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Dobrar o número de sócios-torcedores

Há muita gente se esforçando para tirar o Brugre do vinagre, mas a situação é mesmo muito, muito complicada

Sinto calafrios toda vez que me lembro de que no Campeonato Paulista da série A2 em 2007 o único patrocínio que o Guarani conseguiu foi o de um supermercado que se dispôs a pagar os espaços na camisa com gêneros alimentícios destinados ao refeitório dos atletas. Nada contra aquele contrato. Ainda bem que deu para garantir a bóia do pessoal! Isso foi muito bom, mas notem a gravidade do fato. Para um time de várzea – e eu não tenho nada contra os times de várzea – um contrato desse tipo seria um regalo espetacular. Para o Guarani, no entanto, ele deve servir de alerta para que todos nós, bugrinos empedernidos e confiantes, tenhamos consciência de que ainda estamos muito longe do fim do túnel.

Paciência e confiança serão dois ingredientes essenciais para sairmos dessa draga. Cada um de nós deverá pensar dez vezes antes de puxar a faca quando e se as coisas ficarem ainda mais difíceis... se ficarem, repito, pois tenho cólicas só de pensar nessa hipótese.

Conversa serena, franca e honesta, boa vontade, disposição, espírito colaborador, voluntarismo, camaradagem e amizade devem marcar a nossa atitude como bugrinos neste momento. Vamos deixar o passado de lado, sim, mas vamos também saber ler as lições do passado para podermos traçar com mais confiança o rumo para o futuro.

Creiam, o Guarani Futebol Clube não resistirá se não subir para a série B. O futebol profissional simplesmente vai para o espaço. Impedir essa tragédia depende essencialmente de nós, torcedores, muito mais do que desta ou de qualquer outra diretoria.

Quantos bugrinos somos em Campinas e no Brasil? 500 mil? 50 mil? 30 mil? Ou apenas os mil e poucos que se tornaram sócios-torcedores? Se formos apenas esses mil e poucos, estamos perdidos. Só com esse punhadinho de gente o Guarani não vai a lugar nenhum.

“Que fazer?” Essa é a pergunta crucial.

Ofereço aqui uma resposta, dentre tantas que a massa bugrina tem condições de sugerir: Cada sócio-torcedor pode comprometer-se a trazer, pelo menos, mais um sócio-torcedor e a ajudar o seu “afilhado” a não se esquecer de pagar as mensalidades. Não é difícil fazer isso e terá um valor enorme no esforço geral bugrino. Podemos dobrar o número de sócios-torcedores em poucas semanas se quisermos, antes mesmo do início da série C. Seria uma ótima injeção de ânimo no time e no clube.

Que tal? Vamos nessa? Eu acho que é possível, se muitos de nós arregaçarmos as mangas. (15/06/2007)

O futuro do Guarani – Álvaro Caropreso