sabotagem,não!

Sabotagem, não!

Lamentável a coluna do amigo Jorge Calhau, publicada neste 18 de agosto de 2008 no Planeta Guarani, em que ele critica e pede a saída de Luciano Dias. Um absurdo! Pura cornetagem sem o mínimo de disposição de observar o trabalho desenvolvido pelo técnico. Apenas a expressão sem sentido de má vontade. É claro, ninguém em sã consciência poderia dizer que Luciano será infalível e que certamente levará o time para a série B. Não!

Ninguém seria tão ingênuo ao ponto de defender Luciano apenas e tão somente pelos resultados até aqui obtidos. Temos tido um pouco de sorte, é verdade, mas sorte só favorece quem tem disposição de combate. E isso o Bugre tem! Não por acaso. Há nesse aspecto a mão do técnico.

Falta ainda muita coisa a ser feita nesse time, mas é nítido o sentido do avanço. Não se pode negar, a bem de um mínimo de bom-sendo, que Luciano trabalha com consistência. Ele tem insistido em uma tese que considero essencial: em um campeonato como o da série C, quase um mata-mata, a equipe tem de treinar exaustivamente por repetição; tem de jogar no piloto automático seja qual for a condição do tempo, com ou sem tempestade, com ou sem apoio da torcida, com ou sem qualidade. Falta ainda desenvolver um pouco mais o equilíbrio psicológico dos jogadores. Para isso, é também importante insistir na política das trocas “seis por meia dúzia”, se não sempre, quase sempre. Não há a possibilidade de se montar um elenco multiuso em uma série C disputada por um clube nas condições de um Guarani de Campinas. Hoje, se sair meio time, a outra metade tem de entrar para jogar o mesmo jogo. A qualidade tem de ser superada pela disposição e pelo treinamento exaustivo.

Luciano é peça fundamental nesta caminhada do Guarani. Poderá não ter êxito. Afinal, só quatro dos trocentos times que disputam a série C conseguirão saltar para a série B. Faz parte do jogo perder. O que não se pode admitir é que um bugrino sincero venha público em um momento como este para propor que se faça um tumulto na comissão técnica. Seria uma sabotagem.

O futuro do Guarani – Álvaro Caropreso