ESTRESSE DA EQUIPE DE ENFERMAGEM NA UNIDADE DE URGÊNCIA E EMERGÊNCIA DO HOSPITAL REGIONAL DE EUNAPOLIS-BA

Data de postagem: Jun 18, 2015 4:51:8 PM

FACULDADES INTEGRADASDO EXTREMO SUL DA BAHIA

WELLINGTON DAVID DA PAIXÃO COSTA

ESTRESSE DA EQUIPE DE ENFERMAGEM NA UNIDADE DE URGÊNCIA E EMERGÊNCIA DO HOSPITAL REGIONAL DE EUNAPOLIS-BA

EUNÁPOLIS, BA

2015

WELLINGTON DAVID DA PAIXÃO COSTA

ESTRESSE DA EQUIPE DE ENFERMAGEM NA UNIDADE DE URGÊNCIA E EMERGÊNCIA DO HOSPITAL REGIONAL DE EUNAPOLIS-BA

Trabalho de Conclusão de Curso apresentado ao curso de Enfermagem das Faculdades Integradas do Extremo Sul da Bahia como parte dos requisitos para a obtenção do Título de Bacharel em Enfermagem.

Orientação: Gislâine Maria R. Silva

EUNÁPOLIS, BA

2015

WELLINGTON DAVID DA PAIXÃO COSTA

ESTRESSE DA EQUIPE DE ENFERMAGEM NA UNIDADE DE URGÊNCIA E EMERGÊNCIA DO HOSPITAL REGIONAL DE EUNAPOLIS-BA

Trabalho de Conclusão de Curso apresentado ao curso de Enfermagem das Faculdades Integradas do Extremo Sul da Bahia como parte dos requisitos para a obtenção do Título de Bacharel em Enfermagem.

Profª. Gislâine Maria R. Silva

(Faculdades Integradas do Extremo Sul da Bahia)

___________________________________________________________

Profª. ____________________________________________

(Faculdades Integradas do Extremo Sul da Bahia)

___________________________________________________________

Profª. Juliana dos Santos Ali

Coordenadora do Curso de Enfermagem

Eunápolis- BA___________________________________________________

AGRADECIMENTOS

Agradeço a Deus...

À minha querida família, pelo apoio constante...

Aos Mestres, pela transmissão do Saber...

À minha orientadora, pela paciência e compromisso...

Aos colegas de profissão - público deste estudo, que se disponibilizaram a responder os questionários;

E a todos aqueles que, direta e indiretamente, contribuíram para a minha chegada até aqui!

Os homens perdem a saúde para juntar dinheiro,

depois perdem o dinheiro para recuperar a saúde.

E por pensarem ansiosamente no futuro

esquecem do presente de forma que acabam

por não viver nem no presente nem no futuro.

E vivem como se nunca fossem morrer...

e morrem como se nunca tivessem vivido.”

Dalai Lama

RESUMO

Introdução: O estresse e as suas consequências perante a saúde do ser humano constituem temas constantes de discussões e objeto de diversos estudos em todo o mundo. A situação de estresse pode ser considerada um estado de tensão psíquica e fisiológica que, por vez, mantém relação direta com as demandas do ambiente. Especificamente, o estresse ocupacional constitui sintomas do estresse associados ao ambiente de trabalho, desencadeando no profissional: frustrações, angústias, sentimentos de hostilidade, tensão, ansiedade e até mesmo depressão, ocasionados a partir de agentes estressores inseridos no ambiente laborativo. Justificativa: Os profissionais de enfermagem atuantes em Unidades de Urgência e Emergência transbordam demandas psíquicas devido as excessivas cargas de trabalho, o dever em cuidar do outro, o elevado risco do erro e a responsabilidade diante da vida humana. Diante deste fato, o presente estudo discorre acerca de uma temática comum, porém ainda com poucas intervenções – o estresse nos profissionais enfermeiros. Problemática: Qual o nível de estresse dos enfermeiros que atuam na Unidade de Urgência e Emergência do Hospital Municipal de Eunápolis – BA? Objetivo: identificar o nível de estresse dos enfermeiros que atuam na Unidade de Urgência e Emergência do Hospital Municipal de Eunápolis – BA. Metodologia: Este estudo de caráter qualitativo aderiu a uma pesquisa exploratória-descritiva, sendo aplicada nos participantes uma entrevista semi-estruturada, onde participaram deste estudo, 08 (oito) enfermeiros, atuantes em Unidades de Urgência e Emergência do Hospital Municipal da cidade de Eunápolis – BA. Resultados: A partir da análise de dados, foi percebido que todos os profissionais entrevistados possuem sintomas que aderem ao estresse ocupacional, visto a importância de se criar mecanismos para lidar com este fator que pode influenciar diretamente na sua atuação profissional. Conclusão: Estes profissionais, muitas vezes, não dispõem de recursos psíquicos suficientes para se proteger destes riscos, concretizando assim o adoecimento psíquico, e consequentemente, desencadeando o estresse.

Palavras – Chave: Estresse, Enfermagem, Urgência e Emergência, Trabalho.

LISTA DE TABELAS

Tabela 01- exposição de dados referente ao sexo dos participantes

Tabela 02 – exposição de dados referente à idade dos participantes

Tabela 03 – exposição de dados referente ao tempo de atuação na área de saúde dos participantes

Tabela 04 – exposição de dados referente ao tempo de atuação na instituição dos participantes

Tabela 05 – exposição de dados referente ao tempo de graduação dos participantes

Tabela 06 – exposição de dados referente ao grau de instrução dos participantes

Tabela 07 – exposição de dados referente à situação conjugal dos participantes

Tabela 08 – exposição de dados referentes ao fato dos participantes realizarem atividades físicas

Tabela 09 – exposição de dados referente ao fato dos participantes possuírem religião

Tabela 10 – exposição de dados referentes ao fato dos participantes trabalharem exclusivamente na instituição

Tabela 11 – exposição de dados referente a carga horária mensal dos participantes)

Tabela 12 – exposição de dados referente às principais atividades estressantes conforme os participantes

Tabela 13 – exposição de dados referente aos sintomas manifestados com maior frequência nos participantes

LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS

OMS – Organização Mundial de Saúde

SUS – Sistema Único de Saúde

CFM – Conselho Federal de Medicina

CF – Constituição Federal

MS – Ministério da Saúde

SUMÁRIO

    1. INTRODUÇÃO

A enfermagem, como profissão de saúde que destina cuidados ao outro, pode ser descrita como uma das áreas em que possui elevado número de profissionais com níveis de estresse. Este fato pode ser intrinsicamente relacionado a responsabilidade contínua dos enfermeiros em lidar com indivíduos que buscam o reestabelecimento da saúde e a manutenção da vida.

É notório que o enfermeiro que exerce sua função profissional em unidades de urgência e emergência se expõe, de forma mais acentuada, a agentes estressores, pois estes lidam com uma demanda imediata e necessitam desenvolver habilidades que vão além do ato de prestar cuidados, mas de controle emocional das situações inesperadas. Estes enfermeiros precisam ampliar a capacidade de atenção e resolução de problemas, pois necessitam tomar decisões rápidas e concretas com o objetivo de prevenir óbitos. Desta forma, acumula uma tensão elevada, ampliando a carga de estresse, o que resulta o adoecimento psíquico do profissional de saúde.

A enfermagem no campo da urgência e emergência, pode ser apontada como uma das profissões que tendem a gerar elevada carga de sofrimento psíquico. Diante da exposição contínua a agentes estressores, o enfermeiro poderá desenvolver quadro de adoecimento e estresse laboral.

