Graxa no conjunto
O Bugre evolui nitidamente neste início da série C de 2008. Depois de um empate no jogo de estréia com o Madureira, no domingo, 6 de julho, e de uma rara vitória fora de casa e de virada no jogo com o Ituano, na quarta-feira, dia 9, o técnico Luciano Dias deixou claro que montou um time para subir, não para cumprir tabela.
Como o regulamento da série C não permite muitos experimentos, Luciano Dias fez o máximo de observações possíveis antes de o campeonato começar. Por isso, muita gente pensou que ele estava "indeciso", sem saber o que fazer com o elenco. Nada disso!
Luciano observou e testou toda a diversidade oferecida pelo time antes de ter de jogar pra valer. Definiu uma estrutura básica e com ela foi encarar o Madureira na estréia. Naquele jogo, mexeu no ataque para verificar até que ponto a improvisação poderia desengomar uma situação encrencada, não exatamente na lá frente, mas na armação. Por isso, em Itu, começou a partida com outro meio de campo. Em ambos os casos, foram experimentos sem riscos. Se houvesse mudança, só poderia ser para melhor. Foram mexidas muito inteligentes, ao contrário do que andam dizendo por aí.
O Bugre evolui nitidamente! Luciano sabe, agora, quais peças encaixar em algumas situações previsíveis. Neste Guarani que vemos hoje, os gols perdidos não indicam falta de criatividade, nem de talento, nem de vontade, mas sim a necessidade de mais treinamentos repetitivos, tanto com a bola andando quanto com bola parada. Lubrificação, enfim. A graxa quem fornece é a torcida.
Se o Brinco lotar neste domingo, no jogo com o Linense, e os setores mais barulhentos na arquibancada olharem para o campo e não para seus umbigos, o Bugre vence a partida e põe o pé na fase seguinte. Sim, pois o Madureira está em primeiro lugar pelo saldo de gols, mas quem está melhor na tabela é o Bugre, que venceu um jogo fora de casa. Ganhando em casa neste domingo, o Guarani entrará em campo no returno desta primeira fase sem a corda no pescoço, pensando também em aprimorar o conjunto. (11/07/08)
Obs.: Dois pênaltis absurdamente descarados não foram marcados a favor do Bugre, um em cada jogo. Isso requer um protesto formal por parte da direção do clube. Os árbitros não marcaram por pura covardia. Se assim for, que tremam de medo a favor do Bugre, não contra.
O futuro do Guarani – Álvaro Caropreso