PREVALÊNCIA DE SINTOMAS OSTEOMUSCULARES E FATORES ASSOCIADOS EM TRABALHADORES DO SETOR DE NAVEGAÇÃO MARÍTIMA DE PORTO SEGURO – BA

Data de postagem: Jun 18, 2015 5:5:44 PM

FACULDADES INTEGRADAS DO EXTREMO SUL DA BAHIA

LEANDRO OLIVEIRA DOS SANTOS

PREVALÊNCIA DE SINTOMAS OSTEOMUSCULARES E FATORES ASSOCIADOS EM TRABALHADORES DO SETOR DE NAVEGAÇÃO MARÍTIMA DE PORTO SEGURO – BA

EUNÁPOLIS, BA

2014

LEANDRO OLIVEIRA DOS SANTOS

PREVALÊNCIA DE SINTOMAS OSTEOMUSCULARES E FATORES ASSOCIADOS EM TRABALHADORES DO SETOR DE NAVEGAÇÃO MARÍTIMA DE PORTO SEGURO – BA

Trabalho de conclusão de curso apresentado ao curso de Enfermagem, das Faculdades Integradas do Extremo Sul da Bahia como parte dos requisitos para a obtenção no Título de Bacharel em Enfermagem.

Orientador(a): Profª. Maria Cristina Marques.

EUNÁPOLIS, BA

2014

LEANDRO OLIVEIRA DOS SANTOS

PREVALÊNCIA DE SINTOMAS OSTEOMUSCULARES E FATORES ASSOCIADOS EM TRABALHADORES DO SETOR DE NAVEGAÇÃO MARÍTIMA DE PORTO SEGURO – BA

Trabalho de conclusão de curso apresentado ao curso de Enfermagem, das Faculdades Integradas do Extremo Sul da Bahia como parte dos requisitos para a obtenção do Título de Bacharel em Enfermagem.

Profª. (Faculdades Integradas do Extremo Sul da Bahia)

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Prof°. (Faculdades Integradas do Extremo Sul da Bahia)

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Profª. (Faculdades Integradas do Extremo Sul da Bahia)

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Enf. Juliana dos Santos Ali

Coordenadora do Curso de Bacharel em Enfermagem

Eunápolis-Ba _________________

RESUMO

A prevalência das Lesões por Esforços Repetitivos (LER) e também por Distúrbios Osteomusculares Relacionados ao Trabalho (DORT), no ambiente de navegação marítima de Porto Seguro – Bahia, é sinalizada por um índice relevante no aumento de sintomas osteomusculares. O objetivo desse estudo é promover um conhecimento para esclarecer melhor as origens desses sintomas na classe trabalhadora deste setor, com uma pesquisa de campo aplicada à classe trabalhadora de mestres e marinheiros. Assim busca atentar-se para as questões relacionadas a saúde do trabalhador no ambiente ocupacional, qual é carente a presença de profissionais de saúde no ambiente organizacional, o que talvez tenha uma contribuição significativa para a falta do conhecimento dos agravantes dos respectivos sintomas. Os profissionais de saúde desta forma passam a ter uma visão prévia sobre o verdadeiro ambiente que favorece as origens das causas, no sentido de identificá-las de forma mais rápida e assim criar soluções para combatê-las de uma forma mais eficaz. Para as organizações faz-se importante por diminuir o número de afastamentos por incapacidade dos trabalhadores que não executarem suas funções, além da redução de custos e, sobretudo, para promover a saúde dos principais interessados, que são os próprios trabalhadores. Ademais, aponta mudanças significativas e necessárias que vão deste as estruturas tecnológicas navais marítimas, até o ambiente intelectual e cultural dos trabalhadores, empresários e profissionais de saúde. O estudo concluiu que a classe de marinheiros é a parcela de trabalhadores que mais sofre com os sintomas osteomusculares.

Palavras chaves: Saúde dos Trabalhadores, Ambiente Ocupacional, DORT.

ABSTRACT

The prevalence of repetitive strain injury (LER) and also for Work-Related Musculoskeletal Disorders (DORTs) in the environment of maritime navigation Porto Seguro - Bahia, is signaled by a significant increase in the rate of musculoskeletal symptoms. The aim of this study is to promote a better understanding to clarify the origins of these symptoms in the working class of this sector, with a field research applied to the working class of masters and sailors. So search heed to issues related to occupational health in the workplace, which is lacking the presence of health professionals in the organizational environment, which may have a significant contribution to the lack of knowledge of aggravating their symptoms. Health professionals in this way, now have a preview of the true environment that favors root causes in order to identify them faster and thus create solutions to combat them more effectively. For organizations it is important to decrease the number of absences due to disability workers do not perform their duties, as well as reduced costs and, above all, to promote the health of key stakeholders, who are the workers themselves. Moreover, show significant and necessary changes that go this maritime naval technological structures to the intellectual and cultural environment of workers and entrepreneurs and health professionals. The study concluded that the class of sailors is the share of workers who suffer most from musculoskeletal symptoms.

Key words: Health Workers, Occupational Environment, DORTs.

AGRADECIMENTOS

A Deus por ter me dado coragem e força para vencer esta batalha, aos meus pais “Miguel Bento dos Santos e Maria José Amaral Oliveira” com muito carinho sempre estiveram torcendo pelo meu sucesso. Também agradeço aos anjos de minha vida, Adilson Macedo, Jessica Marasca, minhas colegas de classe e todos os meus professores, que me ajudaram a superar as dificuldades que encontrei por essa jornada.

