O significado fundamental da palavra "providência" é "ver antes" ou "prover algo com antecedência". No entanto, com esses sentidos, a palavra não expressa o profundo significado da doutrina da providência, que vai muito além de Deus ser apenas um espectador das ações humanas ou de Ele prever o futuro. A providência de Deus é muito mais do que isso.
"Pela mui sábia providência, segundo a sua infalível presciência e o livre e imutável conselho de sua própria vontade, Deus, o grande Criador de todas as coisas, para o louvor da glória de sua sabedoria, poder, justiça, bondade e misericórdia, sustenta, dirige, dispõe e governa todas as criaturas, todas as ações delas e todas as coisas, desde a maior até a menor" (A Confissão de Fé de Westminster - Capítulo VI).
A doutrina da providência nos ensina que Deus não apenas cria, mas também sustenta o que cria. O universo não dependeu apenas de Deus para existir, mas também depende dEle para continuar existindo.
O universo não pode existir ou operar por seu próprio poder. Deus sustenta todas as coisas pelo Seu poder: "sustentando todas as coisas pela palavra do seu poder" (Hebreus 1.3, ARC). Em Deus, "vivemos, nos movemos e existimos" (Atos 17.28, ARC).
O ponto central da doutrina da providência é o governo de Deus sobre o universo. Ele governa Sua criação com absoluta soberania e autoridade. Ele controla tudo o que acontece, desde os maiores eventos até os menores detalhes (Êxodo 15.18; Salmo 47; 93; 96.10; 97; 99.1-5; 146.10; Provérbios 16.33; 21.1; Isaías 24.23; 52.7; Daniel 4.34-35; 5.21-28; 6.26; Mateus 10.29-31).
Outro aspecto importante da providência é chamado de concorrência. Concorrência refere-se à ação conjunta de Deus e dos seres humanos. Somos criaturas com vontade própria e fazemos coisas acontecerem. No entanto, a soberana providência de Deus está acima e além de nossas ações. Deus realiza Sua vontade por meio da vontade humana, sem violar a liberdade dessa vontade.
Um exemplo claro de concorrência é a história de José. Apesar de seus irmãos terem o vendido como escravo, José lhes disse:
"Vós, na verdade, intentastes o mal contra mim; porém Deus o tornou em bem, para fazer como se vê neste dia, para conservar em vida a um povo grande." (Gênesis 50.20, ARC).
34 Mas, ao fim daqueles dias, eu, Nabucodonosor, levantei os meus olhos ao céu, e tornou-me a vir o entendimento, e eu bendisse o Altíssimo, e louvei e glorifiquei ao que vive para sempre, cujo domínio é um domínio sempiterno, e cujo reino é de geração em geração.
35 E todos os moradores da terra são reputados em nada, e, segundo a sua vontade, ele opera com o exército do céu e os moradores da terra; não há quem possa estorvar a sua mão, nem lhe dizer: Que fazes?
22 Homens israelitas, escutai estas palavras: a Jesus Nazareno, varão aprovado por Deus entre vós com maravilhas, prodígios e sinais, que Deus por ele fez no meio de vós, como vós mesmos bem sabeis,
23 a este que vos foi entregue pelo determinado conselho e presciência de Deus, prendestes, crucificastes e matastes pelas mãos de injustos;
24 ao qual Deus ressuscitou, soltas as ânsias da morte, pois não era possível que fosse retido por ela.
25 Nem tampouco é servido por mãos de homens, como que necessitando de alguma coisa; pois ele mesmo é quem dá a todos a vida, a respiração e todas as coisas;
28 Porque nele vivemos, e nos movemos, e existimos, como também alguns dos vossos poetas disseram: Porque somos também sua geração.
33 Ó profundidade das riquezas, tanto da sabedoria, como da ciência de Deus! Quão insondáveis são os seus juízos, e quão inescrutáveis, os seus caminhos!
34 Porque quem compreendeu o intento do Senhor? Ou quem foi seu conselheiro?
35 Ou quem lhe deu primeiro a ele, para que lhe seja recompensado?
36 Porque dele, e por ele, e para ele são todas as coisas; glória, pois, a ele eternamente. Amém!