Iluminação

Sumário: 1. Introdução. 2. Conceito. 3. Considerações Iniciais. 4. Necessidade: 4.1. Proselitismo; 4.2. Fonte Principal; 4.3. Crença e Iluminação. 5. Trabalho: 5.1. Salvação da Alma; 5.2. Guias Espirituais; 5.3. Iniciar o Trabalho de Purificação. 6. Realização: 6.1. Conhecimento de Si Mesmo; 6.2. Fontes de Conhecimento para a Iluminação; 6.3. Doutrinar e Evangelizar. 7. Conclusão.

1. Introdução

O que se entende por iluminação? Buda era um iluminado? Quais são os aspectos relevantes na busca da iluminação?

2. Conceito

Iluminação é o conjunto de luzes que se instala num determinado lugar com a intenção de o iluminar. O conceito de iluminação permite-nos fazer alusão ao esclarecimento interior místico, experimental ou racional. É um novo conhecimento que nos proporciona a sensação de plenitude. Pode-se falar de iluminação intelectual como também de iluminação espiritual.

3. Considerações Iniciais

Este estudo tem por base as questões 218 a 238 do livro “O Consolador”, pelo Espírito Emmanuel.

Neste capítulo, o Espírito Emmanuel enfoca a necessidade, o trabalho e a realização.

A iluminação interior deveria ser uma das primeiras preocupações do ser humano aqui na Terra.

4. Necessidade

4.1. Proselitismo

A função primordial do Espiritismo não é a de multiplicar prosélitos, mas a de buscar incessantemente o conhecimento e aplicação legítima do Evangelho. O trabalho de cada um na iluminação de si mesmo deve ser permanente e metodizado.

4.2. Fonte Principal

A fonte primordial da iluminação é o Evangelho de Jesus Cristo. Numerosos filósofos deram importância aos três aspectos da Doutrina Espírita, ou seja, filosófico, científico e religioso. Contudo, deve-se enfatizar que sem as mudanças propostas por Cristo em seu Evangelho de nada adianta o avanço da filosofia, da ciência e da religião.

4.3. Crença e Iluminação

Todos, de uma maneira geral, creem em alguma coisa; poucos se iluminam. “O que crê, apenas admite; mas o que se ilumina vibra e sente”. Aquele que crê depende de elementos externos que incentivam a sua crença. O que se ilumina é livre das influências externas, visto ter carreado muita luz para o seu interior. Não basta apenas acreditar no fenômeno mediúnico; necessário senti-lo no âmago do ser.

5. Trabalho

5.1. Salvação da Alma

Ser salvo é ser tirado dum perigo onde se corria risco de perecer. Salvar-se é libertar-se dos erros, das paixões insanas e da ignorância. Ensinar para o bem, através do pensamento, da palavra e do exemplo, é salvar. Para tanto, devemos fazer uso do Evangelho de Jesus Cristo, pois o Evangelho de Jesus é a dádiva suprema do Céu para a redenção do homem espiritual, em marcha para o amor e sabedoria universais. Não nos percamos: Jesus é o nosso modelo.

5.2. Guias Espirituais

Os nosso guias espirituais podem nos ajudar com conselhos e advertências, mas não irão fazer por nós o trabalho que pertence a cada um de nós. Imagine um professor que decifrasse os problemas comuns dos seus alunos. Ele não estaria contribuindo para o progresso de seu discípulo. Lembremo-nos de que os guias espirituais não são espíritos beatíficos. Eles caminham ao nosso lado, mas suas atividades e deveres são maiores que os nossos. “Trabalhai sempre. Essa é a lei para vós outros e para nós que já nos afastamos do âmbito limitado do círculo carnal. Esforcemo-nos constantemente”.

5.3. Iniciar o Trabalho de Purificação

O trabalho de purificação deve começar com a disposição de ânimo, envidando todo o esforço individual no autodomínio, disciplinando os sentimentos egoísticos e inferiores, no sentido de exterminar as próprias paixões. Nesse caso, em nenhuma hipótese deveríamos nos prescindir dos ensinamentos de outras almas mais evoluídas que a nossa — “água pura de consolação e de esperança, que poderemos beber nas páginas de suas memórias ou nos testemunhos de sacrifício que deixaram no mundo”.

6. Realização

6.1. Conhecimento de Si Mesmo

A tônica apontada pelos filósofos antigos, principalmente Sócrates no seu nosce te ipsum, ainda é a necessidade premente do ser humano. A lentidão nessa solução pela humanidade prende-se ao seguinte: “Somente agora, a alma humana poderá ensimesmar-se o bastante para compreender as necessidades e os escaninhos da sua personalidade espiritual”.

6.2. Fontes de Conhecimento para a Iluminação

O mundo está repleto de elementos educativos. Buda, por exemplo, há 2.500 anos, em suas tentativas de iluminação, já nos alertava para a supressão de todo o sofrimento. Os seus ensinamentos se basearam nas Quatro Nobres Verdades. Hoje, temos uma série de autores falando sobre a purificação da alma. “Mas, em se tratando de iluminação espiritual, não existe fonte alguma além da exemplificação de Jesus, no seu Evangelho de Verdade e Vida”.

6.3. Doutrinar e Evangelizar

“Para doutrinar, basta o conhecimento intelectual dos postulados do Espiritismo; para evangelizar é necessária a luz do amor no íntimo. Na primeira, bastarão a leitura e o conhecimento, na segunda, é preciso vibrar e sentir com o Cristo. Por estes motivos, o doutrinador, muitas vezes não é senão o canal dos ensinamentos, mas os sinceros evangelizados serão sempre o reservatório da verdade, habilitado a servir às necessidades de outrem, sem privar-se da fortuna espiritual de si mesmo”.

7. Conclusão

A fenomenologia, os guias espirituais e os diversos pensadores da humanidade apenas acordam a alma. Contudo, somente o esforço opera a edificação moral da alma.

São Paulo, janeiro de 2022.