"Sejam quais forem os resultados com êxito ou não, o importante é que no final cada um possa dizer: «Fiz o que pude»" Louis Pasteur

Data de publicação: Sep 28, 2012 10:42:45 PM

A primeira vez que li algo semelhante foi na cara de S. Paulo a Timóteo: "Combati o bom combate, terminei a minha carreira e guardei a fé".

Chegar ao fim de uma qualquer jornada com este sentimento de "fiz o que pude" é aquilo a que todos podemos esperar. O êxito é importante mas não é o essencial.

Nós, pessoas comuns, também valorizamos o esforço e desejamos que o êxito a ele venha associado.

Que dizemos a um filho que é responsável, trabalha mas fica aquém das expectastivas? Que dizemos de um aluno que estuda, se esforça e os resultados não são os melhores? Que dizemos de alguém que no exercício da sua função de trabalhador se empenha em fazer o melhor?

Ou colocando a questão doutra forma. Que valorizamos mais: o esforço para conseguir algo ou o êxito "caído do céu"? Por exemplo, na escola que valores se procura transmitir? O êxito a todo o preço ou o esforço responsável?

Falando de educação, quando, por vezes conversamos com pais e educadores, surge não raras vezes, sobretudo quando o resultado não é esperado, a questão: estou a fazer bem? É este o caminho? Podia fazer mais qualquer coisa?

Ora é certo que estas questões só surgem a quem está verdadeiramente empenhado e perante pessoas empenhadas, e por vezes em enorme sofrimento, aplicam-se muito bem as palavras de Winnicot quando dizia aos pais que atendia algo próximo disto: "Não desesperem analisem a situação com racionalidade. E acreditem, outros no vosso lugar fariam igual ou pior". É isto que temos de fazer no dia-a-dia: esforçarmo-nos para fazer sempre o melhor, em qualquer área das nossas vidas (família, trabalho, relações sociais) e ter consciência disso. Acreditar em nós próprios, auto-analisarmo-nos e estar disposto a mudar sempre que isso é necessário. É esse o caminho.