DIFICULDADES DE ADESÃO AO TRATAMENTO DA HIPERTENSÃO ARTERIAL NA UNIDADE DE SAÚDE DO ASSENTAMENTO LUIZ INÁCIO LULA DA SILVA, MUNICÍPIO DE SANTA CRUZ CABRÁLIA-BA.

Data de postagem: Apr 23, 2015 6:32:18 PM

FACULDADES INTEGRADAS DO EXTREMO SUL DA BAHIA

CLEMACIA ROCHA DE SOUZA FERREIRA

DIFICULDADES DE ADESÃO AO TRATAMENTO DA HIPERTENSÃO ARTERIAL NA UNIDADE DE SAÚDE DO ASSENTAMENTO LUIZ INÁCIO LULA DA SILVA, MUNICÍPIO DE SANTA CRUZ CABRÁLIA-BA.

EUNÁPOLIS, BA

2014

CLEMACIA ROCHA DE SOUZA FERREIRA

DIFICULDADES DE ADESÃO AO TRATAMENTO DA HIPERTENSÃO ARTERIAL NA UNIDADE DE SAÚDE DO ASSENTAMENTO LUIZ INÁCIO LULA DA SILVA, MUNICÍPIO DE SANTA CRUZ CABRÁLIA-BA.

Trabalho de conclusão de curso apresentado ao curso de enfermagem das Faculdades Integradas do Extremo Sul da Bahia, Eunápolis-Ba, como parte dos requisitos para obtenção do Título de Bacharel em Enfermagem.

Orientadora: Profª.Ma Maria Cristina Marques

Có-orientadora: Profª. Ma Henika Priscila

EUNÁPOLIS, BA

2014

CLEMACIA ROCHA DE SOUZA FERREIRA

DIFICULDADES DE ADESÃO AO TRATAMENTO DA HIPERTENSÃO ARTERIAL NA UNIDADE DE SAÚDE DO ASSENTAMENTO LUIZ INÁCIO LULA DA SILVA, MUNICÍPIO DE SANTA CRUZ CABRÁLIA-BA

Trabalho de conclusão de curso aprovado como requisito parcial à obtenção do Título de Bacharel em enfermagem das Faculdades Integradas do Extremo Sul da Bahia, Eunápolis, BA, pela seguinte banca examinadora:

Professora Ma Maria Cristina Marques (Faculdade do Extremo Sul da Bahia)

___________________________________________________________________

Professor (Faculdade do Extremo Sul da Bahia)

___________________________________________________________________

Professor (Faculdade do Extremo Sul da Bahia)

___________________________________________________________________

Profª Esp Juliana Ali

Coordenadora do curso de Enfermagem

Eunápolis–BA ______________________________

DEDICATÓRIA

Dedico ao meu esposo Gilvan Meireles, pela paciência, pelo incentivo, pela força, por não medir esforços para que eu realizasse esse sonho e principalmente pelo amor e carinho. Valeu a pena, todo sofrimento, todas as renúncias... Valeu a pena esperar... Hoje estamos colhendo, juntos, os frutos do nosso empenho!

Te amo.

AGRADECIMENTOS

Agradeço primeiramente a Deus, por mim dá folego de vida para chegar até aqui.

Aos meus pais Tereza e Gilberto, que foram o instrumento para concretizar o precioso dom que recebi do universo: “a vida”.

Ao meu esposo Gilvan, pela dedicação, paciência, carinho e incentivo.

Aos meus filhos Mateus e Esther por suportar minhas ausências.

A todos os familiares e amigos que compartilharam da minha caminhada e àqueles que mesmo distantes torceram por mim

A minha orientadora professora Maria Cristina por seu apoio, incentivo, carinho e empenho na realização do meu trabalho.

A minha có-orientadora profª. Henika Priscila, pelo suporte no pouco tempo que lhe coube, pelas suas correções e incentivos.

A todos os professores que dedicaram seu tempo e sua sabedoria para que minha formação acadêmica fosse um aprendizado de vida.

A Universidade Unesulbahia pela oportunidade de fazer o curso.

Aos colegas de faculdade, não só pelo fato de conviver por cinco anos, mas, principalmente pelo fato de terem cruzado meu caminho, em especial à colega Valdimeire que nos últimos anos conviveu mais comigo, fazendo parte da minha família.

Aos funcionários do posto de saúde pela colaboração durante o período de coleta de dados.

Aos usuários do posto de saúde que aceitaram a participar do estudo, meu muito

obrigada.

Finalmente, a todos que fizeram parte desta longa jornada, os meus sinceros agradecimentos, que Deus em sua infinita misericórdia derrame bênçãos sobre todos. Muito obrigada.

Não é preciso ter pressa. A impaciência acelera o envelhecimento, eleva a pressão arterial e apressa a morte. Tudo chega a seu tempo.

Masaharu Taniguchi

RESUMO

Introdução: A hipertensão arterial apresenta-se hoje como um importante problema de saúde pública, que na ausência de sua identificação precoce, tratamento e autocuidado adequados, podem deixar sequelas irreversíveis, necessitando, portando de cuidados profissionais. Objetivo: O presente estudo identificou quais as dificuldades encontradas pelos usuários em aderir ao tratamento da hipertensão arterial na Unidade de Saúde do Assentamento Luiz Inácio Lula da Silva, município de Santa Cruz Cabrália-Ba. Metodologia: Foi realizada uma pesquisa observacional, transversal de caráter descritivo com os hipertensos que frequenta o posto de saúde do Assentamento Luiz Inácio Lula da Silva, os dados foram coletados pela autora através de entrevistas individuais utilizando-se de um questionário semiestruturado contendo 33 questões, com duração média de 15 minutos, ao final foram entrevistados 28 hipertensos. Resultados: a idade ficou na média de 50 a 80 anos, havendo um predomínio do sexo feminino, 75% eram casados, 46% analfabetos e 50% aposentados. A maioria 57% não sabiam o que era hipertensão e 43% não tinha conhecimento dos perigos. Em relação ao uso de medicamento 78% faziam uso de 2 tipos,79% obteve melhora com o tratamento. Quanto ao controle da hipertensão 54% relataram está controlados, enquanto 32% não e 14% não sabiam. Referente a alimentação 93% relatou fazer restrição de sal, 68% faz uso diário de verduras e 33% faz uso diário de frutas. Quanto a atividade física 86% não pratica nenhum exercício. Conclusão: O atual estudo contribui para o esclarecimento da importância da assistência de enfermagem no processo de educação em saúde que se realiza por meio da disseminação de conhecimentos sobre como evitar complicações e ainda poder contribuir para evitá-las, tornando possível através do autocuidado. Contudo, ressalta-se a importância da enfermagem nesse processo educativo e social junto aos pacientes, familiares e a comunidade como um todo, pois devido sua inserção no sistema de saúde, seu grau de conhecimento e convívio com os clientes, o mesmo poderá inserir um programa de intervenção apropriada a cada cliente.

Palavras-chaves: pressão alta, atenção básica, tratamento, adesão.

LISTA DE SIGLAS

ESF – Estratégia Saúde da Família

HAS – Hipertensão Arterial Sistêmica

HIPERDIA - Programa de Hipertensão Arterial e Diabetes

IBGE – Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística

IMC – Índice de massa Corporal

OMS – Organização Mundial de Saúde

PA – Pressão arterial

PSF – Programa Saúde da Família

SUS – Sistema Único de Saúde

UBS – Unidade Básica de Saúde

LISTA DE TABELAS

Tabela 1 - Distribuição percentual por sexo, estado civil, grau de escolaridade

Tabela 2 - Distribuição das variáveis faixa etária, ocupação e renda familiar

Tabela 3 - Distribuição das variáveis em relação ao conhecimento, perigos e diagnóstico da hipertensão

Tabela 4 - Distribuição das variáveis em relação ao tratamento, complicações, doenças relacionadas e o uso de medicamentos.

Tabela 5 - Distribuição percentual em relação aos medicamentos, controle da pressão, dificuldade de ir ao posto, relacionamento com os profissionais de saúde e tratamento alternativo.

Tabela 6 – Distribuição percentual em relação ao uso de bebida alcoólica, fumo e atividade física

LISTA DE GRÁFICOS

Gráfico 1 – Distribuição percentual dos entrevistados se alguma vez parou de usar os medicamentos

Gráfico 2 – Distribuição percentual dos entrevistados segundo o porquê pararam de usar os medicamentos

Gráfico 3 – Percentual referente aos problemas citados pelos entrevistados em relação ao uso de medicamentos.