Diante deste fato, o presente estudo pretende discorrer acerca de uma temática comum, porém ainda com poucas intervenções – o estresse nos profissionais enfermeiros. Assim, acreditando que as demandas psíquicas dos profissionais de saúde ainda são pouco debatidas e as alternativas são escassas, optou-se por realizar este trabalho que possui como problemática norteadora a seguinte questão: qual o nível de estresse dos enfermeiros que atuam na Unidade de Urgência e Emergência do Hospital Municipal de Eunápolis – BA?

Isto posto, este trabalho tem o objetivo geral de identificar o nível de estresse dos enfermeiros que atuam na Unidade de Urgência e Emergência do Hospital Municipal de Eunápolis – BA. Para isto, além de uma fundamentação teórica sólida, embasada em materiais científicos, foi realizada uma pesquisa qualitativa, através de uma entrevista semi-estruturada com profissionais enfermeiros. Objetivou-se ainda identificar o perfil socioeconomicocultural da equipe de enfermagem da unidade de urgência e emergência do Hospital Regional de Eunápolis – BA; demonstrar quais são os fatores causadores de estresse na equipe de enfermagem na unidade de urgência e emergência; destacar quais são as manifestações clínicas relacionadas ao estresse que mais acometem a equipe de enfermagem de urgência e emergência do Hospital Regional de Eunápolis – BA.

Este estudo divide-se em quatro capítulos que trazem à tona aspectos relevantes diante da prática em enfermagem e dos possíveis agentes estressores. O primeiro capítulo trás o conceito de saúde e reflexões sobre este processo, define a profissão de enfermeiro as Unidades de Urgência e Emergência; O segundo capítulo trás uma reflexão acerca do trabalho como fonte de prazer e adoecimento e das psicopatologias ocasionadas devido ao trabalho, dentre elas o estresse; O terceiro e último capítulo discorre sobre os agentes causadores de estresse em enfermeiros de Unidades de Urgência e Emergência e realiza um levantamento a respeito das possibilidades de prevenção e tratamento do estresse laboral.

Contudo, o presente trabalho de conclusão de curso pretende abarcar conteúdos significativos e relevantes que possam contribuir para o conhecimento do público e para se pensar em alternativas de ampliar a qualidade de vida dos profissionais enfermeiros e ainda, para serem criadas alternativas de prevenção e combate ao estresse laboral. Desta forma, ressalta a importância deste estudo para profissionais e estudantes da área de enfermagem e afins, pois o processo de cuidados para com a saúde não se remete apenas ao paciente, mas também ao profissional, que necessita criar formas de prevenção de situações estressantes, com o intuito de reduzir o índice de adoecimento, ampliando a saúde do trabalhador.

    1. CAPÍTULO I

      1. RE-PENSANDO O PROCESSO DE SAÚDE

O conceito de saúde veio se modificando ao longo do tempo. Entende-se que antes a saúde era compreendida apenas como a ausência de doença, onde o modelo biomédico prevalecia e enfatizava apenas para a patologia em si e os aspectos biológicos, já atualmente a definição de saúde perpassa sob um olhar e posicionamento biopsicossocial, significando a existência de uma interação entre os fatores biológicos, físicos, psicológicos e sociais (BARROS, 2003).

Acredita-se que todos os fatores citados anteriormente contribuem para o estado de saúde. Percebe-se então que a saúde atualmente é entendida como um estado de bem estar físico, mental, social e ambiental, além de priorizar os aspectos familiares e comunitários, passando ser o foco principal a saúde e não a doença (BARROS, 2003).

Segundo o conceito de saúde estabelecido pela Organização Mundial de saúde – OMS (1948) citado por Prates e Nunes (2009, p.94), “saúde é o estado de completo bem-estar físico, mental e social e não apenas a ausência de doença.” Diante desta afirmativa, cabe pensar que este conceito não se caracteriza como um estado estático, no qual uma vez alcançado sempre poderá ser mantido. Trata-se de um conceito dinâmico, que tende a levar em consideração múltiplos fatores, tanto de ordem biológica e fisiológica, como também sociocultural e psicológica.

É de suma importância observar a saúde como um estado que pode variar de acordo com fatores subjetivos, sociais, econômicos, culturais, entre outros. Cada indivíduo tende a caracterizar e a idealizar o estado próprio de saúde a partir da combinação desses fatores específicos, que se estabelecem em decorrência não somente do estado de ausência de doença.

É possível visualizar o campo de saúde, não somente centralizado na figura de profissionais da medicina, mas sim como reflexo das múltiplas áreas de atuação que viabilizam serviços e prestam atendimento que direcionam o ser humano ao bem estar. Pode-se citar, como parte integrante e fundamental, nas equipes de saúde, profissionais das mais diversas áreas de conhecimento, tais como enfermagem, radiologia, psicologia, serviço social, nutrição e demais membros da equipe multiprofissional, engajados em garantir e/ou restaurar a saúde do sujeito.

A Constituição Federal de 1988 estabelece uma nova maneira de pensar saúde como um direito de todos e dever do Estado, tornando o seu acesso universal e igualitário às ações e serviços para a promoção, proteção e recuperação, garantindo mediante políticas sociais e econômicas, a redução do risco e agravos da doença. Aos aspectos físicos ou biológicos, foram agregando os psicológicos, os sociais e os ambientais, passando também a ser reconhecidos como causadores de doenças.

    1. A ENFERMAGEM E A FUNÇÃO DO ENFERMEIRO ENQUANTO PROFISSIONAL DE SAÚDE

A enfermagem pode ser considerada a profissão na área da saúde que presta cuidados aos indivíduos que se encontram em processo de adoecimento. Diante disto, Abdellad (1971) acrescenta esta afirmativa trazendo o pensamento de que a enfermagem visa colocar o ser humano doente em condições para atingir a ‘cura’. O indivíduo, por vez, é o fator primordial do trabalho do enfermeiro, visto que tal atividade profissional presta serviços humanitários e assistenciais diante das necessidades do ser humanos (ABDELLAH, 1971).

A profissão de enfermeiro possui seu exercício reconhecido diante do Decreto número 94.406, de 08 de junho de 1987, regulamentando a Lei número 7.498, de 25 de junho de 1986, que assim, descreve as competências deste profissional, suas atribuições e as exigências pertinentes para a consolidação da sua prática profissional. De acordo com o Conselho Nacional de Saúde – CNS, a enfermagem encontra-se, no Brasil, descrita entre as 16 (dezesseis) profissões de saúde (PIRES, 2009).

No seu dia-a-dia, os profissionais de enfermagem utilizam a ciência, a arte, a estética e a ética no processo de promoção, manutenção e recuperação da saúde, por meio de ações de cuidado destinadas a ajudar as pessoas a viverem mais saudáveis e, quando preciso, a superarem os efeitos da doença como um fenômeno social, existencial, cultural e transitório (PAGLIUCA & VALE, 2010 p. 107).

Paixão (1979) afirma que a prática de atuação da enfermagem encontra-se inteiramente associada as estruturas sociais vigentes, a época histórica e contextos sociais. Neste sentido, entende-se que a enfermagem exercida atualmente, perpassa também por uma construção sócio histórica, levando em consideração os seus primórdios e a cultura atual predominante.

