9.16 Legalismo

Para ler, estudar e meditar

Mateus 15.1-20; Mateus 23.22-29; Atos 15.1-29; Romanos 3.19-26; Gálatas 3.10-14

Ao falar da nossa Eleição antes da fundação do mundo, Paulo diz que fomos eleitos para “sermos santos e irrepreensíveis perante ele” (Efésios 1.4-5). Fomos eleitos desde a eternidade para que tenhamos uma vida de boas obras. As boas obras são o resultado da nossa eleição. Nossa obediência a Lei de Deus é a prática de boas obras que devemos praticar e devemos ser ricos em boas obras (1Tm 6.18; confira Mt 5.16; Ef 2.10; 2Tm 3.17; Tt 2.7,14; 3.8,14). No entanto, nossas boas obras só podem ser de fato boas obras se forem o resultado de um coração regenerado, motivado pelo amor a Deus e com sincero propósito de glorificar tão somente a Deus, jamais a nós mesmo. Aquele que pratica as boas obras jamais se gloria nelas, porque sabe que é fruto da graça a Deus. É Deus que pela sua graça produz boas obras em nós.

O legalismo é a falsa obediência a lei de Deus. O legalismo distorce o verdadeiro motivo e propósito para guardar a lei. A grande falha do legalismo é acreditar que o homem consegue guardar a lei com suas próprias forças e que com a guarda da lei, se obtém favores de Deus. O legalismo produz uma falsa sensação de santidade e um caráter arrogante. Jesus combateu severamente os legalistas Fariseus e o apóstolo Paulo aos legalistas Judaizantes que perturbavam a igreja.

Os legalistas Fariseus acreditavam que por serem descendentes de Abraão, tinham aprovação de Deus e formalizaram regras minuciosa de como se devia guardar a Lei. Nessas regras criadas pelos fariseus, se ignorava o motivo real da guarda da lei e impunham uma guarda mecânica e arrogante (Mt 23.5-8), realçando as coisas menos importantes no lugar das mais importantes (Mt 23.23-24). Jesus disse que eles peneiravam um mosquito e engoliam um camelo (Mt 23.4) e que punha sobre as pessoas um pesado fardo (Mateus 23.3-5). Jesus fez duras advertência contra os fariseus, leia Mateus 23.1-36.

Os legalistas Judaizantes na época de Paulo eram judeus que perturbavam a igreja ensinando que para Salvação, Cristo não era suficiente e que todos deviam fazer uma minuciosa guarda da lei. Eles negavam a suficiência de Cristo em sua Graça e impunham a guarda da lei como o caminho da salvação. Paulo combateu essa heresia em Gálatas e em Colossenses. Leia Gálatas 3.1-3; 4.21; 5.2-6 e Colossenses 2.8-23. A Salvação é somente pela Graça de Deus em Cristo Jesus, não existe um adicional. Somente pelo sacrifício de Cristo somos salvos. O cristão pratica boas obras, mas suas boas obras são o resultado de um coração regenerado, motivado pelo amor a Deus e com sincero propósito de glorificar tão somente a Deus. Devemos rejeitar toda especial de legalismos.

N. Mascolo F.