Paulo e Estêvão (Livro)

“Já não sou mais eu quem vive, mas o Cristo é que vive em mim; já não sou mais eu quem fala e quem age, mas o Cristo é que fala e age em mim.” (Paulo)

Sumário: 1. Introdução. 2. Considerações Iniciais. 3. Estevão: 3.1. Como Jesiel; 3.2. Casa do Caminho e a Troca de Nome; 3.3. Encontro entre Estêvão e Saulo. 4. Paulo: 4.1. Como Saulo; 4.2. Abigail, Saulo e Estêvão: 4.3. De Saulo a Paulo. 5. Missão de Paulo: 5.1. Mudança de Nome; 5.2. Os Ensinamentos do Deserto; 5.3. O Trabalho de Evangelização. 6. Conclusão. 7. Bibliografia Consultada.

1. Introdução

Sem Estêvão, não teríamos Paulo de Tarso? Quem foi Estêvão? Como estão entrelaçadas as vidas de Paulo, Estêvão e Abigail? Como se explica a frase "Paulo, Paulo, por que me persegues?" Qual a influência de Ananias na conversão de Paulo? De perseguidor dos cristãos a perseguido?

2. Considerações Iniciais

Paulo e Estêvão é um romance do Espírito Emmanuel, psicografado por Francisco Cândido Xavier no ano de 1945, e busca recordar os testemunhos e os sacrifícios de um coração que se levantou das lutas humanas para seguir o mestre Jesus.

Primeiramente, descreve a trajetória de Estêvão; depois o encontro entre os dois e os laços do destino entre sua irmã Abigail e Saulo de Tarso.

A morte de Estêvão, imposta por Saulo, acaba abalando relacionamento entre Abigail e Saulo.

Destaque-se o papel fundamental de Ananias na conversão de Saulo.

A perseguição aos cristãos permeia quase todo o enredo deste romance

3. Estevão

3.1. Como Jesiel

Jesiel e sua irmã Abigail são filhos de Jochedeb, que incendeia um local nos arredores de sua casa. Para não deixar seu pai ser preso, assume a autoria do crime. Depois de preso, Jesiel torna-se escravo. Por cuidar de um jovem romano ilustre, chamado Sérgio Paulo, portador de uma doença desconhecida, com febre alta, durante uma viagem de navio, acaba contraindo a mesma doença. Em vez de jogá-lo ao mar, Sérgio Paulo, com certo peso na consciência, devido à dedicação de Jesiel, deixa-o no porto de Jope. Levam-no, depois, para a casa do "Caminho".

3.2. Casa do Caminho e a Troca de Nome

A casa do "Caminho", primitiva designação do Cristianismo, era a residência de Pedro, que acolhia enfermos desvalidos, velhos a exibirem úlceras, loucos e crianças paralíticas. Além de cuidar dos enfermos, os seguidores do carpinteiro, também estudavam os pergaminhos do Evangelho. Jesiel, como dissemos, fora levado para essa casa, e curado de sua doença. Posteriormente, inteira-se dos ensinamentos deixados por Jesus, a Boa Nova.

3.3. Encontro entre Estêvão e Saulo

Os homens da casa do "Caminho" eram perseguidos por Saulo de Tarso que, certa feita, indo ao culto do Evangelho, ouve a pregação de Estêvão, que o deixa perplexo. Há enorme disparidade entre a lei de Moisés, defendida ferrenhamente por ele, e os novos ensinamentos da boa nova, expostos por Estêvão. Por essa razão, prende-o; depois, obriga-o a se retratar, o que não ocorre.

4. Paulo

4.1. Como Saulo

Saulo era um judeu, do grupo dos fariseus, circuncidado ao oitavo dia, da raça de Israel (Filipenses 3,5), considerado também um escriba, devido ao curso que fez em Jerusalém, com Gamaliel, para educar-se no conhecimento da Lei, adquirindo o direito de ser chamado de Rabi. Saulo estava intimamente ligado ao Sinédrio de Jerusalém (Atos 26,10), recebendo deste a missão de com um grupo de soldados prender os cristãos em Jerusalém e depois ir até a Damasco com a mesma finalidade.

4.2. Abigail, Saulo e Estêvão

Abigail, irmã de Jesiel (Estevão), desde a prisão deste não teve mais notícias do seu paradeiro. Ela é noiva de Saulo. Estava sempre lhe pedindo notícias do irmão. Certo dia, convidou-a para apresentá-la à sua família e, ao mesmo tempo, para assistir ao apedrejamento de Estêvão. Quando Estêvão está prestes a morrer, ela descobre que Estêvão é Jesiel, seu irmão. De posse dessa informação, Saulo desfaz o noivado.

4.3. De Saulo a Paulo

Depois da morte do irmão e do abandono do noivo, Abigail fica muito doente. Durante esse período, entra em contato com Ananias, um dos homens do "Caminho", que a introduz no conhecimento do Evangelho de Jesus. Depois de muito tempo, Saulo resolver visitá-la e fica sabendo das suas ideias cristãs, transmitidas por Ananias. Após a morte da noiva, tem um único objetivo: prender Ananias. No caminho de Damasco tem uma visão de Jesus e ouve: — Saulo!... Saulo!... por que me persegues?

5. Missão de Paulo

5.1. Mudança de Nome

Saulo perseguia os cristãos. No caminho de Damasco tem uma queda, fica cego e é socorrido por Ananias, a quem perseguia. Posteriormente, muda o seu nome para Paulo, que foi o mais belo rebento da Arvore do Cristianismo. Ananias exerceu papel importante na conversão de Saulo ao cristianismo, pois a ovelha perseguida foi buscar o lobo voraz.

5.2. Os Ensinamentos do Deserto

Uma vez compenetrado do alcance das ideias cristãs, Paulo não mediu esforços na divulgação da Boa-Nova. Depois de se tornar cristão, começa a sentir na pele os sofrimentos e as angústias daqueles que escolhiam o caminho da cruz com o Cristo. De perseguidor passa a ser perseguido. Para robustecer sua fé, houve necessidade de um recolhimento de três anos no deserto. onde pode refletir sobre a sua missão evangélica.

5.3. O Trabalho de Evangelização

Jesus teve grande influência na missão de Paulo, pois converteu-o ao Cristianismo por seu saber, sua inteligência e sua perspicácia, no sentido de levar o Evangelho aos Gentios. Todos os discípulos de Jesus receberam o ensino oral da Divina Doutrina durante a encarnação do Messias; só Paulo o recebeu depois da desencarnação do Nazareno. Nada podia separar Paulo de Jesus. “Quem me separará do amor de Cristo Jesus? A saúde, a enfermidade, a abundância, a miséria, as potestades, a vida, a morte? Nada me separará do Amor do Cristo.” Em suas Epístolas ressaltava a sobrevivência humana, a comunicação espírita, a reencarnação, a evolução para a perfeição, para a salvação.

6. Conclusão

Este livro deixa-nos uma lição muito importante, ou seja, a mudança radical de um Espírito encarnado: quando era Saulo, defendia ferrenhamente o Velho Testamento; na figura de Paulo, não mediu esforços para a divulgação da Boa-Nova.

7. Bibliografia Consultada

XAVIER, Francisco Cândido. Paulo e Estêvão, pelo Espírito Emmaneuel. Rio de Janeiro: Feb.

São Paulo, junho de 2021.