2.Unconditional Election - Eleição Incondicional

Para ler, estudar e meditar

Provérbios 16.4; João 13.18; Romanos 8.30; Efésios 1.3-14; Romano 9.16-18; 2 Tessalonicenses 2.13-15

Vimos anteriormente que todos estamos mortos em delitos e pecados, que nossa natureza está enraizada pelo pecado. Nosso Estado natural é a morte espiritual, somos naturalmente incapazes de crer em Deus ou em sua Palavra (Jo 6.44; Rm 8.7-8) e fazer a vontade de Deus (Rm 3.10-12). Se Deus deixar a humanidade seguir seu próprio caminho, então não haveria salvação para ninguém pois todos são incapazes de ir a Deus sinceramente para serem salvos. Toda humanidade caminha naturalmente em direção à perdição e inferno eterno. Neste contexto a Sagradas Escrituras lança a maravilhosa Doutrina da Eleição. Para compreender bem a Eleição, precisamos compreender bem a doutrina de Depravação e da doutrina da Soberania de Deus. E ainda deixar de lado todo nosso orgulho e crer o que as Escrituras ensinam. O que importa não é o que eu acho ser certo e justo, mas o que Deus revela na sua Palavra - a Bíblia.

Por toda a Escrituras, Deus deixa bem claro que a nossa Salvação pertence a Ele (Jonas 2.9). No Antigo Testamento vemos que Deus escolheu o povo de Israel como povo de Deus, e essa escolha foi um ato livre e soberano da vontade de Deus, sem levar em conta nenhuma qualidade do povo de Israel (Ex 33.19; Dt 7.6-8). No Novo Testamento o mesmo padrão permanece, Deus escolhe pessoas para salvar sem levar em conta qualquer qualidade ou obra que ela tem feito, mas unicamente por um ato livre e soberano da vontade de Deus. Deus Pai na pessoa de seu Filho Jesus é o autor e consumador da nossa fé (Hb 12:2). Nossa Salvação é uma dádiva da graça de Deus, sem levar em conta nenhuma obra ou qualidade em nós (Ef 2.8-9).

A doutrina da Eleição significa que Deus escolheu dentre a raça humana, algumas pessoas para salvar, dando o dom da fé e a demais pessoas ele as deixou na incredulidade de seus corações. Temos então duas classes de pessoas, aqueles que Deus elegeu para Salvação e aquelas que Deus as não as elegeu, deixando na incredulidade de seus corações. Estado natural de toda humanidade é a morte espiritual, somos naturalmente incapazes de crer em Deus ou em sua Palavra (Jo 6.44; Rm 8.7-8) e fazer a vontade de Deus (Rm 3.10-12). Aqueles que Deus elegeu, deu a eles o dom de crer verdadeiramente em Jesus Cristo, redimindo e os justificando nas pessoas de Jesus. Os demais que ele não elegeu, não lhes concedeu o dom da verdadeira fé, deixando na incredulidade de seus corações e perdição eterna. Essa doutrina da Eleição embora possa parecer injusta, ela está por toda a Escrituras e não pode ser rejeitada e negada.

O apóstolo Paulo escreve em sua carta ao Efésios, “Bendito o Deus e Pai de nosso Senhor Jesus Cristo, que nos tem abençoado.... assim como nos escolheu, nele (Jesus), antes da fundação do mundo, para sermos santos e irrepreensíveis perante ele; em amor (Ef 1.3-4). Vemos aqui Paulo claramente expondo a doutrina da eleição, ele diz que Deus nos escolhe e isso fez antes de criar o mundo. Antes mesmo de nós existirmos e que tenhamos feito qualquer obra má ou boa, Deus já havia escolhido e predestinado aquele dentre a raça humana que iram crer nele. E qual o propósito desta eleição? Paulo explica que essa eleição é para sermos santos e irrepreensíveis perante ele. No versículo 5, Paulo explica baseado em que Deus fez a sua escolha: “nos predestinou para ele, para adoção de filhos, por meio de Jesus Cristo, segundo o beneplácito de sua vontade” (Ef 1.5). Paulo deixa muito claro que a escolha de Deus em nos eleger para salvação não é baseada em alguma qualidade em nós ou alguma boa obra que tenhamos feito, mas segundo o beneplácito de sua vontade (Ef 1.5). Essa é a explicação que temos do motivo da eleição, segundo o bel-prazer da vontade de Deus, sem levar em conta quaisquer obras ou qualidades em nós. Paulo deixa isso mais claro ainda nos versículos seguintes, “nele, digo, no qual fomos também feitas heranças, predestinados segundo o propósito daquele que faz todas as coisas segundo o conselho da sua vontade (Ef. 1.11). No capítulo seguinte o Apóstolo Paulo deixa claro que a Salvação é, portanto, um dom de Deus sem levar em conta nossas obras. “Porque pela graça sois salvos, mediante a fé, e isto não vem de vós; é dom de Deus; não de obras, para que ninguém se glorie. (Ef 2.8-9).

