PERCEPÇÃO DOS IDOSOS SOBRE A QUALIDADE DO ATENDIMENTO DE ENFERMAGEM NA ESTRATÉGIA SAÚDE DA FAMÍLIA DO BAIRRO SANTA LÚCIA NO MUNICÍPIO DE EUNÁPOLIS - BA

Data de postagem: Nov 26, 2014 10:29:13 PM

FACULDADES INTEGRADAS DO EXTREMO SUL DA BAHIA

ANATURESA FERREIRA GUIMARÃES

PERCEPÇÃO DOS IDOSOS SOBRE A QUALIDADE DO ATENDIMENTO DE ENFERMAGEM NA ESTRATÉGIA SAÚDE DA FAMÍLIA DO BAIRRO SANTA LÚCIA NO MUNICÍPIO DE EUNÁPOLIS - BA

EUNÁPOLIS, BA

2013

ANATURESA FERREIRA GUIMARÃES

PERCEPÇÃO DOS IDOSOS SOBRE A QUALIDADE DO ATENDIMENTO DE ENFERMAGEM NA ESTRATÉGIA SAÚDE DA FAMÍLIA DO BAIRRO SANTA LÚCIA NO MUNICÍPIO DE EUNÁPOLIS - BA

Trabalho de conclusão de Curso apresentado ao curso de Enfermagem das Faculdades Integradas do Extremo Sul da Bahia, como parte dos requisitos para a obtenção do Título de Bacharel em Enfermagem.

Orientador: Diego da Rosa Leal

EUNÁPOLIS, BA

2013

ANATURESA FERREIRA GUIMARÃES

PERCEPÇÃO DOS IDOSOS SOBRE A QUALIDADE DO ATENDIMENTO DE ENFERMAGEM NA ESTRATÉGIA SAÚDE DA FAMÍLIA DO BAIRRO SANTA LÚCIA NO MUNICÍPIO DE EUNÁPOLIS - BA

Trabalho de conclusão de Curso apresentado ao curso de Enfermagem das Faculdades Integradas do Extremo Sul da Bahia, como parte dos requisitos para a obtenção do Título de Bacharel em Enfermagem.

Orientador: Diego da Rosa Leal

Profº Diego da Rosa Leal (Faculdades Integradas do Extremo Sul Da Bahia)

___________________________________________________________

Profª Gislaine Maria Rodrigues (Faculdades Integradas do Extremo Sul Da Bahia)

___________________________________________________________

Profª Msc. Henika Priscila Lima Silva (Faculdades Integradas do Extremo Sul Da Bahia)

___________________________________________________________

Profª Juliana dos Santos Ali

Coordenadora do Curso de Enfermagem

Eunápolis- BA___________________________________________________

DEDICATÓRIA

Dedico esse trabalho a minha querida mãe, irmã e esposo que estiveram ao meu lado por todo tempo, juntos enfrentamos todas as barreiras e dificuldades até aqui. Aos meus familiares, amigos, instituições e colegas de trabalho que me incentivaram e me apoiaram em mais essa etapa de minha vida.

AGRADECIMENTOS

Agradeço a Deus e aos meus pais que, na medida do possível, concederam-me o

melhor e a todos os meus familiares. Em especial a minha mãe, Gildete, “amor da minha vida, luz dos olhos meus”, minha base, exemplo de superação. Minha irmã Anabrisa que sempre me inspirou e foi exemplo de determinação e dedicação, parceira de todas as horas, te amo muito.

Ao meu esposo e companheiro José Alves que fez dos meus sonhos seus próprios objetivos, agradeço o respeito, amor, dedicação intensa, paciência nesses longos anos e confiança em mim depositada.

Ao meu orientador, Professor Diego da Rosa Leal, que, com muita paciência e

extrema competência ensinou-me a desenvolver esse trabalho, como também a beleza e humildade de um coração iluminado que ele sempre teve comigo.

A todos os professores do curso de graduação que sempre se disponibilizaram a me auxiliar em todos os momentos que foram acionados, como também os colegas do curso que foram parceiros brilhantes e maravilhosos durante toda essa caminhada.

A todos os meus colegas de trabalho, que torceram pela minha vitória e sei que agora também estão vibrando com a defesa e conclusão de mais uma batalha da minha vida.

Aos Agentes Comunitários de Saúde (ACS), coordenadores, equipe de enfermagem e todos os profissionais da Secretaria Municipal de Saúde de EUNÁPOLIS-BA, em especial a toda equipe HEMOBA e SAE/CTA em que tive o prazer de compartilhar de conhecimentos nobres e fundamentais para a construção da minha maturidade e profissionalismo, meus sinceros agradecimentos.

A todos os meus amigos que de forma prestimosa atenderam aos meus pedidos.

Prefiro não citar nomes, pois são muitos AMIGOS especiais, que foram e sempre serão importantes na minha jornada de vida.

Obrigado a todos.

Você é aquilo que você faz continuamente, excelência não é uma eventualidade, é um hábito”.

Aristóteles

RESUMO

Introdução: O processo de envelhecimento deve ser objeto de conhecimento e informação para todos os profissionais de saúde. Sendo assim, é necessário avaliar o padrão de qualidade levando em consideração tanto as expectativas como as necessidades dessa população. Objetivo: Avaliar a qualidade do atendimento prestado aos idosos na Estratégia Saúde da Família do bairro Santa Lúcia no município de Eunápolis-Bahia. Metodologia: A partir de um estudo de caso com pesquisa descritiva e estudo quantitativo em que visa, através de questionário, realizar projeções para a população representada foi possível identificar diversos fatores sobre a qualidade do atendimento Resultados: Dos 22 idosos entre 60 e 78 anos, 27,27 % (n= 6) eram do sexo masculino; 72,73% (n= 16) do sexo feminino, sendo que de 100% (n=22), 50% (n= 11) disseram estar satisfeitos com o atendimento do enfermeiro(a) da unidade. Quanto ao comprometimento da equipe de enfermagem 40,91% (n= 9) disseram que ocorre de forma eficaz, 31,82% (n= 7) afirmam ser satisfatório, 27,27% (n= 6) disseram ser regular. Conclusão: Para que o perfil de qualidade seja alcançado o profissional enfermeiro deve adequar seu atendimento e o da sua equipe através de educação continuada usando abordagens sistematizadas e um completo acolhimento humanizado, visando promover ao cliente um bem estar biopsicossocial, para que se obtenha maior autonomia desses idosos sobre suas atividades e consequentemente melhor qualidade de vida.

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Palavras Chave: Envelhecimento, Qualidade no Atendimento, Enfermagem, Estratégia Saúde da Família.

LISTA DE GRÁFICOS

GRÁFICO 1: Distribuição da população brasileira por sexo, segundo os grupos de idade em 2000............................................................................................................16

GRÁFICO 2: Distribuição da população brasileira por sexo, segundo os grupos de idade em 2010............................................................................................................17

GRÁFICO 3: Quanto ao gênero dos entrevistados.................................... ...............31

GRAFICO 4: Quanto ao estado civil dos entrevistados.............................................31

GRÁFICO 5: Quanto ao grau de escolaridade dos entrevistados.............................32

GRáFICO 6: Entrevistados aposentados...................................................................32

GRAFICO 7: Quanto ao relacionamento interpessoal com o profissional enfermeiro(a) da unidade...........................................................................................33

Gráfico 8: Quanto à promoção, por parte dos enfermeiros, de encontros coletivos com grupos de idosos................................................................................................34

Gráfico 9: Quanto à realização de visitas domiciliares..........................................34

GRÁFICO 10: Quando perguntados se observam mudanças no atendimento da consulta de enfermagem............................................................................................35

GRÁFICO 11: Quanto ao empenho/comprometimento da equipe de enfermagem na busca de soluções para os problemas de saúde dos idosos.....................................35

Gráfico 12: Quanto ao acompanhamento da equipe de enfermagem, se esta colaborou na melhora da qualidade de vida dos idosos............................................36

SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO 9

2 REFERENCIAL TEÓRICO 13

2.1 ASPECTOS FISIOLÓGICOS DO ENVELHECIMENTO 13

2.2 O IMPACTO DO ENVELHECIMENTO POPULACIONAL 15

2.3 AS PRÁTICAS DIÁRIAS DA EQUIPE DE ENFERMAGEM ENVOLVENDO IDOSOS NA ESTRATÉGIA SAÚDE DA FAMÍLIA 19

2.3.1 O tratamento dispensado aos idosos na unidade básica de saúde 20

2.3.2 A comunicação dos profissionais de enfermagem com os idosos 22

2.3.3 Abordagem interpessoal da equipe de enfermagem as famílias dos idosos 23

2.3.4 Atuação da equipe de enfermagem na saúde integral ao idoso na estratégia saúde da família 25

3 METODOLOGIA 28

3.1 NATUREZA DO ESTUDO 28

3.2 CAMPO DE ESTUDO E PERÍODO DA COLETA 28

3.3 SUJEITOS DO ESTUDO 28

3.4 INSTRUMENTOS E PROCEDIMENTOS DE COLETA DE DADOS 29

3.5 PLANO DE ANÁLISE 29

3.6 QUESTÕES ÉTICAS 30

4 RESULTADOS 31

5 DISCUSSÃO 37

6 CONCLUSÃO 41

REFERÊNCIAS 43

1 INTRODUÇÃO

O envelhecimento populacional brasileiro vem se sobressaindo muito causando aumento nas demandas sociais e econômicas. Este desenvolvimento implica em mudança no aspecto de adoecimento e traz repercussões para atenção a saúde e para políticas públicas, que passam a destacar a promoção da saúde, a manutenção da autonomia e a valorização das redes de suporte social (LIMA; TOCANTINS, 2009).

Para além do nascimento e da morte, uma das certezas da vida é que todas as pessoas envelhecem. Esta constatação deu origem ao desenvolvimento de inúmeras definições de envelhecimento biológico que, apesar de divergirem na orientação teórica subjacente, comungam a noção de perda de funcionalidade progressiva com a idade, com o consequente aumento da susceptibilidade e incidência de doenças, aumentando a perspectiva de morte (MOTA et al., 2004).

A Política Nacional de Saúde do Idoso, instituída em 1999, tem como objetivo a promoção do envelhecimento saudável; a manutenção e a melhoria, da capacidade funcional dos idosos; a prevenção de doenças, a recuperação da saúde e a reabilitação. Busca-se garantir a conservação do idoso no meio em que vive, exercendo com autonomia suas atividades na sociedade (OLIVEIRA; TAVARES, 2010).

Nessa perspectiva, o idoso frágil precisa ser percebido como prioridade frente às políticas públicas de saúde, uma vez que ele demanda maior necessidade de cuidados, principalmente de enfermagem, maior suporte familiar e social. Acredita-se que, se o enfermeiro promover uma avaliação integral do idoso, é possível prevenir o acréscimo da fragilidade, atenuando os índices de hospitalizações gerando aumento da longevidade e qualidade de vida (LINCK; CROSSETTI, 2011).

A Política Nacional de Humanização (PNH) de fevereiro de 2003 constitui-se em uma ação que tem como princípios valorizar as práticas de atenção e gestão de acordo com o Sistema Único de Saúde (SUS), respeitando cada cidadão na sua individualidade e direitos; estimular e fortalecer o trabalho em equipe multiprofissional; apoiar cooperativas de rede para a produção de saúde; preservar a autonomia de cada cidadão fazendo com que seja protagonista das práticas de atenção à saúde; prover de ambiente acolhedor e confortável e incentivar a educação permanente (BRASIL, 2006).

Assim sendo, pesquisas gerontológicas que busquem estratégias para o atendimento às demandas específicas desta faixa etária da população bem como a criação de intervenções adequadas devem ser estimulados, pois o idoso merece atenção na sua assistência sendo indivíduos que requerem abordagens específicas advindas de conhecimentos profundos dos efeitos biopsicossociais do envelhecimento sobre os seres humanos (DIOGO; DUARTE, 1999).

O envelhecimento é um processo dinâmico e progressivo onde há alterações morfológicas, funcionais, bioquímicas e psicológicas que influenciam na perda progressiva da estabilidade do indivíduo ao meio ambiente, causando maior vulnerabilidade e incidência de processos patológicos que terminam por levá-lo à óbito (FARINASSO, 2005).

O processo de envelhecimento deve ser objeto de conhecimento e informação para todos. Os idosos não devem sofrer discriminações, destacando transformações a serem efetivas através de políticas de saúde, atentando para as diversidades regionais e locais, em especial as incoerências entre o meio rural e urbano do Brasil (PROTTI, 2002).

O desafio dos profissionais que assistem o idoso é “aprender” a lidar com as preferências decorrentes da senescência, educando e orientando os cuidadores para o estabelecimento de uma parceria, adotando esquemas terapêuticos simples e, finalmente, maximizar a eficiência terapêutica do medicamento, minimizando o surgimento de eventos adversos (BRASIL, 2006).

Considerar e defender como essencial a presença e participação do idoso na família e na sociedade é uma das missões daqueles que adotam a proposta da atenção básica resolutiva, integral e humanizada (SILVESTRE, 2003).

O acolhimento na atenção básica é o estabelecimento de uma relação solidária e de confiança entre profissionais do sistema de saúde e usuários ou potenciais usuários, entendida como essencial ao processo de co-produção da saúde, sob os princípios orientadores do SUS (Sistema Único de Saúde), universalidade, integralidade e equidade (SOLLA, 2006).

Na Estratégia Saúde da Família (ESF), espera-se que os profissionais de saúde devam estar voltados para a assistência integral e contínua de todos os membros das famílias cadastradas na unidade, sem perder de vista o seu contexto familiar e social. O profissional deve estar atento às mudanças do perfil populacional de sua área de abrangência, com atenção especial ao idoso e uma participação ativa na melhoria da qualidade de vida, com medidas de proteção, identificação precoce de seus agravos, intervenção e medidas de reabilitação voltadas a evitar sua exclusão do convívio familiar e social (BRASIL, 2006).

Baseado no conceito de qualidade e na importância da sua aplicação nos serviços e atendimentos públicos, em especial aos prestados aos idosos, Gianesi (1996) explica que para avaliar o padrão de qualidade deve ser levado em consideração tanto as expectativas como as necessidades de seus clientes além um sistema de operação de serviço apto, em curto, médio e longo prazo, para atender as necessidades dos clientes, pois é baseado nelas que o serviço será avaliado.

A proposta de humanização da assistência à saúde visa à melhoria da qualidade do atendimento ao usuário e das condições de trabalho para os profissionais. Sabe-se que visa, também, ao alinhamento com as políticas mundiais de saúde e a redução dos custos excessivos e desnecessários decorrentes da ignorância, do descaso e do despreparo que ainda permeiam as relações de saúde em todas as instâncias (BRASIL, 2006).

Com o objetivo de colaborar na melhoria da qualidade do atendimento de enfermagem ao idoso e devido à sensibilização com a longevidade dessa população, baseando-se na avaliação da qualidade do atendimento prestado a este grupo na Unidade Básica de Saúde (UBS) do bairro Santa Lúcia no município de Eunápolis-Bahia e com a observação das práticas diárias da equipe de enfermagem, a seguinte pesquisa destacou a avaliação dos idosos em relação ao atendimento prestado pelos profissionais de enfermagem.

2 REFERENCIAL TEÓRICO

2.1 ASPECTOS FISIOLÓGICOS DO ENVELHECIMENTO

O envelhecimento é um dos momentos mais temidos da vida, como também o nascimento e a morte, talvez seja uma das experiências mais desafiadoras que todo ser humano irá passar. Por ser um aspecto tão relevante na vida às pessoas nem sempre conseguem compreender e aceitar (SPIRDUSO, 2004).

As pessoas são individuais em seus processos biopsicossociais do envelhecer, sendo influenciada pela genética, pelos efeitos do ambiente externo e de hábitos de vida adotados, sua exposição ao agente traumático, infecções, doenças passadas e práticas de saúde e doença que as mesmas adotam durante a vida (TOWNSEND, 2002).

O envelhecimento caracteriza-se como uma etapa da evolução humana que pode oferecer riscos ao bem estar e a boa qualidade de vida, por desenvolver perdas significativas para o indivíduo que esta envelhecendo (FERREIRA et al., 2012)

A senescência consiste no somatório de alterações orgânicas, funcionais e psicológicas do envelhecimento normal, enquanto a senilidade é contemplada por afecções que acometem frequentemente os idosos (MACEDO, 2006).