Gráfico 4 - Percentual dos entrevistados em relação à restrição de sal

Gráfico 5 - Percentual dos entrevistados em relação ao consumo de frutas

Gráfico 6 - Percentual dos entrevistados em relação ao uso de verduras

Gráfico 7 – Percentual dos entrevistados em relação ao consumo de gorduras

SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO 11

11

A hipertensão arterial sistêmica (HAS) é uma doença presente na população adulta, cuja prevalência oscila no Brasil entre 22% e 44%. Atinge 30 milhões de brasileiros, sendo que 50% destes não sabem que são hipertensos devidos muitos serem assintomáticos. A HAS é considerada um fator de risco importante para as doenças cardiovasculares ateroscleróticas, incluindo acidente vascular cerebral, doença coronariana, insuficiência vascular periférica e cardíaca (SANTOS et al., 2005). 11

Considerada um grave problema de saúde pública, a HAS é considerada em todo o mundo, uma doença crônica assintomática, com evolução lenta e permanente, levando a complicações e sendo uma das principais causas de morbimortalidade cardiovascular e cerebrovascular (MANFROI; OLIVEIRA, 2006). 11

2 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA 13

2.1 HIPERTENSÃO ARTERIAL SISTÊMICA 13

2.2 ANATOMIA E FISIOLOGIA DO CORAÇÃO 13

2.3 FISIOPATOLOGIA DA HIPERTENSÃO 14

2.4 SINAIS E SINTOMAS 15

2.5 CAUSAS DA HIPERTENSÃO 15

2.7 PROGRAMA DE HIPERDIA: ATUAÇÃO DO ENFERMEIRO 18

2.8 DIAGNÓSTICO E TRATAMENTO DA HIPERTENSÃO ARTERIAL SISTÊMICA 19

4.9. TRATAMENTO DA HIPERTENSÃO ARTERIAL SISTÊMICA NAS UNIDADES BÁSICAS DE SAÚDE: FOCO NA ADESÃO. 20

3 METODOLOGIA 21

3.1 TIPO DE ESTUDO 22

3.2 CAMPO E CENÁRIO DE ESTUDO 22

3.3 POPULAÇÃO DO ESTUDO 23

3.4 INTRUMENTOS E PROCEDIMENTOS DE COLETA DOS DADOS 23

3.5 PLANO DE ANÁLISE 24

Os dados coletados foram armazenados e tabulados através do programa Excel versão 2010, a fim de gerar frequências e ajudar na construção dos resultados. 24

3.6 QUESTÕES ÉTICAS 24

4 RESULTADOS E DISCUSSÃO 25

5 CONCLUSÃO 40

6 REFERÊNCIAS 42

ANEXO I 46

ANEXO II 49

1 INTRODUÇÃO


A hipertensão arterial sistêmica (HAS) é uma doença presente na população adulta, cuja prevalência oscila no Brasil entre 22% e 44%. Atinge 30 milhões de brasileiros, sendo que 50% destes não sabem que são hipertensos devidos muitos serem assintomáticos. A HAS é considerada um fator de risco importante para as doenças cardiovasculares ateroscleróticas, incluindo acidente vascular cerebral, doença coronariana, insuficiência vascular periférica e cardíaca (SANTOS et al., 2005).

Considerada um grave problema de saúde pública, a HAS é considerada em todo o mundo, uma doença crônica assintomática, com evolução lenta e permanente, levando a complicações e sendo uma das principais causas de morbimortalidade cardiovascular e cerebrovascular (MANFROI; OLIVEIRA, 2006).

A HAS é uma doença basicamente detectável por meio da medida da pressão arterial. Apesar dos avanços expressivos da indústria farmacêutica na produção de medicamentos cada vez mais eficazes para o tratamento da HAS, associado ao tratamento não farmacológico, e dos benefícios confirmados pela redução da mortalidade e morbidade relacionadas a eventos cardiovasculares, ainda permanece um número muito grande de indivíduos não tratados ou tratados inadequadamente (SARQUIS et al., 1998).

É necessário conhecer a atitude do individuo a respeito da doença da qual é portador, pois muitas vezes, os costumes sobre as práticas de saúde, os valores e percepções em relação à doença e ao tratamento são diferentes daqueles pensados pelos profissionais de saúde. Acredita-se que a falta de conhecimento especifico ou influência de crenças as quais essas pessoas vivem afetam diretamente no tratamento dessa enfermidade levando a não adesão ao tratamento farmacológico (PÉRES; MAGNA; VIANA, 2003).

Este estudo é importante devido ao grande impacto econômico que a HAS gera ao sistema único de saúde pelo ônus imposto, e também pelo impacto social que reflete na qualidade e expectativa de vida das pessoas. É também de relevância acadêmica, por está relacionada a futuras pesquisas científicas.

O presente estudo pretende esclarecer aos profissionais de saúde as dificuldades encontradas pelo paciente em aderir ao tratamento, e discutir uma terapêutica acessível na qual os profissionais atuem com eficácia para melhor adesão, fazendo com que o paciente se torne sujeito do processo saúde-doença.

Dessa maneira, o projeto teve como objetivo identificar quais são as dificuldades encontradas pelos usuários em aderir ao tratamento da hipertensão arterial na unidade de saúde do Assentamento Luiz Inácio Lula da Silva, município de Santa Cruz Cabrália-Ba.

2 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA

2.1 HIPERTENSÃO ARTERIAL SISTÊMICA

Segundo o Ministério da Saúde (2001), o limite escolhido para definir a hipertensão arterial sistêmica (HAS) é o valor igual ou maior de 140/90 mmHg, encontrado pelo menos em duas aferições realizadas no mesmo momento. Sendo, portanto, definida como uma pressão arterial sistólica maior ou igual a 140 mmHg e uma pressão arterial diastólica maior ou igual a 90 mmHg, em pessoas que não fazem uso de medicação anti-hipertensiva.

A HAS é considerada uma das maiores causas de morbimortalidade no mundo, visto que níveis elevados de pressão arterial estão associados a uma maior incidência de eventos mórbidos, associados principalmente à arteriosclerose e manifestados por cardiopatia isquêmica, acidente vascular cerebral e doenças vasculares renais e periféricas (LIMA et al.,2010).

Segundo afirma Bubach e Oliveira (2011), a HAS atingiu nas ultimas décadas prevalências em torno de 35% na população adulta, com projeção de crescimento entre crianças e adolescentes. É uma situação preocupante pelos os agravos que a patologia pode causar. Sendo assim é de fundamental importância o acompanhamento de pessoas portadoras de hipertensão, levando em consideração que apenas 15% estão sob controle no Brasil.

2.2 ANATOMIA E FISIOLOGIA DO CORAÇÃO

O coração é um órgão muscular, oco, que trabalha como uma bomba contrátil-propulsora tem a forma de um cone, apresentando uma base, um ápice e fácies (esterno costal, diafragmática e pulmonar). O coração fica localizado na cavidade torácica, atrás do esterno, acima do musculo diafragma, no espaço compreendido entre dois sacos pleurais, chamado de mediastino. Apresenta-se disposto obliquamente, de tal forma que a base é medial e o ápice, lateral (DANGELO, 2007).

A cavidade cardíaca apresenta septos subdividindo-a em quatro câmaras: átrio direito, átrio esquerdo, ventrículo direito e ventrículo esquerdo. Os átrios são menores ficando localizados na região superior do coração. Os ventrículos são maiores constituindo o principal volume do órgão, situados abaixo, formando o ápice do coração. O ventrículo direito forma a maior parte da face anterior do coração, e o esquerdo, a maior parte da face inferior e a margem esquerda (SPENCE, 1991).

Segundo Dangelo (2007), o tecido muscular que forma o coração é um tipo especial, tecido estriado cardíaco, e forma sua camada media ou miocárdio. Revestindo internamente o miocárdio existe o endotélio, o qual é continuo com a camada intima dos vasos que chegam e saem do coração, recebendo o nome de endocárdio. Externamente ao miocárdio, há uma membrana serosa revestindo-o, chamada epicárdio.

O sangue ao atingir o átrio direito, trazido pelas grandes veias, é forçado pela contração atrial a passar pela válvula tricúspide enchendo o ventrículo direito. O ventrículo direito bombeia o sangue através da válvula pulmonar para a artéria pulmonar e, daí para os pulmões e, finalmente, pelas veias pulmonares, para o átrio esquerdo. A contração do átrio esquerdo força o sangue a passar pela válvula mitral para o ventrículo esquerdo, de onde, pela válvula aórtica, atinge a aorta e, por essa artéria, toda a circulação sistêmica (GUYTON, 2000).

2.3 FISIOPATOLOGIA DA HIPERTENSÃO

A hipertensão pode ser consequência de um aumento no debito cardíaco, aumento da resistência periférica ou ambos. Apesar da hipertensão não ter uma causa exata, conclui-se que a hipertensão é uma condição multifatorial. Para que aconteça a hipertensão, precisa haver uma alteração em um ou mais fatores que comprometem a resistência periférica ou o debito cardíaco, devendo também existir um problema com os sistemas de controle do organismo que monitoram ou regulam a pressão (BRUNNER; SUDDARTH, 2008).