LISTA DE SIGLAS

DORT- Distúrbios Osteomusculares Relacionados ao Trabalho

LER- Lesão por Esforços Repetitivos

FGTS-Fundo de Garantia por Tempo de Serviço

INSS- Instituto Nacional de Seguridade social

NR- Norma de Regulamentação

PCMSO- Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional

QNSO- Questionário Nórdico de Sintomas Osteomusculares

NMQ- Nordic Musculoskeletal Questionnaire

Nº- Número

SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO

O tema desta pesquisa trata dos sintomas osteomusculares ligado as práticas operacionais relacionadas ao setor de navegação marítima, na qual foi realizada uma pesquisa de campo junto aos trabalhadores do setor de navegação envolvendo as escunas da Cidade de Porto Seguro – Bahia. Com isso chegou-se ao seguinte questionamento: É possível associar as dores osteomusculares dos trabalhadores da navegação marítima de Porto Seguro às suas funções laborais?

As praticas de navegação nos setores das escunas da cidade de Porto Seguro, Bahia, ainda são muito artesanais e favorecem substancialmente os agravos relacionados aos sintomas osteomusculares.

A pesquisa tem como objetivo principal investigar a prevalência dos sintomas osteomusculares nos mestres e marinheiros do setor de navegação marítima da cidade de Porto Seguro – Bahia. Quanto aos objetivos específicos: Traçar o perfil dos trabalhadores do setor de navegação marítima; Conhecer os principais sintomas de distúrbios osteomusculares que acometem os trabalhadores; Analisar como os fatores ambientais e sociais que aparecem como origem dos sintomas osteomusculares; Discorrer sobre a importância do enfermeiro na saúde do trabalhador.

Logo esta pesquisa tem o importante papel para a sociedade médica, sobretudo para os profissionais de enfermagem e fisioterapia, devido a se relacionar com estas áreas do conhecimento, uma vez que, tanto o profissional de enfermagem, quanto o fisioterapeuta precisam estar familiarizados com os fatores relacionados com as lesões para um possível diagnóstico das DORTs em trabalhadores do setor marítimo.

Ademais este estudo vem ressaltar a importância da contratação do enfermeiro e do médico do trabalho nas empresas, no qual ambos podem auxiliar os trabalhadores com as técnicas de prevenções para reduzir tais agravos.

2 REVISÃO BIBLIOGRAFICA

2.1 DISTURBIOS NO AMBINETE OCUPACIONAL

As mudanças ocorridas ao longo dos tempos como a exemplo da revolução industrial no século XIX e também com intuito de diminuir o esforço laboral dado pelo uso das máquinas e até os exemplos mais atuais com a utilização dos computadores, ainda não foram suficientes em extinguir as lesões causadas durante a execução das tarefas ocupacionais. Nos tempos atuais os Distúrbios Osteomusculares Relacionados ao Trabalho (DORT) é um assunto que se trata com muita frequência, pois sua prevalência nos trabalhadores é muito grande.

As DORT são distúrbios decorrentes do uso excessivo, impostos ao sistema osteomuscular, e da falta de tempo adequado para uma recuperação completa do sistema. Em vários casos são caracterizados por diversos sintomas, que geralmente acomete os membros superiores, tais como dor, parestesia, sensação de peso e fadiga (PICOLOTO; SILVEIRA, 2007).

Abrangem-se por lesões musculoesqueléticas fatores ocupacionais relacionadas as patologias que compreendem nervos, tendões, músculos e estruturas de suporte do corpo. Não são caracteristicamente decorrências de alguma atividade ocasional, são causadas por ação crônica influenciada pela atividade do trabalho (CÉLIA; ALEXANDRE, 2003).

Atualmente, nota-se que uma extensa parcela de trabalhadores atingidos por distúrbios osteomusculares e, principalmente os profissionais que exigem muito do corpo humano. As principais lesões e distúrbios osteomusculares levaram a constatar que é necessário, cada vez mais, um aprimoramento em Vigilância pela Saúde do Trabalho, levando em conta à promoção a saúde dos trabalhadores em seu ambiente de trabalho.

O conhecimento dos fatores relacionados com as lesões para um possível diagnóstico à classe de enfermagem e outros profissionais de saúde é extremamente importante, pois com essa familiaridade, os profissionais vão ter como identificar com mais clareza e oferecer um cuidado com muito mais qualidade. A classe trabalhadora também vai poder tentar prevenir-se de tais lesões nas suas atividades laborais.

Com tudo, os distúrbios osteomusculares relacionados ao trabalho (DORT) têm sido observados com intuito de melhorar as condições de trabalho e assim tentar reduzir tais agravos, com as principais ações do Ministério da Saúde e seus programas de prevenção e promoção à saúde do trabalhador.

2.2 SAÚDE DO TRABALHADOR

O trabalho forma o caráter operacional fundamental para a identificação dos sujeitos e suas famílias na pirâmide social. O prestígio da inclusão social dos indivíduos na sociedade com a posição por eles realizadas no mercado de trabalho sinaliza estudos de diversas origens (BARBOSA; ASSUNÇÃO; ARAÚJO, 2012)

Com o amplo avanço tecnológico, o processo de tarefas evoluiu em busca de maior produtividade num nível de automatização e especialização. Tal circunstância força o trabalhador a intensas e inadequadas oscilações da coluna, membros superiores, região escapular e pescoço, levando comumente a desordens neuro-músculo-tendinosas ( BRANDÃO; HORTA; TOMASI, 2005).

