Sabemos que essa política ainda está em desenvolvimento, mas com certeza está criando dispositivos e organizando-se para atender as aspiração e melhorar a saúde da população masculina (BRASIL, 2008).

Partindo desse princípio, percebe-se um olhar especifico da esfera federal quanto aos cuidados diferenciados que a população masculina deve ter na área de saúde, em especial, nas Unidades Básicas de Saúde, uma vez que esta é a ligação entre os problemas vivenciados por tal população e os outros setores que compõem o campo de saúde.

Gráfico 6: Distribuição percentual da aplicação da Sistematização da Assistência de Enfermagem em um atendimento do sexo masculino

Fonte: próprio autor

O gráfico 6 mostra que 50% dos enfermeiros já aplicaram a Sistematização da Assistência de Enfermagem em um atendimento do sexo masculino, já os outros 50% nunca fizeram a Sistematização em atendimentos a indivíduos do sexo masculino.

Santos et al.(2008), No contexto atual da saúde pública está em resolver os problemas que assolam a população brasileira ao mesmo tempo em que é dever dos enfermeiros proteger a saúde dos mesmos, levando em consideração a sua área de atuação.

Segundo Figueiredo (2008), o profissional de enfermagem tem o papel de defensor-facilitador diante das práticas educativas, uma vez que, através destas ele consegue despertar a busca de uma vida saudável, contribuindo no resgate da cidadania e promovendo um melhoramento da saúde dos indivíduos.

Sendo assim, os enfermeiros têm que indicar soluções para problemas de saúde, e, no que se refere à população masculina, isso se torna imprescindível, visto que, muitos homens não procuram nenhum tipo de atendimento na área de saúde.

Gráfico 7: Distribuição percentual de Procura de atendimento no setor de saúde pelo masculino

Fonte: próprio autor

O gráfico 7 revela que 100% dos enfermeiros entrevistados concordam que os pacientes do sexo masculino procuram menos os serviços de saúde.

Tal dado se torna preocupante, visto que, muitos homens acabam morrendo de câncer de próstata por vergonha de procurar atendimento.

Gomes, Nascimento e Araújo (2007), uma cultura aparentemente eternizada em que os homens são fortes e não se procurar algum tipo de suporte para amenizar o seu sofrimento ou mesmo tirar dúvidas sobre algo que o acomete seria uma demonstração de fraqueza e vulnerabilidade, esse último sendo considerada a barreira primordial para atingir a população masculina.

Assim, o que se deve procurar atualmente dentro da área de saúde são mecanismos para que a população do sexo masculino comecem a perceber a necessidade de ser ter um acompanhamento médico em seu cotidiano.

Gráfico 8: Distribuição percentual das dificuldades encontradas pelos enfermeiros para realizar o acompanhamento

Fonte: próprio autor

Ao se referir quais são as dificuldades encontradas para realizar o acompanhamento da saúde dos pacientes do sexo masculino percebe-se que dentre o questionário aplicado, que tinha opção de marca mais de uma dificuldade o que se observou que 70% does entrevistados afirmam ser a resistência o maior obstáculo a ser vencido; 80% dos enfermeiros diz que o medo é o maior barreira para realizar o acompanhamento; 40% coloca na falta de conhecimento o motivo para que a população masculina não se cuide; 30% a própria falta de adesão ao tratamento e 20% afirmam ser outros fatores a serem impedimentos a ser vencidos por essa população.

A principal função dos enfermeiros na atenção básica, segundo Santos (2007), é prestar assistência individual e coletiva, levando em consideração as particularidades de cada indivíduo, aliando atuação clinica a prática da saúde coletiva, através de cuidados de urgência e emergência, consulta de enfermagem, transcrevendo medicações.

Entretanto, Witt (2005) mostram que embora exista o aperfeiçoamento profissional de enfermeiros, eles encontram barreiras em trabalhar com equipe, determinar suas competências frente à profissional, além de barreiras frente aos pacientes.

Diante do exposto percebe-se que existe tanto os obstáculos para que a população masculina não cuide da saúde, quanto para que os enfermeiros façam seu trabalho, uma vez que este na maioria das vezes é realizado por outros profissionais da área de saúde.

