Evolução: do Livro "O Consolador"

Sumário: 1. Introdução. 2. Conceito. 3. Considerações Iniciais. 4. Dor: 4.1. Dor Física e Dor Moral; 4.2. Felicidade na Terra; 4.3. Evangelho e a Alegria Humana. 5. Provação: 5.1. Provação e Expiação; 5.2. Queda do Espírito; 5.3. Provação Coletiva. 6. Virtude: 6.1. Esforço de Aquisição; 6.2. Caridade Material e Caridade Espiritual; 6.3. Fé e Esperança. 7. Conclusão.

1. INTRODUÇÃO

O que se entende por evolução? A evolução se dá somente na Terra? Como tratar o problema da dor? Como entender a provas de nossa existência? O que está envolto com a virtude? Somos suficientes pacientes para suportar as dificuldades de nossa vida?

2. CONCEITO

Evolução. Etimologicamente, este termo tem origem no latim evolutio, que significa o desdobramento de alguma coisa. Uma evolução remete para o aperfeiçoamento, crescimento ou desenvolvimento de uma ideia, sistema, costume ou indivíduo.

3. CONSIDERAÇÕES INICIAIS

Este tema refere-se às questões 239 a 259 do livro "O Consolador", pelo Espírito Emmanuel.

O Espírito Emmanuel divide o tema em três subtítulos, ou seja, dor, provação e virtude.

Para cada um deles há uma série de perguntas e respostas.

4. DOR

4.1. DOR FÍSICA E DOR MORAL

O sofrimento do espírito é a dor-realidade; o tormento físico, de qualquer natureza, a dor-ilusão. A dor física tem a sua função, ou seja, despertar a alma para os seus grandiosos deveres, seja como provação ou missão. Ressalte-se que toda dor física é um fenômeno, enquanto que a dor moral é essência. “Daí a razão por que a primeira vem e passa, ainda que se faça acompanhar das transições de morte dos órgãos materiais, e só a dor espiritual é bastante grande e profunda para promover o luminoso trabalho do aperfeiçoamento e da redenção”.

4.2. FELICIDADE NA TERRA

Em O Evangelho Segundo o Espiritismo, há alusão de que a felicidade não é deste mundo. Emmanuel explica-nos que, por enquanto, a felicidade não pode existir porque, em sua generalidade, “as criaturas humanas se encontram intoxicadas e não sabem contemplar a grandeza das paisagens exteriores que as cercam no planeta”. De qualquer forma, o globo terrestre apresenta muitas oportunidades, que exigem trabalho e dedicação, para a construção da verdadeira felicidade.

4.3. EVANGELHO E A ALEGRIA HUMANA

As lições do Evangelho dizem respeito à salvação da alma enfermiça. Nesse sentido, elas não são de alegria que o mundo quer. Contudo, as lições do Mestre Divino foram efetuadas nas paisagens da mais perfeita alegria espiritual. Observe sua primeira revelação às bodas de Canaã, os seus ensinamentos à margem das águas do Tiberíades, todos envoltos em alegria. Em Jerusalém, diante das hipocrisias do Templo, o Mestre Divino não poderia sorrir, alentando a mentira ou desenvolvendo os métodos da ingratidão e da violência.

5. PROVAÇÃO 

5.1. PROVOCAÇÃO E EXPIAÇÃO

Na questão 246, Emmanuel especifica a diferença entre provação e expiação. No seu parecer, “A provação é a luta que ensina ao discípulo rebelde e preguiçoso a estrada do trabalho e da edificação espiritual. A expiação é a pena imposta ao malfeitor que comete um crime”. Ressalte-se que a lei da prova e expiação não é inflexível, pois de acordo conduta do Espírito encarnado, algumas provações poderão ser suprimidas, visto que o amor cobre uma multidão de pecados.

5.2. QUEDA DO ESPÍRITO

Depois da conquista dos valores racionais, os Espíritos são investidos de uma responsabilidade, dentro das suas possibilidades de ação; porém, são raros os que praticam seus legítimos deveres morais. Daí, a queda pelo egoísmo, orgulho, vaidade, ambição, entre outros. Posteriormente, devem penetrar em experiências penosas, a fim de restabelecer o equilíbrio de sua existência. A queda do Espírito pode se dar também em outros planetas.

5.3. PROVAÇÃO COLETIVA

O que é a provação coletiva? É o chamamento, a convocação dos Espíritos encarnados, participantes do mesmo débito, com referência ao passado delituoso e obscuro. “O mecanismo da justiça, na lei das compensações, funciona então espontaneamente, através dos prepostos do Cristo, que convocam os comparsas na dívida do pretérito para os resgates em comum”.

6. VIRTUDE

6.1. ESFORÇO DE AQUISIÇÃO

Enquanto a dor e as provações da vida constituem oportunidade concedida por Deus às criaturas, a virtude é sempre aquisição do espírito nas estradas da vida, incorporada eternamente aos seus valores, conquistados pelo trabalho no esforço próprio. A paciência, por exemplo, é “sempre uma exteriorização da alma que realizou muito amor em si mesma, para dá-lo a outrem, na exemplificação”.

6.2. CARIDADE MATERIAL E CARIDADE ESPIRITUAL

A divisa “fora da caridade não há salvação” é bastante expressiva para que nos percamos em minuciosas considerações. Todo serviço da caridade desinteressada é um reforço divino na obra da fraternidade humana e da redenção universal. “Urge, contudo, que os espiritistas sinceros, esclarecidos no Evangelho, procurem compreender a feição educativa dos postulados doutrinários, reconhecendo que o trabalho imediato dos tempos modernos é o da iluminação interior do homem, melhorando-se-lhe os valores do coração e da consciência”.

6.3. FÉ E ESPERANÇA

“A Esperança é a filha dileta da Fé. Ambas estão uma para outra, como a luz reflexa dos planetas está para a luz central e positiva do Sol. A Esperança é como o luar que se constitui dos bálsamos da crença. A Fé é a divina claridade da certeza”.

7. CONCLUSÃO

Quanto mais trabalharmos pela nossa iluminação espiritual, irradiando luz para todos o que nos procuram, mais seremos aquinhoados com o beneplácito do Senhor.

São Paulo, janeiro de 2022.