É importante considerar que os modelos atuais de enfermagem tendem a compreender o ser humano como um ser bio-psico-sócio-espiriritual, percebendo o indivíduo como além de um corpo físico, mas que se constitui por valores devindos de campos psicológicos, sociais e espirituais. Diante desta perspectiva, o trabalho da enfermagem necessita ser desenvolvido no sentido de:

Atender às necessidades básicas da pessoa, implementando estados de equilíbrio e prevenindo desequilíbrios; promover a sua adaptação em quatro modos de se adaptar; suprir-lhes as demandas de autocuidado e levá-las a se autocuidar; ajudá-las a manter, restaurar e promover a saúde, interagindo com as mesmas para o alcance de metas estabelecidas; ajudá-las a restaurar sua totalidade, seu bem estar e independência, pela conservação da sua energia, integridade estrutural, pessoal e social; promover uma interação harmônica da pessoa com o seu ambiente interno e externo (SOUZA, 2001, p. 34-35).

Assim, pode-se destacar que o trabalho do profissional de enfermagem subdivide-se em diversas formas de atuação, tais como cuidar/assistir, administrar/gerenciar, pesquisar e ensinar. Destaca-se que dentre os expostos, pode ser constatado que o ato de cuidar e de gerenciar são os processos mais evidenciados no trabalho do enfermeiro na atualidade (PERES & CIAMPONE, 2006, p. 494).

    1. URGÊNCIA E EMERGÊNCIA: DEFININDO CONCEITOS

Os serviços de urgência e emergência torna-se uma das áreas de atuação dos profissionais de saúde. Esta área visa garantir aos indivíduos um atendimento pré-hospitalar, de forma rápida, eficaz, segura e complexa, com o propósito central de manter a vida e evitar sequelas.

O Conselho Federal de Medicina – CFM trás o conceito de urgência como uma ocorrência repentina, de agravo à saúde, que há ou não risco de óbito. Neste caso, a vítima necessita de atendimento imediato. Já a emergência pode ser identificada como uma situação de agravo à saúde, havendo risco de morte e/ou sofrimento intenso. Neste caso, a vítima também necessita de atendimento imediato da equipe de saúde (VALENCIA, 2010).

Para Silva et. al (2014), reforça o trecho anterior, afirmando que nos casos que são considerados urgências pode-se considerar a ocorrência não prevista de um agravo à saúde, com ou sem risco potencial de vida, onde a vítima necessita de assistência imediata. Já os casos considerados emergências, existem risco iminente de vida e/ou sofrimento intenso, necessitando serem instituídas práticas clínicas cuidadoras (SILVA, et al 2014).

Conforme o Ministério da Saúde – MS (2001), uma parcela significativa de sequelas, agravamentos à saúde de vítimas e até mesmo de óbitos ocorrem devido a ineficácia dos atendimentos pré-hospitalares. Diante deste fato, é possível se pensar na necessidade aprimorar a estruturação e qualificação dos serviços oferecidos pela equipe de saúde, de forma que os tornem apropriados, resolutivos, imediatos e eficazes (M.S, 2001).

Acredita-se em ações e estratégias amplificadas, que possam abarcar de forma incisiva a demanda, os serviços pré-hospitalares, que integra a urgência e emergência. Desta forma, é possível entender a possibilidade da redução da morbimortalidade e da promoção de uma melhor qualidade de vida aos cidadãos (M.S, 2001).

Para Romani (2009), o atendimento de urgência e emergência necessita estar bem assegurado para oferecer condições momentâneas que vão de acordo com o estado geral de saúde do paciente. Os profissionais de saúde que atuam neste serviço necessitam estar preparados para atender e dar suporte as vítimas e também a equipe durante os procedimentos nos casos de urgência e emergência.

    1. CAPÍTULO II

      1. O TRABALHO: FONTE DE PRAZER E SOFRIMENTO

O trabalho na maioria das vezes é fonte de saúde e bem estar, porém, principalmente nas ultimas décadas vem sendo também fonte de adoecimento. Heloani (2008) se utiliza da obra de Marx - O Capital, relatando que o trabalho é uma interação mútua entre homem e natureza, onde são criados valores diversos para atender as necessidades humanas. No atual sistema econômico, o capitalismo, as formas de trabalho se classificam como alienantes, fazendo com que o homem exerça sua função não mais pelo prazer, mas sim como um meio de sobrevivência.

É importante ter em mente que o sistema capitalista é o responsável por trabalhadores preocuparem-se cada vez menos com o bem estar e saúde mental, devido almejarem lucros cada vez mais significativos para tentar alcançar um padrão de vida apresentado como necessário pelos grandes manipuladores sociais. Existe uma imensa e intensa alienação do trabalhador, que para Marx é dado em três aspectos: na relação do trabalhador com o produto do seu trabalho; no próprio processo produtivo e na universalidade do homem. Tal teórico também enfatiza o conceito de trabalho por duas vias: o reino da necessidade e o reino da liberdade.

O reino das necessidades trás a tona o trabalho apenas como fonte de sobrevivência, onde funções são executadas por mera obrigação de suprir demandas capitalistas. Já o reino da liberdade integra os valores atribuídos ao trabalho e ao trabalhador, práxis existencial que vai além da produção de matérias, mas integra as relações humanas. Tais idéias expressam um meio de produção que se difere do capitalismo, buscando atender as necessidades humanas e a realização através da liberdade (HELONI, 2008).

Atualmente, a idéia de trabalho e realização pessoal vem se entrelaçando. O ser humano vem perdendo ou reformulando o conceito de realização pessoal por este estar diretamente atravessado por fatores de ordem econômica, social e política. O bem estar do individuo é refletido e influenciado por questões ligadas ao lucro, ou seja, muitas vezes questões relacionadas ao adoecimento e esgotamento mental vêm sendo sutilmente cobertas por incentivos capitalistas.

Em 1952 surgiu a terminologia “Psicoterapia do Trabalho”, onde começa a dar ênfase e abordar tais aspectos e sofrimento laboral. Até então, relatava-se que as patologias não derivavam do trabalho, apenas eram desencadeadas por ele em pessoas que já tinham predisposição (HELONI, 2008).

Hoje, percebe-se grande repercussão das patologias ligadas ao trabalho e uma elevada preocupação no que se trata de prevenção. Devido às empresas estarem engajadas no bom rendimento das organizações, necessita haver uma atenção destinada aos trabalhadores que fazem parte desta dinâmica. Desta maneira é vantagem das organizações se preocuparem com a saúde dos funcionários, pois se estes não estiverem em um bom estado físico e mental não haverá desempenho e rendimento das tarefas destinadas à organização.

Cada vez mais são notáveis diversas patologias que se desenvolvem a partir das atividades laborais. Antigamente ouvia-se mais falar a respeito de problemas físicos derivados das condições de postura e aspectos fisiológicos, porém, tal visão vem se ampliando e percebendo que as condições psíquicas em que o sujeito se encontra interferem amplamente no desempenho das suas atividades.

Cabe citar que o ser humano é percebido através do conhecimento do outro – alteridade. Desta forma, é possível perceber que o trabalho que cada ser humano exerce designa e denomina uma possível identidade do trabalhador, ou seja, o homem acaba por ser nomeado e reconhecido a partir do que ele faz, a partir da tarefa laboral exercida por ele (HELOANI, 2008).

Tais atividades e denominações atribuídas a elas trás a tona o sofrimento mental do sujeito. Tal situação pode ser manifestada de diversas formas a partir de tensões físicas e/ou psicológicas, podendo levar o sofrimento devido a grande exigência do mercado trabalhista.

Heloani (2008) revela o estresse como um fator predominante nas relações de trabalho, principalmente atividades que exijam cuidados com o próximo, como é o caso dos profissionais da saúde e da educação por exemplo. Estes tipos de trabalho necessitam de desempenho elevado, porém na maioria das vezes as expectativas destes profissionais são frustradas pela falta de condições de trabalho e por uma resposta insatisfatória dos beneficiados, não compensando no ponto de vista do sujeito os seus esforços e envolvimento emocional.

