Realeza de Jesus

SUMÁRIO: 1. Introdução. 2. Conceito. 3. Considerações Iniciais. 4. Realeza: 4.1. Reino; 4.2. Reino de Jesus; 4.3. Meritocracia. 5. Jesus: 5.1. Quem foi Jesus; 5.2. Segunda Revelação; 5.3. A Realeza de Jesus. 6. O Espiritismo: 6.1. Reencarnação; 6.2. Vida Futura; 6.3. A Verdadeira Realeza. 7. Conclusão. 8. Bibliografia Consultada.

1. INTRODUÇÃO

O que é realeza? O que é reino? Por que o reino de Jesus não é deste mundo? Qual a verdadeira realeza?

2. CONCEITO

Realeza. Família ou casa real. Poder ou condição de rei ou rainha.

Rei. O soberano de uma monarquia. Fig. Aquele que se destaca entre outros do mesmo grupo, profissão etc.

Reino. Estado em que o poder é exercido por um rei ou rainha; monarquia.  

3. CONSIDERAÇÕES INICIAIS

Nas Escrituras Sagradas – a Bíblia -, há profecias sobre a vinda do Messias, um descendente do Rei Davi, que reconstruirá a nação de Israel e restaurará o reino de Davi, trazendo paz ao mundo. 

Jesus se dizia o Messias, mas não foi aceito pelo povo judeu. Para os judeus, Jesus não preencheu as profecias messiânicas, ou seja:

construir o terceiro Templo Sagrado;

levar todos os judeus de volta à Terra de Israel;

introduzir uma era de paz mundial, e terminar com o ódio, opressão, sofrimento e doenças;

divulgar o conhecimento universal sobre o Deus de Israel – unificando toda a raça humana como uma só.

4. REALEZA

4.1. REINO

A palavra “reino” evoca a ideia de rei, reinado, pessoa poderosa, senhor de muitos domínios e muitos súditos. Historicamente, há os desmandos registrados pelos detentores de poder, principalmente em países que adotaram a ditadura.  

Em termos religiosos, o reino transforma-se em Reino de Deus, tema central da pregação de Jesus. Ele ocupa lugar de destaque em várias de suas parábolas - principalmente o grão de mostarda -, a menor das sementes que, depois de plantada, dará a maior das árvores. 

4.2. REINO DE JESUS

De acordo com O Evangelho Segundo o Espiritismo, o reino de Jesus não é deste mundo; mas sobre a terra não terá uma realeza? O título de rei não implica sempre o exercício de um poder temporal?  

4.3. MERITOCRACIA

O ideal é que os países fossem sempre administrados por pessoas idôneas, honestas e competentes. Nesse caso, os detentores do poder deveriam dedicar-se ao bem comum e não ao próprio interesse. O Evangelho nos mostra que a riqueza e o poder foram nos oferecido  como usufruto para promover o bem dos outros. A qualquer momento pode ser retirado, pois não é posse, mas empréstimo de Deus.

5. JESUS

5.1. QUEM FOI JESUS

Nos evangelhos, Jesus é chamado de “Jesus de Nazaré”, “Jesus, o nazareno”, “Jesus, o filho do carpinteiro” ou “Jesus, o filho de José”. Deveria ter nascido em Nazaré, mas a Bíblia diz que foi em Belém. O motivo aventado foi o censo, que obrigou a família de José a fugir para Belém. Como isso foi possível se naquela época não havia censo?

O cristianismo prega que Jesus veio à terra para tirar o pecado do mundo. Ele nos trouxe o 11.º Mandamento, que é amar a Deus sobre todas as coisas e ao próximo como a si mesmo.

5.2. SEGUNDA REVELAÇÃO

A Primeira Revelação – pessoal e local -  veio com Moisés, que nos trouxe os Dez Mandamentos. Na época, vigorava a lei do dente por dente e olho por olho. A Segunda Revelação – pessoal e local – veio com Jesus, que nos traçou a lei do amor. Entre os seus ensinamentos, estão: o amor ao inimigo; o perdoar não sete, mas setenta vezes sete; quando alguém bater numa face, apresentar a outra; se alguém lhe pedir a túnica, larga-lhe também a capa.  

5.3. A REALEZA DE JESUS

A realeza de Jesus diz respeito à moral e ao mérito pessoal. Não é aquela baseada em corrupção e falcatruas, como acontece na vida política. Representa o esforço na prática do bem, na paciência ante os infortúnios, pois quando isso faz parte intrínseca da alma humana, ela transporta-se para outro mundo, um mundo totalmente diferente da mesquinharia do mundo material que ainda domina a maioria dos seres humanos.  

6. O ESPIRITISMO

6.1. REENCARNAÇÃO

A base da Doutrina Espírita está na reencarnação, ou seja, na possibilidade de um mesmo Espírito voltar tantas vezes quantas forem necessárias, mas em corpos diferentes. Ela mostra toda a justiça de Deus, porque nos dá oportunidade de refazermos o que de errado fizemos em outras vidas.  

6.2. VIDA FUTURA

Embora a base do Espiritismo esteja na reencarnação, a crença na vida futura é mais enfática. Ela não depende de lucubrações, de concepções filosóficas, mas do retrato fiel do que os próprios Espíritos vieram nos contar através da mediunidade.  

Em O Céu e o Inferno, há diversas mensagens dos Espíritos relatando a sua situação no mundo espiritual: os que morreram assassinados, os que sofreram no cadafalso, os que se sentem felizes, entre outros.

6.3. A VERDADEIRA REALEZA

"A realeza terrestre acaba com a vida; a realeza moral governa ainda, e sobretudo, depois da morte. A esse título Jesus não é um rei mais poderoso que muitos potentados? Foi, pois, com razão que disse a Pilatos: Eu sou rei, mas meu reino não é deste mundo". (Kardec, 1984, cap. II, item 4) 

7. CONCLUSÃO

Se a realeza não é deste mundo, de que mundo será? Poder-se-ia dizer que é do mundo interior, do mundo moral, cuja riqueza nenhum ladrão nos roubará.

8. BIBLIOGRAFIA CONSULTADA

KARDEC, A. O Evangelho Segundo o Espiritismo. 39. ed. São Paulo: IDE, 1984.

São Paulo, dezembro de 2015.