Alguma novidade?
Notícias da base bugrina, masculina e feminina, mostram que o clube funciona. Mas o buraco é mais em cima...
Fico sabendo pelo site oficial do Bugre que os nossos times seguem firmes na Copa Regional Society. No último final de semana, o Bugre infantil arrasou o Corinthians/Chute Inicial por 9 a 5, depois de haver empacotado o Concórdia por 7 a 0 e o clube de Campo de Piracicaba por 5 a 3. Uma beleza de trabalho do professor João Castilho. Não fica atrás a equipe Mirim sob o comando do professor Rafael Paiva, com três vitórias sucessivas: detonamos o Corinthians/Chute Inicial por 2 a 1, depois de despacharmos o ASAAP por 9 a 1 e o Concórdia por 7 a 0.
Mas não pára por aí a máquina bugrina. No domingo, 20 de abril, o time de futsal feminino sub-20 colocou 13 bolas na rede do Juventude E. C., que não guardou uma sequer na nossa sacola em peleja da Copa Metropolitana. Arrasadora também foi a equipe das meninas sub-18 na estréia dos 25º Jogos Abertos da Juventude, com 12 gols contra nenhum de Nova Odessa, em partida disputada na sexta-feira, 18 de abril, em Americana.
Diz ainda o site do clube que, no sábado, a equipe juvenil do Projeto Bugrinho venceu o Independente de Pirassununga por 2 a 1 e garantiu vaga na fase final da Copa Metropolitana ao conquistar o primeiro lugar em sua chave, com 14 pontos em 4 vitórias e 2 empates.
Estamos bem na base, como sempre. Parabéns piás!
O mesmo site oficial, contudo, põe aquela velha pulga atrás da minha orelha: “O futebol de campo masculino sub-18 do Guarani, que também representava Campinas na disputa dos Jogos da Juventude, acabou desclassificado na primeira fase de forma invicta, depois de algumas vitórias e de ter empatado com Nova Odessa e Americana.”
Quer dizer que os garotos que dentro de dois ou três anos poderiam estar em vias de subir para o profissional não estão muito afinados? Xiii...
Essa é a mesma pulga que dá-me uma ferroada toda vez que tenho notícias do futebol com o qual o Bugre vai jogar a série C do Brasileiro. Já se vão duas semanas desde o fim do Campeonato Paulista, isto é, já se foram duas semanas para a preparação do time e, até agora, a contabilidade está negativa. Saíram mais jogadores do que entraram. Até aí, tudo bem, pois era mesmo de se esperar a saída do pessoal que rendeu pouco no Paulista, além daqueles que, por terem jogado bem, são os primeiros candidatos a mudar de emprego. O problema não é esse, ainda.
O problema é que não há movimentação no clube com vistas ao novo time. Sei que é bobagem achar que a paradeira – virtual ou real – se deve ao fato de o presidente Leonel não estar em Campinas estes dias. Hoje em dia, tudo pode ser feito à distância, principalmente numa fase em que, primeiro, se deve resolver o nome de quem vai dirigir o futebol do Guarani daqui para frente. É óbvio que Leonel articula o assunto mesmo longe da cidade. Ele tem fala mansa e jeitão mineiro, mas não é bobo nem doido. Sabe que a série C em 2008 é vital, assim como sabe melhor do que ninguém que a disputa será muito mais complicada do que a de 2007. Sim, pois no ano passado o Bugre contou com alguma ajuda financeira da CBF para participar da terceirona, na condição de recém-rebaixado da série B. Agora, o Guarani jogará sem qualquer suporte da CBF. Se foi difícil em 2007, será muito mais em 2008. Por isso mesmo, o silêncio que emana do Brinco de Ouro é assustador.
A torcida rói os dentes como de praxe e quer ver algum movimento. Pergunto por José Carlos Sícoli, que nas horas mais amargas do Campeonato Paulista convocara a torcida para uma nova era de participação nas coisas do clube. Sícoli é homem sereno, inteligente e bem articulado. Não deve ter se esquecido da sua própria proposta. Afinal, como é que fica?
Suponho que um ambiente de participação mais intensa da torcida – sem entrar no mérito na proposta de Sícoli – requeira mais informação. E então, Bugre, temos alguma novidade?
O futuro do Guarani – Álvaro Caropreso