A ciência que estuda o processo de envelhecimento e os múltiplos problemas que envolvem a pessoa idosa, ela é jovem. A geriatria é o ramo da ciência que estuda os aspectos curativos e preventivos da atenção à saúde, tem relação estreita com as disciplinas da área médica (OHARA; RIBEIRO, 2008).

O envelhecimento representa a consequência, ou seja, os efeitos da passagem do tempo. Estes efeitos podem ser positivos ou negativos e são observados nas diversas dimensões do indivíduo: organismo (envelhecimento biológico) psiquismo (Envelhecimento Psíquico). Todas as dimensões são igualmente importantes, na medida em que são coadjuvantes para a manutenção da autonomia e independência. (MORAES et al, 2008).

O aspecto positivo do avançar da idade é que muitas pessoas nascidas nesse país podem esperar viver muitos anos. A consequência desse prolongar da longevidade são as prevalências de doenças crônico degenerativas. O impacto negativo e que o aumento do tempo de vida pode promover no indivíduo orientado necessidades de readaptação para um aproveitamento melhor da vida nessas condições limitantes (SPIRDUSO, 2004).

O envelhecimento fisiológico apresenta uma série de alterações nas funções orgânicas e mentais devido o avançar da idade sobre o organismo, promovendo a diminuição da capacidade das funções promovendo um desequilíbrio da homeostase trazendo como característica a diminuição progressiva da reserva funcional (CANCELA, 2007).

A imobilidade, instabilidade postural, incontinência, iatrogenia, insuficiência cerebral são considerados os I’s geriátricos e justificam a necessidade de especialização dos profissionais de saúde na área de geriatria e gerontologia, para que, assim, estejam aptos à abordagens mais específicas de acordo com a necessidade de cada indivíduo (SESAB,2003).

Segundo CARDOSO (2009), as alterações no sistema osteoarticular geram a piora do equilíbrio corporal do idoso, reduzindo a amplitude dos movimentos e modificando a marcha. Além disso, o envelhecimento modifica a atividade celular na medula óssea, ocasionando reabastecimento inadequado de osteoclastos e osteoblastos e também desequilíbrio no processo de reabsorção e formação óssea, resultando em perda óssea.

No funcionamento cerebral, destacamos: a atrofia (diminuição de peso e volume), hipotrofia dos sulcos corticais, redução do volume do córtex, espessamento das meninges, redução do número de neurônios e diminuição de neurotransmissores, nas artérias, ocorre acúmulo de gordura (aterosclerose), perda de fibra elástica e aumento de colágeno, prejudicando a função cardiovascular, diminuindo a resposta de elevação de frequência cardíaca ao esforço ou estímulo, aumentando a disfunção diastólica do ventrículo esquerdo e dificultando a ejeção ventricular (PASI, 2006).

A musculatura da respiração enfraquece com o progredir da idade. Isso ocorre devido ao enfraquecimento dos músculos esqueléticos somado ao enrijecimento da parede torácica, resultando na redução das pressões máximas inspiratórias e expiratórias com um grau de dificuldade maior para executar a dinâmica respiratória (CARVALHO; LEME, 2002).

Ocorrem alterações na cavidade oral, havendo perda do paladar, redução da inervação do esôfago, redução na secreção de lípase e insulina pelo pâncreas, diminuição da metabolização de medicamentos pelo fígado, dificuldade de esvaziamento da vesícula biliar, discreta diminuição da absorção de lipídeos no intestino delgado, no cólon se observa o enfraquecimento muscular, alteração de peristalse e da musculatura do esfíncter exterior (FERRIOLI et al., 2006).

A atrofia da uretra, com enfraquecimento da musculatura pélvica associado à perda de elasticidade uretral e de colo vesical favorecem o aumento de frequência e urgência urinária e incontinência urinária de esforço (SOUZA, 2002).

Com o avançar da idade patologias infecciosas começam a se desenvolver e consequentemente alguns tipos de cânceres. Sendo assim estes problemas podem estar associados com a diminuição gradual das funções do sistema imunológico (CARDOSO, 2009).

2.2 O IMPACTO DO ENVELHECIMENTO POPULACIONAL

O Brasil está num processo de envelhecimento populacional e, a cada dez anos, é evidenciado um aumento considerável no percentual de idosos. Como resultado, estamos vivenciando um período de crescimento de recursos voltados para atender as necessidades desta população (BANDEIRA et al., 2006).

Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), foi observado um crescimento na participação relativa da população com 65 anos ou mais, que era de 4,8% em 1991, passando a 5,9% em 2000 e chegando a 7,4% em 2010. O crescimento absoluto da população do Brasil nestes últimos dez anos se deu principalmente em função do crescimento da população adulta, com destaque também para o aumento da participação da população idosa (PORTAL BRASIL, 2011).

Contrário a esse movimento é o que ocorre com os grupos de pessoas com menos de 20 anos, que apresentam uma diminuição absoluta no seu contingente (PORTAL BRASIL, 2011). Essa transição é demostrada nos resultados do Censo realizado pelo IBGE nos anos de 2000 e 2010 mostrados nas figuras 1 e 2 respectivamente.

GRÁFICO 1: Distribuição da população brasileira por sexo, segundo os grupos de idade em 2000.

(Fonte: IBGE)

GRÁFICO 2: Distribuição da população brasileira por sexo, segundo os grupos de idade em 2010.

(Fonte: IBGE)

Segundo a Organização das Nações Unidas, os anos de 1975 a 2025 corresponderão à “Era do envelhecimento”, marcada pelo crescimento demográfico da população idosa, o que decorre, principalmente, do controle da natalidade e do aumento da expectativa de vida (BERZENS, 2003).

Esse processo conhecido como transição demográfica, vem ocorrendo de forma acelerada, trazendo como consequência para à saúde, uma mudança no perfil epidemiológico, com aumento significativo das enfermidades crônico degenerativas nos índices de morbi mortalidade (SESAB, 2003).

O envelhecimento faz parte de uma realidade que não pode ser ignorada na maioria das populações desenvolvidas e em desenvolvimento, é um assunto relevante do ponto de vista científico e de políticas públicas, estimulando pesquisadores e promotores de políticas sociais, na discussão do desafio que a longevidade humana está colocando para as sociedades (CAMACHO; COELHO, 2010).

O Idoso utiliza mais os serviços de saúde, apresentam frequentes internações hospitalares e o tempo de ocupação do leito é maior do que o de outras faixas etárias. Em geral as doenças dos idosos são crônicas e múltiplas, com assistência continuada que exigem equipes multidisciplinares permanentes e internações frequentes (MAXTA et al, 2003).

É importante ressaltar que embora a maioria dos idosos apresente pelo menos uma doença crônica, é possível continuar vivendo com qualidade desde que haja o controle dessas doenças. Preservar a autonomia e manter a independência no maior grau possível é um dos objetivos do cuidado ao idoso (PAVARINI et al., 2005).

Mesmo considerando os avanços na medicina, que tem contribuído para melhoras expressivas nas condições de saúde da população muito idosa, não se pode desconhecer que crescimento de idosos mais velhos leva a um aumento da carga de incapacidades nessa população, a menos que medidas efetivas sejam adotadas (LIMA; CAMARANO, 2008).

O maior desafio na atenção à pessoa idosa é conseguir contribuir para que, apesar das progressivas limitações que possam ocorrer, elas possam redescobrir possibilidades de viver sua própria vida com a máxima qualidade possível. Essa possibilidade aumenta na medida em que a sociedade considera o contexto familiar e social e consegue reconhecer o potencial e o valor das pessoas idosas (BRASIL, 2006).

O envelhecimento foi conquistado pela humanidade no último século, mas somente o aumento de pessoas idosas não garante aos cidadãos a dignidade para se viver com qualidade de vida. O envelhecimento da população brasileira é uma conquista que resulta em demandas trazidas pela parcela idosa, no âmbito do SUS (ANDRADE, 2012).

O sistema de saúde brasileiro não tem considerado o envelhecimento como uma de suas prioridades, associado à carência de profissionais qualificados, poucas modalidades assistenciais mais humanizadas e a escassez de recursos socioeducativos e de saúde direcionados ao atendimento as pessoas idosas (NASCIMENTO; CHAGAS, 2010).

