A IMPORTÂNCIA DAS CRENÇAS COMUNS NA COMUNICAÇÃO TERAPÊUTICA (Ac Enf. Sonara Oliveira)

Data de postagem: Oct 17, 2014 11:34:24 PM

O conceito de comunicação terapêutica adaptado da teoria de Ruesch, trata-se da habilidade do profissional em usar seu conhecimento sobre comunicação para ajudar a pessoa com tensão temporária a conviver com outras pessoas e ajustar-se ao que não pode ser mudado e a superar os bloqueios à auto-realização, para enfrentar seus problemas.

Assim, vê-se a comunicação como um processo que pode ser utilizado como instrumento de ajuda terapêutica. Para tanto, o enfermeiro deve ter conhecimentos fundamentais sobre as bases teóricas da comunicação e adquirir habilidades de relacionamento interpessoal para agir positivamente na assistência ao paciente.

Uma dessas habilidades corresponde as crenças comuns, em que a enfermeira vai compartilhar crenças iguais as do paciente, para então ser estabelecido o vínculo de confiança que vai refletir positivamente no tratamento do paciente, como exemplo:

Paciente chega a UBS relatando ser alcoólatra, e precisando de ajuda para sair do vicio, em certo momento ele diz que o que está dando força para ele está ali procurando ajuda é a sua família ( essa é a sua crença), o enfermeiro então pode dizer que acredita que realmente a família nos momentos difíceis é a que mais da força, assim compartilhou a mesma crença que o paciente.

Para que esta comunicação possa fluir bem, é necessário também que a enfermeira saiba escutar, falar quando necessário, dar abertura para realização de perguntas, ser honesto, mostrar respeito, dispensar tempo suficiente para a conversa e mostrar interesse, entre outras habilidades. Esse tipo de comunicação facilita a identificação dos problemas por parte da enfermeira e permite melhor assistência ao paciente. O planejamento, o estabelecimento de metas e a seleção das intervenções apropriadas são essenciais à elaboração de um plano de cuidados, bem como a prestação de um atendimento qualificado de enfermagem.