indubioprobacalhau

Carlos Alberto perdeu jogada com o zagueiro Dão, que lhe tomou a frente e disparou na intermediária. Ao perder a corrida o vascaíno simulou ter sido atingido pelo cotovelo do defensor, em movimento próprio da mecânica de corrida, e jogou-se ao chão numa rasteira para travar o pé do adversário. Carlos Alberto tinha ali a certeza de que o apito soaria a seu favor ao esvair-se em dores que não sentia. Deu zebra, contudo, pois seu nervosismo já lhe custara cartão amarelo e, nesta jogada, não permitiu disfarçar as verdadeiras intenções da queda. Tomou o segundo cartão amarelo e foi mandado embora do campo. Coitadinho! Horas depois a grande mídia ainda resmungava pela injustiça!

Escrevam: O Vasco se comporta como quem tem a certeza de que o critério básico da arbitragem será sempre o in dubio pro bacalhau e conta com a opinião da grande mídia para chorar suas pitangas. Se, por alguma razão, o jogo lhe é demasiado duro e as coisas não dançam conforme a valsa o time perde a calma. Foi o que aconteceu no jogo com o São Caetano (outro zero a zero), quando um vascaíno também acabou expulso por não saber medir a exata dose da liberdade que esse critério de arbitragem lhe dava em campo. O jogo seguia mais difícil do que o esperado e sem oportunidades para as forças ocultas que nesses casos conseguem mexer no placar, de modo que destrambelhou-se o time e, inclusive, seu treinador. Não tem muita cara de time grande esse Vasco.

Pode-se dizer que Vadão planejou a expulsão de Carlos Alberto e, com ela, anulou o in dubio pro bacalhau. Pena que o Bugre não soube aproveitar essa vantagem para sair do zero a zero, mas isso são outros quinhentos.