Como citado por Santos (2009, p. 09 e 10):

A Constituição Federal (1988), estabelece que ao Sistema Único de Saúde compete, além de outras atribuições, executar as ações de vigilância sanitária e epidemiológica, bem como as de saúde do trabalhador (art. 200, II). A Lei Orgânica da Saúde regulamentou os preceitos constitucionais e definiu a participação do município na execução, controle e avaliação das ações que se referem às condições e aos ambientes de trabalho, bem como a execução dos serviços de saúde do trabalhador. Neste dispositivo legal, entende-se por saúde do trabalhador o conjunto de atividades que se destinam, por intermédio de ações de vigilância epidemiológica e vigilância sanitária, à promoção, à proteção, à recuperação e à reabilitação da saúde dos profissionais que se submetem a riscos e agravos advindos das condições do trabalho.

O trabalhador, cumprindo atividades que demandem determinado empenho físico associado à repetitividade de movimentos, após certo tempo de trabalho, começa a ter seu rendimento atrasado pela instauração do processo de fadiga muscular e mental (BRANDÃO; HORTA; TOMASI, 2005).

Segundo o Ministério do Trabalho e do Emprego, é importante garantir condições de trabalho seguras e saudáveis, tendo como finalidade a preservação da saúde e da vida do trabalhador, prevenindo acidentes e doenças ocupacionais (SANTOS 2009 apud MINETTE et al.,2007).

Mesmo que não possamos transformar as distinções individuais dos trabalhadores, os dados relacionados ao nível individual podem ser alterados, a fim de aprimorar as condições de trabalho e amortizar os resultados sobre o trabalhador. Dentre eles, sobressaem as condições do emprego, a organização, o conteúdo e a demanda do trabalho, o estímulo aos hábitos e condutas benéficas (BARBOSA; ASSUNÇÃO; ARAÚJO, 2012).

Segundo (Walger 2004 apud Mendes 1995) a saúde do trabalhador vem se designando como uma das expressões no mudo ocidental, nestes últimos vinte anos. Junto com os trabalhadores e suas coordenações, objetiva-se a modificação progressiva da organização do trabalho, da qualidade de trabalho, dos processos de trabalho e relativas tecnologias e do trabalho sem pathos, isto é, sem dor, angústia, enfermidade ou morte.

Podemos assim perceber que a organização do trabalho intervém na vida do trabalhador, assim sendo como o tempo que este trabalhador passa no ambiente de trabalho, pois quanto maior a jornada, menor será o tempo provável para a convivência familiar, e quanto maior a fadiga, mais será comprometida a condição do relacionamento do trabalhador com seus familiares. Portanto, como já vimos, a irritabilidade e o desânimo depreciam as relações interpessoais (BARBOSA; SANTOS; TREZZA, 2007).

Dentro do contexto voltado à Saúde do Trabalhador, verificam-se inúmeras obras decorrentes de uma politica nacional da saúde, que tem atentado para os pontos de segurança e saúde do trabalho. Neste sentido, nota-se que a Saúde do Trabalhador é uma área do conhecimento teórico-prático que propõem a perceber as semelhanças entre o trabalho e os processos de saúde/doença. Uma vez que a inclusão dos indivíduos nos ambientes de trabalho colabora deliberativamente para as formas especificas de adoecer e morrer (SILVA, 2012 apud BRASIL, 2001).

Como podemos notar, é de extrema importância conhecer o aspecto dos trabalhadores acometidos por DORT, (Distúrbios Osteomusculares Relacionados ao Trabalho) para direcionar ações de prevenção, promoção, recuperação e reabilitação da saúde. Estas apontam tornar mínima a exposição dos trabalhadores aos riscos e a acontecimento de novos episódios, além de adequar àqueles acometidos por este problema, um provável retorno às atividades laborais e de vida diária (ALCÂNTARA; NUNES; FERREIRA, 2008).

Adentre as maneiras de suavizar e/ou precaver os sintomas musculoesqueléticos originados pelas várias situações ocupacionais estão o planejamento e/ou replanejamento do espaço físico de trabalho e das ocupações realizadas, bem como os processos de educação, entre outros. Recentemente, as discussões acerca dos procedimentos educativos seguidos são vastas, dentre eles, estar às práticas auto-instrucionais, que dispensam o concurso constante do especialista, pois são regidas pela própria pessoa e admitem a chance de prosseguir no ritmo, segundo seus interesses (SANTOS,2012 apud D VITTA, BERTAGLIA, PADOVANI, 2008).

2.3 EPIDEMIOLOGIA DOS SINTOMAS OSTEOMUSCULARES: LER/DORT

Os trabalhadores com diagnóstico de LER/DORT, de acordo com o Ministério da Saúde, são, em sua maior parte, jovens e mulheres que desempenham atividade que demandam maior empenho e repetitividade, dos mais distintos ramos de atividade, prevalecendo os bancários, os metalúrgicos e os trabalhadores do comércio, especialmente nas funções de digitação e montagem (MUROFUSE, MARZIALE, 2005).

A respeito deste assunto a literatura expõe que a LER/DORT tem idealizado importante fração do conjunto dos adoecimentos relacionados com o trabalhador. Arremete homens e mulheres, inclusive adolescentes, em total fase produtiva da vida. Do mesmo modo, ainda contamos com uma pendência quanto à denominação da patologia, que não é homogênea em todos os países, muito menos no Brasil (BARBOSA; SANTOS; TREZZA, 2007).

