Uma boa preocupação (Muitas crianças nos psicólogos e nos pedopsiquiatras?)

Data de publicação: Dec 06, 2013 3:4:7 PM

Antes, não há muito tempo atrás, deixava-se que muitos pequenos problemas piorassem o suficiente para se procurar ajuda, quando muitas das vezes duas ou três sessões seriam suficientes para recolocar a criança nos trilhos dum desenvolvimento saudável. Nesse sentido, a relativa “banalização“ das consultas para crianças, não deixa de ser uma coisa boa. A confiança no profissional de saúde mental infantil permite detectar se subjacente aos sintomas apresentados pela criança ou à queixa dos pais, existem, de facto, problemas graves ou não. E mesmo quando se trata apenas de problemas menores é necessário ter presente que os pais nunca vêm por nada, trazem sempre questões legítimas que necessitam de resposta. E, se as suas preocupações por vezes se revelam infundadas, a preocupação que eles têm para com o seu filho, é sempre bem-vinda, é o sinal de que eles estão atentos a seu bem-estar. E isso, convenhamos, nunca é demais.

Nesse sentido, seja grande ou pequena, todas as preocupações de um pai para com o seu filho merece ser discutida com um especialista que possa avaliar a sua gravidade e, se necessário, realizar o adequado acompanhamento. Primeiro, porque não há razão para que os pais fiquem com uma ansiedade que afeta o relacionamento com o seu filho - e muito menos razão haverá para se ficar com um sofrimento que, com o tempo, pode vir a dificultar o desenvolvimento da criança -. Segundo, porque o processo só pode ser proveitoso para a criança. Disso nos dão conta aquelas crianças que depois dum apoio, especialmente se curto e eficaz, “exigem” falar com o terapeuta se se deparam com uma nova dificuldade. Elas dão mostras duma incrível capacidade de desenvolvimento, objetividade e profundidade na relação.

Este texto faz parte do dossier "Muitas crianças nos psicólogos e nos pedopsiquiatras?"

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