osdeusesnãosãoeternos

Os deuses não são eternos

Brincando de fazer estatísticas sobre o que ainda está por acontecer.

Na primeira rodada da Série C, 22 times venceram, 22 perderam e 20 empataram. O Guarani está entre os 22 que perderam, o que corresponde a 34,4% dos 64 clubes participantes. Assim, pode-se dizer que os vitoriosos são cerca de 1/3, os derrotados são outro 1/3 e os "empatantes" outro 1/3.

Visto por esse viés estatístico, o resultado da primeira rodada coloca todos os times no mesmo lugar. Nenhum está melhor posicionado do que o outro diante das probabilidades de obtenção da classificação final que vai assegurar passagem para a etapa seguinte.

O raciocínio frio e calculista permite afirmar que o campeonato da Série C ainda oferece a todos os times derrotados mais uma chance de estréia. Os derrotados na primeira rodada recuperarão suas chances com uma vitória na segunda rodada. Assim, independentemente dos demais resultados, os vitoriosos nas duas primeiras rodadas comporão o primeiro esboço do que será a Série C até o seu final. É neste bolo que o Guarani precisa meter-se quando sair de campo na sábado após a partida com o América carioca.

A elucubração acima só tem sentido e alguma validade em se tratando da primeira rodada do torneio. Depois, a cada jogo jogado a matemática tende a ser mais e mais... “espírita”. Isso significa que doses cavalares de ingredientes subjetivos vão pesar cada vez mais na receita do sucesso ou do fracasso. É aqui que entramos nós, a torcida.

Nosso papel é hoje mais importante do que nunca. Não podemos entrar em campo no lugar dos jogadores, mas podemos injetar energia na equipe. Podemos manter os neurônios de cada jogador carregados de eletricidade para que o resto do corpo destile inteligência, reflexo e força. Qualquer faísca perdida no pessimismo fará falta imensa. É científico. O “fator campo” existe. Mais ainda na cruel Série C.

Bastam os primeiros seis jogos para implodir toda uma história. Perdemos o primeiro deles. Não podemos perder mais nenhum. Se quisermos que o Guarani continue existindo neste e nos próximos anos temos de construir cinco vitórias no curtíssimo prazo. Uma de cada vez.

Vamos começar com o América no sábado, 14/07/07. Para o Bugre, nenhum jogo foi ou será tão importante quanto este. Os jogadores que conseguirem passar por ele com vitória serão mais do que heróis. Serão deuses... só até o jogo seguinte. (09/07/2007)

O futuro do Guarani – Álvaro Caropreso