A questão da origem da LER/DORT segue sendo um desafio a ser batido devido aos conflitos e contestações existentes que compreende pesquisadores, profissionais da saúde e trabalhadores. De acordo com o entendimento que se tem acerca da ascendência dessa doença, são caracterizados os conceitos preventivos e terapêuticos praticados (MUROFUSE; MARZIALE, 2005).

Como citado por Barbosa et al., (2012, p. 1570):

Movimentos repetitivos de membros superiores ou gestos realizados em contração estática têm sido associados à dor nesses membros e no pescoço. Não restam dúvidas de que fatores psicossociais desencadeiam ou agravam a dor musculoesquelética, estando também implicadas características individuais, como idade, sexo, comportamentos (tabagismo, sedentarismo, por exemplo) e comorbidades. Apesar dos múltiplos determinantes dos distúrbios musculoesqueléticos, são raros os estudos que abordam conjuntamente características individuais, do emprego, além de fatores físicos e psicossociais do trabalho.

Diferente de outras patologias ocupacionais, os DORT não compõem uma entidade clínica exclusiva, mas compreendem inúmeros conjuntos sintomáticos e síndromes, alguns difusos e outros bem demarcados anatomicamente e/ou fisiopatologicamente. Do mesmo modo, não há etiologia unicamente ocupacional, podendo ter sua origem agregada a outros fatores como esporte, postura fora do trabalho, traumas antecedentes, descanso e fatores psicossociais (ALCÂNTARA; NUNES; FERREIRA, 2008).

Recentemente, vários estudos vêm sendo realizados com a finalidade de avaliar as semelhanças existentes entre o desenvolvimento das atividades profissionais e a manifestação de problemas musculoesqueléticos, cujos resultados apontam que a efetivação de determinados trabalhos colabora, de forma mais expressiva para o aparecimento de tais distúrbios (MACIEL; FERNANDES; MEDEIROS, 2005).

Segundo Célia; Alexandre (2003) o elevado número de absenteísmo ao trabalho, causado por lesões musculoesqueléticas, origina significativo dano à instituição e ao trabalhador somando a insatisfação com o trabalho, causando muitas vezes invalidez crônica e problemas psicológicos nos trabalhadores.

Como exposto por Silva (2013 apud Filho, Michels e Sell 2006) concluem em seus estudos que a demonstração da associação de DORTs (Distúrbios Osteomusculares Relacionados ao Trabalho) com as ocupações cumpridas por um grupo profissional e que até então não era praticamente referido na bibliografia é fator proeminente não só na prevenção das doenças de caráter ocupacional, mas, além disso, para os aspectos legais. (BARBOSA; ASSUNÇÃO; ARAÚJO, 2012).

A manifestação dos sintomas osteomusculares vem somando mundialmente e, no Brasil, começou a adquirir expressão, em número e importância social, a partir da década de 80, tornando um grave problema de saúde pública e social, em função de seu alcance e amplitude (SANTOS, 2009 apud MINISTÉRIO DA SAÚDE 2001).

2.4 FATORES DE RISCO PARA SINTOMAS OSTEOMUSCULARES

O desenvolvimento das LER/DORT é multicausal, sendo importante avaliar os fatores de risco abrangidos direta ou indiretamente. Dentro das classes de circunstância de risco, podem ser analisadas físicas quando por meio de uma vibração exagerada, ocorrem microlesões articulares, mecânicas quando falta proteção, podendo ocorrer traumatismos em geral, e, por último, como ergonômicas, quando pelo planejamento impróprio do local de trabalho, provocam posturas errôneas e esforços exagerados de membros superiores, inferiores e tronco (PICOLOTO; SILVEIRA, 2007).

Como exposto por Santos (2009 apud Ministério da Saúde 2001)

O trabalhador é obrigado a conviver com fatores de risco que ameaçam sua integridade física e a vida. Esta convivência dos trabalhadores com estes fatores acarreta, evidentemente, um cotidiano repleto de tensões e medos. Estes fatores referentes a organização do trabalho tais como a inflexibilidade e alta intensidade do ritmo de trabalho, execução de grande quantidade de movimentos repetitivos em grande velocidade, sobrecarga de determinados grupos musculares, ausência de controle sob o modo e ritmo de trabalho, ausência de pausas, exigência de produtividade, uso mobiliário e equipamentos desconfortáveis são apontados como responsáveis pelo aumento dos casos de LER/DORT. (MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2001).

Ainda, permanece uma dificuldade para se confirmar o evidencia causal da doença, ou seja, mesmo que tenham inúmeras condições adversas no trabalho que podem estar relacionadas à aparição dos DORT nos trabalhadores, o registro oficial da doença nem sempre é obtido, originando a subnotificação dos dados, evitando que os números estatísticos correspondam à realidade (LEITE et al., 2006).

Bem como os DORT passaram a ser avaliados como doenças ocupacionais equipes multidisciplinares, começaram a ter uma atenção maior para o estudo dessa patologia, tendendo um trabalho vasto e completo em nível de prevenção e tratamento. Faz parte desse grupo o enfermeiro do trabalho, o qual oferece assistência e cuidados de enfermagem a trabalhadores, gerando e cuidando pela sua saúde contra os riscos ocupacionais, acolhendo os doentes e acidentados, tendo em vista seu bem estar físico e mental (ROSA; FERREIRA; BACHION, 2000).