Fisiopatologicamente a hipertensão afeta a função e a estrutura das pequenas artérias e arteríolas, ocasionando disfunção endotelial. Os vasos sanguíneos vão se tornando espessos e estreitos antecipando o processo de aderência de placas de gorduras na sua superfície, levando à vasoconstrição e/ou à diminuição do lúmen do vaso, fazendo com que o sangue tenha dificuldade de fluir livremente pelo corpo. Na sequência do processo, as artérias perdem sua elasticidade, ficando endurecidas tendo a possibilidade de haver entupimento ou rompimento (ORSOLIN et al., 2005).

2.4 SINAIS E SINTOMAS

Os sintomas na maioria das vezes não se manifestam, tratando-se de um problema de saúde que pode passar despercebido, levando o portador a pensar que não tem nenhum problema, e que apenas está com um mal estar. Porém a hipertensão arterial pode causar danos nos rins, causando insuficiência renal e obstruir as artérias dos membros inferiores. Essas complicações normalmente podem levar à invalidez parcial ou total, sendo na maioria das vezes permanente, resultando na morte em um número grande de casos e acometem as pessoas normalmente a partir de 40 anos de idade. Apesar de representar grave perigo à saúde, a hipertensão arterial geralmente é vista como um pequeno mal, sem necessitar de grandes preocupações (MANZOLI, 1998 apud ROCHA, 2008).

De acordo Mondelli e Lopes (2009), a hipertensão é conhecida como uma doença silenciosa, por não apresentar sintomas. No entanto, algumas pessoas relatam dores de cabeça, tontura, zumbido, dor no peito e fraqueza, que podem ser sinais de alerta.

2.5 CAUSAS DA HIPERTENSÃO

A HAS é uma doença de múltiplas causas, sendo que muitos desses fatores os indivíduos estão expostos devido à herança familiar e ao estilo de vida ocidental, estressante, consumista e sedentário, dificultando o controle da doença. A obesidade destaca-se como uma das principais causas de desenvolvimento e de elevação da pressão arterial de forma direta e independente, com risco de 3 a 8 vezes em comparação aos normotensos. A redução da pressão arterial a níveis em torno de 139/83 mmHg proporciona maior prevenção a complicações cardiovasculares (BUBACH; OLIVEIRA, 2011).

De acordo Bubach e Oliveira (2011) é de extrema importância, a avaliação do controle pressórico com o estado nutricional, pois, com o acréscimo do IMC (Indice de massa corporal), há aumento da pressão arterial. A estratégia saúde da família tem como foco a promoção da saúde em nível individual e coletivo, favorecendo hábitos saudáveis nesse grupo populacional, evitando o descontrole no peso corporal que influencia no controle da hipertensão.

Apesar de na maioria dos casos não se conhecer as causas da hipertensão, são diversos os fatores que podem estar associados a elevação da hipertensão arterial, dentre eles destacamos: o sedentarismo, a obesidade, o estresse, o tabagismo, o envelhecimento, hereditariedade (MOLINA et al., 2003).

O sedentarismo afeta cerca de 50% a 80% da população mundial sendo considerado, um fator de risco modificável pelas diretrizes americanas de hipertensão. Portanto, a detecção do sedentarismo deve fazer parte da avaliação da população hipertensa, e combatê-lo é uma das indicações para diminuição do risco cardiovascular. Estima-se que pessoas sedentárias apresentem um risco maior de desenvolver hipertensão entre 20% e 50% (SERRANO JR; TIMERMAN; STEFANINI, 2009).

Em todo o mundo a prevalência de obesidade tem aumentado se tornando o maior problema de saúde na sociedade moderna na maioria dos países desenvolvidos e em desenvolvimento. A obesidade é um fator de risco independente dos demais para a ocorrência de doença isquêmica coronariana e morte súbita, principalmente em homens abaixo de 50 anos. A maior prevalência de hipertensão na obesidade tem sido atribuída à hiperinsulinemia decorrente da resistência à insulina presente em pessoas obesas, sobretudo naqueles que apresentam excesso de gordura na região do tronco. A hiperinsulinemia causa ativação do sistema nervoso simpático e reabsorção tubular de sódio, contribuindo para aumentar à resistência vascular periférica e a pressão arterial (CARNEIRO et al., 2003).

Há muito se evidencia nítida semelhança entre os casos de estresse e a hipertensão arterial. Muitos dos hipertensos fazem dessa relação a principal causa dos seus níveis elevados de pressão arterial. Alguns estudos epidemiológicos relataram esse fato nas situações de guerra, catástrofes, desemprego, com o tipo de emprego e condições ambientais como viver em área de muita pobreza e/ou insegurança (SERRANO JR; TIMERMAN; STEFANINI, 2009).

O tabagismo é responsável por 45% das mortes nos homens com menos de 65 anos de idade e por mais de 20% de todos os óbitos por doença coronariana nos homens com idade superior a essa faixa etária. Além disso, considera-se que o cigarro, por meio da nicotina, aumenta a pressão arterial levando a uma maior deposição de colesterol nos vasos sanguíneos (CASTRO; ROLIM; MAURÍCIO, 2005).

Segundo Miranda (2002) nos países em desenvolvimento a Organização Mundial da Saúde considera idoso, as pessoas com 60 anos ou mais. As alterações próprias do envelhecimento tornam o indivíduo predisposto a desenvolver hipertensão arterial, sendo esta a principal doença crônica nessa população.

2.6 SUS: ENFOQUE NA ESTRATÉGIA SAÚDE DA FAMÍLIA

O Sistema Único de Saúde (SUS), criado pela Constituição Federativa do Brasil de 1988, foi resultado da luta de movimentos sociais nos anos 80, que tiveram a participação de profissionais da saúde, com o intuito de mudar o modelo de saúde vigente. O SUS está regularizado em princípios como: universalização; integralidade; equidade (OGATA; MACHADO; CATOIA, 2009).

No que se refere à saúde a Constituição Federal 1988 no seu artigo 196 diz que:

“A saúde é direito de todos e dever do Estado, garantindo mediante politicas sociais e econômicas que visem à redução do risco de doenças e de outros agravos e ao acesso universal e igualitário as ações e serviços para sua promoção, proteção e recuperação”.

O Programa Saúde da Família (PSF) foi criado em 1994, numa expectativa centrada, com o intuito de superar desigualdades no acesso aos serviços de saúde, visando o alcance da equidade dentro do sistema. Em 1997 o PSF foi considerado uma estratégia aceitável para reorientação da atenção básica, por proporcionar características distintas dos demais programas e por ter sido considerado um espaço de reorganização do processo de trabalho em saúde no nível da atenção básica (SILVA; CASOTTI; CHAVES, 2013).

A estratégia saúde da família (ESF) surge em resposta à crise do modelo médico-clínico sugerindo uma mudança na forma de pensar a saúde, sendo que o modelo assistencial predominante no país ainda não contempla os princípios do SUS, ou seja, a assistência continua particularizada, fundamentada na cura e na medicalização com baixa resolutividade e baixo impacto social (OGATA; MACHADO; CATOIA, 2009).

Segundo as diretrizes do SUS, a Estratégia e Saúde da Família recomenda o estabelecimento de uma atenção integral, definindo dados indispensáveis para sua implementação, a adscrição do território, a eleição da família como núcleo central das ações de saúde, o trabalho em equipe, a intersetorialidade, entre outros (NERY et al., 2011).

2.7 PROGRAMA DE HIPERDIA: ATUAÇÃO DO ENFERMEIRO

O Programa Hiperdia (Programa de Hipertensão Arterial e Diabetes) foi lançado pelo MS (Ministério da Saúde) em 2001, é um sistema que permite monitorar e gerar informações para aquisição, dispensação e distribuição de medicamentos de forma contínua e organizada. O Hiperdia é uma ferramenta eficaz para a prática de atendimento aos usuários hipertensos/e ou diabéticos, por gerar informações que permitem o conhecimento da situação e mapeamento dos riscos para potencializar a atenção a estas pessoas, minimizando os fatores que levam a complicações (FILHA; NOGUEIRA; VIANA, 2011).

O enfermeiro tem atribuições de extrema importância à pessoa hipertensa como realizar a consulta de enfermagem investigando fatores de risco, hábitos de vida, aferir pressão arterial, orientar sobre a doença e o uso regular de medicamentos. É papel do enfermeiro também acompanhar o tratamento dos pacientes hipertensos e encaminhá-los ao medico quando necessário, administrar o serviço, controlar o retorno e consultas agendadas, bem como delegar e supervisionar as atividades do técnico/auxiliar de enfermagem (NÓBREGA; MEDEIROS; LEITE, 2010).

