Meditação

SUMÁRIO: 1. Introdução. 2. Conceito. 3. Considerações Iniciais. 4. Meditação: Aspectos Gerais: 4.1. O Que a Meditação Não É; 4.2. Hassidismo e Sufismo; 4.3. Zen: 5. Meditação Transcendental (TM): 5.1. Origens; 5.2. Popularidade da TM; 5.3. Funcionamento. 6. Ciência e Meditação: 6.1. EEG; 6.2. Pesquisas Científicas; 6.3. Drogas. 7. Conclusão. 8. Bibliografia Consultada.

1. INTRODUÇÃO  

O que significa meditação? Quais são os seus vários sentidos? Que relação há entre ciência e meditação? E a meditação transcendental?  

2. CONCEITO  

Meditar é buscar um estado de dissociação da consciência para atingir níveis mais altos de autoconhecimento. 

3. CONSIDERAÇÕES INICIAIS 

A palavra meditação remete-nos a uma variedade de significados: refletir sobre um pensamento, discernimento crítico do que se leu, buscar novas fontes de inspiração, exercício para sair da distração e atingir um estado de concentração e alteração das nossas ondas cerebrais.  

Neste estudo, tratemos da meditação como uma espécie de autodesenvolvimento.  

Autodesenvolvimento deve ser entendido como capacidade de ampliação de nossa consciência. 

Na meditação, a mente ocupa-se habitualmente com uma simples tarefa contínua, como repetir na mente uma palavra ou visualizar (ou olhar) um objeto.  

A palavra usada para a meditação é chamada de mantra.  

A meditação pode ser feita em grupo ou sozinha, de preferência num aposento silencioso reservado a esse fim.  

4. MEDITAÇÃO: ASPECTOS GERAIS 

4.1. O QUE A MEDITAÇÃO NÃO É  

Não é fé religiosa, não é prece, pois não existe pedido.

Não é transe ou hipnose, pois o meditador não perde a consciência.

Não é como o pensamento comum: o objetivo da meditação é pôr fim a esses processos mentais e racionais que escondem a unidade básica buscada pelo meditador.

Ela, porém, é encontrada na maioria das religiões: no cristianismo, busca-se a união com Cristo; no islamismo, com Alá; no hinduísmo, com o Atman (o Eu). 

4.2. HASSIDISMO E SUFISMO 

O sufismo enfatiza o canto e a dança repetitivos (os “deviches rodopiantes” são uma seita sufista), e assim também dançam os hassids, uma seita judia. 

O canto e a dança têm valor relativo. Leva-se em conta muito mais a intenção do meditador do que os gestos e as posturas religiosas. A intensidade e a energia colocadas nos gestos é o que conta.  

4.3. ZEN 

“Zen” deriva-se de Ch’an, que por sua vez vem da palavra em sânscrito dhyana, que significa meditação. Na prática da meditação, o meditador é convidado a concentrar a mente num dos paradoxos do Zen, chamados koan. Koan é um pensamento não racional. Exemplo: “dois é diferente de um, mas não é maior do que um”, “que ruído produz o silêncio?”  

No zen, a postura correta é muito acentuada. O meditador senta-se no chão em cima de uma almofada, as pernas cruzadas, de preferência na posição do lótus (pé direito na coxa esquerda, pé esquerdo na coxa direita), as costas eretas, as mãos superpostas no colo (normalmente as pontas dos polegares tocando-se, os olhos abertos e semicerrados). 

5. MEDITAÇÃO TRANSCENDENTAL (TM) 

5.1. ORIGENS 

A propagação da meditação transcendental (TM), no Ocidente, deu-se após os Beatles e outras personalidades artísticas visitarem o Maharishi Mahesh Yogi, na Índia, para aprender meditação. Ela é muito fácil de aprender e ensinar, pois não exige nenhum tipo de iniciação.  

5.2. POPULARIDADE DA TM 

São vários os fatores que favoreceram a popularidade da TM. Adapta-se à necessidade dos meditadores; muitos estudantes usam-na para se tornarem melhores alunos; outros para se tornarem mais adequados em sua vida social. Com essa prática, as pessoas ficam menos tensas, sentem-se mais dispostos e com melhor capacidade de concentração.  

5.3. FUNCIONAMENTO 

A meditação transcendental funciona mediante um mantra escolhido pelo professor, que se adéqua a um determinado aluno. O mantra é uma palavra significativa, com qualidades sonoras especiais, que ajudam o meditador conseguir a autotranscendência. O mantra é repetido mentalmente durante dois períodos de aproximadamente vinte minutos cada, um de manhã e outro à tarde, o meditador sentado em posição confortável, os olhos fechados. 

6. CIÊNCIA E MEDITAÇÃO

6.1. EEG 

Os cientistas fazem uso do eletroencefalograma para detectar os níveis de alteração cerebral durante a meditação. Isso se deve à descoberta de que a meditação pode ocasionar não apenas estados alterados de consciência, mas também mudanças fisiológicas. Nesses testes, observou-se que durante a meditação há um aumento das ondas cerebrais alfa. Essa é uma onda meio lenta, que, às vezes, ocorre quando a pessoa fecha os olhos e fica relaxada, mas ainda atenta e alerta. 

6.2. PESQUISAS CIENTÍFICAS  

Keith Wallace e Herbert Benson, na Universidade de Harvard, descobriram que a meditação resulta num relaxamento mais profundo que o sono. Há quedas acentuadas no uso do oxigênio pelo corpo e no ritmo cardíaco e da respiração. Há um aumento da resistência elétrica da pele e uma diminuição do ácido lático no sangue, o que mostra menor excitação e ansiedade.  

“Joseph Kamiya, do Instituto de Neuropsiquiatria Langly Porter, em São Francisco, Califórnia, que descobriu a relação entre alfa e meditação, constatou que as pessoas podem realmente controlar suas ondas cerebrais, e com isso seus estados mentais. O método envolve um aparelho EEG conectado a um sinal, semelhante a uma cigarra, que toca quando a alfa está presente. Pede-se à pessoa em teste que mantenha o zumbido da cigarra o máximo que puder. Esse procedimento chama-se biofeedback (é hoje também usado com fins médicos, para permitir às pessoas reduzirem sua pressão sanguínea e outras funções geralmente fora do controle voluntário)”.  

6.3. DROGAS  

Em virtude do relaxamento, há mudança do estado mental e fisiológico. Isso possibilitou a prática da meditação como uma alternativa para a diminuição do uso das drogas. As sensações da meditação assemelham-se às sensações causadas pelas drogas. Substituindo o uso das drogas pela meditação há mais segurança e sem quaisquer efeitos colaterais indesejáveis.  

7. CONCLUSÃO  

A meditação é sumamente útil para apaziguar a nossa mente, muitas vezes carregada pelos apelos da mídia e carcomida pelo estresse da vida moderna.  

8. BIBLIOGRAFIA CONSULTADA 

CAVENDISH, Ricardo (org.). Enciclopédia do Sobrenatural. Tradução de Alda Porto e Marcos Santarrita. Porto Alegre: L&PM, 1993. 

São Paulo, agosto de 2013