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O técnico é a torcida

Vi pela TV o jogo da Ponte com o São Caetano – três a zero para o time dos trilhos, que joga bem arrumado, olhando para o gol do adversário. Quarta vitória seguida. Doze pontos ganhos. Líder. E daí?

Digo isso de propósito para machucar os corações bugrinos. A Ponte é uma equipe modesta. Na média da maioria das demais neste Campeonato Paulista. Mas quer o gol. Joga para fazer gol. Fez seus dois primeiros gols com bolas altas. Jogadas típicas de treinamento à exaustão.

Futebol é ciência. É treino, disciplina. Como ciência, também é psicologia.

O Guarani que jogou contra o Noroeste na quinta-feira pode jogar e ganhar da Ponte. Não hoje, nem amanhã. Mas dentro de duas ou três semanas. O Guarani do segundo tempo daquele jogo em Bauru ganha da Ponte se manter o moral elevado como naquele momento.

O Guarani não é perna-de-pau. É um time como o da Ponte. Se jogar para ganhar, ganha.

Se houver algum reforço na frente, melhor. Minha certeza vai dobrar. Se a torcida empurrar, minha certeza triplica.

Mas não se pode esperar duas ou três semanas para enfiar essa certeza na cabeça dos jogadores. O jogo deste domingo será no Brinco. Os jogadores precisam se sentir em casa. Agora, o técnico do Guarani é a torcida. (26/01/2008)

O futuro do Guarani – Álvaro Caropreso