2.8 DIAGNÓSTICO E TRATAMENTO DA HIPERTENSÃO ARTERIAL SISTÊMICA

O diagnostico da HAS é baseado na aferição da pressão arterial, sendo de suma importância o seguimento das recomendações propostas para a aferição correta da pressão arterial. Pois só assim se consegue diminuir as chances de erro, que podem ser desde aparelhos pouco confiáveis ate fatores inerentes ao próprio observador, aumentando, assim, a eficiência no diagnóstico (ORTEGA et al., 2006).

Segundo o Ministério da Saúde (2006), recomenda-se repetir a aferição da pressão arterial em diferentes períodos, em indivíduos sem diagnostico prévio e níveis de PA (pressão arterial) elevada em uma aferição, antes de caracterizar a presença de HAS.

O tratamento medicamentoso para a hipertensão é indicado quando a doença está na forma severa e/ou quando o tratamento não medicamentoso não consegue controlar a pressão arterial. A maior parte das pessoas que sofrem de pressão alta faz uso dos medicamentos anti-hipertensivos pelo resto da vida. Já para o tratamento não farmacológico pequenas mudanças na vida cotidiana ajudam a diminuir a pressão, como cuidado com a alimentação, diminuindo a ingestão de sal e a prática constante de exercícios físicos. A maioria das pessoas que tem pressão alta responde bem à redução de sal na alimentação, de modo que acabar com sua ingestão é uma medida bastante eficaz (ROCHA, 2008).

4.9. TRATAMENTO DA HIPERTENSÃO ARTERIAL SISTÊMICA NAS UNIDADES BÁSICAS DE SAÚDE: FOCO NA ADESÃO.

A adesão ao tratamento está relacionada ao comportamento do paciente em relação à saúde, e não somente o simples ato de usar os medicamentos prescritos. A não adesão ao tratamento pode ser influenciada por diversos fatores como aqueles ligados aos pacientes, relacionados à doença, relacionados à instituição e os ligados ao tratamento que englobam o estilo de vida. Melhorar a adesão ao tratamento é prevenir complicações e agravos das doenças, proporcionando qualidade de vida aos pacientes (LIMA et al., 2010).

Segundo Santos et al (2005), a falta de adesão ao tratamento é um dos problemas encontrados no atendimento as pessoas hipertensas, onde 50% dos hipertensos avaliados não fazem nenhum tratamento e dentre aqueles que o fazem, poucos tem a pressão arterial controlada. A não adesão do cliente ao tratamento tem sido um grande desafio para os profissionais que o acompanha e consequentemente responsável pelo aumento dos custos sociais como faltas ao trabalho, licenças para tratamento de saúde, e aposentadorias por invalidez.

2.9.1 O papel da enfermagem frente ao tratamento e adesão do paciente com hipertensão.

Pode-se constatar que a não adesão do cliente hipertenso ao tratamento, ainda constitui um grande desafio para os profissionais que o acompanha, entre estes o enfermeiro que tem como meta engajá-lo no autocuidado. Entretanto, este desafio poderá ser vencido por meio de estratégias de educação em saúde, enquanto prática interdisciplinar, que segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), é uma combinação de ações e conhecimentos de aprendizagem planejada com o intuito de capacitar as pessoas a obterem controle sobre determinantes e comportamentos da saúde, das condições sociais que afetam seu estado de saúde (SANTOS, 2005).

De acordo Júnior et al (2006) A importância do enfermeiro está ligada ao processo de educação, motivando o portador de hipertensão arterial a realizar o auto cuidado, usando estratégias de ensino aprendizagem, praticando a comunicação do paciente e a verbalização dos seus problemas. O enfermeiro pode ser visto como um elemento de confiança no compartilhamento dos problemas e assuntos de ordem física, social, familiar, econômica e emocional. Os portadores de hipertensão arterial além de esclarecimentos para suas dúvidas precisam de alguém que amenize seus anseios também.

3 METODOLOGIA

3.1 TIPO DE ESTUDO

Para atender ao objetivo proposto foi realizada uma pesquisa observacional, transversal de caráter descritivo.

A pesquisa quantitativa utiliza-se de ferramentas fechadas que permitam a quantificação do objeto de estudo, os dados são colhidos por meio de um questionário estruturado ou entrevista fechada com perguntas claras.

A pesquisa descritiva propõe-se a descrever características de determinada população ou fenômeno, problema ou objeto de estudo, associações de variáveis, se destacando pela utilização de técnicas padronizadas de coleta de dados.

3.2 CAMPO E CENÁRIO DE ESTUDO

A pesquisa foi realizada no posto de saúde do Assentamento Luiz Inácio Lula da Silva, que fica localizado na Br 367, km 22 – zona rural, o qual é uma extensão da unidade de saúde do Rio do Sul, localizada na zona rural, município de Santa Cruz Cabrália.

Segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a população estimada de Santa Cruz Cabrália em 2013 será de 27.854 habitantes, o município conta com nove unidades básicas de saúde distribuídas entre bairros, distritos e zona rural.

A Unidade Básica de Saúde escolhida como local de coleta dos dados será a UBS Luiz Inácio Lula da Silva no município de Santa Cruz Cabrália. Trata-se de uma UBS localizada na zona rural, composta por um médico, uma enfermeira, uma técnica de enfermagem, uma auxiliar de enfermagem, uma agente de endemias e uma auxiliar de serviços gerais. O atendimento médico ocorre duas vezes por semana que atende cerca de 15 pacientes dia, e a enfermeira atende três vezes por semana em média de 15 pacientes dia, onde somente no programa de hiperdia são atendidos cerca de 6 pacientes dia.

O motivo de ter escolhido o posto de saúde do assentamento, foi por fazer parte da comunidade pesquisada e por este acolher uma parcela bastante desfavorecida da população local e, por isso, é de conhecimento popular as dificuldades enfrentadas por estes para receber atendimento de saúde adequado.

3.3 POPULAÇÃO DO ESTUDO

Na UBS são cadastradas 313 famílias, sendo que 100 usuários fazem acompanhamento para hipertensão arterial, dentre esses foram pesquisados 28. A população de estudo foi escolhida aleatoriamente, composta por pessoas que fazem acompanhamento da hipertensão arterial obedecendo os seguintes critérios: idade a partir dos 18 anos de idade, ambos os sexos, de diferentes raças, variados níveis de formação educacional, crenças religiosas e situação conjugal.

3.4 INTRUMENTOS E PROCEDIMENTOS DE COLETA DOS DADOS

A coleta de dados foi feita pela autora através de entrevistas individuais, utilizando-se um questionário semiestruturado da tese (doutorado) de Maria de Lourdes Oshiro (2007), que tratou sobre fatores para não adesão ao programa de controle da hipertensão arterial em Campo Grande, MS: um estudo de caso e controle.

O instrumento (anexo I) é composto por 33 questões que abordam o perfil sócio demográfico e econômico, o grau de conhecimento em relação às praticas e as opções de tratamento disponíveis e como é fornecida assistência especifica aos usuários. As questões foram lidas e marcadas pela pesquisadora de acordo com a resposta dos entrevistados

O questionário foi aplicado aos pacientes com HAS na Unidade de Saúde do Assentamento Luiz Inácio Lula da Silva, com duração média de 15 minutos. Os entrevistados foram informados do estudo por meio da leitura do Termo de Consentimento Livre e Esclarecido que após aceitarem a participar da pesquisa assinaram o termo e foi aplicado o questionário.

Para aplicação do questionário foi necessário anexar o pré-projeto na Plataforma Brasil e posteriormente foi analisado e aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa da UESB – CEP/UESB e depois obtive a liberação da Secretaria Municipal de Saúde para coleta dos dados.

3.5 PLANO DE ANÁLISE

Os dados coletados foram armazenados e tabulados através do programa Excel versão 2010, a fim de gerar frequências e ajudar na construção dos resultados.

3.6 QUESTÕES ÉTICAS

Este estudo foi desenvolvido respaldando-se na resolução 466/12 do Conselho Nacional de Saúde, regulamentadora das pesquisas com seres humanos, considerando a observância da beneficência, não maleficência, ausência de riscos e prejuízos, com garantia do anonimato aos sujeitos do estudo. A pesquisa teve parecer favorável pelo Comitê de Ética e Pesquisa da Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia (UESB), sob parecer de nº 576.647.

4 RESULTADOS E DISCUSSÃO

Os resultados são apresentados em dados percentuais, seguido de discussão, onde foram entrevistados 28 hipertensos que são atendidos no posto de saúde do Assentamento Luiz Inácio Lula da Silva.