O chamado estresse positivo faz com que o ritmo e atividade acelerem, possibilitando o aumento da produção. Neste caso, tal sintoma atuou como um fator não prejudicial, chegando auxiliar o ritmo de produção sem causar dados para o sujeito.

O ser humano vem cada vez mais se adaptando as condições maquínicas do mercado. É conhecida como alexitimia a inibição do sentimento do sujeito em relação às atividades desenvolvidas, tal bloqueio denomina-se Síndrome de Insensibilidade. Embora a pessoa possua uma reação normal as tarefas laborais, age sem manifestar nenhum prazer com relação ao trabalho (HELOANI, 2008).

Utiliza-se hoje também o termo Normopatia, onde o trabalhador não manifesta nenhum sentimento negativo com relação ao trabalho, se adapta ao sofrimento, não demonstrando nenhum tipo de emoções negativas. Nestes casos, a não –elaboração das emoções fazem gerar diversas formas de doenças ligadas ao trabalho (HELOANI, 2008).

Dejours aparece na obra de Heloani (2008) com o discurso de que as formas de trabalho exercem sobre os indivíduos ações que recaem sobre o aparelho psíquico. Fala que a história individual entra em choque quando o sujeito se depara com as relações de trabalho que ignoram tal subjetividade. A partir deste conflito, o trabalhador entra em uma luta constante contra o sofrimento trazido pelas atividades desenvolvidas, fazendo tal sentimento se estender, causando formas de sofrimentos mais graves.

Cada vez mais, diversos pesquisadores e teóricos vem buscando entender formas que se desenvolvem as patologias relacionadas ao trabalho, bem como tendem a buscas alternativas para reduzir tais quadros.

      1. PATOLOGIA DO TRABALHO: REPENSANDO O ESTRESSE

O estresse é resultante de uma relação desarmônica entre o trabalhador e o trabalho, podendo desencadear transtornos pessoais, familiares e ocupacionais, devidamente caracteriza uma alteração do organismo, com liberadores de mediadores químicos (SILVA; YAMAHA, 2008).

Alguns autores afirmam que o estresse é reconhecido pela Organização das Nações Unidas (ONU) como a doença do século XX e pela Organização Mundial de Saúde (OMS) como a maior epidemia mundial do século. É estimado que cerca de 25% de toda a população irá experimentar os sintomas do estresse pelo menos uma vez na vida (BACHIONet al, 2003).

FONTE: (BACHION et al, 2003).

    1. CAPÍTULO III

      1. AGENTES CAUSADORES DE ESTRESSE EM ENFERMEIROS DE UNIDADES DE URGÊNCIA E EMERGÊNCIA

E muito ampla a descrição de efeitos nocivos sobre a saúde, provenientes de elevados níveis de demanda e estimulação ambiental excessiva. Especialmente entre trabalhadores da saúde, a identificação da sobrecarga de trabalho, como um dos principais fatores de estresse ocupacional, tem sido amplamente evidenciada (ARAUJO et al, 2005).

O enfermeiro com excesso de trabalho, tanto em termos quantitativos como qualitativos, é uma fonte frequente de estresse. Por sobrecarga quantitativa, entende-se o excesso de atividades a realizar num determinado período de tempo; a qualitativa refere-se a excessivas exigências em relação às competências, conhecimento e habilidade (SANTOS et al, 2011).

O cotidiano da enfermagem se resume diretamente as respostas convergiram para as seguintes categorias: atividades relacionadas à administração de pessoal; a burocracia e a dependência de outros setores; condições de trabalho; jornada de trabalho, trabalho em turnos e sobrecarga de trabalho; pressões, cobranças e carga emocional externa (BARSTOW, 1980 apud STACCIARINI; TRÓCCOL, 2001).

A enfermagem ainda passa por um processo ansiedade e tensão, provocado, sobretudo uma elevada responsabilidade que os profissionais enfrentam em seu cotidiano profissional, devidamente pelo fato de trabalhar em um ambiente fechado, iluminação artificial, contato direto com paciente, em sofrimento, dor e com morte iminente (PEREIRA, BUENO 1997).

Os enfermeiros, frente a essas situações encontradas em seu cotidiano, devem estar atentos para que toda essa carga de emoções e sentimentos que se apresentam como verdadeiros desafios para o exercício profissional não afete a manutenção da sua integridade física e psicossocial e comprometa a qualidade da assistência prestada (SANTOS et al, 2010).

      1. COMBATENDO O ESTRESSE: PREVENÇÃO E TRATAMENTO

O estresse é um dos fatores que, infelizmente tornou-se comum diante das atividades laborativas, principalmente aquelas que lidam com o fato de destinar cuidados ao outro. Os sintomas do estresse podem prejudicar de forma significativa as atividades desenvolvidas e, principalmente causar o adoecimento psíquico agravado, quando não tratado.

Assim, de acordo com Afonso (2006), o estresse laboral necessita ser evitado ou tratado por meio de ajustamento funcional, da promoção da autoconfiança, da progressão e promoção na carreira e de um apoio social eficaz. Diante deste posicionamento, o autor afirma a importância de serviços de prevenção e vigilância da saúde dos trabalhadores nos locais de trabalho, além de programas de prevenção de riscos profissionais para todos os trabalhadores da instituição e a formação e capacitação dos trabalhadores em relação Saúde no Trabalho (AFONSO, 2006).

O estresse tem sido tema atual de discussões e formas de tratamento, pois cada vez mais atinge os trabalhadores, dentre eles os profissionais de saúde. Este fato vem causando prejuízos no processo trabalho-saúde-doença, devido às consequências desastrosas, que perpassa o trabalhador, a empresa e o indivíduo que necessita do serviço oferecido.

Gil-Monte (2002) aponta estratégias de intervenção para a prevenção e tratamento do estresse, situações estressantes e síndromes relacionadas, sendo as estratégias grupais:

No nível do grupo a estratégia por excelência é o uso do apoio social no trabalho por parte dos companheiros e dos supervisores. Através do apoio social no trabalho é que os indivíduos obtêm dados novos, adquirem habilidades novas ou melhorara aqueles que eles já possuam, obtêm o reforço e o feedback na execução das tarefas e obtêm a sustentação emocional, o conselho, ou os outros tipos de DAE (dispositivo automático de entrada) (GIL-MONTE, 2002).

Sendo também apontadas pelo autor as Estratégias organizacionais:

Finalmente, é muito importante considerar o organizacional, porque a origem do problema está no contexto laboral e, conseqüentemente, o sentido da organização deve desenvolver os programas da prevenção dirigidos para melhorar a atmosfera e o clima da organização. Programas de manejo de estresse ocupacional podem ser focados na organização de trabalho e/ou no trabalhador. Intervenções focadas na organização são voltadas para a modificação de estressores do ambiente de trabalho, podendo incluir mudanças na estrutura organizacional, condições de trabalho, treinamento e desenvolvimento, participação e autonomia no trabalho e relações interpessoais no trabalho. Intervenções focadas no indivíduo almejam reduzir o impacto de riscos já existentes, através do desenvolvimento de um adequado repertório de estratégias de enfrentamento individuais (SILVA, 2002).

Conforme trazido por Guido (2003), as medidas de intervenções podem ser aplicadas da seguinte forma: 1) Trabalhadores: buscar lazer e realização nas atividades laborativas, na vida pessoal e social, tendo em vista que tal busca é essencial para a satisfação e bem estar individual; praticar atividades físicas regularmente, controle de alimentação, manter atividades sociais e descanso. 2) Equipe: realizar acolhimento dos trabalhadores com o intuito de saber satisfações e insatisfações no ambiente de trabalho, criar espaços de apoio aos membros da equipe, fortalecendo as relações interpessoais e relações de trabalhos horizontais. 3) Organização: contratação de uma equipe de recursos humanos para organização de funções e atribuições; acompanhar e orientar os trabalhadores quanto ao objetivo da empresa; desenvolver programas interdisciplinares de apoio e prevenção ao estresse, criar programas de educação continuada, como capacitações técnicas.

