O estado intermediário refere-se ao período entre a nossa morte física e a ressurreição dos mortos, quando Cristo voltar. Durante esse tempo, nossa alma está em um estado consciente, aguardando a ressurreição final e a reunificação com o corpo glorificado. Vamos explorar mais a fundo o que as Escrituras nos ensinam sobre esse período.
O apóstolo Paulo, ao escrever aos Filipenses, expressou o desejo de “partir e estar com Cristo, o que é incomparavelmente melhor” (Filipenses 1.23). Isso nos mostra que, para os crentes, após a morte, há uma comunhão imediata com Cristo. Paulo esperava estar com Jesus logo após sua morte, o que indica que as almas dos crentes, ao deixarem seus corpos, vão diretamente para a presença de Cristo em um estado de alegria e paz.
Além disso, 2 Coríntios 5.8 reforça essa ideia: "preferimos estar ausentes do corpo e habitar com o Senhor". Esse versículo confirma que, ao deixarmos nossos corpos físicos, a alma dos crentes se encontra imediatamente com o Senhor, o que implica uma continuidade consciente na presença de Cristo.
Alguns ensinam que, após a morte, a alma entra em um estado de “sono” até a ressurreição final. No entanto, essa ideia de "sono da alma" é refutada por várias passagens bíblicas. O uso da palavra "sono" por Jesus, como no caso da filha de Jairo (Lucas 8.52), é uma metáfora que indica que a morte não é o fim definitivo, mas que há uma esperança de ressurreição. Jesus não estava sugerindo que a alma dela estava inconsciente, mas sim que, assim como alguém que dorme acorda, ela também ressuscitaria.
Várias passagens deixam claro que os mortos estão conscientes. Em Lucas 16.22, na história do rico e Lázaro, ambos os personagens estão cientes de sua situação após a morte. Em Lucas 23.43, Jesus promete ao ladrão na cruz que ele estará com Ele no paraíso imediatamente após a morte. Essas passagens, juntamente com Apocalipse 6.9-11 e Apocalipse 14.13, indicam que os mortos em Cristo estão plenamente conscientes no estado intermediário.
Embora a alma dos crentes esteja em um estado de alegria e comunhão com Cristo no estado intermediário, nossa felicidade completa acontecerá apenas na ressurreição final, quando seremos reunidos com nossos corpos glorificados. 1 Coríntios 15.35-57 fala sobre a transformação do nosso corpo corruptível em incorruptível, o que ocorrerá na segunda vinda de Cristo.
Diferentemente dos anjos, que são seres puramente espirituais, nós, seres humanos, fomos criados por Deus com corpo e alma. Portanto, a nossa plena felicidade e comunhão com Deus envolvem tanto o corpo quanto a alma. Após a ressurreição, viveremos eternamente em um corpo glorificado, sem pecado e sem sofrimento, em perfeita comunhão com Deus.
Hebreus 9.27 nos ensina que "aos homens está ordenado morrerem uma só vez, vindo depois disso o juízo". Não há reencarnação, nem oportunidades após a morte para arrependimento. A morte sela o destino eterno de cada pessoa, e as Escrituras deixam claro que não há possibilidade de comunicação entre os mortos e os vivos.
Na parábola do rico e Lázaro (Lucas 16.19-31), Jesus nos ensina que, após a morte, há um grande abismo entre os que estão no inferno e os que estão na presença de Deus. Não há como os mortos voltarem para avisar os vivos, refutando a ideia de que os mortos podem interagir com os vivos. Todas as formas de comunicação com os mortos, como mediunidade e consultas a espíritos, são condenadas nas Escrituras (Deuteronômio 18.10-12), pois são enganos usados por demônios.
A certeza da vida eterna é dada agora, durante nossa vida presente. 2 Coríntios 6.2 nos lembra que "hoje é o dia da salvação". O estado intermediário nos ensina a urgência do arrependimento e da fé em Cristo. Somente em vida podemos decidir seguir a Jesus, e ao morrermos, os que estiverem em Cristo estarão com Ele, aguardando a ressurreição final. Que isso nos leve a viver com temor e tremor, dedicando nossas vidas a servir ao Senhor enquanto temos oportunidade.
