zeusquesefoda!

Zeus que se foda!

Cá estou de volta ao papo furado, depois de longo e tenebroso verão em que o Bugre caiu de novo para a segunda divisão do Campeonato Paulista. Vou deixar para os próximos artigos comentar essa recaída. Prefiro retomar o fio a partir da quarta vitória consecutiva do Guarani neste início da série B em 2009. Ontem, 29 de maio, Dia Nacional do Nhoque, à noite, o Bugre ganhou de virada do Bragantino em jogo no Brinco. Foi 3 a 2, como tudo mundo sabe, com o gol da vitória marcado por Maranhão, o reclamento, aos 45 do segundo tempo, como merecem aqueles que nunca entregam a rapadura.

Que jogo! Difícil. Adversário ardido. Tomamos o primeiro gol. Viramos. Empataram. Maranhão diabólico desempatou aos 45 do segundo tempo! Douglas, a muralha! E juiz zureta. Tudo para subir o moral e dar um trabalhão para o Figueirense, passar um trator em cima do Vasco e dinamitar a Ponte, nossos próximos adversários. Segue firme o Bugre em busca de 19 pontos até a sétima rodada, incluídos aí os três que vamos levar do derbi.

No jogo com o Bragantino, Adriano Gabiru, que estreou, só foi expulso para descarregar o remorso do juizinho pela expulsão de um cara do Bragantino pouco antes, que também não mereceu a punição. Sorte – a do juiz –, pois a expulsão do adversário não teve nenhum efeito no jogo, graças à pipocagem que se seguiu. O Bugre tomou o empate e levou um tempo para se aprumar de novo. Vai daí que, bem no finzinho do jogo, o soprador de apito tratou de salvar o próprio sono e resolveu mandar embora do campo o primeiro bugrino que conseguiu ver em uma falta normal, mas com coreografia de dura.

No problem! A sorte foi nossa, mesmo assim. Gabiru terá mais 10 dias para melhorar a forma física e se entrosar no elenco, tanto como jogador de banco – capaz de executar esquemas alternativos de emergência – como titular encarregado de manter a máquina bufando, se o Minhoca deixar... Vamos ganhar com essa pré-temporada compulsória do Gabiru.

Aliás, não sei se vocês de Campinas viram pela TV, mas um dos destaques do pós-jogo foi Zuzubem Paraíba, todo embrulhado em blusão amarelo-seleção-da-austrália, com faixa hiponga anos 70 a prender as madeixas entre a testa e a nuca.

Anotem: será um mal resultado o empate decretado por Zeus com o Figueirense em Florianópolis, na próxima rodada. Uma injustiça olímpica, literalmente. Por isso, invoco a rebeldia dos semideuses para calarem a boca do chefão, ainda que a custo da vingança com raios e trovões no derbi. Mas derbi não está na alçada dos deuses. É assunto só dos mortais. A gente resolve por nossa conta. Zeus que se foda.

30/05/2009

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O futuro do Guarani – Álvaro Caropreso