O problema de corpo negro consiste em explicar o comportamento da radiação eletromagnética dentro de uma caixa em função da temperatura. O problema é bastante conhecido por causa da catástrofe do ultravioleta, que era que a previsão clássica não só discordava dos experimentos, mas era claramente absurda, dizendo que o campo eletromagnético deveria ter energia infinita.
Para chegar na energia que o campo carrega precisamos olhar as equações de Maxwell e quais são as soluções para E e B dadas algumas condições de contorno (periódicas no nosso caso).
Em ~6:15 o ∇A que aparece deveria ser um ∂A/∂t
0:00 - A radiação de corpo negro
2:00 - A catástrofe do ulravioleta
3:15 - Escrevendo os campos em termos dos potenciais elétrico e vetor
4:26 - Invariância de calibre e o gauge de Coulomb
9:37 - Solução para o potencial elétrico e equação para o potencial vetor
10:58 - Soluções para o potencial elétrico usando condições periódicas de contorno
14:50 - As soluções para os campos elétrico e magnético
16:36 - Energia interna em termos dos modos via teorema de Parseval
Para fazer a mecânica estatística do campo é necessário primeiro descrevê-lo em termos de uma hamiltoniana, ou seja, escrever a energia em função de coordenadas canônicas.
Podemos verificar que um par de variáveis são um coordenada canônica e sua coordenada conjugada checando se elas obedecem às equações de Hamilton.
Feito isso, a hamiltoniana pro campo na caixa me dá uma soma de infinitos graus de liberdade quadráticos, o que claramente tras problemas se eu tento usar equipartição de energia.
A solução da catástrofe do ultravioleta é quantizar a hamiltoniana e usar o formalismo quântico ao invés do formalismo clássico.
É necessário remover a energia do vácuo para ter uma hamiltoniana factível. Isso poderia ser feito via algum procedimento de regularização, como considerar um limite máximo para a frequência, fazer a conta e depois fazer o limite tender a infinito ou então varrendo a energia do vácuo pra baixo do tapete (o que é menos rigoroso, porém mais simples e dá o mesmo resultado) que é o que eu vou fazer.
A presença de gaps de energia agora impede que os modos de frequência muito alta sejam populados e resolve a questão da energia infinita.
No final do dia temos uma previsão para a densidade de energia por frequência que bate com os experimentos, a lei de Planck.
0:00 - O campo magnético pode ser pensado como uma coleção de osciladores harmônicos
1:31 - Quantizando a hamiltoniana
4:38 - Fatorando a função de partição canônica
6:20 - Aproximação do contínuo para ln(Z)
9:47 - A lei de Stefan-Boltzmann
18:49 - A lei de Rayleigh-Jeans como um limite da lei de Planck