Portanto se faz necessário uma maior compreensão sobre o processo de envelhecimento segundo o olhar do próprio idoso e do familiar. Este maior entendimento também servirá para orientar os profissionais da área da saúde, em especial os da enfermagem, a uma ampla abordagem assistencial do processo de envelhecimento incluindo o contexto familiar (SOUZA; SKUBS; BRÊTAS, 2007).

2.3 AS PRÁTICAS DIÁRIAS DA EQUIPE DE ENFERMAGEM ENVOLVENDO IDOSOS NA ESTRATÉGIA SAÚDE DA FAMÍLIA

A Estratégia Saúde da Família contempla uma área muito importante para a atenção integral à saúde do idoso estando diretamente ligada com a comunidade e ao atendimento domiciliar tendo contato direto com o convívio familiar. A equipe de saúde da família é quem executa atividades de saúde na unidade básica, onde cada profissional oferece sua contribuição promovendo ações contínuas (COSTA, CIOSAK, 2010).

Os profissionais de saúde da família devem estar preparados para lidar com o envelhecimento rompendo com a fragmentação do processo de trabalho e estabelecer uma relação com o idoso reconhecendo a sua experiência e sabedoria (BRASIL, 2006).

Também parece que não é preocupação dominante a capacitação da equipe para a correta realização de seu trabalho, julgando que, se somente se, agir tecnicamente correto é condição necessária e suficiente para garantir a satisfação do cliente (NASCIMENTO; CHAGAS, 2010).

Os idosos, nem sempre, tem a esperança de que as ações de saúde consigam melhorar a sua vida, que consigam lhe dar mais capacidade para enfrentar os problemas. Ele espera ter mais autonomia, para ir resolvendo, por si, parte de seus sofrimentos. O idoso está se tornando cada vez mais autêntico diante do seu caminhar, principalmente quando os seus familiares e os profissionais de saúde não lhe dão apoio (COSTA, FRACCOLLI, 2007).

O aumento dos anos de vida sem mudanças nos hábitos de saúde aumenta o perfil de morbidades, já o avançar da idade acompanhado de hábitos saudáveis reduz os índices de morbidade (SPIRDUSO, 2004).

Por isso é bem mais frequente o uso de serviço de saúde entre idosos devido a maior prevalência e incidência de doenças e condições crônicas. Assim sendo, a avaliação de enfermagem ocupam papel principal na epidemiologia do envelhecimento (COSTA, CIOSAK, 2010).

As bases da atuação das equipes são as Unidades de Saúde incluindo-se as atividades de visita domiciliar, que são de grande importância para a assistência ao idoso. Deve haver especial atenção com aqueles que se encontram imóveis, restritos ao leito e que não tem condições de acessar a unidade. Desses só teremos notícias e atenderemos graças à visita domiciliar. Outra atividade importante para o Programa de Atenção a Saúde do Idoso (PROSI), é a internação domiciliar que apesar de não substituir a internação hospitalar tradicional, deve ser utilizada para oferecer maior conforto e humanizar o atendimento (SESAB, 2003).

O profissional de saúde, a partir da avaliação das condições do domicílio, da família, da situação socioeconômica, cultural e de saúde consegue elaborar um plano de ação para atender de forma integral o indivíduo e sua família. Os profissionais conseguem estabelecer um vínculo com o individuo e a família, tornando-os co-responsáveis pela assistência (DIOGO, 2005).

2.3.1 O tratamento dispensado aos idosos na unidade básica de saúde

A atenção à saúde do idoso deve firmar-se na atenção básica, através das Unidades Básicas de Saúde e Estratégia Saúde da Família, promovendo ações de prevenção, promoção, proteção e recuperação da saúde, assegurando todos os direitos de cidadania, defesa de sua dignidade, bem estar e direito à vida (BRASIL, 2006).

Dentro da atenção básica, a relação profissional de saúde e paciente, as ações em equipe e o ambiente de trabalho possuem características diferentes do que se vê na atenção hospitalar (CUNHA, 2005).

O acolhimento na atenção básica é o estabelecimento de uma relação solidária e de confiança entre profissionais do sistema de saúde e usuários ou potenciais usuários, entendida como essencial ao processo de co-produção de saúde, sob os princípios orientadores do Sistema Único de Saúde (universalidade, integralidade e equidade) (SOLLA, 2006).

A Estratégia Saúde da Família favorece mudanças no processo de trabalho no que se refere ao acolhimento, pois a relação profissional de saúde e usuário vai além de apenas tratar bem, o que pressupõe respeito, interesse e responsabilidade, envolve também os problemas e as necessidades que a população vivencia (MARQUES, 2004).

A perspectiva da relação se sustenta na escuta e na responsabilidade profissional, que favorecem a formação de vínculos que estabelecem uma relação de confiança e amizade (OLIVEIRA, 2007).

Observa-se uma relação de apoio emocional e empenho dos profissionais, colaborando com a cidadania e direitos dos idosos contribuindo na qualidade assistencial. É nessa perspectiva que se almeja na atenção básica uma compreensão do envelhecimento como um processo benigno e não patológico (SILVESTRE, 2003).

Uma relação rude pode comprometer o respeito e a promoção da autonomia. De um lado, o usuário, que busca a resolução de um problema, e do outro, o trabalhador de saúde, muitas vezes preso a protocolos e normas do serviço. Nesse desencontro de necessidades e interesses, a negociação, que se efetiva pela relação respeitosa, é necessária e deve estar presente, pois nem sempre o usuário é interpretado como um problema de saúde pelo profissional (ARAÚJO, 2010).

De acordo com a Política Nacional de Humanização, humanizar é um pacto, uma construção coletiva que só pode acontecer a partir da construção e troca de saberes, através do trabalho em rede com equipes multiprofissionais, da identificação das necessidades, desejos e interesses dos envolvidos, do reconhecimento de gestores, trabalhadores e usuários como sujeitos ativos e protagonistas das ações de saúde, e da criação de redes solidárias e interativas, participativas do SUS (CANÇADO, 2002).

Para promover a saúde é necessário mais do que o acesso a serviços médicos-assistenciais, é preciso enfrentar os determinantes da saúde em toda a sua amplitude, que requer políticas públicas saudáveis, parceria intersetorial e a participação da população, ou seja, é necessário trabalhar com a idéia de que promover a saúde é um dever de todos (BRASIL, 2004).

Em dezembro de 2000, foi lançado na Bahia o cartão do idoso com o objetivo de contribuir para o acompanhamento contínuo dos indivíduos desta faixa etária, disponibilizando informações importantes sobre o acompanhamento de saúde em qualquer atendimento e também para conhecimento de cada cidadão, uma vez que foi produzido em linguagem simples e em formato de bolso para facilitar o seu transporte (SESAB, 2003).

2.3.2 A comunicação dos profissionais de enfermagem com os idosos

A comunicação é um processo dinâmico que permite que as pessoas se tornem acessíveis umas às outras por meio do compartilhamento de sentimentos, opiniões, experiências e informações (FREIRE, 2006).

Percebe-se que o envolvimento dos profissionais com o idoso influencia para mudanças de comportamento possibilitando ao idoso sentir-se como um ser humano digno e com autoridade na solução de seus problemas (ARAÚJO, 2010).

Para os idosos os fatores emocionais refletem na sua qualidade de vida, o desejo de manter sua produtividade, independência e um envolvimento ativo com o meio ambiente, promovendo uma satisfação de vida e a sensação de bem estar contemplando controle emocional e saúde mental (SPIRDUSO, 2004).

É nessa perspectiva que a atenção básica direciona os profissionais para o desenvolvimento de práticas democráticas e participativas resolvendo os problemas de saúde mais frequentes e de relevância em sua área de abrangência (BRASIL, 2006).

Cada profissional de saúde deve ver as pessoas idosas como únicas cada uma tem necessidades e habilidades individuais, em vez de um grupo estereotipado, existem variáveis que difere um individuo do outro, como atitude, saúde mental, saúde física e grau de independência influenciam na avaliação do envelhecimento (TOWNSEND, 2002).

