Os sinais de alerta (Muitas crianças nos psicólogos e nos pedopsiquiatras?)

Data de publicação: Dec 07, 2013 6:50:22 PM

Da prática clínica podemos retirar algumas ideias do que preocupa mais os pais e que a seguir apontamos sucintamente.

Entre 3 e 6 anos, há uma preocupação sobre os sinais que indiciam uma inadequação social ou desajustamento relativamente ao pré-escolar: não apenas movimentos caóticos do grupo, donde resultam empurrões, mas muita agressividade e violência que o educador é incapaz de conter; não uma mera timidez mas uma grande inibição, uma grande dificuldade em participar nas actividades propostas; não um simples ajuste a um contexto diferente mas um desfasamento daquilo que é suposto a criança já ser capaz de conseguir.

Antes de 11 anos a preocupação centra-se nas diferenças significativas entre o que está previsto a criança saber ou fazer e aquilo que ela sabe e faz na realidade. Por exemplo, um importante atraso educacional, dificuldade de autonomia… E também as preocupações relativas às dificuldades em manter um comportamento adequado na sala de aula, seja por não demonstração de motivação pelas tarefas escolares, seja por apresentar um comportamento muito ativo, de difícil controlo.

No adolescente é difícil determinar se ele está a sofrer porque simplesmente é adolescente ou se algo lhe corre mal. Ele começa a responder como se os pais fossem seus inimigos, bate a porta, é extremamente teimoso e critica tudo? Tudo isso será normal se a seguir ele vai com os amigos feliz e sorridente. No entanto, já não será tão normal se ele se isola, se ele falta à escola para se fechar em casa e não para se divertir; se há dúvidas sobre aquelas pessoas que frequenta ou suspeita de consumos de substâncias ilícitas; se tem preocupações excessivas com o peso; se ele tem ideias negras sobre o futuro ou as suas capacidades. Nesse caso, a consulta a um especialista é aconselhável.

Este texto faz parte do dossier "Muitas crianças nos psicólogos e nos pedopsiquiatras?"

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