Uma outra importante passagem sobre a Eleição é Romanos 9.6-18. Neste capítulo o apóstolo Paulo fala da Eleição e para explicar essa doutrina, ele usa o exemplo dos gêmeos Esaú e Jacó. Nos versículos Rm 9.10-13 Paulo diz que Rebeca gerou dois filhos, Esaú e Isaque e antes que eles tivessem nascidos para fazer quaisquer obras, sejam boas ou más, Deus já havia dito que o mais velho dos gêmeos chamado Esaú, será servo do mais novo chamado Jacó. E diz Deus ainda: “Amei Jacó, porém me aborreci de Esaú” v.13. Em outras palavras, Deus elegeu Jacó e não elegeu a Esaú. Paulo põe um parêntese explicando que a Eleição não é feita por obras, mas por aquele que Deus chama, pois não havia Deus a consideração de quaisquer obras de Esaú e Jacó para os escolher. Paulo sabia que essa doutrina provoca indignação ao nosso coração pecaminoso e lança a pergunta que todos faríamos no versículo seguinte: “Que diremos. Pois? Há injustiça da parte de Deus?” E Paulo responde à pergunta que de modo algum há injustiça da parte de Deus por eleger Jacó e não eleger Esaú. E Paulo explica que o próprio de Deus nos disse que ele é livre para exercer sua misericórdia e compaixão com que desejar e que a eleição não depende dos desejos dos homens e suas obras, mas de Deus usar livremente de sua misericórdia (Leia Rm 14-16).

Os eleitos crerem em Jesus porque Deus os elegeu para salvação desde eternidade. Como no caso de Esaú e Jacó, o eleito foi escolhido exclusivamente com base no beneplácito soberano de Deus e não com base em algo que tivesse feito ou desejado fazer. Chamamos essa doutrina de Eleição incondicional, porque Deus nos elegeu incondicionalmente pelo livre ato do seu amor misericordioso.

O mais incômodo desta doutrina é o fato de Deus não ter elegido todas as pessoas. Apesar da doutrina da predestinação e eleição seja clara na Escrituras, alguns rejeitam essa doutrina e a distorce por alegar que Deus seria injusto se eleger apenas alguns e não todos. Quem acredita assim não compreendeu que todos somos pecadores e não merecemos nada de Deus a não ser a justa condenação eterna. Não compreendeu que Deus reserva para si o direito de ter misericórdia com quem desejar ter misericórdia. Quando Deus elege algum, ele exerce misericórdia e compaixão e aquele que Deus não elegeu, ele exerce a justiça para com essa pessoa. Os não-eleitos recebem justiça da parte de Deus e os eleita misericórdia. Ninguém é tratado com injustiça. É importar compreender que aquela que não é eleito, não será salvo porque Deus o impede de crer em Jesus, mas que ele não será salvo porque Deus o deixa em seu estado natural de pecador e assim ele segue seus próprios caminhos na incredulidade. Deus não opera o mal no coração do não eleitos, pelo contrário, Deus os deixam a mercê de seus próprios desejos e caminhos pecaminosos.

Louvado seja Deus que nos salvo pela sua imensa e soberana graça.

N. Mascolo F.

Assista excelente exposição do Rev. Augustus Nicodemos sobre a Predestinação

Assista excelente exposição do Rev. R. C. Sproul sobre o que significa Eleição Incondicional.

http://www.ministeriofiel.com.br/videos/detalhes/95/eleicao_incondicional

Assista excelente exposição do Rev. John Piper sobre o que significa Eleição Incondicional.