Não podemos desistir deles

Data de publicação: Nov 22, 2013 10:52:11 PM

Educar é entusiasmante mas não é tarefa isenta de escolhos e desapontamentos. Por vezes tão fortes que nos fazem baixar os braços e desanimar. Para quem lida sobretudo com jovens adolescentes, talvez uma das áreas onde esse desânimo tem mais probabilidades de acontecer é no campo da disciplina, do respeito pelo outro e pela ordem.

É certo que, muito provavelmente, a indisciplina, especialmente no contexto escolar, faz parte do processo de contestação juvenil. Nesse sentido, a sua interpretação passa pela busca de identidade que caracteriza muitas das ações do adolescente de hoje. Ser jovem não pode significar ser apático, aceitar sem discussão, obedecer sem reflexão.

Mas também é certo que uma criança ou um jovem, abandonado aos gostos e inclinações da sua natureza, desce por um plano inclinado que termina por anquilosar as energias da sua liberdade. Quando assim acontece é muito provável que a indisciplina resvala da irreverência própria da idade para a má educação e a falta de respeito pelos outros. Problema mais grave ainda é quando o que deveria ser exceção se torna norma, quando se perde a noção do Bem.

Se essa tendência não se contraria com uma exigência adequada a cada idade, que provoque luta, terão depois sérias dificuldades para realizar um projeto de vida que valha a pena. Amar as crianças e jovens é pô-los em situação de alcançar domínio sobre si mesmos, fazer deles pessoas livres.

E não é fácil, sobretudo em contexto escolar, lidar com situações de falta de educação e de respeito. Por vezes, acreditamos que apetece mesmo desanimar. Nessas alturas esperamos que ao lado haja sempre alguém que diga “Não podemos desistir deles”, como ouvimos dizer um professor a um colega. Abençoado professor. É destes que precisamos, daqueles que não desistem de acreditar nos mais novos.

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