    1. METODOLOGIA

A presente pesquisa segue as exigências éticas e científicas fundamentais conforme determina o Conselho Nacional de Saúde – CNS nº 196/96 do Decreto nº 93.933 de 14 de janeiro de 1987 – a qual determina as diretrizes e normas regulamentadoras de pesquisas envolvendo seres humanos.

Solicitou-se a autorização do Hospital Regional de Eunápolis, bem como dos profissionais participantes. Foram analisadas as respostas do questionário aplicado, porém a identidade dos participantes foram preservadas.

O presente estudo foi realizado a partir de uma pesquisa exploratória-descritiva, com abordagem quanti-qualitativa. Utilizou-se de um questionário semi-estruturado, composto por 15 (quinze) questões, aplicadas em profissionais enfermeiros do Hospital Regional de Eunápolis, localizado no Estado da Bahia. Os questionários foram analisados e serão discutidos de forma que exerça uma coerência entre teoria e prática.

Participaram da pesquisa 08 (oito) sujeitos, de ambos os sexos com idade entre 24 e 37 anos, com nível superior, que atuam no Hospital Regional de Eunápolis, localizado no extremo sul da Bahia. Os entrevistados ficaram a vontade para responder, não sendo estipulado tempo para a entrega do questionário.

Os questionários foram distribuídos impressos, no próprio local de trabalho. Após o preenchimento dos mesmos, cada participante entregou o questionário ao entrevistador, o qual realizou tabulação de dados e análise dos conteúdos.

Na etapa de análise, foram realizadas tabulações dos dados, comparados com embasamento teórico. Foram elaboradas tabelas diversas para facilitar a percepção dos dados obtidos, contendo todos os dados considerados importantes para estudo neste momento, e, logo após foram realizados gráficos para maior compreensão da realidade exposta.

    1. RESULTADOS E DISCUSSÕES

A partir dos questionários semi-estruturados (em anexo), aplicados nos profissionais de enfermagem, teve-se acesso a dados que, para maior compreensão, necessitaram ser expostos em tabelas para que favorecessem a exposição gráfica e visualização para análise dos dados.

A literatura demonstra que o trabalho é fonte de prazer e também de adoecimento. Desta forma, conforme tema deste estudo buscou-se identificar o nível de estresse dos enfermeiros que atuam na Unidade de Urgência e Emergência do Hospital Municipal de Eunápolis – BA. Neste momento, pretende-se realizar uma discussão acentuada dos dados, associando a teoria com os resultados obtidos.

Salienta-se que foram construídos gráficos em forma de colunas para facilitar a compreensão do leitor por meio de uma visualização ampla dos dados obtidos. Assim, segue abaixo a exposição e análise dos dados:

Tabela 01 – exposição de dados referente ao sexo dos participantes

SEXO

FEMININO

MASCULINO

ENTREVISTADOS

80%

20%

Fonte: Dados da Pesquisa – 2015

A tabela 01 trás a tona informações sobre o sexo dos participantes deste estudo. Como observado, dentre os 80% dos indivíduos que responderam ao questionário, a maioria, 06 (seis) deles, pertencem ao sexo feminino, e, apenas 20% ao sexo masculino.

Gráfico I – Exposição de dados referente ao sexo dos participantes

O gráfico acima exposto trás à tona a realidade dos enfermeiros atuantes do Hospital Regional de Eunápolis – BA, demonstrando que 80% dos entrevistados pertence ao sexo feminino.

Este dado confirma e associa-se a outros estudos anteriormente realizados, pois, conforme exposto na literatura por Rocha e Debert-Ribeiro (2001 apud. LEITE, et. al. 2006) a equipe de enfermagem se compõe, na sua maioria, por mulheres. Para Splendor & Roman (2003) o cuidado, ao longo da história, está intrinsicamente relacionado à figura da mulher. Na maioria das situações apontam-se o cuidado como um elemento que faz parte da vida das mulheres. Desta maneira, reforça que a principal atividade de trabalho da enfermagem encontra-se na prestação de cuidado ao outro, exercido em sua maioria por mulheres.

Para Rocha e Debert-Ribeiro (2001 apud. LEITE, et. al. 2006), é importante que se reconheçam as diferenças relacionadas ao gênero para análises referentes ao processo saúde-doença. Os autores afirmam que a desigualdade entre os sexos causa maiores agravos a mulher trabalhadora.

Tabela 02 – exposição de dados referente a idade dos participantes

Fonte: Dados da Pesquisa – 2015

A tabela 02 trás a tona informações que dizem respeito a faixa-etária dos participantes envolvidos na pesquisa. Constatou-se que os profissionais atuantes são jovens, a maioria com idade inferior a 35 (trinta e cinco) anos.

Gráfico II - exposição de dados referente a idade dos participantes

Fonte: Dados da Pesquisa – 2015

No que se refere a faixa etária dos trabalhadores enfermeiros, pode ser percebido através da representação gráfica que, o público caracteriza-se por adultos jovens, de forma geral, encontram-se entre 25 e 34 anos, onde concentram-se os maiores percentuais (37% e 50%). Profissionais jovens podem ser benéficos as instituições onde atuam, pois demonstram maior agilidade, desejo de reconhecimento e destaque profissional, interesse em ampliar conhecimentos e qualificar-se.

Cita-se que, muitas empresas preferem realizar contratações de profissionais jovens devido apresentarem maior disposição e não possuírem vícios trabalhistas, havendo assim a oportunidade de moldá-los conforme exigências da instituição.

Tabela 03 – exposição de dados referente ao tempo de atuação na área de saúde dos participantes

Fonte: Dados da Pesquisa – 2015

A tabela 03 identifica ao tempo em que os profissionais que responderam ao questionário, encontram-se atuando na área da saúde. Identificou-se através do instrumento de coleta de dados que, os entrevistados encontram-se atuando num período de tempo superior a 02 (dois) anos.

Gráfico III - exposição de dados referente ao tempo de atuação na área de saúde dos participantes

Fonte: Dados da Pesquisa – 2015

Segundo Campos et. al (2009), a legislação vigente em nosso País expões que o período mínimo, considerado para estabilidade profissional é de três anos. Assim, como percebido no gráfico que existe poucos profissionais com tempo de atuação é inferior ao temo estabelecido pela legislação.

Acredita-se que a soma dos profissionais atuantes no hospital, constitui um público de trabalhadores com experiência significativa na área da saúde. Este fato pode apontar tanto aspectos positivos, no que se refere a experiência profissional, como também pode apontar o fato dos enfermeiros se adaptarem a rotina de forma a se distanciar do paciente e acabar banalizando o ser humano, desenvolvendo as atividades de forma mecânica.

Tabela 04 – exposição de dados referente ao tempo de atuação na instituição dos participantes

Fonte: Dados da Pesquisa – 2015

A tabela 04 demonstra o tempo de atuação dos profissionais entrevistados no Hospital Regional de Eunápolis. Observou-se que a maior parte encontra-se acerca de 2 (dois) anos nesta instituição de saúde.

Gráfico IV - exposição de dados referente ao tempo de atuação na instituição dos participantes

Fonte: Dados da Pesquisa – 2015

Conforme apresentado no gráfico acima, nota-se que, quando comparado com o gráfico III, pode ser entendido que grande parte dos profissionais do Hospital Regional de Eunápolis iniciaram suas atividades profissionais na própria instituição. Chegou-se a esta conclusão devido o tempo de atuação em saúde ser próximo ou igual ao tempo da atuação na unidade trabalhada atualmente.