Logo quando se trata do tipo de atividade profissional, para cada grupo existe uma distinção típica de exigência mental e motora. Desta forma é possível que os fatores de risco para a dor na coluna causarão o tipo de desordem e os pontos atingidos específicos para cada atividade desempenhada. Isto é, em certas profissões, pode-se encontrar-se mais suscetível ao desenvolvimento de dores lombares (SANTOS, 2009 apud QUEIROGA e FERREIRA, 2005).

A causa dos distúrbios osteomusculares, seus fatores de risco e suas decorrências têm sido pesquisados em vários países. Pesquisas epidemiológicas têm apontado que esses distúrbios são originados pela junção de estressores mecânicos e psicossociais (SOUZA; COLUCI; ALEXANDRE, 2009).

Os fatores que beneficiam ao acontecimento dos DORT são diversos, estabelecendo um conjunto complexo, fechados ou agrupados, mas integrados, que desempenham seu efeito simultaneamente na origem da doença, contendo como sintomas, a dor localizada, irradiada ou generalizada, desconforto, sensação de peso, formigamento, parestesia, sensação de redução de força, edema e enrijecimento articular (LEITE et al., 2006).

.Segundo o mesmo autor, ainda inicialmente mostrar-se de forma insidiosa, prevalecendo mais no término, em períodos de picos da produção e abrandarem com o repouso, com o proceder do tempo podem tornar-se frequentes durante o trabalho, até incidindo nas atividades extra laborativas do trabalhador.

2.5 ENFERMAGEM NA SAÚDE DO TRABALHADOR

A Enfermagem do Trabalho, tal como é praticada atualmente, é o fruto de uma técnica evolutiva que iniciou nos finais do Século XIX na Inglaterra, porém os primeiros enfermeiros atuantes nesta especialidade agiram na indústria proporcionando cuidados, voltados para a prevenção e no tratamento de doenças e lesões relacionadas à atividade laboral a trabalhadores nos serviços de saúde das companhias, oferecendo ainda assistência de saúde à família dos trabalhadores e à sociedade (DURAN; ROBAZZI; MARZIALE, 2007).

O enfermeiro do trabalho efetua atividades como o serviço de Higiene, Medicina e Segurança do Trabalho. Embora suas funções fundamentais sejam assistencial, administrativa, educativa, de integração e de pesquisa, interagindo com o grupo de saúde ocupacional da organização para promover a preservação, a conservação e a reabilitação da saúde do trabalhador (MALAGUTTI, WILLIAM, 2010, p. 82).

A Enfermagem do Trabalho pode ser distinguida por um conjunto de ações educativas assistenciais, que tendem intervier no processo trabalho saúde adoecimento, no sentido de gerar e valorizar o ser humano. No campo da enfermagem do trabalho há uma extensa área para se realizar suas funções, quer na prestação do auxílio de enfermagem aos trabalhadores da empresa e seus dependentes querem adotando funções administrativas, educacionais e de pesquisas (ROSA 2000 apud HAAG 1997, p. 11).

Segundo DURAN (2006 apud Rogers 1997) o surgimento da Enfermagem do Trabalho, antes designada por Enfermagem Laboral foi progressivo. A Enfermagem do Trabalho, como é praticada nos dias atuais, é o resultado de um método evolutivo que iniciou nos fins do século XIX. Os riscos profissionais relacionados com a exposição no ambiente de trabalho e com as condições de trabalho causam doenças e lesões que, na maior parte, poderiam ser evitadas.

Como sugerido por MALAGUTTI, WILLIAM, (2010 p. 83)

A Enfermagem do trabalho, em conjunto com a Medicina do Trabalho, visam à promoção da saúde; à proteção contra os riscos decorrentes das atividades laborais; à proteção contra agentes químicos, físicos, biológicos e psicossociais; à manutenção da saúde no mais alto grau do bem-estar físico e mental; à recuperação de lesões, doenças ocupacionais ou não ocupacionais; e à reabilitação do conjunto dos trabalhadores.

Logo, a enfermagem do trabalho ingressou nas empresas com papel curativo, oferecendo acolhimento quando o trabalhador se acidentasse, apesar disso faltava algo sólido nessas atribuições. Então passou a existir a nova versão da Norma de Regulamentação (NR7), no ano de 1994, passando a ser denominado Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional (PCMSO), restaurando a saúde do trabalhador, com uma visão mais preventiva voltada para os programas de promoção da saúde do trabalhador (CUSTÓDIO et al., 2010).

Perante a necessidade de capacitação dos enfermeiros para ação nestes serviços, foram estruturados os cursos de especialização em Enfermagem do Trabalho. Os Programas de Pós- graduação, por sua vez, a partir da década 80, também passam a ter função de importância na habilitação de enfermeiros para atuação em Saúde do Trabalhador por meio da formação de mestre e doutores em frente de pesquisas relacionadas à referida área. Deste modo, alia-se a prática da enfermagem com a cientificidade, colaborando para a estruturação da enfermagem do trabalho como elaboradora de seu conhecimento (DURAN; ROBAZZI; MARZIALE, 2007).

Nesse contexto, as pessoas permanecem cada vez mais inquietas à busca do seu completo bem-estar e à procura de sua qualidade de vida no trabalho. Estão procurando um modo de vida saudável, incluindo a alteração das atividades, de modo que os melhoramentos sejam atingidos. Algumas mudanças específicas abrangem percepção e tratamento da saúde, nutrição, atividade e exercício, sono e repouso, cognição e percepção, autopercepção e autoconceito, funções e relações, sexualidade e adequação e tolerância ao estresse (CUSTÓDIO et al., 2010).

