O relacionamento de Deus com Seu povo é estabelecido por meio de uma aliança. Na Bíblia, a aliança de Deus com Seu povo segue um padrão comum no antigo Oriente Médio, que envolvia dois tipos principais de aliança: a aliança entre suseranos e vassalos e a aliança de concessão real.
Aliança entre suseranos e vassalos
Nessa aliança, o senhor (suserano) é o governante, e o servo (vassalo) é aquele que deve lealdade. O suserano, como um rei vencedor, exigia absoluta lealdade e serviços dedicados do vassalo, que poderia ser um rei vencido. Em troca, o suserano prometia proteção e benefícios, caso o vassalo fosse leal. Não havia negociação entre as partes.
Aliança de concessão real
Aqui, o rei concedia terras a um servo, que usava o benefício para sustentar a si e sua família, sendo leal ao rei. A concessão geralmente era transmitida de geração em geração, mas os herdeiros só receberiam a terra se permanecessem leais ao rei.
A aliança que Deus fez com Seu povo no Monte Sinai segue o padrão da aliança entre suserano e vassalo (Êxodo 19–24). Essa aliança tem seis elementos:
Preâmbulo:
Este é o elemento que identifica os participantes da aliança. "Eu sou o Senhor, teu Deus" (Êxodo 20.2, ARC). Deus é o suserano, o soberano, e o povo de Israel é o vassalo, o servo.
Prólogo histórico:
Aqui, o suserano menciona o que fez para merecer a lealdade do vassalo. Deus lembra a Israel que Ele o libertou da escravidão no Egito (Êxodo 12.27; 1 Samuel 10.18).
Estipulações:
Neste ponto, o suserano estabelece o que exige de seu vassalo. Em Êxodo 20, os Dez Mandamentos são as exigências de Deus a Israel. Cada mandamento é um compromisso moral para toda a comunidade da aliança.
Sanções:
As sanções incluem bênçãos e maldições. Se o vassalo for fiel, será abençoado. Um exemplo é o quinto mandamento, onde Deus promete a Israel uma vida longa na terra prometida se honrar os pais (Êxodo 20.12). As maldições ocorrem se o povo não obedecer à aliança (Deuteronômio 28.14,45).
Ratificação:
A aliança é confirmada e vigorada por meio de sangue, que representa a vida (Gênesis 9.5; Levítico 17.14). A aliança no Sinai foi ratificada com o sangue de animais sobre o povo:
"E tomou Moisés aquele sangue, e espargiu-o sobre o povo, e disse: Eis aqui o sangue da aliança que o Senhor tem feito convosco sobre todas estas palavras." (Êxodo 24.8, ARC).
Juramentos/Votos:
Aqui, as promessas são feitas para cumprir a aliança. Deus fez um juramento com Seu povo:
"O Senhor te confirmará para si como povo santo, como te tem jurado, quando guardares os mandamentos do Senhor teu Deus, e andares nos seus caminhos." (Deuteronômio 28.9, ARC). Deus se compromete a cumprir a aliança, e Israel, como vassalo, deve fazer o mesmo.
Essa é a estrutura básica da aliança que Deus fez com Seu povo.
Deus prometeu uma nova aliança com Seu povo por meio do profeta Jeremias:
"Eis que dias vêm, diz o Senhor, em que farei uma aliança nova com a casa de Israel e com a casa de Judá." (Jeremias 31.31, ARC).
Jesus, o Mediador da nova aliança (Hebreus 12.24), instituiu a Ceia do Senhor em Sua última Páscoa, dizendo:
"Este cálice é a nova aliança no meu sangue, que é derramado por vós." (Lucas 22.20, ARC). A nova aliança foi ratificada pelo sangue de Jesus derramado na cruz.
A promessa de Deus na aliança da Graça é a redenção. Deus não apenas prometeu redimir aqueles que confiam em Cristo, mas selou essa promessa com o mais santo dos votos. Servimos e adoramos a um Deus que se comprometeu com nossa completa redenção.
1 Então, falou Deus todas estas palavras, dizendo:
2 Eu sou o Senhor, teu Deus, que te tirei da terra do Egito, da casa da servidão.
3 Não terás outros deuses diante de mim.
4 Não farás para ti imagem de escultura, nem alguma semelhança do que há em cima nos céus, nem embaixo na terra, nem nas águas debaixo da terra.
5 Não te encurvarás a elas, nem as servirás; porque eu, o Senhor, teu Deus, sou Deus zeloso, que visito a maldade dos pais nos filhos até à terceira e quarta geração daqueles que me odeiam,
6 e faço misericórdia em milhares aos que me amam e guardam os meus mandamentos.
7 Não tomarás o nome do Senhor, teu Deus, em vão; porque o Senhor não terá por inocente o que tomar o seu nome em vão.
8 Lembra-te do dia do sábado, para o santificar.
9 Seis dias trabalharás e farás toda a tua obra,
10 mas o sétimo dia é o sábado do Senhor, teu Deus; não farás nenhuma obra, nem tu, nem teu filho, nem tua filha, nem o teu servo, nem a tua serva, nem o teu animal, nem o teu estrangeiro, que está dentro das tuas portas.
11 Porque em seis dias fez o Senhor os céus e a terra, o mar e tudo que neles há, e ao sétimo dia descansou; portanto, abençoou o Senhor o dia do sábado e o santificou.
