SUMÁRIO: 1. Conceito de Estética. 2. A Arte. 3. A Arte Espírita. 4. Beleza no Tempo. 5. Beleza e Moral. 6. O Semblante é o Espelho da Alma. 7. Bibliografia Consultada.
1. Conceito de Estética
Em sua origem grega, a palavra estética tinha o seguinte significado: coisa possível de ser percebida pelos sentidos humanos.
Baseando-se nesse significado etimológico, o filósofo Kant definiu estética como a “ciência que tratava das condições da percepção pelos sentidos”.
Foi, entretanto, com o alemão Alexander Baumgarten (1714-1762) que a palavra estética adquiriu o significado de ciência do belo, cujo objetivo era alcançar a “perfeição do conhecimento captado pelos sentidos”.
Dentre os principais problemas filosóficos pertencentes à Estética podemos citar aqueles que se referem aos fundamentos da arte e do belo, aos diferentes tipos de obras de arte, às relações da arte com a sociedade (1).
2. A Arte
De acordo com Susanne Langer, “a função primordial da arte é objetivar o sentimento de modo que possamos contemplá-lo e entendê-lo. É a formulação da chamada “experiência interior”, que é impossível de atingir pelo pensamento discursivo”.
Desta forma, ela pode ser definida como a prática de criar formas perceptíveis expressivas do sentimento humano.
Há que se distinguir realizações técnicas e belas-artes: a primeira enfatiza a utilidade, enquanto a segunda, o belo.
Dentre as belas-artes, citamos: música, dança e pintura (1).
3. A Arte Espírita
Assim como a arte cristã sucedeu à arte pagã, transformando-a, a arte espírita será o complemento e a transformação da arte cristã.
O Espiritismo, efetivamente, nos mostra o porvir sob uma luz nova e mais ao nosso alcance. Por ele, a felicidade está mais perto de nós, principalmente, nos Espíritos que nos cercam e que jamais deixaram de estar em relação conosco (2).
4. Beleza no Tempo
Lançando-se um olhar para o passado, vemos que, pelo que toca a beleza do rosto, à graça da fisionomia, ao conjunto que constitui a estética do corpo, houve uma melhoria acentuada.
A iconografia de Visconte e o museu do Conde de Clarol oferecem-nos um conjunto de figuras, cuja característica é a rudez dos traços, a animalidade da expressão, a crueza do olhar.
Por outro lado, Cícero, orador brilhante, escritor espiritual e profundo, que deixou tão grande recordação de sua passagem por este mundo, tem um rosto acachapado e vulgar, que certamente tornava muito menos agradável vê-lo, do que ouvi-lo (2).
5. Beleza e Moral
A forma dos corpos se modificou em sentido determinado e segundo uma lei, à medida que o ser moral se desenvolveu:
1º) que a forma exterior está em relação constante com o instinto e os apetites do ser moral;
2º) que, quanto mais, seus instintos se aproximam da animalidade, tanto mais a forma igualmente dele se aproxima;
3º) que, à medida que os instintos materiais se depuram e dão lugar a sentimentos morais, o envoltório material, que já não se destina à satisfação de necessidades grosseiras, toma forma cada vez menos pesada, mais delicada, de harmonia com a elevação e a delicadeza das idéias (2).
6. O Semblante é o Espelho da Alma
Esta verdade, que se tornou axioma, explica o fato vulgar de desaparecerem certas fealdades sob o reflexo das qualidades morais do Espírito e o de, muito amiúde, se preferir uma pessoa feia, dotada de eminentes qualidades, a outra que apenas possui a beleza plástica.
É que semelhante fealdade consiste unicamente em irregularidades da forma, sem contudo excluir a finura dos traços, necessária à expressão dos sentimentos delicados (2).
7. Bibliografia Consultada
(1) COTRIM, G. Fundamentos da Filosofia.
(2) KARDEC, A. Obras Póstumas.