Depressão e Espiritismo

SUMÁRIO: 1. Introdução. 2. Conceito. 3. Considerações Iniciais. 4. Variedade e Estatísticas sobre a Depressão: 4.1. Tipos mais Comuns de Depressão; 4.2. Dados sobre Afetação e Tratamento; 4.3. Organização Mundial da Saúde e Números Globais. 5. Depressão e Psiquiatria: 5.1. Causa da Depressão; 5.2. A Depressão, como Doença, Atinge Qualquer Um; 5.3. O Luto e a Melancolia em Freud. 6. O  Depressão e Espiritismo: 6.1. Passe e Evangelho Curam a Depressão? 6.2. Cérebros Intoxicados; 6.3. Nostalgia e Depressão. 7. conclusão. 8. Bibliografia Consultada.

1. INTRODUÇÃO

O que é depressão? Há diferença entre depressão normal (“estar para baixo”) daquela defendida pela psiquiatria? Que subsídios podemos extrair do Espiritismo?

2. CONCEITO

Depressão é o estado de abatimento psíquico e físico. Quando se trata do primeiro temos a “depressão nervosa”. É normal que as pessoas tenham períodos de depressão nervosa, mas quando ela é muito acentuada ou quando tende a se manter por períodos muito longos, pode-se tratar de uma perturbação mental. (Edipe)

Na psiquiatria, podemos definir a depressão como o resultado de certas forças biológicas e sociais que de maneira complexa exercem funções depressivas sobre o sistema nervoso do indivíduo. A atividade depressiva, por sua vez, altera o comportamento, os sentimentos e os pensamentos do indivíduo e é este conjunto de disfunções que constituem a enfermidade depressiva. (Cammer, 1978, p. 5)

3. CONSIDERAÇÕES INICIAIS

Na Bíblia, há diversos relatos sobre os padecimentos dos atingidos pelo infortúnio, principalmente dos seres humanos que perderam a fé em Deus, e com isso a esperança no futuro.

Hipócrates, o pai da medicina, no século IV a.C., estabeleceu os quatro temperamentos do ser humano – fleumático, sanguíneo, colérico e melancólico. O temperamento melancólico referia-se à depressão. Hoje, ainda usamos o termo melancolia para caracterizar o estado de desesperança e de desânimo da pessoa em depressão.

Na Idade Média, a depressão esteve associada à força mística de alguma entidade misteriosa. Daí reforçar-se a crença de que não é uma doença, mas influência dos espíritos maus, dos demônios.

Apenas no final do século XVIII se iniciaram estudos sobre a matéria em instituições recém-fundadas e, os hospitais especializados desvendaram a natureza médica das perturbações mentais.

4. VARIEDADE E ESTATÍSTICAS SOBRE A DEPRESSÃO

4.1. TIPOS MAIS COMUNS DE DEPRESSÃO

4.2. DADOS SOBRE AFETAÇÃO E TRATAMENTO

4.3. ORGANIZAÇÃO MUNDIAL DA SAÚDE E NÚMEROS GLOBAIS

5. DEPRESSÃO E PSIQUIATRIA

5.1. CAUSA DA DEPRESSÃO

A verdadeira causa da depressão permanece desconhecida. A explicação mais aceite é o desequilíbrio bioquímico dos neurônios responsáveis pelo controle do estado de humor. Esta afirmação baseia-se na comprovada eficácia dos antidepressivos. O fato de ser um desequilíbrio bioquímico não exclui tratamentos não farmacológicos.

5.2. A DEPRESSÃO, COMO DOENÇA, ATINGE QUALQUER UM

Sermos inteligentes, termos uma profissão rentável e estarmos bem estabelecidos não nos livra da depressão. Ela surge quando menos a esperamos. Sugerir passeios, idas ao cinema e conversação com amigos ao depressivo pode parecer lógico, mas é possível que estejamos mais desajudando do que ajudando. Como é uma doença, todas essas sugestões não conseguem tirar-lhe o sentimento de tristeza e de melancolia que nele se incrustou. 