A enfermagem abrange todos os aspectos, como os cuidados, a capacitação, as orientações e a própria supervisão, com tudo o enfermeiro só tem que proporcionar o bem estar físico e biopsicossocial, pois o cuidador tendo a capacitação consequentemente as questões patológicas vão regredir, por exemplo, a depressão é uma das doenças que mais acomete o idoso devido ao isolamento, e se este idoso possuir um cuidador capacitado o mesmo irá trabalhar na sua autoestima proporcionando a comunicação, obtendo assim um resultado positivo da sua patologia (CANÇADO, 2002).

Humanizar é garantir a palavra a sua dignidade ética, ou seja, para que o sofrimento humano e as percepções de dor ou de prazer no corpo sejam humanizados. Pela linguagem, fazemos as descobertas de meios pessoais de comunicação com o outro, sem o que nos desumanizamos reciprocamente. Sem comunicação não há humanização (BERZENS, 2003).

2.3.3 Abordagem interpessoal da equipe de enfermagem as famílias dos idosos

O envelhecimento é uma preocupação coletiva trazendo grandes desafios, sendo que um deles é a contribuição para que os mesmos possam redescobrir possibilidades de viver sua vida com qualidade, autonomia e independência. Para isso a sociedade precisa reconhecer a importância e o valor desses indivíduos (PINHO, et al., 2012).

As consequências sociais de uma população de idosos doentes são inúmeras, a sociedade conta com uma parte dessa população de cidadãos infelizes e improdutivos, afetando suas famílias, exercendo uma carga financeira sobre toda sociedade (SPIRDUSO, 2004).

A Estratégia Saúde da Família contempla uma área muito importante para a atenção integral à saúde do idoso estando diretamente ligada com a comunidade e atendimento domiciliar objetivando o contato direto com o convívio familiar (OLIVEIRA; TAVARES; 2010).

A enfermagem e toda equipe multidisciplinar irão orientar os idosos, familiares ou cuidadores quanto à prevenção de acidentes domésticos e na rua, orientações nutricionais, adequando a alimentação do idoso as suas necessidades energéticas, patologias e condições financeiras, a higiene bucal, prevenção das doenças infecciosas, em especial as respiratórias, medicamentos de uso continuado e outras medidas que forem necessárias (LOMBA; 2007).

Na atenção básica o enfermeiro como membro da equipe de saúde deve conhecer a realidade das famílias, tanto nos aspectos físicos, mentais, sociais e demográficos, devendo realizar assistência integral e contínua a todos os membros incluindo assistência domiciliar como local de atenção. Deve também, analisar as informações coletadas na consulta de enfermagem e elaborar o plano assistencial estabelecendo metas (BRASIL, 2006).

No contexto brasileiro, a existência de um familiar que se envolve nos cuidados a um idoso dependente é ainda muito frequente. As famílias constituem-se no primeiro recurso, do qual se vale a sociedade, para dar atendimento e acolher os seus membros idosos, principalmente nos casos que demandam cuidados prolongados decorrentes de processos mórbidos incapacitantes. Elas são fonte primária de suporte social informal (TORRES et al., 2004).

A família e a comunidade devem ser orientadas quanto ao processo de envelhecimento, sobre fatores de risco em que os idosos estão expostos e informados sobre intervenções que possam minimizar ou eliminar estes riscos, desenvolvendo ações educativas no nível primário, secundário e terciário, estimulando a participação ativa do idoso e seus familiares no processo de auto cuidado (FONTE, 2002).

O enfoque na saúde do idoso visa beneficiar o cliente e seus familiares na identificação e resolução de desajustes, enfrentamento de problemas e tomada de decisões. O foco do cuidado deve estar em ajudar e capacitar o cliente e sua família de forma que eles possam estabelecer autonomia em relação ao processo saúde-doença (OLIVEIRA; TAVARES, 2010).

2.3.4 Atuação da equipe de enfermagem na saúde integral ao idoso na estratégia saúde da família

A Equipe de Saúde da Família deve ser responsável pela atenção à saúde da pessoa idosa pertencente a sua área de abrangência. Todos os profissionais devem oferecer ao idoso e sua família uma atenção humanizada com orientação, acompanhamento e apoio domiciliar. Para a efetivação de uma assistência humanizada, os profissionais devem planejar e programar as ações, estar preparados para lidar com as questões do processo de envelhecimento e buscar sempre o máximo de autonomia dos usuários (BRASIL, 2006).

A consulta de enfermagem é uma atividade privativa do enfermeiro, deve ser realizada de forma sistematizada para a realização da ação de enfermagem independente. As etapas no processo de enfermagem devem incluir o histórico do paciente, exame físico, exame neurológico que no idoso é de extrema importância, pois é a principal causa de incapacidade nessa faixa etária, diagnóstico de enfermagem, intervenções e prescrições de enfermagem, resultados esperados e evolução ( SPARKS; TAYLOR, 2007).

Durante a consulta de enfermagem o profissional deve ser observador, atencioso e cortês com o idoso, estar receptivo, ouvir atentamente demonstrando interesse em relação às necessidades do cliente, suas preocupações e problemas, ser resolutivo considerando as necessidades em saúde possíveis de serem atendidas na unidade, traçar estratégias que comtemplem a utilização das rotinas de acordo com as necessidades do cliente, ser criativo encontrando soluções de acordo com cada situação (CAMPEDELLI, 1990).

É fundamental que o enfermeiro desenvolva estratégias de educação em saúde, para conhecimento integral de saúde e qualidade de vida, respeitando a história de vida do cliente, estimulando a autoconfiança, promovendo a solidariedade e desenvolvendo práticas de cidadania, aumentando seu conhecimento científico para colaborar com a construção de um pensamento mais crítico (MARTINS et al., 2007).

Quando se trata do idoso a equipe de saúde deve estar preparada e consciente de que seu papel interfere na qualidade e na satisfação atendimento. Saber o que o idoso pensa, o que sente e suas expectativas proporciona oportunidade não só para reflexão da equipe que cuida, mas também, permite que medidas práticas reais sejam tomadas e que possam fortalecer o vínculo de quem cuida e de quem é cuidado (NERI, 2006).

A qualidade de vida dos idosos só tem valor se for durável, e o objetivo de prolongar o tempo de vida só vale a pena se for com qualidade. Conservar a saúde e adiar ao máximo as doenças debilitadoras compensando a morbidade (SPIRDUSO, 2004).

O conceito de qualidade de vida é como o indivíduo se percebe em sua posição na vida, dentro do contexto cultural e sistema de valores com os quais convive e em relação aos seus objetivos, expectativas, padrões e preocupações. A qualidade de vida na velhice sofre mudanças sob a influência de diversos fatores, entre eles o preconceito dos profissionais e dos próprios idosos em relação à velhice (PASCHOAL, 2002).

Os profissionais de enfermagem devem estar preparados para os cuidados com a pessoa idosa, sendo assim os mesmos precisam estar aptos a desenvolver atitudes efetivas e de impacto na atenção à saúde do idoso. A assistência prestada à pessoa idosa está diretamente ligada às suas necessidades de saúde, cuidados e bem estar. A equipe de enfermagem deve identificar e avaliar suas necessidades para maximizar suas condições de saúde, minimizar as perdas e limitações, facilitar diagnósticos e auxiliar no tratamento, proporcionando conforto quando o idoso apresentar angústias e fragilidades (CANÇADO, 2002).

3 METODOLOGIA

3.1 NATUREZA DO ESTUDO

Foi desenvolvida uma pesquisa através de um estudo de caso descritivo e quantitativo a fim de identificar, registrar e analisar, visando através de questionário (ANEXO II) realizar projeções para a população representada, avaliando a percepção dos idosos sobre a qualidade do atendimento de enfermagem na Estratégia Saúde da Família do bairro Santa Lúcia no município de Eunápolis-BA.

3.2 CAMPO DE ESTUDO E PERÍODO DA COLETA

A coleta de dados ocorreu entre os meses de janeiro e março de 2013, na cidade de Eunápolis-Bahia localizada a 671 quilômetros da capital, no extremo sul, possuindo uma área de 1.197,00 km², as margens da BR-101 e BR-367. Apresenta clima tropical e tem como principal atividade econômica o comércio. O município que é sede da Oitava Diretoria Regional de Saúde está inserido na macrorregional de saúde de Teixeira de Freitas e microrregional de Porto Seguro.