Tabela 1 - Distribuição percentual por sexo, estado civil, grau de escolaridade.

TOTAL

VARIÁVEL Nº %

SEXO

Masculino 7 25

Feminino 21 75

ESTADO CIVIL

Solteiro 4 14

Casado/união estável 21 75

Viúvo 1 4

Separado/desquitado 2 7

ESCOLARIDADE

Analfabeto 13 46

Ensino Fundamental Completo 1 3

Ensino Fundamental Incompleto 11 39

Ensino Médio Completo 1 4

Ensino Médio Incompleto 0 0

Superior Completo 0 0

Superior Incompleto 1 4

Pós-graduação 1 4

Fonte: Dados coletados pela própria autora.

Do total dos pacientes entrevistados, 75% (n= 21) eram do sexo feminino, sendo que mais da metade 75% (n=21) eram casados ou tinham união estável, vindo a concordar com a pesquisa de Cesarino (2008), onde se constatou um maior número de hipertensos casados (63,9%).

O estado civil também deve ser destacado, considerando que o apoio familiar não só deve ser oferecido pelo cônjuge, mas como também os demais membros da família devem dar apoio ao hipertenso, tornando mais fácil a sua inserção no contexto da doença e tratamento (PIERIN et al., 2001).

Apenas 4% (n= 1) dos pesquisados possuía o ensino médio completo,39%(n=11) tinha o ensino fundamental incompleto e 46%(n=13) eram analfabetos. Podemos observar na tabela 1 que houve uma predominância entre analfabetos e o ensino fundamental incompleto.

De acordo a pesquisa de Oliveira; Bubach; Flegeler (2009), o grau de instrução, distribuiu-se em: (12,3%) analfabetos, (51,2 %) com o ensino fundamental incompleto, (9,9%) com o ensino fundamental completo, (3,3%) com ensino médio incompleto, (17,4%) com ensino médio completo, (0,9%) com nível superior completo e (5,1%) com nível superior incompleto. Conforme podemos constatar na tabela 1 temos um número bastante significante de analfabetos 46%, (n=13) que de acordo a VI Diretrizes Brasileiras de Hipertensão HAS no Brasil teve uma prevalência maior entre as pessoas com menor escolaridade.

Segundo Cesarino (2008), estudos indicam que a diferença na prevalência de HAS entre os gêneros é pequena, possivelmente por que acomete homens mais jovens e mulheres mais idosas. No Brasil, as mulheres tem mais conhecimento de sua condição de hipertensa do que os homens, confirmando os estudos que afirmam que as mulheres percebem seus problemas de saúde mais do que os homens, do mesmo modo como procuram mais pelos serviços de saúde.

As VI Diretrizes Brasileiras de Hipertensão consideram que os homens são mais afetado pela HAS até os 50 anos de idade e as mulheres devido a produção de hormônios femininos que são fatores de proteção, tendo uma incidência baixa antes da menopausa aumentando a partir dos 60 anos de vida (MACHADO; PIRES; LOBÃO, 2012).

A prevalência da hipertensão é opostamente proporcional à escolaridade e renda, ou seja, quanto maior o nível de escolaridade e uma melhor situação econômica, menor a incidência devido a maior nível de cuidados com a saúde (SANTOS et al., 2005).

Tabela 2 – Distribuição das variáveis faixa etária, ocupação e renda familiar

TOTAL

VARIÁVEL Nº %

FAIXA ETÁRIA

18-40 4 14

41-50 4 14

51-60 10 36

61-70 6 22

71-80 4 14

OCUPAÇÃO

Aposentado(a) 14 50

Do lar 10 36

Professora 1 3

Outros 3 11

RENDA FAMILIAR

0-350 5 18

350-724 11 39

724-1200 4 14

1200-2000 6 21

2000-3000 1 4

3000-4000 1 4

Fonte: Dados coletados pela própria autora.

Os dados da Tabela 2 mostram que a população estudada tinha idade na faixa etária de 51 a 60 anos 36% (n=10) e entre 61 e 70 anos 22% (n=6), apresentando uma média de idade entre 50 a 80 anos somando 70% (n=20) dos entrevistados, demonstrando que a hipertensão tem alta prevalência em pessoas com mais idade.

Segundo o estudo de Santos et al (2005), 42 (84%) dos entrevistados apresentavam idade igual ou superior a 50 anos, sendo que desses 33 (66%) eram do sexo feminino, informação que coincide com a tabela 1 onde 75% (n=21) pesquisados eram mulheres e segundo a tabela 2 os estudados estavam na faixa etária acima dos 50 anos. Esses dados mostram a prevalência da hipertensão arterial com o envelhecimento, sendo mais elevada nos homens até os 55 anos, depois ela é igual para os dois sexos.

Com o envelhecimento da população, cada vez mais observamos pessoas chegando à oitava década da vida. A pressão arterial tende a aumentar com a idade, atingindo mais de 60% na faixa etária acima de 65 anos, devido as alterações próprias do envelhecimento que tornam o indivíduo mais predisposto ao desenvolvimento de HAS, sendo essa a doença crônica de maior prevalência encontrada em estudos epidemiológicos (CESARINO et al., 2008).

Com o aumento da expectativa de vida mundial, os doentes com mais de 65 anos de idade constituem a maior parte dos hipertensos nos dias atuais. Cerca de 75% das pessoas acima de 70 anos de idade apresentam hipertensão arterial (CORRÊA et al., 2005).

A maioria dos hipertensos eram aposentados 50% (n=14) e uma grande parte exercia atividades domésticas em seu lar 36% (n=10). Analisando a tabela 2 podemos observar que a renda familiar ficou na faixa de meio a um salário mínimo 57% (n=16) e dois salários e meio 21% (n=6), comprovando que é uma população de baixa renda.

No seu estudo Santos et al (2005), relatou que (44%) dos pesquisados eram aposentados, (20%) eram do lar, pesquisa essa que é compatível com a pesquisa atual, onde podemos observar na tabela 2 que a metade 50% (n=14) dos entrevistados eram aposentados e 36% (n=10) exercia atividades domesticas em seu lar. Resultado esse que se deve ao fato de 75% (n=21) ser do sexo feminino e estarem na faixa etária acima de 50 anos.

A situação socioeconômica é um fator que pode influenciar na origem e tratamento da hipertensão arterial. A ausência de recursos financeiros está ligada ao problema de acesso aos serviços de saúde e na realização do tratamento, por exemplo na obtenção dos remédios (PIERIN et al.,2001).

A prevalência da hipertensão é opostamente proporcional à escolaridade e renda, ou seja, quanto maior o nível de escolaridade e uma melhor situação econômica, menor a incidência devido a maior nível de cuidados com a saúde (SANTOS et al., 2005).

Tabela 3 – Distribuição das variáveis em relação ao conhecimento, perigos e diagnóstico da hipertensão

TOTAL

VARIÁVEL Nº %

CONHECIMENTO DOS HIPERTENSOS SOBRE A DOENÇA

Não sabe nada 16 57

Conhecimento incompleto 12 43

Conhecimento completo 0 0

CONHECIMENTO DOS HIPERTENSOS SOBRE OS PERIGOS DA PRESSÃO ALTA

Não sabe nada 12 43

Conhecimento incompleto 16 57

Conhecimento completo 0 0

TEMPO QUE FOI DIAGNOSTICADA A DOENÇA

Até 1 ano 1 3

1 a 2 anos 1 4

2 a 5 anos 5 18

6 a 10 anos 10 36

Acima de 10 anos 11 39

Não informado 0 0

REAÇÃO DOS HIPERTENSOS FRENTE AO DIAGNÓSTICO

Não sentiu nada 19 68

Não aceitou 2 7

Preocupou-se 7 25

Não lembra 0 0

Fonte: Dados coletados pela própria autora.

Na tabela 3 podemos observar que 57% (n=16) dos entrevistados não souberam definir o que é pressão alta, enquanto 43% (n=12) tinha um o conhecimento vago, notamos também, que mesmo não sabendo o que é pressão alta, alguns hipertensos 57% (n=16) relataram algum conhecimento sobre os perigos que a pressão alta pode levar.

Segundo a pesquisa de Lima et al (2010), 88% dos pacientes entrevistados não tinha conhecimento da doença, enquanto 57% (n=16) da atual pesquisa não conseguiram definir a pressão alta e 43% (n=12) apresentava pouco conhecimento. Podemos notar que o desconhecimento sobre o que é pressão alta ainda é muito grande.

Em relação ao tempo que foram diagnosticados com a doença 39% (n=11) relataram que tinha mais de 10 anos, 36% (n=10) disseram que tinham de 6 a 10 anos, 18% (n=5) disseram que tinham de 2 a 5 anos.