Gráfico 9: Distribuição percentual atividade educativa voltada à saúde do homem

Fonte: próprio autor

O gráfico 9 revela que 90% dos enfermeiros entrevistados já fez alguma atividade educativa voltada para a saúde do homem, tendo que apenas 10% ainda não fizeram esse tipo de atividade.

O profissional de enfermagem busca continuamente a sua profissionalização nas áreas em que desejam atuar, além de realizar planejamento e atuam de forma a apoiar a equipe em que trabalham além de trabalhar com perspectiva de vigilância em saúde.

Santos et al.(2008) a atuação do enfermeiro na rede de atenção básica melhora diretamente a qualidade de vida, além de colocar a população responsável por sua própria saúde, criando vínculos com o indivíduo, família e comunidade.

Sendo que dentro dessas atividades encontram-se o Novembro Azul, palestras, campanhas de prevenção, Com tal afirmação percebe-se que há uma busca incessante para que a população do sexo masculino comece a cuidar de si.

Gráfico 10: Distribuição percentual de rastreamento dos pacientes do sexo masculino

Fonte: próprio autor

Ao serem indagados se os mesmo fazem rastreamento com pacientes do sexo masculino, 80% dos entrevistados afirmam realizar tais rastreamentos, entretanto, 20% dos profissionais da área continuam sem fazer.

De acordo com o Ministério da Saúde, surgem cerca de cinquenta mil casos anualmente de homem com câncer de próstata, sendo esse tipo de câncer o segundo mais corriqueiro entre os homens brasileiros (BRASIL, 2008).

Por isso, a PNAISH buscar promover ações de saúde que contribui de forma significativa as situações que envolvam o homem em seu cotidiano, como situações sociais, culturais, políticas e econômicas, levando em consideração as organizações locais (CARRARA, 2009).

Gráfico 11: Distribuição percentual de treinamento para prestar assistência ao homem

Fonte: próprio autor

O último gráfico evidencia que 60% dos enfermeiros que atuam na área da saúde do homem receberam treinamento para atuar na área, sendo que tais treinamentos foram dados pela Secretaria Municipal de Saúde com atividades fora do horário de trabalho, mas, 40% dos mesmos não fizeram algum tipo de treinamento para trabalhar com a população masculina.

Tais dados revelam que ainda existem problemas a serem sanados quanto o atendimento aos homens, uma vez que nem todos os profissionais estão habilitados para atuarem nessa área.

O enfermeiro na atualidade deve estar presente na vida da comunidade, melhorando a consciência de um autocuidado dos indivíduos do sexo masculino. Para tanto, o enfermeiro deve estar capacitado para trabalhar em uma assistência integral e contínua dos usuários da unidade básica, (ALVES, 2005).

Por fim, foram indagados sobre as experiências no atendimento de pacientes no sexo masculino, tiveram-se respostas diversificadas.

Enfatizaram a Campanha Nacional Novembro Azul, com realização de teste rápido, consulta de enfermagem; campanha de vacinação; saúde do trabalhador; planejamento familiar. No geral, falaram sobre o atendimento focado em programas como hipertensão e diabetes e evidenciaram que os homens que frequentam as Unidades de Saúde aceitam bem melhor as orientações e compreendem a necessidade de comparecer nas atividades desenvolvidas pelas Unidades. Por outro lado, colocaram que os homens tem pouco vínculo com as UBS – Unidade Básica de Saúde, não valorizando os programas existentes nessas unidades, além de dificultar a captação dos indivíduos de sexo masculino para as atividades educativas da UBS.

5 CONCLUSÃO

Por meio deste estudo foi manifestado que, mesmo que haja a PNAISH, é ampla a necessidade de informação das políticas e implementar um programa de capacitação para os profissionais de enfermagem, para que possam auxiliar a população masculina, atendendo a suas demandas a partir de suas distinções.

Compreende-se, portanto, que a criação dessa Política, apesar de retardatária, é decisiva para que se inicie uma transformação na atitude de abordar e acolher os homens nos serviços de saúde. Entretanto, existe precisão de se investir na divulgação dessa ação tanto para os profissionais como para a população, através, por exemplo, dos meios de comunicação.

Averiguo se que é fundamental desconstruir a imaginação de invulnerabilidade, que impede o homem de buscar a prevenção nos serviços de saúde. É indispensável deixar à população masculina a demonstração de seus medos, ansiedades, fragilidades, para que se sintam mais acolhidos e possam procurar auxílio às suas questões de saúde.

