Aura

SUMÁRIO: 1. Introdução. 2. Conceito. 3. Considerações Iniciais. 4. Estudando a Aura: 4.1. Fotografia Kirlian; 4.2. As Cores das Faixas de Luz; 4.3. Estado Transitório e Fixo. 5. Os Fluidos e a Fotografia do Pensamento: 5.1. Os Fluidos; 5.2. A Fotografia do Pensamento; 5.3. O Campo da Aura. 6. Aura Humana e Doutrina Espírita: 6.1. Allan Kardec e o Termo “Aura"; 6.2. Atmosfera Fluídica; 6.3. Aura na Espécie Humana. 7. Conclusão. 8. Bibliografia Consultada.

1. INTRODUÇÃO

O que se entende por aura? Allan Kardec usou o termo “aura” em suas obras? Qual o significado das cores das faixas de luz? A crença na existência da aura é recente? Como funciona e qual a utilidade da fotografia Kirlian?

2. CONCEITO

Aura. Emanação, radiação ou halo invisível de luz ou faixas de luz coloridas em volta de uma planta, de um animal, de uma pessoa, que podem ser captadas por clarividentes e sensitivos.

3. CONSIDERAÇÕES INICIAIS

A existência da aura é uma concepção bem antiga da humanidade.

Na arte religiosa cristã, por exemplo, os santos são representados por um halo luminoso: nimbo, quando contorna apenas a cabeça; auréola, quando contorna o corpo todo.

No início, as pessoas acreditavam que somente o corpo dos seres humanos irradiava luz.

A partir do século XIX, começou a falar de irradiações não apenas dos seres humanos, mas de qualquer ser, inclusive dos cristais.

A partir de 1958 surgiu a fotografia Kirlian, ou seja, o método de fotografar a aura, descoberto pelo médico russo Semyon Kirlian.

4. ESTUDANDO A AURA

4.1. FOTOGRAFIA KIRLIAN

A aura de uma pessoa sempre fora detectada pelos médiuns e sensitivos. Num dado momento do tempo, surgem a radiestesia e a fotografia Kirlian. A fotografia kirliana, um processo de fazer fotos dos padrões "bio-luminosos" das coisas vivas, foi a que teve maior repercussão.  Isto porque, através das fotos, poder-se-ia diagnosticar doenças de pessoas, de animais e plantas pela aura, antes que surgissem os sintomas físicos.

4.2. AS CORES DAS FAIXAS DE LUZ

As cores das faixas de luz detectadas pelos videntes e sensitivos mostram que, em se tratando do ser humano, indicam o seu estado mental e espiritual. Um sistema de interpretação é: ouro, espiritualidade; azul claro e roxo, poder de cura; rosa, amor e afeto sinceros; vermelho, desejo e raiva; verde, intelecto; marrom e sombras escuras e turvas, doença.

4.3. ESTADO TRANSITÓRIO E ESTADO FIXO

A aura de uma pessoa mostra o seu estado no momento da medição. Há que se tomar cuidado, pois essa impressão nem sempre revela o teor da aura verdadeira. Como se explica: suponha que naquele dia o sujeito observado tenha passado por problemas difíceis em sua vida. Ao analisá-la, poderíamos concluir que sua aura é sombria, tenebrosa. A medição refletiu o "halo energético" naquele exato momento. Contudo, a sua aura permanente pode apresentar cores cintilantes e cheias de espiritualidade. 

5. OS FLUIDOS E A FOTOGRAFIA DO PENSAMENTO

5.1. OS FLUIDOS

No livro A Gênese, Allan Kardec explica-nos que os fluidos espirituais constituem um dos estados do fluido cósmico universal. São a atmosfera dos seres espirituais; são o elemento onde eles colhem os materiais com que operam. São o veículo do pensamento, como o ar é o veículo do som.

5.2. A FOTOGRAFIA DO PENSAMENTO

Ao criarmos imagens fluídicas, o nosso pensamento se reflete em nosso envoltório perispirítico como num espelho. Isso toma um corpo, podendo ser fotografado, ou seja, captado pelo nosso interlocutor.

5.3. O CAMPO DA AURA

No capítulo 10 "Fluxo Mental", de Mecanismos da Mediunidade, o Espírito André Luiz diz-nos que a alma encarnada ou desencarnada está envolvida por uma túnica de forças eletromagnéticas, em cuja tessitura circulam irradiações que lhe são peculiares.

6. AURA HUMANA E DOUTRINA ESPÍRITA

6.1. ALLAN KARDEC E O TERMO “AURA"

O termo "aura" é muito ventilado no esoterismo. Nas obras de Allan Kardec não há referência. Dentre os termos correlatos, a “atmosfera psíquica” é o que melhor caracteriza o conceito de aura.

6.2. ATMOSFERA FLUÍDICA

Em Obras Póstumas, no capítulo sobre manifestações dos Espíritos, 1.ª parte, item 11, lemos: "O Perispírito não está encerrado nos limites do corpo como numa caixa. É expansível por sua natureza fluídica; irradia-se e forma, em torno do corpo, uma espécie de atmosfera que o pensamento e a força de vontade podem ampliar mais ou menos". Baseando-se neste texto, o Dr. Ari Lex acha que não há necessidade de usarmos a palavra "aura". O termo atmosfera fluídica seria uma noção mais simples e cristalina.

6.3. AURA NA ESPÉCIE HUMANA

O Espírito André Luiz, no capítulo XVII "Mediunidade e Corpo Espiritual", de Evolução em Dois Mundos, diz-nos que todos os seres vivos dos mais rudimentares aos mais complexos se revestem de um “halo energético” que lhes corresponde à natureza.

Complementa: “no homem, contudo, semelhante projeção surge profundamente enriquecida e modificada pelos fatores do pensamento contínuo que, em se ajustando às emanações do campo celular, lhe modelam, em derredor da personalidade, o conhecido corpo vital ou duplo etéreo de algumas escolas espiritualistas, duplicata mais ou menos radiante da criatura”.

7. CONCLUSÃO

A aura, na espécie humana, reflete os diversos estados de consciência que o ser pode apresentar, desde os graus instintivos mais primitivos até os voos mais expressivos do altruísmo. Melhorando a nossa conduta e o fluxo dos nossos pensamentos, direcionando-o para a prática do bem, teremos uma aura saudável.

8. BIBLIOGRAFIA CONSULTADA

CAVENDISH, Ricardo (org.). Enciclopédia do Sobrenatural. Tradução de Alda Porto e Marcos Santarrita. Porto Alegre: L&PM, 1993.

KARDEC, Allan. A Gênese - Os Milagres e as Predições Segundo o Espiritismo. Tradução de Guillon Ribeiro. 17. ed., Rio de Janeiro: FEB, 1975.

KARDEC, A. Obras Póstumas. Tradução de Guillon Ribeiro. 15.ed., Rio de Janeiro: FEB, 1975.

SCHOEREDER, Gilberto. Dicionário do Mundo Misterioso: Esoterismo, Ocultismo, Paranormalidade e Ufologia. Rio de Janeiro: Record Nova Era, 2002.

XAVIER, F. C. e VIEIRA, W. Evolução em Dois Mundos, pelo Espírito André Luiz, 4. ed. Rio de Janeiro: FEB, 1977.

XAVIER, F. C. Mecanismos da Mediunidade, pelo Espírito André Luiz. 8. ed. Rio de Janeiro: FEB, 1977.

São Paulo, março de 2015.