Em relação ao diagnóstico os mesmos ficaram sabendo casualmente em consultas de rotinas ou porque passaram mal e precisaram ir para o hospital sendo diagnosticados com pressão alta. A maioria 68% (n=19) relaram não ter tido reação nenhuma frente ao diagnostico, enquanto 25% (n=7) disseram ter se preocupado e 7% (n=2) não aceitaram.

Tabela 4 – Distribuição das variáveis em relação ao tratamento, complicações, doenças relacionadas e o uso de medicamentos.

TOTAL

VARIÁVEL Nº %

INÍCIO DO TRATAMENTO

Até 1 ano 1 3

1 a 2 anos 1 4

2 a 5 anos 6 21

6 a 10 anos 8 29

Acima de 10 anos 12 43

Não informado 0 0

COMPLICAÇÕES RELACIONADAS A DOENÇA

Sim 11 39

Não 17 61

OUTRAS DOENÇAS RELACIONADAS

Somente HAS 16 57

Diabetes 1 4

Coração 9 32

Outras 2 7

MEDICAMENTOS EM USO

Usa 1 tipo 5 18

Usa 2 tipos 22 78

Usa 3 tipos 1 4

Não usa nenhum 0 0

MELHOROU COM OS MEDICAMENTOS

Sim 22 79

Não 6 21

Fonte: Dados coletados pela própria autora.

Questionados sobre o início do tratamento todos responderam que iniciaram assim que souberam do diagnóstico, conforme mostra a tabela 4 43% (n=12) iniciou há mais de 10 anos, 29% (n=8) de 6 a 10 anos, 21% (n=6) de 2 a 5 anos, 4% (n=1) de 1 a 2 anos, 3% (n=1) menos de 1 ano.

De acordo o estudo de Santos et al (2005), 78% dos entrevistados iniciaram o tratamento assim que souberam que eram hipertensos, entretanto 22% dos participantes optaram pelo tratamento depois de algum tempo do seu diagnóstico, diferente da pesquisa atual onde todos os entrevistados começaram o tratamento assim que souberam que eram hipertensos de acordo com o tempo de diagnóstico de cada um conforme mostra a tabela 4.

Dos 28 entrevistados 61% (n=17) falaram não ter tido nenhuma complicação relacionada a hipertensão e 39% (11) disseram que sim. De acordo o estudo de Santos et al (2005), (54%) não apresentaram complicações da doença enquanto (56%) eram orientados sobre estas complicações.

Quando questionados sobre doenças relacionadas 57% (n=16) relataram ter só pressão alta, 32% (n=9) disseram ter problemas cardíacos, 4% (n=1) falaram ter diabetes, 7% (n=2) tinha outras doenças.

Dentre os 28 hipertensos entrevistados 79% (n=22) disseram ter melhorado com tratamento e 21% (n=6) relataram que não.

Quando questionados sobre os medicamentos em uso, 78% (n=22) relataram usar dois tipos,18% (n=5) só usam 1 tipo e 4% (n=1) fazem uso de três tipos. Os dados da pesquisa de Strelec e cols (2003) mostra que (56%) dos pesquisados apresentava prescrição de dois medicamentos anti-hipertensivos, 26% um medicamento e 18% três ou mais. Esses dados diferem um pouco conforme podemos observar na tabela 4, no entanto predomina em ambos os estudos o uso de dois medicamentos.

Gráfico 1 – Distribuição percentual dos entrevistados em relação a pergunta se alguma vez parou de usar os medicamentos

Fonte: Dados coletados pela própria autora.

Gráfico 2 – Distribuição percentual dos entrevistados segundo o porquê pararam de usar os medicamentos

Fonte: Dados coletados pela própria autora.

De acordo os gráficos 1 e 2 a maioria dos hipertensos 71% (n=20) relataram não ter parado de usar os medicamentos, enquanto 29% (n=8) disseram que sim e desses que pararam de usar 50% (n=4) disseram que foram por esquecimento e 50% (n=4) porque achavam que estava bem.

Segundo a pesquisa realizada por Santos et al (2009) em Campinas interior de São Paulo, 78,95% dos entrevistados fazem uso diário do medicamento, enquanto 10% mencionaram não fazer uso por não apresentar nenhum sintoma, semelhante ao resultado encontrado na atual pesquisa, onde podemos constatar no gráfico 1 que 71% (n=20) dos hipertensos fazem uso continuo dos medicamentos, no entanto 29% (n=8) relataram não fazer.

Desses 29% (n=8) que deixaram de usar os medicamentos 50% (n=4) relataram que foi por esquecimento, enquanto 50% (n=4) porque achavam que estavam bem, dados semelhantes ao estudo realizado por Rufino, Drummond e Moraes (2012) onde foi constatado que 52% dos pesquisados mencionaram esquecer de tomar os remédios.

Gráfico 3 – Percentual referente aos problemas citados pelos entrevistados em relação ao uso de medicamentos. Fonte: Dados coletados pela própria autora.

Tabela 5 – Distribuição percentual em relação aos medicamentos, controle da pressão, dificuldade de ir ao posto, relacionamento com os profissionais de saúde e tratamento alternativo.

TOTAL

VARIÁVEL Nº %

JÁ TEVE ALGUM PROBLEMA COM OS MEDICAMENTOS

Sim 10 36

Não 18 64

HOUVE MUDANÇA DE MEDICAMENTO

Sim 19 68

Não 9 32

PORQUE HOUVE MUDANÇA

Ineficácia terapêutica 13 59

Efeitos adversos 6 41

Outros

SUA PRESSÃO ESTÁ CONTROLADA

Sim 15 54

Não 9 32

Não sabe 4 14

POSSUI DIFICULDADE PARA IR AO POSTO

Sim 12 43

Não 16 57

POSSUI BOM RELACIONAMENTO COM OS PROFISSIONAIS DE SAÚDE

Sim 22 79

Não 6 21

Não respondeu 0 0

FAZ ALGUM TRATAMENTO ALTERNATIVO

Sim 16 57

Não 12 43

Fonte: Dados coletados pela própria autora.

Na tabela 5 podemos observar que 36% (n=10) dos entrevistados disseram que já tiveram algum problema com os medicamentos, sendo que os mais relatados foram boca seca 22% (n=3) conforme mostra o gráfico 3, enquanto 64% (n=18) referiram não ter tido problema nenhum. Em relação a mudança de medicamento 68% (n=19) disseram que sim e 32% (n=9) que não houve mudança. Sendo que 59% (n=13) falaram que a mudança foi devido a ineficácia terapêutica e 41% (n=6) devido efeitos adversos.

Quando questionados se a pressão estava controlada 54% (n=15) disseram que sim, 32% (n=9) falaram que não e 14% (n=4) relataram não saber, semelhante ao estudo de Figueiredo, Asakura (2010) onde 51,8% dos pesquisados tinham a pressão arterial controlada. Sendo essencial esse controle para um acompanhamento efetivo da hipertensão, especialmente quando existe um cofator que aumenta o agravamento da doença, uma vez que associado ao tratamento farmacológico adequado, diminui expressivamente a morbimortalidade dessas pessoas, aumentando a expectativa de vida (BUBACH; OLIVEIRA, 2011).

Quando perguntados se tinha dificuldade de ir ao posto de saúde 43% (n=12) dos entrevistados alegaram que sim, devido ao transporte e 57% (n=16) referiram que não. A maioria 79% (n=22) disseram ter bom relacionamento com os profissionais de saúde e 21% (n=6) falaram que não.

Mais da metade 57% (n=16) relataram fazer tratamento alternativo e 43% (n=12) disseram que não, relato também encontrado no estudo de Pierin (2001) onde foi constatado que 81% dos entrevistados referiram fazer uso de chás.

Gráfico 4 - Percentual dos entrevistados em relação à restrição de sal

Fonte: Dados coletados pela própria autora.

.

De acordo o gráfico 93% (n=26) dos hipertensos referiram fazer restrição de sal, enquanto 7% (n=2) disseram que não, dados semelhantes foram encontrados no estudo Girotto (2013), onde (84,2%) fazem restrição de sal.

Gráfico 5 - Percentual dos entrevistados em relação ao consumo de frutas

Fonte: Dados coletados pela própria autora.

Dos 28 entrevistados 41% (n=11) mencionaram fazer uso de frutas de duas a quatro vezes por semana, 33% (n=9) de uma a duas vezes e 26% (n=7) disseram fazer uso diário.

De acordo a pesquisa realizada por Oliveira, Bubach e Flegeler (2009), em relação ao consumo de frutas 17(5,1%) relataram que nunca ou uma vez por semana ingerem frutas; 27(8,1%) ingerem de uma a três vezes no mês; 144(34,1%) de uma a três vezes na semana; 29(8,7%) de quatro a seis vezes na semana e 144(44%) alimentam-se de frutas diariamente.

