queméovagabundo?

Quem é o vagabundo?

É de extremo cinismo a resposta de um comentarista da Rádio Bandeirantes de Campinas ao desafio proposto pelo diretor de Futebol do Bugre, José Carlos Hernandes, de que ele – o radialista – apresentasse uma lista de jogadores disponíveis no mercado e em condições de agregar qualidade ao elenco bugrino.

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Para o dito jornalista – assim como para seus colegas de emissora – o diretor de Futebol do Guarani, José Carlos Hernandes, só não contrata reforços para o time porque não quer, não vai atrás, não tem contatos. Não sabe, enfim, o que fazer no cargo. Diz o homem do rádio que é fácil fazer uma lista de bons jogadores a dar sopa por aí.

Lista faço eu, faz você, faz qualquer um. Lista com vinte, trinta ou cinqüenta nomes de jogadores não custa nada fazer. O comentarista em questão apresentou vinte e sete nomes em seu programa no meio do dia nesta terça-feira, 19 de fevereiro de 2008. Disse que os ouvintes estão a lhe mandar enxurradas de nomes e vai dizer quais são no programa da noite. Ouvirei.

Até lá, eu mesmo farei uma lista para consumo próprio e para comparar com lista do iluminado radialista e seus colaboradores de audiência. Vou tirar da cabeça os nomes de uns cinqüenta atletas. É bico.

Difícil será mostrar essa lista – a minha ou a do comentarista – junto com o dinheiro necessário para se pagar os salários exigidos pelos apontados, considerando que tanto ele quanto eu, você ou Hernandes estamos a nos preocupar com nomes de jogadores melhores ou mais experientes do que os já contratados pelo Bugre.

Mas Hernandes disse que há uma verba – fornecida por um patrocinador secreto – para a contratação de reforços. Ouvi na mesma rádio que é algo em torno de R$ 60 mil. Uma bufunfa! Não sei se o Guarani se pronunciou oficialmente sobre essa quantia. Suponhamos que sim. Não sei se é de uma bolada só ou em cota mensal desse valor ou de uma fração dele até o fim do Campeonato Paulista ou do primeiro semestre ou até o fim do ano.

Suponhamos qualquer coisa sobre esse dinheiro.

Para o radialista em questão, Hernandes é incapaz de pegar o telefone e perguntar a cada um dos infinitos bons atletas disponíveis:

“Fulano, eu tenho tantos reais por mês. Quer jogar no Guarani?”

Sinceramente, alguém é capaz de duvidar da capacidade de o nosso diretor de Futebol falar ao telefone?

Tem cabimento criticá-lo pelo elenco bugrino montado para o Paulista e que, até agora, não rendeu quase nada. Tem cabimento exigir que ele resolva o pepino dos reforços. É para isso que ele está lá. E deverá sair de lá se não souber descascar o legume.

O que não cabe é imaginar que ele seja simplesmente um vagabundo. (19/02/2008)

O futuro do Guarani – Álvaro Caropreso