SUMÁRIO: 1. Introdução. 2. Contexto do Evangelho. 3. Sobre a Doença: 3.1. O que É?; 3.2. Causa; 3.3. Remédio. 4. Mediunidade: 4.1. O que É?; 4.2. A Escolha dos Médiuns; 4.3. A Comunicação com os Espíritos. 5. Na Orientação dos Médiuns: 5.1. Os Benfeitores do Espaço; 5.2. O Grupo Perfeito; 5.3. A Implicação Mediúnica. 6. Conclusão.
1. INTRODUÇÃO
Quem são os doentes? E os sãos? Qual a razão dessa frase? Qual a sua simbologia? Somente os doentes é que devem ir ao médico? Onde está posta esta frase?
2. CONTEXTO DO EVANGELHO
“Os são não precisam de médico” é um dos subitens do capítulo XXIV — “Não por a Candeia Debaixo do Alqueire” de O Evangelho Segundo o Espiritismo de Allan Kardec. Os demais subtítulos são: A Candeia Debaixo do Alqueire. Porque Fala Jesus por Parábolas — Não ir aos Gentios — A Coragem da Fé — Carregar a Cruz. Quem Quiser Salvar a Vida.
3. SOBRE A DOENÇA
3.1. O QUE É?
Doença é uma condição que causa desvio ou interrupção do funcionamento normal de um organismo, manifestando-se por um conjunto de sinais e sintomas que limitam a capacidade funcional de um indivíduo. Ela pode ser física, mental e espiritual.
3.2. CAUSA
Onde está a causa de nossa doença, de nosso sofrimento, de nossa dor? Os bons Espíritos nos instruem a buscar a causa na vida presente. Se não a encontramos, devemos pensar em existências anteriores. Pode-se dizer que a causa está no nosso subconsciente, mais especificamente em nossa mente, que é o retrato do nosso modo de ser.
3.3. REMÉDIO
Num problema físico, buscamos a orientação de um médico, que nos avia receitas, incluindo injeções e comprimidos. Se nosso problema é mental, pedimos orientação a um psicólogo. Caso nos deparamos com um problema espiritual, um Centro Espírita é o mais indicado.
4. MEDIUNIDADE
4.1. O QUE É?
Mediunidade é uma faculdade humana, natural em que se estabelecem as relações entre o médium o Espírito comunicante. É a relação entre encarnados e desencarnados. É uma condição humana, que não depende da moral do médium. Por isso, não devemos nos revoltar quando virmos médiuns cometendo os mais graves absurdos.
4.2. A ESCOLHA DOS MÉDIUNS
No texto do Evangelho, há uma extensa dissertação sobre a mediunidade, orientando-nos a não criticarmos a conduta dos médiuns, pois são eles que precisam do médico. Lembremo-nos de que na época da codificação do Espiritismo, Kardec preferia os médiuns letrados aos moralizados, com a seguinte explicação: ao divulgarem os ensinamentos da nova doutrina, primeiro pregam para si mesmos. É a história do dedo indicador apontando para o público, enquanto os outros três voltam-se para si mesmo.
4.3. A COMUNICAÇÃO COM OS ESPÍRITOS
Se o poder de comunicar-se com os Espíritos só fosse dado aos mais dignos, qual aquele que ousaria pretendê-lo? E onde estaria o limite da dignidade e da indignidade? A mediunidade é dada sem distinção, a fim de que os Espíritos possam levar a luz a todas as camadas, a todas as classes da sociedade, ao pobre como ao rico: aos virtuosos, para os fortalecer no bem; e aos viciosos, para os corrigir. Estes últimos não são os doentes que precisam de médico?
5. NA ORIENTAÇÃO DOS MÉDIUNS
5.1. OS BENFEITORES DO ESPAÇO
Os benfeitores do espaço nada mais fazem do que reciclar nossos pensamentos para que possamos manter a nossa mente focada em algo superior. Por que Deus, que não quer a morte do pecador, o privaria do socorro que pode tirá-lo da lama? Os Bons Espíritos vêm assim em seu auxílio, e seus conselhos, que ele recebe diretamente, são de natureza a impressioná-lo mais vivamente, do que se os recebesse de maneira indireta.
5.2. O GRUPO PERFEITO
No livro Educandário de Luz, o Espírito Irmão X relata-nos o diálogo entre D. Clara que, por meio de diversas perguntas, feitas ao Espírito Júlio, protetor daquele grupo espírita, o seguinte objetivo: organizar um círculo de criaturas elevadas e sinceras, que apenas cogitem da virtude praticada. No final, pergunta se o Espírito Júlio poderia fazer parte desse grupo, ao que ele responde que não por causa da sua imperfeição. Concluindo a conversa, o Espírito diz: — Sim, minha filha, um grupo assim tão perfeito deve existir... Com toda certeza deve ser o grupo de Nosso Senhor Jesus Cristo.
5.3. A IMPLICAÇÃO MEDIÚNICA
“A mediunidade não implica necessariamente as relações habituais com os Espíritos superiores. É simplesmente uma aptidão, para servir de instrumento, mais ou menos dócil, aos Espíritos em geral. O bom médium não é, portanto, aquele que tem facilidade de comunicação, mas o que é simpático aos Bons Espíritos e só por eles é assistido. É neste sentido, unicamente, que a excelência das qualidades morais é de importância absoluta para a mediunidade”.
6. CONCLUSÃO
A humildade é o fundamento de todas as virtudes. Por mais influência que estivermos recebendo dos mentores espirituais, conscientizemo-nos de que é muito mais um auxílio para focarmos a nossa tarefa do que pelos nossos próprios méritos,