É fundamental que o enfermeiro(a) analise, qual é o seu contexto social, onde estão inseridos, qual a função que cada um desempenha, principalmente o papel do homem. A partir disso, pode-se tentar alcançar e apoiar, pelo meio de dados reais, a importância das ações de prevenção e promoção da saúde masculina ainda continua muito inferior à atenção prestada às mulheres.

O sistema de saúde necessita se atentar com o todo, e este envolve o cuidado com o sexo masculino, como os princípios básicos do SUS indicam, visando à igualdade na atenção. A atenção básica, sendo o acesso de entrada do sistema, necessita garantir que estas pessoas sejam atendidos dentro do sistema, analisando suas distinções e dificuldades específicos. Tornar-se claro para mim, então, a necessidade de reestruturação dos cuidados oferecido a esta população.

Os enfermeiros, em sua maior parte, afirmaram desenvolver atividades educativas voltadas para a saúde dos pacientes do sexo masculino, e que os norteiam a respeito da importância da promoção e prevenção na saúde do mesmo.

Com essa pesquisa foi possível também averiguar quais os problemas que os enfermeiros encontram para promover saúde aos homens. Essas dificuldades consisti em falta de adesão ao tratamento, resistência por parte dos homens, medo, trabalho e falta de conhecimento, sendo que resistência foi citado como a maior dificuldade, por parte dos enfermeiros entrevistados.

Sendo assim, o enfermeiro necessita continuar promovendo educação em saúde, através da divulgação de campanhas e orientações aos homens sobre os cuidados, prevenção e consequências ligadas as várias patologias que acometem mais a classe masculina. Além de investir em anúncios que atraiam atenção desses pacientes e aos cuidados que necessitam ser empregados em sua saúde.

Necessita também melhorar as estratégias para conseguir atrair mais homens para as Unidades, e que eles participe de palestras, e que essa ocasião seja aproveitada para explicar possíveis duvidas, e tentar amenizar as ansiedades, medos e preocupações que possam ter. Aperfeiçoando deste modo a qualidade de vida desses pacientes.

O enfermeiro é indispensável para a população masculina, visto que eles gerenciar e organizar meios para instigar a procura dos indivíduos ao serviço, trabalham a promoção e prevenção em saúde, desenvolvem atividades educativas para essa população e fazem busca ativa dos pacientes.

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ANEXO I

FACULDADES INTEGRADAS DO EXTREMO SUL DA BAHIA -

UNIÃO DE EDUCAÇÃO E CULTURA -

BR 367, KM 14, 14 - ZONA RURAL - CEP:45825000 / EUNÁPOLIS-BA

FONE / FAX: 73 32814342

TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO

RESOLUÇÃO Nº 466, DE 12 DE DEZEMBRO DE 2012

Convidamos o (a) prezado (a) Senhor (a), a participar da pesquisa a ser desenvolvida por mim Geiseane Barros Lopes Ribeiro juntamente com Diego da Rosa Leal, intitulado: “Atuação do enfermeiro da atenção básica frente à assistência prestada à saúde do homem no município de Eunápolis – BA”. Esta pesquisa tem como principal objetivo Conhecer como o enfermeiro entende sua participação na Assistência prestada a Saúde do Homem na Estratégia da Saúde da Família (ESF). Caso o senhor (a) aceite a participar do estudo precisará responder um questionário simples auto aplicável, composto por 14 questões que não cansa e nem leva muito tempo para responder.

A sua participação no estudo será voluntária, anônima e confidencial, suas respostas não produzirão prejuízo pessoal, pois não será identificado o seu nome no questionário. No estudo pode ocorrer certo desconforto durante a resposta das questões por se tratar de algo particular. De forma alguma o que o senhor (a) responder não será exposto para equipe de saúde que lhe atende. O senhor (a) pode interromper ou finalizar a entrevista quando quisermos, nós te daremos toda a ajuda necessária para diminuir qualquer desconforto. Deixamos claro que os danos aqui expostos são muito pequenos quando comparados aos resultados que esta pesquisa pode trazer, pois pretendemos contribuir para algo fundamental que é Atuação do enfermeiro da atenção básica frente à assistência prestada à saúde do homem.