O campo de estudo foi a Estratégia Saúde da Família do bairro Santa Lúcia, que é composta por um médico, um enfermeiro, um técnico de enfermagem e seis agentes comunitários de saúde, e a população principal foram idosos que possuem a partir de 60 anos do bairro, que correspondem a um grupo de aproximadamente 3,94% (n= 408) dessa faixa etária cadastrada no Sistema de Informação da Atenção Básica (SIAB) da cidade. Ressalta-se que esta categoria (idosos a partir de 60 anos) não dispõe de nenhum tipo de programa específico nesta Unidade.

3.3 SUJEITOS DO ESTUDO

Primeiramente foi realizado um levantamento na Secretária Municipal de Saúde e com dados do Sistema de Informação da Atenção Básica (ANEXO III) foi possível identificar o número de idosos com mais de 60 anos que tinham cadastro na Estratégia Saúde da Família do bairro Santa Lúcia no município de Eunápolis – Bahia. Excluiu-se da pesquisa os idosos não cadastrados e os que eram cadastrados, porém não se dispunham para tal atividade.

3.4 INSTRUMENTOS E PROCEDIMENTOS DE COLETA DE DADOS

O Instrumento para coleta de dados compreendeu um questionário, contendo dados do perfil sócio – econômico e questões acerca da qualidade do atendimento prestado aos idosos e das ações que são desenvolvidas com os mesmos na Estratégia Saúde da Família, localizada no bairro Santa Lúcia no município de Eunápolis – BA. A escolha dos entrevistados ocorreu de maneira aleatória e não intencional.

Os procedimentos adotados para a coleta de dados obedeceu à seguinte ordem: Notificação para à Secretaria Municipal de Saúde e Unidade de saúde do bairro Santa Lúcia, para o início da pesquisa; coleta de dados no Sistema de Informação da Atenção Básica (SIAB); Visita à Unidade de Saúde para agendamento da coleta dos dados e esclarecimentos acerca do estudo; Retorno à ESF para coleta de dados que ocorreu mediante aceitação dos sujeitos do estudo, sendo realizada a leitura do protocolo de pesquisa e assinatura do Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE) (ANEXO I).

3.5 PLANO DE ANÁLISE

Os dados estatísticos obtidos do conjunto restrito, a amostra, foram analisadas no programa EXCEL (pacote de aplicativos e programas do WINDOWS 7), e a partir dos resultados foram tiradas algumas conclusões que procuram alargar-se a um conjunto mais vasto – a população de estudo.

3.6 QUESTÕES ÉTICAS

Este estudo será desenvolvido respaldando-se na resolução 196/96 do Conselho Nacional de Saúde, regulamentadora das pesquisas com seres humanos, considerando a observância da beneficência, não maleficência, ausência de riscos e prejuízos, com garantia do anonimato aos sujeitos do estudo. Esta pesquisa só poderá iniciar a coleta de dados após aprovação de CEP e a coleta dos dados ocorrerá após aceitação do sujeito do estudo e assinatura do termo de consentimento livre e esclarecido.

4 RESULTADOS

A pesquisa foi realizada com uma amostra de 5,39% (n= 22) dos idosos do bairro com idade entre 60 e 78 anos cadastrados no SIAB, sendo aproximadamente 27,27% (n= 6) do sexo masculino e 72,73% (n= 16) do sexo feminino, conforme o gráfico 3.

GRÁFICO 3: Respostas dos entrevistados quanto ao gênero.

FONTE: próprio autor

Com relação ao estado civil dos entrevistados 50,00% (n= 11) são casados, 27,27% (n= 6) são solteiros, 13,64% (n= 3) são viúvos e 9,09% (n= 2) são divorciados, como mostra o gráfico 4.

GRAFICO 4: Respostas dos entrevistados quanto ao estado civil.

Fonte: próprio autor

Quanto ao grau de escolaridade dos entrevistados 77,27% (n= 17) declararam ser alfabetizados e 22,73% (n= 5) não alfabetizados, como demonstrado no gráfico 5.

GRÁFICO 5: Respostas dos entrevistados quanto ao grau de escolaridade.

Fonte: próprio autor

A grande maioria dos entrevistados 86,36% (n= 19) declarou ser aposentados, sendo apenas 13,64% (n= 3) não aposentados, como mostra o gráfico 6. Os idosos que declararam não possuir aposentadoria dispõem de outro tipo de renda.

GRáFICO 6: Respostas dos entrevistados sobre situação econômica.

Fonte: próprio autor

Todos os entrevistados frequentam o serviço regularmente, coincidentemente todos eles fazem parte do “Programa Hiperdia” que exige tal frequência. Quando perguntados sobre o tempo de espera para a consulta de enfermagem, 68,18% (n= 15) responderam esperar pouco tempo, enquanto 31,82% (n= 7) responderam esperar muito tempo. Já em relação ao tempo disponibilizado para consulta, se era considerado suficiente para entender as recomendações 45,45% (n= 10) disseram que sim, e 54,55% (n= 12) disseram não ser suficiente.

Ao serem perguntados em relação ao acesso ao profissional enfermeiro(a) da Unidade, 63,64% (n= 14) dos entrevistados responderam que este é de forma fácil e 36,36% (n= 8) disseram ter dificuldades para tal. Já quando questionados acerca do relacionamento interpessoal que mantinham com o profissional enfermeiro(a) da unidade 72,73% (n= 16) disseram manter uma boa relação, 4,55% (n= 1) afirmam ser ótima, 18,18% (n= 4) disseram que está era regular e 4,55% (n= 1) relatam ser ruim, como ilustrado no gráfico 7.

GRAFICO 7: Respostas dos entrevistados quanto ao relacionamento interpessoal com o profissional enfermeiro(a) da unidade.

Fonte: próprio autor

Quando perguntados acerca das orientações passadas pelo profissional enfermeiro(a) da unidade durante a consulta de enfermagem, se essas orientações eram dadas com clareza, 72,73% (n= 16) afirmaram que sim e 27,27% (n= 6) disseram que não. Já em relação à resolutividade de situações apresentadas durante a consulta 86,36% (n=19) disseram ser positivas e 13,64% (n= 3) negativas.

De acordo com o gráfico 8, a maioria dos entrevistados 72,73% (n= 16) afirmaram que os enfermeiros não promovem encontros coletivos.

Gráfico 8: Respostas dos entrevistados quanto à promoção, por parte dos enfermeiros, de encontros coletivos com grupos de idosos.

Fonte: próprio autor

Quando perguntados se recebiam visitas domiciliares do profissional enfermeiro(a) da unidade, 95,45% (n= 21) do idosos disseram que não recebiam, e 4,55% (n= 1) disseram que recebiam, como ilustrado no gráfico 9.

Gráfico 9: Respostas dos entrevistados quanto à realização de visitas domiciliares.

Fonte: próprio autor

Os resultados da pesquisa mostram que 50% (n= 11) dos entrevistados disseram que já sugeriram mudanças que acham necessárias no atendimento do enfermeiro(a). E de acordo com o gráfico 10, 68,18% (n= 15) dos entrevistados já notam mudanças, para melhor, no atendimento da consulta de enfermagem, em oposição, 31,82% (n= 7) não percebem essas mudanças.

GRÁFICO 10: Respostas dos entrevistados quando perguntados se observam mudanças no atendimento da consulta de enfermagem.

Fonte: próprio autor

Quando perguntados se eles estavam satisfeitos com o atendimento do enfermeiro(a) da unidade, 50% (n= 11) disseram que sim.

Quanto a atuação da equipe de enfermagem e o seu empenho/comprometimento na busca por soluções para os problemas de saúde dos idosos, 40,91% (n= 9) disseram que ocorre de forma eficaz, 31,82% (n= 7) afirmaram ser satisfatório e 27,27% (n= 6) disseram ser regular, como mostra o gráfico 11.

GRÁFICO 11: Respostas dos entrevistados quanto ao empenho/comprometimento da equipe de enfermagem na busca de soluções para os problemas de saúde dos idosos.

Fonte: próprio autor

Ainda em relação a equipe de enfermagem 45,45% (n= 10) dos entrevistados afirmaram que o fato de serem acompanhados pela equipe melhorou sua qualidade de vida e 54,55% (n=12) disseram que não houveram mudanças, resultados apresentados no gráfico 12.

