Pouco antes de Sua morte, Jesus prometeu aos discípulos:
"E eu rogarei ao Pai, e ele vos dará outro Consolador." (João 14.16,26; 15.26; 16.7, ARC)
A palavra grega para "consolador" é parakletos. É um termo jurídico, mas com um significado mais amplo que "advogado de defesa" (1 João 2.1). O parakletos é uma pessoa que ajuda alguém em dificuldades com a lei. Esse termo enfatiza a personalidade do Espírito Santo, pois Ele é um ser pessoal que age como conselheiro e se compromete pessoalmente a nos ajudar.
O Espírito Santo realiza diversas atividades que mostram sua personalidade. Ele fala (Atos 1.16; 8.29; 10.19; 13.2), ensina (João 14.26), testemunha (João 15.26), perscruta (1 Coríntios 2.10), quer (1 Coríntios 12.11), intercede (Romanos 8.26-27) e expressa sentimentos (Isaías 63.10; Efésios 4.30; Atos 7.51; Romanos 15.30). Todas essas atividades envolvem inteligência, vontade, sentimentos e poder, características que apenas uma pessoa pode possuir.
Além de ser uma pessoa, o Espírito Santo é também plenamente Deus. A Bíblia claramente apresenta o Espírito Santo como possuidor de atributos divinos e exercendo autoridade divina. Ele é eterno (Hebreus 9.14; Romanos 8.11), onipresente (Salmo 139.7), onisciente (João 14.26; 16.13; 1 Coríntios 2.10) e criador (Jó 33.4; Salmo 104.30; Daniel 1.2).
No Antigo Testamento, o que é dito de Deus também é dito do Espírito Santo. Expressões como "Deus disse" e "o Espírito disse" são usadas de forma intercambiável (compare Ezequiel 4.13 com Ezequiel 3.24).
Um dos textos mais claros sobre a divindade do Espírito Santo está em Atos 5.3-4, quando Pedro pergunta a Ananias: "Por que encheu Satanás o teu coração, para que mentisses ao Espírito Santo? [...] Não mentiste aos homens, mas a Deus." Mentir ao Espírito Santo é o mesmo que mentir a Deus, pois o Espírito é Deus.
O Espírito Santo é mencionado junto ao Pai e ao Filho na bênção apostólica (2 Coríntios 13.13 ou 14; Apocalipse 1.4-6) e na fórmula batismal (Mateus 28.19), igualando os três — Pai, Filho e Espírito Santo — em co-igualdade na Trindade.
"Ide, portanto, fazei discípulos de todas as nações, batizando-os em nome do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo." (Mateus 28.19, ARC)
No século IV, os macedonianos negavam a personalidade e divindade do Espírito Santo, argumentando que Ele era uma força impessoal de Deus e não a terceira pessoa da Trindade. A igreja se reuniu no Concílio de Constantinopla em 381 d.C. para resolver essa questão: o Espírito Santo é plenamente Deus?
O macedonianismo foi condenado, e a personalidade e divindade do Espírito Santo foram afirmadas pela igreja.
"E a terra era sem forma e vazia; e havia trevas sobre a face do abismo, e o Espírito de Deus se movia sobre a face das águas."
"Portanto, ide, ensinai todas as nações, batizando-as em nome do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo."
"E eu rogarei ao Pai, e ele vos dará outro Consolador, para que fique convosco para sempre."
"Mas aquele Consolador, o Espírito Santo, que o Pai enviará em meu nome, esse vos ensinará todas as coisas e vos fará lembrar de tudo quanto vos tenho dito."
"Mas, quando vier o Consolador, que eu da parte do Pai vos hei de enviar, aquele Espírito de verdade, que procede do Pai, ele testificará de mim."
"Todavia, digo-vos a verdade, que vos convém que eu vá; porque, se eu não for, o Consolador não virá a vós; mas, se eu for, vo-lo enviarei."
3 Disse, então, Pedro: Ananias, por que encheu Satanás o teu coração, para que mentisses ao Espírito Santo e retivesses parte do preço da herdade?
4 Guardando-a, não ficava para ti? E, vendida, não estava em teu poder? Por que formaste este desígnio em teu coração? Não mentiste aos homens, mas a Deus.
"A graça do Senhor Jesus Cristo, e o amor de Deus, e a comunhão do Espírito Santo seja com todos vós. Amém."