O senhor (a) está livre para recusar a participar do estudo ou para desistir a qualquer momento, sem que isto lhe traga qualquer prejuízo pessoal. Não haverá remuneração e, portanto, sua participação é voluntária. A sua decisão em participar ou não, desta pesquisa, não implicará em nenhuma discriminação ou represália por parte dos pesquisadores. A qualquer momento você poderá pedir esclarecimentos a respeito da pesquisa, no que será prontamente atendido, mesmo que a resposta afete sua vontade de continuar participando do estudo. Caso aceite participar da pesquisa, o TCLE precisará ser assinado em duas vias, sendo que uma das vias ficará com o Senhor (a) e a outra será arquivada pelos pesquisadores por cinco anos.

Consentimento para participação: Eu estou de acordo com a participação no estudo descrito acima. Eu fui devidamente esclarecido quanto os objetivos da pesquisa, aos procedimentos aos quais serei submetido e os possíveis riscos envolvidos na minha participação. O pesquisador me garantiu disponibilizar qualquer esclarecimento adicional a que eu venha solicitar durante o curso da pesquisa e o direito de desistir da participação em qualquer momento, sem que a minha desistência implique em qualquer prejuízo à minha pessoa ou à minha família, sendo garantido anonimato e o sigilo dos dados referentes à minha identificação, bem como de que a minha participação neste estudo não me trará nenhum benefício econômico.

Eu, ______________________________________________________________, aceito livremente participar do estudo intitulado “Atuação do enfermeiro da atenção básica frente à assistência prestada à saúde do homem no município de Eunápolis – BA” desenvolvido pela acadêmica Geiseane Barros Lopes Ribeiro, sob a responsabilidade do Professor orientador Diego da Rosa Leal das Faculdades Integradas do Extremo Sul da Bahia.

Nome da Participante_________________________________________

COMPROMISSO DO PESQUISADOR

Eu discuti as questões acima apresentadas com cada participante do estudo. É minha opinião que cada indivíduo entenda os riscos, benefícios e obrigações relacionadas a esta pesquisa.

________________________________________Eunápolis, Data: __/__/__ Assinatura do Pesquisador

Para maiores informações, pode entrar em contato com:

® Diego Rosa Leal. Fone:

® Geiseane Barros Lopes Ribeiro. Fone: (73) 8206-3661 Rua Edgar Trancoso. 200 E-mail: Geisiane.bruna@gmail.com

® Comitê de Ética em Pesquisa

ANEXO II

Questionário auto aplicável, direcionado aos profissionais enfermeiros atuantes nas Unidades Básicas de Saúde da zona urbana em Eunápolis, BA.

1-Idade?

2-Sexo?

( )M ( )F

3-Estado Civil

( ) Solteiro

( )Casado

( )Viúvo

( )Divorciado / Separado

( )União Estável

( )Separado não judicialmente

4-Quanto tempo de trabalho?

( )menos de um ano

( )Mais de um ano

5-Quanto tempo de formado (a)?

( )menos de um ano

( )Mais de um ano

6-possui alguma pós-graduação?

( )sim ( )não

7- Já fez busca ativa de pacientes para participar de atividades voltadas para a saúde dos pacientes do sexo masculino na Unidade?

( )sim ( )não

8- Já desenvolveu alguma SAE atentando para a saúde do sexo masculino, com que procuram a ESF para atendimento?

( )sim ( )não

9-Vocêacredita que os pacientes do sexo masculino procuram menos os serviços de saúde?

( )sim ( )não

10- Quais são as dificuldades encontradas para realizar o acompanhamento da saúde dos pacientes do sexo masculino?

( ) resistência

( )falta de adesão ao tratamento

( )trabalho

( )medo

( )outros ____________

( )falta de conhecimento

( )outros ____________

11- Já realizou alguma atividade educativa na Unidade voltada para a saúde do homem?

Sim ( ) Não ( )

12-Você faz rastreamento com pacientes do sexo masculino?

Sim ( ) Não ( )

13-Você recebe algum tipo de treinamento para prestar uma melhor assistência ao homem?

Sim ( ) Não ( )

14- Quais experiências no atendimento de pacientes no sexo masculino?

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