Gráfico 12: Respostas dos entrevistados quanto ao acompanhamento da equipe de enfermagem, se esta colaborou na melhora da qualidade de vida dos idosos.

Fonte: próprio autor

5 DISCUSSÃO

Durante a coleta de dados foi evidenciado que os participantes em sua maioria foram do sexo feminino, caracterizando que as mulheres tem maior frequência aos serviços de saúde, uma vez que, os homens mesmo se encontrando em condições de aposentadoria, procuram um trabalho informal para acrescentar a renda mensal sendo frequentemente o representante provedor da família. Devido a esse fato não costumam visitar com frequência as unidades de saúde e não se encontram inseridos em programas de prevenção.

Segundo Brasil (2008) muitos agravos poderiam ser evitados caso os homens realizassem, com regularidade, as medidas de prevenção primária. A resistência masculina à atenção primária aumenta não somente a sobrecarga financeira da sociedade, mas também, e, sobretudo, o sofrimento físico e emocional do paciente e de sua família, na luta pela conservação da saúde e da qualidade de vida dessas pessoas.

A pesquisa foi realizada no bairro Santa Lúcia onde ficou perceptível que a maioria das famílias apresentam um bom perfil sócio econômico e cultural, em sua grande maioria de classe média, sendo observado que, dentre os idosos entrevistados grande parte são casados ou possuem companheiras (os). Outro fator relevante para a pesquisa foi que a maioria são alfabetizados, o que facilita a ocorrência de diálogo entre equipe de saúde/paciente.

Os idosos que fizeram parte da pesquisa se encontravam na unidade de saúde para o acompanhamento no Programa Hiperdia que contempla a saúde do adulto em qualquer faixa etária promovendo o controle das doenças crônicas como diabetes mellitus e hipertensão arterial, sendo assim não foram identificados programas que contemplassem somente os idosos naquela unidade, visto que geralmente os programas para Idosos disponibilizam outras práticas para serem desenvolvidas com a terceira idade.

Um ponto positivo avaliado pelos idosos foi o da prioridade e agilidade no atendimento, mas enfatizaram como ponto a ser melhorado, o tempo de atendimento que julgam ser inferior ao que necessitam e que, de fato, precisam ser avaliados durante a consulta de enfermagem.

Machado e colaboradores (2005) referem que na consulta ocorre uma interação entre o profissional enfermeiro e o cliente, com objetivo de promover a saúde, de prevenir doenças e limitação do dano. Para que esta atividade alcance seu objetivo final, torna-se necessário que ocorra eficazmente a interação, através do desenvolvimento da habilidade refinada de comunicação, para o exercício da escuta e da ação dialógica. Assim sendo, a consulta de enfermagem ao idoso é um pleno desenvolvimento desta habilidade que por suas características necessita de uma maior escuta e atenção.

Outra característica relevante foi o vínculo que os idosos têm com a enfermeira da Estratégia de saúde da família onde ocorreu a pesquisa, em que muitos citaram que a mesma é muito atenciosa e prestativa estando sempre a disposição para resolução de qualquer situação ou problema colocado pelo idoso. Foi citado também, como ponto importante, a mudança de profissionais enfermeiros nesta unidade que tem ocorrido com frequência e que foi enfatizado com preocupação pelos idosos atendidos na unidade.

Essa relação enfermeiro(a)-paciente, segundo RUBIO (2011), é favorecida quando a assistência é gerenciada de forma integral e contínua. A rotatividade de profissionais envolvidos no cuidado ao idoso/familiar interfere no restabelecimento do paciente.

Outra informação relevante no resultado da pesquisa é que os idosos relatam em sua grande maioria, nunca ter participado de encontros, grupos e eventos em coletividade, visto o quanto é importante essa troca de informações entre os interessados e equipe de saúde.

Segundo Martins (2007) a utilização de estratégias de trabalhos em grupos para o cuidar do ser humano é referenciada já na década de setenta do século XX, sendo a área da saúde publica pioneira: “As práticas grupais de educação em saúde tem sido utilizadas pelos enfermeiros, principalmente na atenção básica, como alternativa para as práticas assistenciais e educativas” .

Como resultado da pesquisa fica sugestivo uma melhora no serviço em relação às visitas domiciliares aos idosos, já que LOBO (2007) evidencia que nos serviços públicos de saúde, a visita domiciliar realizada pela equipe da Estratégia Saúde da Família (ESF) contribui para amenizar os problemas de saúde em seu foco de origem, diminuindo os índices de contaminação entre os idosos.

Um percentual satisfatório dos entrevistados ao serem abordados sobre sua contribuição nas ideias de melhorias no atendimento das consultas de enfermagem, disse já ter sugerido mudanças, mostrando que existe a contribuição da população, de forma democrática, nas decisões, o que é muito importante para o serviço de saúde.

Os idosos fizeram diversas colocações quanto à avaliação da equipe de enfermagem, mas foi evidenciado que a equipe se dedica em resolver situações que eles colocam durante o atendimento, sendo que há uma grande necessidade de adequação para que esse atendimento seja prestado com excelência promovendo a satisfação dos idosos de forma unânime. Torna-se indispensável o envolvimento de toda a equipe sendo destacadas as relações humanas promovendo a importância da empatia e o vínculo dos profissionais com os idosos.

A população entrevistada informou em grande percentual que reconhecem a importância do profissional de enfermagem na melhoria de sua qualidade de vida, uma vez que há a necessidade de se adotar estratégias para minimizar o grau de morbidade promovido por acúmulos de doenças crônicas.

Metade dos entrevistados consideram-se satisfeitos com o trabalho da enfermeira e equipe de enfermagem da unidade, precisando ser revisto algumas adaptações e ideias oferecidas pelos clientes, observando os manuais do programa do idoso e capacitando a equipe para uma melhor qualidade dos serviços ofertados na unidade de saúde do bairro Santa Lúcia no município de Eunápolis-Bahia, necessitando de ações e estratégias para alcançar esse mérito em sua totalidade.

Por fim, se os profissionais estiverem qualificados e capacitados entendendo as diferenças decorrentes da senescência e da senilidade irão atender a essa crescente demanda de idosos de maneira a melhorar a credibilidade dos serviços ofertados de forma resolutiva promovendo a acreditação da terceira idade aproximando-os da equipe de saúde da família.

6 CONCLUSÃO

A qualidade dos serviços prestados está intrinsecamente relacionada à satisfação do cliente. O serviço prestado, em geral, deve oferecer tranquilidade, confiabilidade, competência, cortesia, agilidade, credibilidade, segurança, acesso, comunicação e compreensão a respeito do cliente, tudo isso visando oferecer o que lhe é devido: a qualidade.

Ao avaliar a percepção dos idosos sobre a qualidade do atendimento de enfermagem foi possível identificar o quanto os entrevistados daquela área pesquisada, em sua maioria, estão satisfeitos com o atendimento do enfermeiro, sendo necessárias apenas algumas adequações que foram abordadas durante a pesquisa e que poderão ser utilizadas como sugestões para os gestores de saúde, a fim de que, alcancem um nível mais amplo de idosos satisfeitos com o atendimento.

O grande desafio da enfermagem é acima de tudo repensar todas as práticas das instituições de saúde, organizando diferentes opções e formas de atendimento e de assistência, que possam preservar um posicionamento ético no contato pessoal com os usuários, nas mais diversas intervenções de saúde.

A enfermagem deve desenvolver estratégias voltadas para a saúde do idoso, pois constituem um grupo com necessidades e características específicas, estando expostos a maiores riscos, elaborar cuidados dentro da realidade em que cada um se encontra, com utilização da sistematização da assistência, avaliando as necessidades humanas básicas e realizando parcerias com outras organizações existentes na comunidade.

Como ponto positivo avaliado na pesquisa foi a participação popular, a contribuição desses indivíduos para a melhoria do atendimento do enfermeiro(a) e os resultados que os mesmos disseram já ter percebido nas mudanças favoráveis relacionados ao atendimento, após críticas construtivas avaliadas e mencionadas pelos sujeitos da pesquisa.