De acordo com a literatura, o tempo maior de trabalho em um local específico pode ser considerado um indicativo de satisfação no trabalho. Porém, este mesmo fator revela um desgaste emocional que adere a uma monotonia (CAMPOS et. al, 2009).

Tabela 05 – exposição de dados referente ao tempo de graduação dos participantes

Fonte: Dados da Pesquisa – 2015

A tabela 05 trás a informação a respeito do tempo de formação que possuem os profissionais participantes do estudo. Identifica-se que todos são graduados em um tempo igual ou superior a dois anos.

Gráfico V - exposição de dados referente ao tempo de graduação dos participantes

Fonte: Dados da Pesquisa – 2015

Este gráfico reforça parte do pensamento anteriormente exposto. Grande parte dos participantes da pesquisa, após formação acadêmica, iniciaram suas atividades na área da saúde na própria instituição onde atuam até o momento. Considera-se um fator positivo o fato de estar sendo uma atuação continuada, onde realizam especializações para enriquecer e aprimorar suas atividades profissionais, porém, continuam atuando na instituição.

Neste contexto, pode-se mencionar ainda o vínculo positivo que o profissional cria com a instituição de trabalho, tornando-se parceiro no que diz respeito as normas, regras e atividades prestadas.

Tabela 06 – exposição de dados referente ao grau de instrução dos participantes

Fonte: Dados da Pesquisa – 2015

A tabela 06 fornece a informação do grau de instrução dos profissionais atuantes do Hospital Regional de Eunápolis, os quais responderam o questionário. Considera-se que todos possuem pós-graduação no nível de Especialização.

Gráfico VI - exposição de dados referente ao grau de instrução dos participantes

Fonte: Dados da Pesquisa – 2015

É notório que 100% dos entrevistados são especialistas. Todos os profissionais entrevistados possuem Pós-Graduação no nível de especialização. Os estudos continuados demonstram maior engajamento do profissional e desejo de aprofundar seus estudos mediante atuação profissional.

É de extrema importância os enfermeiros não somente realizar o curso de graduação, mas ir além no sentido de atribuir maiores conhecimentos e habilidades para a área que mais identifica. A educação continuada abrange parâmetros de atuação e estabelece maior segurança ao profissional, além de ampliar a qualidade dos serviços oferecidos.

Tabela 07 – exposição de dados referente a situação conjugal dos participantes

SITUAÇÃO CONJUGAL

Casado (a)

Solteiro (a)

ENTREVISTADOS

80%

20%

Fonte: Dados da Pesquisa – 2015

A tabela 07 identifica a situação conjugal dos entrevistados. Como percebido, a maioria deles, 06 (seis) dos participantes são casados, enquanto somente 02 (dois) são solteiros.

Gráfico VII - exposição de dados referente a situação conjugal dos participantes

Fonte: Dados da Pesquisa – 2015

De acordo com a representação gráfica acima, é notório que 80% parte dos profissionais de enfermagem, participantes do estudo, são casados. Este fato corresponde as informações encontradas na literatura. Conforme Campos et. al (2009), para os profissionais de enfermagem, o casamento é um importante aspecto e influencia diretamente a prática profissional.

Este dado pode remeter ao fato do casamento representar responsabilidade, fator que amplia e expande as formas de destinar cuidados e gerar compromisso.

Tabela 08 – exposição de dados referentes ao fato dos participantes realizarem atividades físicas

REALIZA ATIVIDADES FÍSICAS

SIM

NÃO

ENTREVISTADOS

62,50%

37,50%

Fonte: Dados da Pesquisa – 2015

A tabela 08 demonstra que a maioria dos profissionais que aceitaram responder ao questionário deste estudo pratica algum tipo de atividades físicas. Assim, nota-se que apenas 03 (três) dos entrevistados não realizam atividades físicas.

Gráfico VIII - exposição de dados referentes ao fato dos participantes realizarem atividades físicas

Fonte: Dados da Pesquisa – 2015

É notório um resultado positivo no item que refere-se a realização de atividades físicas. Acredita-se que a atividade física é uma das formas mais viáveis de prevenção e tratamento de agravos a saúde.

Os profissionais demonstram que conseguem criar alternativas e instrumentos para lidarem com o bem estar, ampliar na qualidade de vida e desenvolver hábitos saudáveis. Tais fatores influenciam diretamente na sua atuação profissional.

Tabela 09 – exposição de dados referente ao fato dos participantes possuírem religião

POSSUI RELIGIÃO

SIM

NÃO

ENTREVISTADOS

100%

00%

Fonte: Dados da Pesquisa – 2015

A tabela 09 identifica se os profissionais que participaram da pesquisa possuem ou não alguma religião. Como percebido, todos os 08 (oito) indivíduos são adeptos a alguma crença ou dogma religioso.

Gráfico IX - exposição de dados referente ao fato dos participantes possuírem religião

Fonte: Dados da Pesquisa – 2015

Como demonstrado no gráfico, todos os profissionais entrevistados possuem uma religião. A crença e a fé são itens positivos quando é algo pessoal que fortalece o sujeito sem restringir suas possibilidades de emancipação psicossocial. É necessário um comprometimento ético do profissional para atingir o maior grau possível de neutralidade frente a questões que envolvem religiões e credos.

Apesar de cada profissional também ser um ser humano, e importante que no local de trabalho, mesmo tendo uma religião como suporte, permaneça neutro frente ao paciente/usuário, envolvendo apenas assuntos de cunho profissional.

Tabela 10 – exposição de dados referentes ao fato dos participantes trabalharem exclusivamente na instituição

TRABALHA EXCLUSIVAMENTE NA INSTITUIÇÃO

SIM

NÃO

ENTREVISTADOS

50%

50%

Fonte: Dados da Pesquisa – 2015

A tabela 10 fornece a informação se os profissionais envolvidos no estudo trabalham exclusivamente no Hospital Regional de Eunápolis ou se possuem outros vínculos empregatícios. Foi compreendido, perante a tabulação de dados que, metade dos participantes atuam exclusivamente na instituição e outra metade possui outra atividade remunerada.

Gráfico X - exposição de dados referentes ao fato dos participantes trabalharem exclusivamente na instituição

Fonte: Dados da Pesquisa – 2015

Nota-se a partir dos resultados obtidos acima que, metade dos enfermeiros que atuam no Hospital Regional de Eunápolis possuem outros vínculos empregatícios. Este fator, quando ocorre com carga horarias demasiadas correm risco de prejudicar os serviços prestados e a saúde do trabalhador, ois as jornadas de trabalho tornam-se intensas, desgastantes e cansativas.

Tabela 11 – exposição de dados referente a carga horária mensal dos participantes

Fonte: Dados da Pesquisa – 2015

A tabela 11 trás a informação da carga horária dos profissionais enfermeiros que aceitaram a participar deste estudo. Cita-se que houve respostas que trazia a carga horária semanal e respostas que traziam a carga horária mensal. Assim, para facilitar a tabulação, os dados foram convertidos em carga horária mensal. Dentre os dados observados, nota-se que dois deles possuem cargas excessivas de trabalho (272 e 336hs/mensais).

Gráfico XI - exposição de dados referente a carga horária mensal dos participantes

Fonte: Dados da Pesquisa – 2015

O gráfico acima nos revela que as jordanas de trabalho não são fixa e são adaptadas por cada profissional, conforme necessidade. Percebe-se que os profissionais possuem jornadas de trabalhos que vão além da estimada como saudáveis. O enfermeiro é o profissional que possui possibilidade de realizar plantões noturnos e, muitas vezes acumular trabalhos com propósito de aumentar a renda mensal.