Assim a enfermagem do trabalho torna-se indispensável e importante na prevenção, orientação e acompanhamento da saúde do trabalhador, como conhecimentos oriundos de diversas disciplinas como medicina social, saúde pública, saúde coletiva, que desenvolvidas pelo conhecimento anterior e dados prévios do trabalhador sobre a relação do lugar de trabalho e sua saúde/desgaste procura compreender esta afinidade e propõe intervenções de cuidado à saúde dos trabalhadores e ao local de trabalho (DURAN; ROBAZZI; MARZIALE, 2007).

3 METODOLOGIA

3.1 TIPO DE ESTUDO

Trata-se de um estudo de caráter epidemiológico, analítico, observacional e transversal para que se obtenham os dados de prevalência da sintomatologia na população em estudo e seus fatores associados.

3.2 CAMPO E CENÁRIO DO ESTUDO

O campo de estudo é a cidade de Porto Seguro, uma cidade que se encontra um polo turístico com grande abrangência de passeio e, com grande foco de embarcações marítimas, e atualmente uma das regiões que empregam muitos trabalhadores marítimos.

O município de Porto Seguro está localizado na região do Extremo Sul da Bahia, possui cerca de 141.006 habitantes e está distante aproximadamente 680 km da capital Salvador. Segundo a secretaria de turismo, Porto Seguro recebe cerca de 1,2 milhões de turistas anualmente, sendo que os meses de maior fluxo turístico são de outubro ao final de fevereiro.

Além do turismo o município conta com importante ponto de comercialização de alimentos vindos do mar que abrange uma boa parcela também de trabalhadores, que exige muito do corpo, mas, que não faz parte do foco da pesquisa.

3.3 POPULAÇÃO DO ESTUDO

A população do estudo foram 30 (trinta) marinheiros da Associação Naval de Porto Seguro.

3.4 INSTRUMENTOS E PROCEDIMENTOS DE COLETA DOS DADOS

Os dados foram coletados através de dois instrumentos de pesquisa autoaplicáveis. O primeiro, referindo-se aos dados de identificação do trabalhador, para obtenção das variáveis demográficas, ocupacionais e hábitos de vida (ANEXO I). O segundo será o Questionário Nórdico de Sintomas Osteomusculares (QNSO) (ANEXO II), para identificar a prevalência de sintomas osteomusculares, já validado no Brasil traduzido e validado por Pinheiro, Tróccoli e Carvalho. Os dados serão obtidos, após o consentimento livre e esclarecido de cada um dos participantes (ANEXO III).

O Questionário Nórdico de Sintomas Osteomusculares (NMQ – Nordic Musculoskeletal Questionnaire) permitirá o cálculo da medida de morbidade osteomuscular, possibilitando aplicação de testes estatísticos (Qui-quadrado), a fim de verificar a associação entre essa medida e variáveis demográficas e ocupacionais.

O instrumento consiste em escolhas quanto à ocorrência de sintomas nas diversas regiões anatômicas nas quais são mais comuns, devendo o respondente relatar a ocorrência dos mesmos considerando os últimos doze meses e os sete dias anteriores à entrevista, bem como o afastamento das atividades rotineiras no último ano (trabalho, serviço doméstico ou passatempo).

E, logo em seguida, houve uma conversa formal com cada um dos trinta trabalhadores onde foram informados os objetivos da pesquisa, consentimento e aplicação do questionário.

3.5 PLANO DE ANÁLISE

Os dados coletados foram armazenados no programa Excel 2010, a fim de gerar frequência e subsidiar a construção dos resultados. Com fins de verificar associação entre as variáveis será utilizado o programa estatístico Epiinfo 5.0.

3.6 QUESTÕES ÉTICAS

Este estudo foi desenvolvido respaldando-se na resolução nº 466, de 12 de dezembro de 2012 do Conselho Nacional de Saúde, regulamentadora das pesquisas com seres humanos, considerando a observância da beneficência, não maleficência, ausência de riscos e prejuízos, com garantia do anonimato aos sujeitos do estudo. Esta pesquisa só poderá iniciar a coleta de dados após aprovação de um comitê de ética em pesquisa e a coleta dos dados ocorrerá após aceitação do sujeito do estudo e assinatura do termo de consentimento livre e esclarecido.

4 RESULTADOS E DISCUSSÃO

Foram avaliados 30 profissionais, composto por 70% marinheiros e 30% mestres; com uma média de tempo de serviço de 14 anos; todos tinham uma jornada média de trabalho diário de 7 horas.

Gráfico 1: Perfil da amostra.

Fonte: Próprio autor

No gráfico 2, dos marinheiros entrevistados constatou-se que 86% alegaram ter algum tipo de DORT e 14% não tinham; já na ocupação de mestre, 55% disseram que não tinham os sintomas e 45% alegaram ter. Observa-se que a função de marinheiro está mais exposta as DORTs.

O mestre é um tripulante especial na embarcação, pois é dele a responsabilidade do barco (escuna), as características de um mestre numa embarcação são decidir o melhor para a tripulação, supervisionar o trabalho da tripulação e manobras da embarcação não ficando tão exposto aos serviços braçais (KNAUTH; LEAL, 2012)

O marinheiro controla a eficácia das tarefas, no atracamento da embarcação, no manejo de cabos de amarrações, na extensão de toldos, no içamento da ancora e no desembarque de passageiros em botes infláveis (CARUSO, 2010).

