De repente, era bugrino!
Domimgo vou chegar cedo no Brinco e passar a tarde comendo pastel! É uma delícia sentar no concreto do Tobogã e comer pastel ao som da zoeira do povo chegando! Ah! O sol na cabeça! Como é bom!
Domingo vou me sentir moleque de novo.
Voltei no tempo. Lembro dos jogos que via no interior, na minha adolescência, em Araraquara, Ribeirão Preto, São José do Rio Preto, Piracicaba, Sorocaba e, às vezes, inclusive em São Paulo. Foram naqueles estádios de pau e cimento que eu aprendi a gostar de futebol.
A rapaziada de Dobrada e Matão, onde eu morava e estudava, lotava uma Kombi e pegava a estrada. "É 120 na descida e 100 na subida", dizia Chicão, o motorista palmeirense. Mas tinha de tudo a bordo: sãopaulinos, santistas, corinthianos e franco atiradores como eu.
E lá ia o bando ver para ver Ferroviária e Santos, Botafogo e São Paulo, América e Corinthians e qualquer outra combinação "grande" X "pequeno" num raio de 200 quilômetros. Eu não perdia um jogo dos "grandes", mas tinha uma bandeira de cada um daqueles "pequenos".
Imaginem a festa quando entrei na Unicamp e fui morar em Campinas, cidade com dois times e dois estádios! Vi quase tudo de Guarani e Ponte Preta no começo dos anos 70. Quando me dei conta, era bugrino. Sou até hoje!
(21/11/2008)
O futuro do Guarani – Álvaro Caropreso