O estado intermediário é um período de grande esperança para o cristão, pois, embora aguardemos a ressurreição, sabemos que estaremos com Cristo em plena alegria e comunhão logo após a nossa morte física.
49 "Estando ele ainda falando, chegou um da casa do príncipe da sinagoga, dizendo: A tua filha já está morta, não incomodes o Mestre.
50 Jesus, porém, ouvindo-o, respondeu-lhe, dizendo: Não temas; crê somente, e será salva.
51 E, entrando em casa, a ninguém deixou entrar, senão a Pedro, e a Tiago, e a João, e ao pai e à mãe da menina.
52 E todos choravam e a pranteavam; mas ele disse: Não choreis; não está morta, mas dorme.
53 E riam-se dele, sabendo que estava morta.
54 Mas ele, tomando-a pela mão, clamou, dizendo: Levanta-te, menina!
55 E o seu espírito voltou, e ela logo se levantou; e Jesus mandou que lhe dessem de comer.
56 E seus pais ficaram maravilhados; e ele lhes mandou que a ninguém dissessem o que havia acontecido."
"E disse-lhe Jesus: Em verdade te digo que hoje estarás comigo no Paraíso."
1 "Porque sabemos que, se a nossa casa terrestre deste tabernáculo se desfizer, temos de Deus um edifício, uma casa não feita por mãos, eterna, nos céus.
2 E por isso também gememos, desejando ser revestidos da nossa habitação, que é do céu;
3 se, todavia, estando vestidos, não formos achados nus.
4 Porque também nós, os que estamos neste tabernáculo, gememos carregados; não porque queremos ser despidos, mas revestidos, para que o mortal seja absorvido pela vida.
5 Ora, quem para isso mesmo nos preparou foi Deus, o qual nos deu também o penhor do Espírito.
6 Por isso, estamos sempre de bom ânimo, sabendo que, enquanto estamos no corpo, vivemos ausentes do Senhor
7 (porque andamos por fé e não por vista);
8 mas temos confiança e desejamos antes deixar este corpo, para habitar com o Senhor.
9 Pelo que muito desejamos também ser-lhe agradáveis, quer presentes, quer ausentes.
10 Porque todos devemos comparecer ante o tribunal de Cristo, para que cada um receba segundo o que tiver feito por meio do corpo, ou bem ou mal."
19 "Porque sei que disto me resultará salvação, pela vossa oração e pelo socorro do Espírito de Jesus Cristo,
20 segundo a minha intensa expectação e esperança de que, em nada, serei confundido; antes, com toda a confiança, Cristo será, tanto agora como sempre, engrandecido no meu corpo, seja pela vida, seja pela morte.
21 Porque para mim o viver é Cristo, e o morrer é ganho.
22 Mas, se o viver na carne me der fruto da minha obra, não sei então o que deva escolher.
23 Mas de ambos os lados estou em aperto, tendo desejo de partir e estar com Cristo, porque isto é ainda muito melhor;
24 mas julgo mais necessário, por amor de vós, ficar na carne.
25 E, tendo esta confiança, sei que ficarei e permanecerei com todos vós para proveito vosso e gozo da fé,
26 para que a vossa glória cresça por mim em Cristo Jesus, pela minha nova ida a vós."
13 "Não quero, porém, irmãos, que sejais ignorantes acerca dos que já dormem, para que não vos entristeçais, como os demais, que não têm esperança.
14 Porque, se cremos que Jesus morreu e ressuscitou, assim também aos que em Jesus dormem Deus os tornará a trazer com ele.
15 Dizemo-vos, pois, isto, pela palavra do Senhor: que nós, os que ficarmos vivos para a vinda do Senhor, não precederemos os que dormem.
16 Porque o mesmo Senhor descerá do céu com alarido, e com voz de arcanjo, e com a trombeta de Deus; e os que morreram em Cristo ressuscitarão primeiro;
17 depois, nós, os que ficarmos vivos, seremos arrebatados juntamente com eles, nas nuvens, a encontrar o Senhor nos ares, e assim estaremos sempre com o Senhor.
18 Portanto, consolai-vos uns aos outros com estas palavras."