12 Honra a teu pai e a tua mãe, para que se prolonguem os teus dias na terra que o Senhor, teu Deus, te dá.
13 Não matarás.
14 Não adulterarás.
15 Não furtarás.
16 Não dirás falso testemunho contra o teu próximo.
17 Não cobiçarás a casa do teu próximo, não cobiçarás a mulher do teu próximo, nem o seu servo, nem a sua serva, nem o seu boi, nem o seu jumento, nem coisa alguma do teu próximo.
18 E todo o povo viu os trovões e os relâmpagos, e o sonido da buzina, e o monte fumegante; e o povo, vendo isso, retirou-se e pôs-se de longe.
19 E disseram a Moisés: Fala tu conosco, e ouviremos; e não fale Deus conosco, para que não morramos.
20 E disse Moisés ao povo: Não temais, Deus veio para vos provar, e para que o seu temor esteja diante de vós, a fim de que não pequeis.
21 E o povo estava em pé de longe; Moisés, porém, se chegou à escuridão, onde Deus estava.
22 Então, disse o Senhor a Moisés: Assim dirás aos filhos de Israel: Vós tendes visto que falei convosco desde os céus.
23 Não fareis deuses de prata ao lado de mim, nem deuses de ouro fareis para vós.
24 Um altar de terra me farás e, sobre ele, sacrificarás os teus holocaustos e as tuas ofertas pacíficas, as tuas ovelhas e os teus bois; em todo lugar onde eu fizer celebrar a memória do meu nome, virei a ti e te abençoarei.
25 E, se me fizeres um altar de pedras, não o farás de pedras lavradas; se sobre ele levantares o teu buril, profaná-lo-ás.
26 Também não subirás por degraus ao meu altar, para que a tua nudez não seja descoberta diante deles.
31 Eis que dias vêm, diz o Senhor, em que farei uma aliança nova com a casa de Israel e com a casa de Judá.
32 Não conforme a aliança que fiz com seus pais, no dia em que os tomei pela mão, para os tirar da terra do Egito; porque eles invalidaram a minha aliança, apesar de eu os haver desposado, diz o Senhor.
33 Mas esta é a aliança que farei com a casa de Israel depois daqueles dias, diz o Senhor: Porei a minha lei no seu interior, e a escreverei no seu coração; e eu serei o seu Deus, e eles serão o meu povo.
34 E não ensinará mais cada um a seu próximo, nem cada um a seu irmão, dizendo: Conhece ao Senhor; porque todos me conhecerão, desde o menor deles até ao maior, diz o Senhor; porque lhes perdoarei a sua maldade e nunca mais me lembrarei dos seus pecados.
"Semelhantemente, tomou o cálice, depois da ceia, dizendo: Este cálice é o novo testamento no meu sangue, que é derramado por vós."
1 Ora, a suma do que temos dito é que temos um sumo sacerdote tal, que está assentado nos céus à destra do trono da Majestade,
2 ministro do santuário e do verdadeiro tabernáculo, o qual o Senhor fundou, e não o homem.
3 Porque todo sumo sacerdote é constituído para oferecer dons e sacrifícios; pelo que era necessário que este também tivesse alguma coisa que oferecer.
4 Ora, se ele estivesse na terra, nem tão pouco sacerdote seria, havendo ainda sacerdotes que oferecem dons segundo a lei,
5 os quais servem de exemplar e sombra das coisas celestiais, como Moisés foi divinamente avisado, estando já para acabar o tabernáculo; porque foi-lhe dito: Olha, faze tudo conforme o modelo que no monte se te mostrou.
6 Mas agora alcançou ele ministério tanto mais excelente, quanto é mediador de uma melhor aliança, que está confirmada em melhores promessas.
7 Porque, se aquela primeira fora irrepreensível, nunca se teria buscado lugar para a segunda.
8 Porque, repreendendo-os, lhes diz: Eis que virão dias, diz o Senhor, em que com a casa de Israel e com a casa de Judá estabelecerei uma nova aliança,
9 não segundo a aliança que fiz com seus pais, no dia em que os tomei pela mão, para os tirar da terra do Egito; porque não permaneceram naquela minha aliança, e eu para eles não atentei, diz o Senhor.
10 Porque esta é a aliança que, depois daqueles dias, farei com a casa de Israel, diz o Senhor: Porei as minhas leis no seu entendimento, e em seu coração as escreverei; e eu lhes serei por Deus, e eles me serão por povo.
11 E não ensinará cada um a seu próximo, nem cada um a seu irmão, dizendo: Conhece ao Senhor; porque todos me conhecerão, desde o menor deles até ao maior.
12 Porque serei misericordioso para com as suas iniquidades e de seus pecados e de suas prevaricações não me lembrarei mais.
13 Dizendo nova aliança, envelheceu a primeira. Ora, o que foi tornado velho e se envelhece, perto está de acabar.
20 Ora, o Deus de paz, que pelo sangue do concerto eterno tornou a trazer dos mortos a nosso Senhor Jesus Cristo, grande Pastor das ovelhas,
21 vos aperfeiçoe em toda a boa obra, para fazerdes a sua vontade, operando em vós o que perante ele é agradável por Cristo Jesus, ao qual seja glória para todo o sempre. A