Gráfico 6 - Percentual dos entrevistados em relação ao consumo de verduras

Fonte: Dados coletados pela própria autora.

Em relação ao consumo de verduras 68% (n=19) relataram fazer uso diário, 25% (n=7) duas a quatro vezes por semana e 7% (n=2) uma a duas vezes por semana.

Segundo Oliveira, Bubach e Flegeler (2009), 10(3%) nunca as consomem ou apenas uma vez no mês; 4(12%) as ingerem de uma a três vezes por mês; 74(22,2%) entre uma a três vezes na semana; 22(6,6%) de quatro a seis vezes na semana e 224(67,1%) as consomem todos os dias.

Gráfico 7 – Percentual dos entrevistados em relação ao consumo de gorduras

Fonte: Dados coletados pela própria autora.

Quando questionados sobre o uso de alimentos gordurosos 64% (n=18) disseram não fazer uso e 34% (n=10) disseram que sim, desses 34% (n=10) 60%(n=6) relataram usar de 1 a 2 vezes por semana, 20% (n=2) 2 a 4 vezes por semana e 20% (n=2) mencionaram fazer uso diário.

De acordo Piati, Felicetti e Lopes (2009) o consumo de gorduras em pessoas hipertensas precisa ser diminuída para prevenir suas complicações, como as doenças coronarianas, assim como pode favorecer o surgimento de obesidade, que, por si só, aumenta os valores tensionais.

Tabela 6 – Distribuição percentual em relação ao uso de bebida alcoólica, fumo e atividade física

TOTAL

VARIÁVEL Nº %

FAZ USO DE BEBIDA ALCOOLICA

Às vezes 7 25

Não 21 75

Frequentemente 0 0

FAZ USO DE FUMO

Não 24 86

Sim 4 14

FAZ ALGUMA ATIVIDADE FÍSICA

Sim 4 14

Não 24 86

Fonte: Dados coletados pela própria autora

Podemos observar na tabela 7 que 75% (n=21) dos entrevistados não fazem uso de bebidas alcóolicas, enquanto 25% (n=7) relataram que bebem em datas comemorativas.

Oliveira, Bubach e Flegeler (2009), relataram em sua pesquisa que (62%) dos pesquisados não ingerem bebidas alcoólicas, (18%) fazem uso de alguma bebida alcoólica e (21,6) não faz uso de bebida alcoólica, mas já a utilizaram no passado, resultado esse que difere da atual pesquisa como podemos ver na tabela 7.

O consumo de álcool por tempo prolongado pode aumentar a PA e a mortalidade cardiovascular em geral. Em habitantes brasileiros a ingestão exagerada de álcool se associa com a ocorrência de HAS de forma independente das particularidades demográficas (VI DIRETRIZES BRASILEIRAS DE HIPERTENSÃO, 2010).

Na tabela 7 podemos ver que 86% (n=24) dos hipertensos não fumam e 14% (n=4) fumam, diferente da pesquisa de Oliveira; Bubach; Flegeler onde (51,5%) dos hipertensos nunca fumaram, (13,8%) fumam (34,7%) não fumam, mas fumaram no passado.

Vale destacar que o cigarro provoca aumento da pressão arterial por meio da nicotina. Cada cigarro fumado contém cerca de 1% a 2% dessa substância a qual age na estimulação dos gânglios simpáticos e da medula da suprarrenal, juntamente com a descarga de catecolaminas das terminações simpáticas nervosas, sendo que a sua capacidade de desenvolver coágulos é aumentada, reduzindo a função destruí-los (VI DIRETRIZES BRASILEIRAS DE HIPERTENSÃO, 2010).

Dos 28 hipertensos entrevistados 86% (n=24) não realizam nenhuma atividade física, enquanto 14% (n=4) fazem alguma.

Segundo Oliveira, Bubach e Flegeler (2009), afirma em sua pesquisa que (29,6%) dos entrevistados fazem alguma atividade física, enquanto (70,4%) não exercem nenhuma, dados semelhantes com a pesquisa atual, conforme pode ser verificado na tabela 7 onde 86% (n=24) dos hipertensos não fazem nenhuma atividade física e somente 14% (n=4) realizam alguma atividade.

A atividade física tem um papel fundamental como elemento não medicamentoso para o controle da doença ou como colaborador ao tratamento farmacológico. Tanto a pressão arterial sistólica quanto a diastólica tendem a diminuir depois de um tempo de treinamento físico, podendo até, em alguns casos, a evitar ou reduzir o uso de fármacos (OLIVEIRA; BUBACHII; FLEGELER, 2009)

5 CONCLUSÃO

A adesão ao tratamento da hipertensão arterial envolve inúmeras questões, que podem levar ao sucesso ou fracasso. Naturalmente, a HAS e o seu tratamento apropriado abrangem uma variedade de fatores, exigindo de todos os envolvidos o emprego de estratégias acertadas que deem conta dessa complexidade.

Ao falarmos de adesão, devemos levar em conta a particularidade que faz com que cada pessoa, de acordo com as suas experiências, conhecimentos, crenças e valores, tenha uma conduta adequada em relação a definição de “sentir-se doente”.

Os resultados achados neste estudo foram semelhantes aos encontrados em outras pesquisas realizadas no Brasil quanto às variáveis relacionadas aos pacientes, à doença, ao tratamento e ao serviço de saúde.

Ficou evidenciado neste estudo um número significativo de hipertensos idosos, ou seja, uma média de 70% entre 50 a 80 anos, sendo que 50% eram aposentados com predominância no sexo feminino com 75%. Observou-se também uma baixa renda e escolaridade.

O estado civil teve grande relevância no estudo, onde 75% eram casados ou tinham união estável, considerando que o suporte familiar oferecido ao hipertenso facilita a sua inclusão no contexto da doença e terapêutica.

Houve um índice elevado em relação ao que é hipertensão e seus riscos, mostrando que ainda é muito grande o número de pessoas que não tem conhecimento sobre a hipertensão, o que reforça mais a necessidade da prática de educação em saúde nas UBS.

O estudo também evidenciou que 54% dos pacientes pesquisados relataram ter a pressão arterial controlada, enquanto 32% não estavam controlados e 14% não sabiam responder. De acordo com os resultados alcançados neste estudo, quanto à prevenção e controle da pressão arterial, recomenda-se práticas educativas mais claras e objetivas, uma vez que se trata de uma população com baixo grau de escolaridade, embora o estudo tenha evidenciado que a maioria estavam com a pressão controlada, mas não aderiram ao tratamento corretamente, pois também ficou constatado que 86% não realizava nenhuma atividade física.

O atual estudo contribui para o esclarecimento da importância da assistência de enfermagem no processo de educação em saúde que se realiza por meio da disseminação de conhecimentos sobre como evitar complicações e ainda poder contribuir para evitá-las, tornando possível através do autocuidado.

Ressalta-se a importância da enfermagem nesse processo educativo e social junto aos pacientes, familiares e a comunidade como um todo, pois devido sua inserção no sistema de saúde, seu grau de conhecimento e convívio com os clientes, o mesmo poderá inserir um programa de intervenção apropriada a cada cliente.

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PÉRES, D. S; MAGNA, J.M;VIANA, L.A. Portador de hipertensão arterial: atitudes, crenças, percepções, pensamentos e práticas. Rev. Saúde Pública 2003; São Paulo – SP.

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ROCHA, L.M. O papel do enfermeiro no controle da hipertensão visando à qualidade de vida dos pacientes. Monografia apresentada à FIJ-GUARAPARI/ES, 2008. Disponível em:<http://sigplanet.sytes.net/nova_plataforma/monografias../8434.pdf>29. Acesso em 25 abril 2014.

RUFINO, D.B.R; DRUMMOND, R.AT; MORAES, W.L.D. desão ao tratamento: estudo entre portadores de hip.ertensão arterial cadastrados em uma Unidade Básica de Saúde. J Health Sci Inst. 337 2012;30(4):336-42.