Gráfico 2: Percentual dos entrevistados que alegaram ter algum tipo de DORT .

Fonte: Próprio autor

O gráfico 3, trás uma comparabilidade entre as funções marinheiros e mestres, relacionadas às regiões anatômicas mais afetadas. Observou-se que 43% dos marinheiros alegaram sentir dor na lombar enquanto 57% não; Já na ocupação dos mestres apenas 20% disseram ter dor na lombar enquanto 80% não; nós punhos 10% alegaram sentir dor, o que é comum devido ao manuseio do timão (volante do barco). O maior quadro de áreas afetadas está presente na ocupação de marinheiro.

Como exposto por (PICOLOTO; SILVEIRA, 2007),

A musculatura das costas é a que mais sofre com o levantamento de pesos, pois ao levantar um peso com as mãos, o esforço é transferido para a coluna vertebral. A estrutura da coluna vertebral, composta de discos superpostos, embora capaz de suportar uma grande força no sentido vertical, é muito frágil a forças que não tenham a direção do seu eixo.

Partindo dessa linha de raciocínio compreende-se o porque da dor na coluna lombar ter sido um sintoma recorrente em ambas as ocupações. Diferentemente dos demais sintomas que ocorreram em outras regiões do corpo e que não foram comuns entre as duas funções.

Gráfico 3: Prevalência de sintomas osteomusculares referidos por trabalhadores do setor marítimo, por região anatômica.

Fonte: Próprio autor

Ficou exposto através da pesquisa que 100% dos entrevistados envolvidos, tanto os marinheiros, quanto os mestres, nenhum deles praticam algum tipo de alongamento. Com base em estudos anatômicos sabe se da necessidade na execução dos exercícios de alongamento que deve preceder as atividades que envolvem os esforços físicos, necessário para a execução das suas atividades laborais.

Como exposto por (Oliveira 2007 apud Martins 2001),

São exercícios efetuados no próprio local de trabalho, com sessões de cinco, 10 ou 15 minutos, tendo como principais objetivos a prevenção das LER/DORT e a diminuição do estresse, através dos exercícios de alongamento e de relaxamento.

Segundo (MERLO; JACQUES; HOEFEL, 2000), tornar-se necessário, buscar aos poucos, aumentar a flexibilidade, a resistência e tolerar movimentos sem dor, para a evolução da habilidade funcional e residual e do quadro álgico através do alongamento.

5 CONCLUSÃO

O proposito desta pesquisa dada pelo objetivo geral que consistiu na Investigação da prevalência de sintomas osteomusculares nos mestres e marinheiros do setor de navegação marítima da cidade de Porto Seguro – BA, relacionadas às funções de marinheiros e mestres, teve como intuito promover junto à comunidade acadêmica, empresarial e demais interessados a necessidade de uma atenção especial para com a saúde ocupacional dos trabalhados marítimos; no qual se tomou por base um estudo de caso numa empresa do segmento de navegação marítima em Porto Seguro.

Para o alcance deste objetivo, inicialmente, buscou-se promover a compreensão de todo o ambiente relacionado às questões da saúde ocupacional e as suas implicações dadas pela execução da grande quantidade de esforços repetitivos, de modo, a despertar a importância e a urgência de se amadurecer o entendimento no contexto da saúde do trabalhador.

Vários pontos importantes foram tratados, como por exemplo, a saúde no trabalho, a origem dos sintomas, os fatores de riscos, e por fim a importância da enfermagem para a saúde do trabalhador.

Considerando estes pontos preliminares conclui-se que é necessário que os profissionais da saúde, assim como os empresários, e demais organizações tenham uma visão ampla sobre o ambiente que favorece a origem dos sintomas osteomusculares, e quais os fatores preponderantes que contribuem para que os mesmos sejam cada vez mais recorrentes no ambiente de laboral.

Partindo desse consenso inicial, o estudo aplicado demonstrou que a classe trabalhadora marítima é bastante vulnerável aos distúrbios osteomusculares, dado pela grande quantidade de esforços repetitivos exigidos pelas funções ocupadas pelos trabalhadores.

Percebeu-se ainda a falta de investimentos tecnológicos no ambiente de navegação marítima, qual, o trabalho ainda é de forma muito artesanal, além da falta de um profissional de saúde ocupacional para da às devidas instruções aos trabalhadores como: o alongamento e a postura correta a ser adotada ao executar suas funções.

O estudo demonstrou uma porcentagem importante de DORTs nos marinheiros, principalmente nas regiões dos ombros, parte superior das costas e lombar, tornando-se imprescindíveis melhorias na estrutura tecnológica marítima com o intuito de diminuir os esforços braçais, treinamento aplicado aos trabalhadores, no sentido deles saberem como tomar os devidos cuidados para evitar lesões osteomusculares; a contratação de profissionais de saúde ocupacional, para dar os devidos treinamentos e com isso favorecer a diminuição das DORTs no segmento de navegação marítima.

6 REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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7 ANEXOS

ANEXO I

FACULDADES INTEGRADAS DO EXTREMO SUL DA BAHIA -

UNIÃO DE EDUCAÇÃO E CULTURA -

BR 367, KM 14, 14 - ZONA RURAL - CEP:45825000 / EUNÁPOLIS-BA

FONE / FAX: 73 32814342

TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO

Resolução nº 196, de 10 de Outubro de 1996, sendo o Conselho Nacional de Saúde.