Como relata Campos et. al (2009), as amplas jornadas semanais e/ou mensais possuem efeitos negativos. Por vez, tende a produzir prejuízos na qualidade do sono, redução do rendimento físico, redução da atenção, e outros sintomas relacionados ao estresse diário nas atividades laborais.

Tabela 12 – exposição de dados referente as principais atividades estressantes conforme os participantes

Fonte: Dados da Pesquisa – 2015

A tabela 12 emite informações sobre as principais atividades consideradas estressantes pelos profissionais entrevistados. Dentre elas, as mais citadas em ordem decrescente foram: Dimensionamento inadequado de recursos humanos; demandas de pacientes; dimensionamento inadequado de recursos materiais e carga horária.

Gráfico XII - exposição de dados referente as principais atividades estressantes conforme os participantes

Fonte: Dados da Pesquisa – 2015

O gráfico representa as principais atividades consideradas estressantes pelos profissionais entrevistados. Dentre elas, as mais citadas em ordem decrescente foram: Dimensionamento inadequado de recursos humanos; demandas de pacientes; dimensionamento inadequado de recursos materiais e carga horária.

É considerado item significativo as respostas mais votadas serem ligadas diretamente ao ser humano. O ato de lidar com o outro, compreende-lo, ouvi-lo e suprir suas demandas, torna-se algo estressante ao indivíduo.

Após, é viável citar os recursos materiais, que na ausência deles o profissional desencadeia um desgaste emocional, principalmente no decorrer de suas atividades; e por mim, a carga horária, que identifica-se enquanto as duplas rotinas de trabalho, o excesso de atividades e a falta de organização do tempo. Itens estes que causa no indivíduo uma desorganização psíquica, cansaço físico e esgotamento mental.

Tabela 13 – Exposição de dados referente aos sintomas manifestados com maior frequência nos participantes

Fonte: Dados da Pesquisa – 2015

A tabela 13 expõe os sintomas manifestados com maior frequência nos profissionais de saúde que participaram deste estudo. Dentre os diversos sintomas apresentados, considera-se os mais citados, em ordem decrescente: Ansiedade, Mudança de

Humor; Insônia e diminuição do rendimento.

Gráfico XIII - Exposição de dados referente aos sintomas manifestados com maior frequência nos participantes

Fonte: Dados da Pesquisa – 2015

Notou-se que no decorrer da pesquisa, todos os participantes optaram por marcarem alguns dos itens acima mencionados, que demonstram, de forma direta e indireta, agentes estressores. A maioria dos itens refere-se a sintomas emocionais, não atingindo aspectos físicos de forma significativa.

O estresse laboral manifesta-se por sintomas que a principio são considerados minúsculos, porém, ganha expansão e se desenvolve cada vez de maneira mais incisiva. A união de sintomas psíquicos e de sintomas físicos cuja causa aparente não são detectados, considera-se possibilidade fluente de estar ligado ao estresse laboral.

O estresse laboral e sintomas relacionados a ele devem ser prevenidos e/ou tratados para ampliar os serviços prestados e, principalmente, poupar a saúde mental do trabalhador.

CONSIDERAÇÕES FINAIS

Este estudo buscou contemplar o tema ‘O estresse da equipe de enfermagem na unidade de urgência e emergência do hospital regional de Eunapolis-BA’, desenvolvido com o intuito de identificar o nível de estresse destes profissionais da saúde. Considera-se que o estresse ocupacional se destaca por meio de diversos fatores, desde as características individuais de cada trabalhador, e perpassa, de forma direta e indireta, pelas formas de relacionamento social no ambiente laborativo, o clima organizacional e as condições de trabalhos oferecidas na instituição (LIPP, 2002).

O estresse pode ser considerado um estado de tensão psíquica e fisiológica que, por vez, mantém relação direta com as demandas do ambiente. Especificamente, o estresse ocupacional constitui sintomas do estresse associados ao ambiente de trabalho, desencadeando no profissional: frustrações, angústias, sentimentos de hostilidade, tensão, ansiedade e até mesmo depressão, ocasionados a partir de agentes estressores inseridos no ambiente laborativo.

Assim, tendo em vista que os profissionais de saúde necessitam destinar cuidados a indivíduos em processo de adoecimento, acredita-se que a responsabilidade quanto ao fato de manter a vida, principalmente no setor de Urgência e Emergência, torna-se uma carga intensa e estressante aos profissionais atuantes neste contexto.

No desenvolver deste estudo, a partir das pesquisas teóricas realizadas e, principalmente da pesquisa de campo, pode-se observar elevada carga de estresse ocupacional em profissionais da saúde. A maioria das instituições de saúde não dispõe de recursos que invistam de forma significativa em sua mão de obra humana. Por vezes, as instituições possuem profissionais qualificados, porém desgastados psiquicamente, e, infelizmente não conseguem perceber esta demanda psíquica.

A pesquisa realizada neste estudo trouxe uma realidade já vigente, porém ainda com escassez de pesquisas e informações a respeito. Os enfermeiros entrevistados, conforme apontados na discussão e análise de dados, possuem sintomas oriundos ao estresse ocupacional, porém, quando não se fala em estresse, este sintoma, por vezes, acaba adormecendo e sendo encoberto, muitas vezes, pela necessidade de rendimentos mensais mais elevados.

A saúde como um todo, porém, destaca-se o setor de Urgência e Emergência por ser tema deste trabalho, necessita urgentemente ampliar e até mesmo desenvolver projetos e programas que busquem ampliar a qualidade de vida do trabalhador, investindo no campo de saúde mental. Pois este setor necessita dispor de recursos que vão além da capacitação teórica, necessita de humanização, compreensão, táticas, estratégias e outros fatores que tornam-se comprometidos perante uma instabilidade emocional.

Desta maneira, acredita-se que este estudo é uma reflexão ainda inicial que pode contribuir para pesquisas que envolvam a área da saúde, principalmente a enfermagem no setor de Urgências e Emergências. Propõe a extensão de saberes e debates a respeito do tema em questão e deseja-se que este estudo possa ser meio de promoção de conhecimentos, discussões e propostas para organizações e trabalhadores da enfermagem.

REFERÊNCIAS

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M.S - Ministério da Saúde. Urgências e Emergências: sistemas estaduais de referência hospitalar para o atendimento de urgência e emergência / Ministério da Saúde/ Secretaria Executiva. Brasília. 2001.

março-abril; 13(2):255-61

Murofuse N,T, Abranches S,S, Napoleão A,A. Reflexões sobre estresse e Burnout e a relação com a enfermagem. Rev Latino-am Enfermagem 2005

PEREIRA, Maria Elizabeth Roza; SMV, Bueno. Lazer: um caminho para aliviar as tensões no ambiente de trabalho em UTI: uma concepção da equipe de enfermagem. Rev Lat Am Enferm, v. 5, n. 4, p. 75-83, 1997.

PIRES, D. A enfermagem enquanto disciplina, profissão e trabalho. Revista Brasileira de Enfermagem – REBEN. Florianópolis – SC. 2009.

SANTOS, Flávia Duarte dos, CUNHA, Mércia Heloísa F., ROBAZZI, Maria Lúcia do Carmo Cruz, PEDRÃO, Luiz Jorge, SILVA, Luiz Almeida da, & TERRA, Fábio de Souza. . O estresse do enfermeiro nas unidades de terapia intensiva adulto: uma revisão da literatura.SMAD, Rev. Eletrônica Saúde Mental Álcool Drog. (Ed. port.), Ribeirão Preto , v. 6, n. 1, 2010 .