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ANEXO I

QUESTIONÁRIO

Roteiro de entrevista nº:______________Data:____________________________

Iniciais do Nome: ____________________________________________________

1 - Sexo: F ( ) M ( )

2 - Data de nascimento: / /

3 - Estado civil: ( ) Solteiro(a) ( ) Casado(a) ( ) Viúvo(a) ( ) separado/desquitado(a)

4 - Mora com quem? Esposo (a) ( ) Filhos ( ) Sozinho ( ) Outros ( )

5 - Escolaridade:

( ) Analfabeto ( ) Ensino fundamental completo ( ) Ensino fundamental incompleto ( ) Ensino médio completo ( ) Ensino médio incompleto ( ) Ensino superior completo ( ) Ensino superior incompleto ( ) Pós-graduado

6 - Ocupação: _____________________

7 - Renda individual (R$____________Renda familiar (R$)____________________

8 - Para o senhor (a) o que é pressão alta (hipertensão arterial)? Não sabe nada ( ) Conhecimento incompleto ( ) Conhecimento completo ( )

9 - Você conhece os perigos da pressão alta? Não sabe nada ( ) Conhecimento incompleto ( ) Conhecimento completo ( )

10 - Quanto tempo faz que foi diagnosticada a pressão alta? Até 1ano ( ) 1 a 2 anos ( ) 2 a 5 anos ( ) 6 a 10 anos ( ) Acima 10 anos ( ) Não informado

11 – Como se sentiu quando soube do diagnóstico? Não sentiu nada ( ) Não aceitou ( ) Preocupou-se ( ) Não lembra ( )

12 - Desde quando está em tratamento? _____________________________________________

13 -Teve complicações relacionadas com a pressão alta? Sim ( ) Não ( )

14 - Possui outra doença associada? Somente HAS ( ) Diabetes ( ) Coração ( ) Outras ( )

15 - Quais os medicamentos em uso nos últimos 15 dias?

Medicamentos prescritos e não prescrito

Posologia

Duração

Observação

16 - Tem melhorado com esse tratamento? S ( ) N ( )

17 - Alguma vez parou de usar os medicamentos? S ( ) N ( ) porque? Estava bem ( ) esquecimento ( ) reações adversas ( ) medo ( ) não interrompeu ( ) outros ( )

18 - Teve algum problema com medicamento? S( ) N ( ) Qual?_______________________________________________________________

19 - Houve mudança de medicamento durante este período? S ( ) N ( ) Por que? Ineficácia terapêutica ( ) efeitos adversos ( ) outros ( ) não houve mudança ( )

20 - Sua pressão tem estado controlada? S ( ) N ( ) não sabe ( )

21 - Possui dificuldade para ir ao programa da hipertensão? S ( ) N ( ) Qual?___________

22 - Possui bom relacionamento com os profissionais de saúde? S ( ) N ( ) não respondeu ( )

23 - Faz algum tratamento alternativo? S ( ) N ( ) Qual?______________________

24 - Faz dieta especial? S ( ) N ( ) Restrição de sal? S ( ) N ( ) Sua alimentação é diferente do que sua família utiliza? S ( ) N ( )

25 - Ingere alimentos gordurosos (frituras, carne gorda)? N ( ) S ( ) Quantas vezes por semana? ________________________________________________________

26 - Ingere frutas? N ( ) S ( ) Quantas vezes por semana?__________________

27 - Ingere verduras? N ( ) S ( ) Quantas vezes por semana?__________________

28 - Existe colaboração familiar para que Sr (a) tenha uma dieta adequada? Sim ( ) não ( )

29 – O Senhor (a) costuma ingerir bebidas alcoólicas? ( ) Nunca ( ) Ás vezes ( )frequentemente. Que tipo de bebida? _____________________________Quantas doses você costumam tomar por semana_______________________________________________________

30. O Sr (a) normalmente fuma? ( )Sim (1 ou mais cigarros por dia) ( ) esporadicamente ( ) Não, estou deixando de fumar ( ) Não fuma.

31. Faz alguma atividade física (recreação, esporte, exercício físico)? N ( ) S ( ) Qual o tipo e a duração (min)? ___________________________________________

32. Sua família faz alguma atividade física? N ( ) S ( )

33. Você acha importante ir ao posto de saúde para consultas? Sim( ) não( )

ANEXO II

FACULDADES INTEGRADAS DO EXTREMO SUL DA BAHIA -

UNIÃO DE EDUCAÇÃO E CULTURA -

BR 367, KM 14, 14 - ZONA RURAL - CEP:45825000 / EUNÁPOLIS-BA

FONE / FAX: 73 32814342

TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO

RESOLUÇÃO Nº 466, DE 12 DE DEZEMBRO DE 2012.

.

Prezado(a) Senhor(a), sou Clemacia Rocha de Souza Ferreira e estou realizando juntamente com Henika Priscila Lima Silva o estudo “Dificuldades de adesão ao tratamento da hipertensão arterial na Unidade de Saúde do Assentamento Luiz Inácio Lula da Silva, Município de Santa Cruz Cabrália-BA”. Esta pesquisa tem como principais objetivos identificar quais as dificuldades encontradas pelos usuários em aderir ao tratamento da hipertensão arterial na Unidade de Saúde do Assentamento Luiz Inácio Lula da Silva, município de Santa Cruz Cabrália-Ba, além de permitir conhecer o perfil e o grau de conhecimento em hipertensão dos pacientes atendidos no programa de hiperdia. Se você quiser participar da pesquisa terá que responder algumas perguntas que a pesquisadora irá fazer, são perguntas simples relacionadas ao atendimento recebido na unidade e o que você conhece sobre a hipertensão.

A sua participação no estudo será voluntária, anônima e confidencial. Ninguém poderá identificar as suas respostas porque o questionário não terá o seu nome, apenas um número de identificação. No estudo pode ocorrer certo desconforto durante a resposta das questões por se tratar de algo particular, por isso nós pesquisadores nos comprometemos a realizar a entrevista da maneira mais individualizada possível e da forma que o (a) senhor (a) sentir-se mais à vontade. A senhora pode interromper ou finalizar a entrevista quando quiser, nós te daremos toda a ajuda necessária para diminuir qualquer desconforto. Deixamos claro que os danos aqui expostos são muito pequenos quando comparados aos resultados que esta pesquisa pode trazer, pois pretendemos ajudar muitas pessoas que sofrem com a hipertensão e ajudar também os profissionais que cuidam dessas pessoas. O (A) senhor(a) está livre para recusar a participar do estudo ou para desistir a qualquer momento, sem que isto lhe traga qualquer prejuízo pessoal. Não haverá remuneração e, portanto, sua participação é voluntária. A sua decisão em participar ou não, desta pesquisa, não ocasionará em nenhuma discriminação ou mal estar por parte dos pesquisadores. A qualquer momento o(a) senhor(a) poderá pedir esclarecimentos a respeito da pesquisa, no que será prontamente atendida, mesmo que a resposta afete sua vontade de continuar participando do estudo. Caso aceite participar da pesquisa, o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido precisará ser assinado em duas vias, sendo que uma das vias ficará com o(a) senhor(a) e a outra será arquivada pelos pesquisadores por cinco anos.

Consentimento para participação: Eu estou de acordo com a participação no estudo descrito acima. Eu fui devidamente esclarecida quanto os objetivos da pesquisa, aos procedimentos aos quais serei submetida e os possíveis riscos envolvidos na minha participação. O pesquisador me garantiu disponibilizar qualquer esclarecimento adicional que eu venha solicitar durante o curso da pesquisa e o direito de desistir da participação em qualquer momento, sem que a minha desistência implique em qualquer prejuízo à minha pessoa ou à minha família, sendo garantido anonimato e o sigilo dos dados referentes a minha identificação, bem como de que a minha participação neste estudo não me trará nenhum benefício econômico.

Eu, ______________________________________________________________, aceito livremente participar do estudo intitulado Dificuldades de adesão ao tratamento da hipertensão arterial na Unidade de Saúde do Assentamento Luiz Inácio Lula da Silva, Município de Santa Cruz Cabrália-BA” desenvolvido pela acadêmica Clemacia Rocha de Souza Ferreira, sob a responsabilidade da Professora orientadora Henika Priscila Lima Silva das Faculdades Integradas do Extremo Sul da Bahia.

Nome da Participante________________________________________________

COMPROMISSO DO PESQUISADOR

Eu discuti as questões acima apresentadas com cada participante do estudo. É minha opinião que cada indivíduo entenda os riscos, benefícios e obrigações relacionadas a esta pesquisa.

________________________________________Eunápolis, Data: __/__/__ Assinatura do Pesquisador.

Para maiores informações, pode entrar em contato com:

 Henika Priscila Lima Silva. Fone: (73) 81828085 Rua Areia Branca, 31, Cambolo. Porto Seguro-BA. E-mail: hplsfisio@hotmail.com

 Clemacia Rocha de Souza Ferreira. Fone: 73 8116 3600

 Comitê de Ética em Pesquisa da UESB – CEP/UESB

Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia – UESB CAP - 1º andar. Av. José Moreira Sobrinho, S/N - Bairro: Jequiezinho. CEP: 45.206-510. Jequié – Bahia e-mail: Telefone: (73) 3528 9727. Endereços eletrônicos: cepuesb.jq@gmail.com ou cepjq@uesb.ed