5.3. O LUTO E A MELANCOLIA EM FREUD

“Luto e Melancolia” é um texto de 1917, em que Freud, juntamente com outros artigos sobre metapsicologia, objetiva elaborar uma teoria sobre a melancolia, partindo de questionamentos sobre o luto. Queria saber o que é normal e o que é patológico na relação entre esses dois termos.

Para Freud, aquele que não consegue administrar a perda de algo, principalmente a de um ente querido, acaba se fossilizando e caindo em depressão.

Nota: o estado melancólico pode levar ao suicídio.  

6. DEPRESSÃO E ESPIRITISMO

6.1. PASSE E EVANGELHO CURAM A DEPRESSÃO?

A depressão é uma doença e, como tal, deve ser tratada por especialistas que, no caso, é o psiquiatra. Os passes e as palestras evangélicas auxiliam sobremaneira. Observe, por exemplo, a frase cunhada nas papeletas de passes: “A Assistência Espiritual não dispensa o tratamento médico. No livro O Evangelho Segundo o Espiritismo encontrará a solução para muitos dos seus problemas”.

O tratamento médico deve estar em primeiro lugar. Os passes e as palestras são complementos. Inverter essa ordem pode trazer graves incômodos ao sujeito com depressão.

6.2. CÉREBROS INTOXICADOS

A depressão começa com a tristeza, a melancolia. As suas causas, porém podem estar em vivências passadas. O Espírito André Luiz, em “No Mundo Maior”, oferece-nos subsídios para compreendermos o cérebro intoxicado. É caso do sujeito que assassinou o padrasto, roubou-lhe certa quantia de dinheiro, mas não deixou pista alguma à justiça. “Conseguiu ludibriar os homens, mas não pode iludir a si mesmo”. O padrasto, já no mundo espiritual, concentrando a mente na ideia de vingança, passou a segui-lo ininterruptamente. Daí em diante não teve mais sossego, por mais que trabalhasse e cuidasse dos seus familiares. (Xavier, 1977, cap. 4)

6.3. NOSTALGIA E DEPRESSÃO

O Espírito Joana de Ângelis, na mensagem “Nostalgia e Depressão”, esclarece-nos que as infelicidades cultivadas tornam-se estados patológicos mais profundos de nostalgia, que induzem à depressão.

Diz-nos: “Vitimado pela insegurança e pelo arrependimento, torna-se joguete da nostalgia e da depressão, perdendo a liberdade de movimentos, de ação e de aspiração, face ao estado sombrio em que se homizia. A nostalgia reflete evocações inconscientes, que parecem haver sido ricas de momentos felizes, que não mais se experimentam. Pode proceder de existências transatas do Espírito, que ora as recapitula nos recônditos profundos do ser,  lamentando, sem dar-se conta, não mais as fruir; ou de ocorrências da atual”. (2)

7. CONCLUSÃO

Em vista da gravidade da depressão, que é o desarranjo do nosso estado mental, saibamos cultivar pensamentos de paz, alegria e bom ânimo, alicerçados nas prédicas trazidas por Jesus. 

8. BIBLIOGRAFIA CONSULTADA

CAMMER, Dr. Leonardo. Saindo da Depressão. Tradução de Pedro Ernesto Correa Ventura. São Paulo, Rio: Difec, 1978.

EDIPE - ENCICLOPÉDIA DIDÁTICA DE INFORMAÇÃO E PESQUISA EDUCACIONAL. 3. ed. São Paulo: Iracema, 1987.

XAVIER, F. C. No Mundo Maior, pelo Espírito André Luiz. 7. ed. Rio de Janeiro: FEB, 1977.

(1) http://www.scribd.com/doc/2515131/Depressao (em 30/08/2010)

(2) http://www.oespiritismo.com.br/mensagens/ver.php?id1=402 (em 30/08/2010)

São Paulo, agosto de 2010.