O questionário que serviu de instrumento da pesquisa trouxe detalhes sugestivos à busca da qualidade nos serviços e atendimentos prestados pela equipe de enfermagem promovendo possibilidades de se alcançar méritos que ainda não promoveram a satisfação dos clientes estudados.

A pesquisa contribuiu também para que sejam implantadas abordagens mas precisas a essa parcela da população que está em crescimento desordenado, visto que mesmo estando satisfeitos com o atendimento de enfermagem, há uma necessidade de se atingir a qualidade em sua totalidade e para isso, é necessário fazer algumas adaptações avaliando a necessidade personalizada de cada indivíduo.

Para que o perfil de qualidade seja alcançado o profissional enfermeiro deve adequar sua equipe através de educação continuada e seu atendimento somando a atuação sistematizada, a um completo acolhimento humanizado, visando promover ao cliente um bem estar biopsicossocial, para que se obtenha maior autonomia desses idosos sobre suas atividades e consequentemente melhor qualidade de vida.

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ANEXOS

ANEXO I

FACULDADES INTEGRADAS DO EXTREMO SUL DA BAHIA -

UNIÃO DE EDUCAÇÃO E CULTURA -

BR 367, KM 14, 14 - ZONA RURAL - CEP:45825000 / EUNÁPOLIS-BA

FONE / FAX: 73 32814342

TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO (TCLE)

Resolução nº 196, de 10 de Outubro de 1996, sendo o Conselho Nacional de Saúde.

O presente termo em atendimento à Resolução 196/96, destina-se a esclarecer ao participante da pesquisa intitulada “PERCEPÇÃO DOS IDOSOS SOBRE A QUALIDADE DO ATENDIMENTO DE ENFERMAGEM NA ESTRATÉGIA SAÚDE DA FAMÍLIA DO BAIRRO SANTA LÚCIA NO MUNICÍPIO DE EUNÁPOLIS”, sob responsabilidade da pesquisadora Anaturesa Ferreira Guimarães, do curso de Graduação em Enfermagem do Departamento de Ciências da saúde, os seguintes aspectos:

Objetivos: Avaliar a percepção dos idosos sobre a qualidade do atendimento de enfermagem na Estratégia Saúde da Família do bairro Santa Lúcia no município de Eunápolis-Bahia.

    • Identificar a satisfação dos idosos quanto ao atendimento de enfermagem na Estratégia Saúde da Família.

    • Verificar o tratamento dispensado ao idoso na unidade básica de saúde.

    • Levantar como os idosos avaliam o trabalho do enfermeiro (a) na equipe de Saúde da Família.

Metodologia: Será desenvolvido um estudo de caso com pesquisa descritiva de natureza quantitativa, os estudos descritivos pretendem compreender um fenômeno para elencar variáveis e hipóteses. Enquanto que o estudo quantitativo visa, através de questionário, realizar projeções para a população representada.

Justificativa e Relevância: A necessidade de serem estabelecidos esquemas assistenciais mais efetivos e dinâmicos, capazes de assistir as demandas crescentes dos idosos e seus familiares. Dessa forma permite que ambos encontrem solução terapêutica adequada, em que o equilíbrio familiar seja a meta, melhorando à assistência ao idoso e diminuindo os custos emocionais da própria família.

Participação: Idosos com idade a partir de 60 anos que frequentam à unidade responderam a um questionário semi estruturado.

Desconfortos e riscos: Essa pesquisa não apresenta riscos ou desconfortos.

Confidencialidade do estudo: O presente estudo é realizado nos padrões e normas éticas.

Benefícios: A possíveis críticas advindas da pesquisa poderão ocasionar a construção de novos métodos para a adequação da assistência.

Dano advindo da pesquisa: Não apresenta danos ao pesquisado.

Garantia de esclarecimento: Será realizada a leitura do protocolo de pesquisa fornecendo todas as informações necessárias ao participante.

Participação Voluntária: A participação dos sujeitos da pesquisa no projeto é voluntária e livre de qualquer forma de remuneração e que o mesmo pode retirar seu consentimento em participar da pesquisa a qualquer momento.

    • Consentimento para participação: Eu estou de acordo com a participação no estudo descrito acima. Eu fui devidamente esclarecido quanto os objetivos da pesquisa, aos procedimentos aos quais serei submetido e os possíveis riscos envolvidos na minha participação. Os pesquisadores me garantiram disponibilizar qualquer esclarecimento adicional que eu venha solicitar durante o curso da pesquisa e o direito de desistir da participação em qualquer momento, sem que a minha desistência implique em qualquer prejuízo à minha pessoa ou à minha família, sendo garantido anonimato e o sigilo dos dados referentes a minha identificação, bem como de que a minha participação neste estudo não me trará nenhum benefício econômico.

Eu, ___________________________________________________, aceito livremente participar do estudo intitulada “ PERCEPÇÃO DOS IDOSOS SOBRE A QUALIDADE DO ATENDIMENTO DE ENFERMAGEM NA ESTRATÉGIA SAÚDE DA FAMÍLIA DO BAIRRO SANTA LÚCIA NO MUNICÍPIO DE EUNÁPOLIS-BAHIA” desenvolvida pela acadêmica Anaturesa Ferreira Guimarães, sob a responsabilidade do Professor Diego da Rosa Leal das Faculdades Integradas do Extremo Sul da Bahia.

Polegar direito

Nome da Participante________________________________________________

Nome da pessoa ou responsável legal__________________________________

COMPROMISSO DO PESQUISADOR

Eu discuti as questões acima apresentadas com cada participante do estudo. É minha opinião que cada indivíduo entenda os riscos, benefícios e obrigações relacionadas a esta pesquisa.

Eunápolis, Data: / /

__________________________________________

Assinatura do Pesquisador

Para maiores informações, pode entrar em contato com:

Orientador: Diego da Rosa Leal

Discente: Anaturesa Ferreira Guimarães

ANEXO II

Questionário com idosos a partir de 60 anos que frequentam com assiduidade a (ESF) do Bairro Santa Lúcia no município de Eunápolis-Bahia.

QUESTIONÁRIO

1 - Nome:

2 - Idade:

3 - Sexo: ( )Feminino ( )Masculino

4 - Estado civil: ( )Casado(a) ( )Solteiro(a) ( )Viúvo(a) ( )Divorciado(a)

5 - Escolaridade: ( )Alfabetizado ( )Não Alfabetizado

6 - Aposentado(a): ( )Sim ( )Não

7 - Possui outras rendas: ( )Sim ( )Não

8 - Frequenta algum grupo social: ( ) Sim ( )Não Qual:__________________

9 - Frequência ao serviço de saúde: ( )Regular ( )Esporádico

10 - Quanto tempo você costuma aguardar para receber o atendimento de enfermagem?

( )Muito ( )Pouco

11 - Como é o seu acesso ao enfermeiro(a) da unidade?

( )Difícil ( )Fácil

12 - Como é a sua relação interpessoal com o enfermeiro(a) da unidade?

( )Ótima ( )Boa ( )Regular ( ) Ruim

13 - Qual é o empenho/comprometimento da equipe de enfermagem na busca de soluções para seus problemas de saúde?

( )Regular ( ) Eficaz ( )Satisfatório

14 - Consegue entender com clareza as orientações passadas pelo enfermeiro (a) durante as consultas?

( ) Sim ( )Não

15 - Normalmente o enfermeiro(a) consegue resolver alguma situação que você coloca durante a consulta de enfermagem?

( ) Sim ( )Não

16 - Seu acompanhamento com a equipe de enfermagem melhorou sua qualidade de vida?

( ) Sim ( )Não

17 - O tempo de consulta é suficiente para você entender as recomendações passadas pelo enfermeiro(a) da unidade?

( ) Sim ( )Não

18 - O enfermeiro (a) da unidade promove encontros coletivos além das consultas individuais?

( ) Sim ( )Não

19 - O enfermeiro(a) da unidade já esteve em sua casa para uma visita domiciliar?

( ) Sim ( )Não

20 - Você está satisfeito com o atendimento do enfermeiro (a)?

( ) Sim ( )Não

21 - Já sugeriu alguma mudança que achou necessária no atendimento do enfermeiro (a)?

( ) Sim ( )Não

22 - Observa mudanças no atendimento da consulta de enfermagem?

( ) Sim ( )Não

ANEXO III

Dados do Sistema de Informação da Atenção Básica (siab)