ilusõeseteimosia

Ilusões e teimosia

Os casos de Éder e Amoroso mostram mais uma vez que o Bugre só pode contar com suas próprias forças para sobreviver e sair do buraco. Mas não está tão sozinho quanto parece para fazer isso.

Os casos de Éder e Amoroso mostram mais uma vez que o Bugre só pode contar com suas próprias forças para sobreviver e sair do buraco. Mas não está tão sozinho quanto parece para fazer isso.

Éder foi levado embora pelo esquema de Beto Zini. Repito que este fulano é o principal articulador da crise bugrina. Ele deve ao clube uma infinidade de dinheiro, no mínimo o equivalente aos salários pagos pelo Guarani para todos os jogadores que usaram o clube para serem promovidos, valorizados e vendidos por Zini & Cia. Repito: Zini e seu sucessor no esquema, JLL, devem ser expulsos do quadro associativo bugrino. Nenhum dos dois tem sequer um grão de poeira positivo a oferecer. São aproveitadores que não podem mais passar por perto do clube.

Sobre Amoroso, está absolutamente correto o comentário de Marcos Ortiz, em página de hoje neste Planeta. O jogador e seu empresário aproveitaram-se da exposição causada pelas especulações sobre sua possível participação no Guarani no Paulista de 2008 para fazer mais uma raspa de tacho em final de carreira. E foi-se Amoroso de malas e bagagens para a Grécia. Se quiser, ele pode esticar a viagem mais um pouquinho e sentar praça no no futebol do Afeganistão. Por mim, já vai tarde.

Aproveito para tomar mais uma vez a iniciativa de romper uma tradição retrógrada e citar com todas as letras o nome do time lá da beira dos trilhos, a Ponte Preta.

Fiquei muito feliz com o fato de o patrocinador frontal da camisa bugrina em 2008, a empresa EMS, depositar sua marca também no uniforme da Ponte Preta. É salutar ver no site oficial do bugre os distintivos dos dois clubes no background da foto que ilustra a cerimônia de apresentação do patrocinador.

Vimos algo semelhante com os dois super-rivais de Porto Alegre, Grêmio e Internacional, ambos com a logomarca do Banrisul na camisa. Trata-se de um banco estatal e seu patrocínio expressa o apoio do governo do Estado do Rio Grande do Sul aos dois principais expoentes do futebol gaúcho.

Lembro que prefeituras de diversas cidades do interior têm apoiado de forma objetiva clubes locais. Por que a prefeitura de Campinas não segue o exemplo? Até quando o Executivo e a Câmara Municipal vão ficar em cima do muro a fingir que não vêem estas duas instituições da cultura de Campinas?

Já passou da hora para uma ação combinada dos dois clubes e das duas torcidas com o objetivo de fazer mover a política local em favor deste aspecto da vida da cidade.

Quem quiser resmungar contra a iniciativa civilizada da EMS ou da possibilidade de mais ações conjuntas de Guarani e Ponte Preta que traga uma mala cheia de dinheiro limpo para cada clube ou batalhões de novos sócios e sócios-torcedores para ambos.

Ilusões e teimosia não movem montanhas. (09/01/2008)

O futuro do Guarani – Álvaro Caropreso