SANTOS, Taciana Mirella Batista dos; FRAZÃO, Iracema da Silva; FERREIRA, Delmilena Maria Aquino. Estresse ocupacional em enfermeiros de um hospital universitário. Cogitare enferm, v. 16, n. 1, p. 76-81, 2011.

Silva L,G, Yamaha K,N. estresse ocupacional em trabalhadores de uma unidade de internação de um hospital-escola. (2008).

Silva MAD. Quem ama não adoece: papel das emoções na prevenção e na cura das doenças. 18ª ed. Rio de Janeiro: Best Seller; 1998. 376 p.

SIMIONATO, Monica Amala. Competências emocionais: o diferencial competitivo no trabalho. Rio de Janeiro: Qualitymark, 2006, p. 20-32, 111-113.

STACCIARINI, Jeanne Marie R.; TRÓCCOLI, Bartholomeu T. O estresse na atividade ocupacional do enfermeiro. Rev Latino-am Enfermagem, v. 9, n. 2, p. 17-25, 2001.

ANEXOS

ANEXO I

FACULDADES INTEGRADAS DO EXTREMO SUL DA BAHIA -UNIÃO DE EDUCAÇÃO E CULTURA -BR 367, KM 14, 14 - ZONA RURAL - CEP:45825000 / EUNÁPOLIS-BAFONE / FAX: 73 32814342

TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO RESOLUÇÃO Nº 466, DE 12 DE DEZEMBRO DE 2012.

Convidamos a prezados Enfermeiros, a participar da pesquisa a ser desenvolvida por mim Wellington David da Paixão Costa juntamente com Gislâine Maria Rodrigues Silva, intitulada: “Estresse da Equipe de Enfermagem na Unidade de Urgência e Emergência do Hospital Regional de Eunapolis-ba”. Esta pesquisa tem como principal objetivo identificar o nível de estresse percepções que os Enfermeiros desta unidade hospitalar convive, bem como a assistência prestada no ambiente hospitalar. Caso a senhora (o) aceite a participar do estudo precisará responder a uma entrevista simples e rápida composta por quatro questões, que não cansa e nem leva muito tempo para responder.

A sua participação no estudo será voluntária, anônima e confidencial, suas respostas não produzirão prejuízo pessoal, pois não será identificado o seu nome nos questionários. No estudo pode ocorrer certo desconforto durante a resposta das questões por se tratar de algo particular, por isso nós pesquisadores nos comprometemos a realizar a entrevista da maneira mais individualizada possível e da forma que fique mais à vontade. De forma alguma o que responde será exposto para equipe de saúde. A entrevista poderá ser interromper ou finalizada quando quiser, nós te daremos toda a ajuda necessária para diminuir qualquer desconforto. Deixamos claro que os danos aqui expostos são muito pequenos quando comparados aos resultados que esta pesquisa pode trazer.

A senhora (o) está livre para recusar a participar do estudo ou para desistir a qualquer momento, sem que isto lhe traga qualquer prejuízo pessoal. Não haverá remuneração e, portanto, sua participação é voluntária. A sua decisão em participar ou não, desta pesquisa, não ocasionará em nenhuma discriminação ou mal estar por parte dos pesquisadores. A qualquer poderá pedir esclarecimentos a respeito da pesquisa, no que será prontamente atendida, mesmo que a resposta afete sua vontade de continuar participando do estudo. Caso aceite participar da pesquisa, o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido precisará ser assinado em duas vias, sendo que uma das vias ficará com a senhora e a outra será arquivada pelos pesquisadores por cinco anos.

Consentimento para participação: Eu estou de acordo com a participação no estudo descrito acima. Eu fui devidamente esclarecida quanto os objetivos da pesquisa, aos procedimentos aos quais serei submetida e os possíveis riscos envolvidos na minha participação. O pesquisador me garantiu disponibilizar qualquer esclarecimento adicional que eu venha solicitar durante o curso da pesquisa e o direito de desistir da participação em qualquer momento, sem que a minha desistência implique em qualquer prejuízo à minha pessoa ou à minha família, sendo garantido anonimato e o sigilo dos dados referentes a minha identificação, bem como de que a minha participação neste estudo não me trará nenhum benefício econômico.

Eu,____________________________________________________________, aceito livremente participar do estudo intitulado ‘’Estresse da Equipe de Enfermagem na Unidade de Urgência e Emergência do Hospital Regional de Eunapolis-ba” desenvolvido pelo acadêmico Wellington David da paixão costa, sob a responsabilidade da Professora orientadora Gislâine Maria Rodrigues Silva das Faculdades Integradas do Extremo Sul da Bahia.

Nome do Participante_________________________________________

COMPROMISSO DO PESQUISADOR

Eu discuti as questões acima apresentadas com cada participante do estudo. É minha opinião que cada indivíduo entenda os riscos, benefícios e obrigações relacionadas a esta pesquisa.

________________________________________Eunápolis, Data: __/__/__ Assinatura do Pesquisador

Para maiores informações, pode entrar em contato com:

    • Gislâine Maria Rodrigues Silva. Fone: (73) 9950 5950 Endereço Outeiro da Gloria, Quadra 28 Lote 05, Cidade Alta. Porto Seguro-BA. E-mail: ghi30@hotmail.com

    • Wellington David da Paixão Costa: (73) 81277944 TRAV. 22 de Abril, 49, Gusmão. Eunapolis-Ba E-mail: wpaixaocosta@gmail.com

    • Comitê de Ética em Pesquisa

ANEXO II

ROTEIRO DAS ENTREVISTA

I INSTITUIÇÃO HOSPITAL REGIONAL DE EUNAPOLIS

N______ BAIRRO__________________________________

DATA DA COLETA DE DADOS_____________________________________

NOME__________________________________________________________

SEXO ( )M ( ) F

IDADE _______ HÁ QUANTO TEMPO ATUA NA AREA ______

HÁ QUANTO TEMPO TRABALHA NA INTITUIÇÃO _______

GRADUADO A QUANTO TEMPO ___ ESPECIALIDADE__________________

MESTRADO ( ) DOUTORADO ( )

SITUAÇÃO CONJUGAL ____________________

PRATICA ATIVIDADE FISICA ( ) SIM ( )NÃO QUAL___________________

RELIGIÃO ( ) SIM ( ) NÃO

TRABALHA EXCLUSIVAMENTE NA INSTITUIÇÃO ( )SIM ( ) NÃO

SE A RESPOSTA FOR NÃO RESPONDA PORQUE : _______________________________________________________________

CARGA HORARIA ______________

OUTRAS INSTITUIÇÃO ( ) SIM ( ) NÃO CARGA HORARIA TOTAL____..._

II ATIVIDADES ESTRESSANTES

( ) CARGA HORARIA

( ) CONFLITOS INTERPESSOAIS

( ) DIMENSIONAMENTO INADEQUADA DE RECURSOS HUMANOS

( ) DIMENSIONAMENTO INADEQUADA DE RECURSOS MATERIAIS

( ) REMUNERAÇÃO SALARIAL

( ) DEMANDA DE PACIENTES

( ) AMBIÊNCIA

III ASSINALE QUAIS SÃO AS MANIFESTAÇÕES QUE MAIS ACOMETE:

( ) ANSIENDA

( ) MUDANÇA DE HUMOR

( ) DIMINUIÇÃO DO RENDIMENTO

( ) AUMENTO DA FC

( ) AUMENTO DA FR

( ) AUMENTO DA PA

( ) SUDORESE

( ) PESADELO

( ) INSONIA