O presente termo em atendimento à Resolução 196/96, destina-se a esclarecer ao participante da pesquisa intitulada ”(Prevalência de sintomas osteomusculares e fatores associados em trabalhadores do setor de navegação marítima de Porto Seguro – BA)”, sob responsabilidade do pesquisador (Leandro Oliveira dos Santos), do curso de (Enfermagem - Graduação) do Departamento de (Projeto de Pesquisa), os seguintes aspectos:

Objetivos:

Geral: Investigar a prevalência de sintomas osteomusculares nos mestres e marinheiros do setor de navegação marítima da cidade de Porto Seguro – BA.

Específicos: Traçar o perfil dos trabalhadores do setor de navegação marítima; Conhecer os principais sintomas de distúrbios osteomusculares que acometem os trabalhadores; Analisar como os fatores ambientais, sociais e econômicos aparecem como origem dos sintomas osteomusculares.

Metodologia: Trata-se de um estudo de caráter epidemiológico, analítico, observacional e transversal para que se obtenham os dados de prevalência da sintomatologia na população em estudo e seus fatores associados.

Justificativa e Relevância: Esta pesquisa tem o importante papel para a sociedade médica, sobretudo para os profissionais de enfermagem e fisioterapia, devido a se relacionar com estas áreas do conhecimento, uma vez que, tanto o profissional de enfermagem, quanto o fisioterapeuta precisam estar familiarizados com os fatores relacionados com as lesões para um possível diagnóstico.

Ademais este estudo vem ressaltar a importância da contratação do enfermeiro e do médico do trabalho nas empresas, no qual ambos podem auxiliar os trabalhadores com as técnicas de prevenções para reduzir tais agravos.

Participação: Respondendo as perguntas dos questionários, que serão lidos.

Desconfortos e riscos: Não haverá desconfortos e riscos.

Confidencialidade do estudo: esclarecer quanto à confidencialidade do estudo.

Benefícios: Numa visão ampla trás benéfico aos trabalhadores por conhecer das ocorrências que provocam as lesões osteomusculares; para as empresas, quanto para o seguro social (INSS), no sentido da prevenção e redução de custos por profissionais estarem inativos e principalmente pela promoção do bem estar dos trabalhadores.

Dano advindo da pesquisa: Não haverá.

Garantia de esclarecimento: garantir esclarecimentos adicionais aos sujeitos da pesquisa em qualquer momento da pesquisa.

Participação Voluntária: esclarecer que a participação dos sujeitos da pesquisa no projeto é voluntária e livre de qualquer forma de remuneração e que o mesmo pode retirar seu consentimento em participar da pesquisa a qualquer momento.

Consentimento para participação: Eu estou de acordo com a participação no estudo descrito acima. Eu fui devidamente esclarecido quanto os objetivos da pesquisa, aos procedimentos aos quais serei submetido e os possíveis riscos envolvidos na minha participação. Os pesquisadores me garantiram disponibilizar qualquer esclarecimento adicional que eu venha solicitar durante o curso da pesquisa e o direito de desistir da participação em qualquer momento, sem que a minha desistência implique em qualquer prejuízo à minha pessoa ou à minha família, sendo garantido anonimato e o sigilo dos dados referentes a minha identificação, bem como de que a minha participação neste estudo não me trará nenhum benefício econômico

Eu, .........__________________________________________________________, aceito livremente participar do estudo intitulado “Prevalência de sintomas osteomusculares e fatores associados em trabalhadores do setor de navegação marítima de Porto Seguro – BA” desenvolvido pelo acadêmico (Leandro Oliveira dos Santos), sob a responsabilidade da Professora (Maria Cristina Marques) das Faculdades Integradas do Extremo Sul da Bahia.

Nome do Participante______________________________________________

COMPROMISSO DO PESQUISADOR

Eu discuti as questões acima apresentadas com cada participante do estudo. É minha opinião que cada indivíduo entenda os riscos, benefícios e obrigações relacionadas a esta pesquisa.

________________________________________Eunápolis, Data: __/__/__

Assinatura do Pesquisador

Para maiores informações, pode entrar em contato com:

(Maria cristina Marques).

(Leandro Oliveira dos Santo).

ANEXO II

FACULDADES INTEGRADAS DO EXTREMO SUL DA BAHIA -

UNIÃO DE EDUCAÇÃO E CULTURA -

BR 367, KM 14, 14 - ZONA RURAL - CEP:45825000 / EUNÁPOLIS-BA

FONE / FAX: 73 32814342

AUTORIZAÇÃO PARA COLETA DE DADOS

Eu, _________________________________, ocupante do cargo de presidente do (a) Associação Naval de Porto Seguro - BA, AUTORIZO a coleta de dados do projeto (Prevalência de sintomas osteomusculares e fatores associados em trabalhadores do setor de navegação marítima de porto seguro – BA) dos pesquisadores (Leandro Oliveira Santos) após a aprovação do referido projeto pelo CEP/----.

Eunápolis, ___ de_________ de_____

ASSINATURA:____________________________________________

CARIMBO:

ANEXO III

ANEXO IV

QUESTIONARIO SOCIOECONÔMICO

1. Idade:_______

2. Sexo: M ( ) F ( )

3. Tempo total de atuação profissional como marinheiro ______ anos.

4. Jornada média de trabalho___________________

5. Trabalha em outra atividade ocupacional diferente de marinheiro?________

6. Especificar:___________________________________________________

7. Quantas horas__________